Entrei em meu carro, Aro sentado ao meu lado e seus três fieis cães de guarda no banco de trás. Acelerei o carro em direção à antiga casa, minhas mãos tremendo no volante.

“O que está acontecendo, minha cara? Por que tanto nervosismo?” Aro me olhou com falsos olhos doces. Mas aquele vermelho era tudo, menos tranqüilizante.

“Aro, acho que você já suspeita, não é?” Virei meu olhar para ele, um sorriso em meus lábios.

“Sim, eu tenho meus palpites. Mas terei certeza dentro de alguns instantes”

Ele virou seus olhos para a estrada novamente.

“Por favor, Demetri, abra o vidro. Esse carro tem um cheiro horrível” Jane pronunciou-se, sua voz hostil.

“Eu me pergunto o que Edward acha de sua filha tão nova esperando um bebê” Demetri disse e Aro deleitou-se com a provocação, mas repreendeu-o por pura formalidade.

“Ele não está muito feliz, como vocês já devem supor” Respondi de forma fria.

“E podemos saber quem é o sortudo pai?” Observei Jane sorrir maldosa pelo retrovisor. Eu suspirei sabendo que não poderia mentir para eles.

“Não sabia que minha vida pessoal causa interesse a vampiros tão importantes. Mas se fazem questão de saber não faço objeção alguma em informar que o pai de meu filho se chama Jacob Black”

“Um mestiço?” Jane riu em deboche e eu desejei pular no pescoço daquela desgraçada, mas contentei-me em estacionar o carro perto da entrada da casa. Antes de eu alcançar a porta os quatro já me esperavam lá. Alcancei as chaves e abri a porta, acendendo a luz do hall em seguida.

“Por favor, me sigam” Eu os acompanhei até a sala de jantar, acendendo a luz do cômodo e retirando o grande lençol branco que protegia a mesa, jogando o mesmo de lado.

“Sentem-se, por favor” Apontei as cadeiras ainda forçadamente educada. Os quatro dispuseram-se em duplas, sentados cada dupla de frente para a outra e eu me sentei na cadeira que pertencia a Carlisle. Não pude deixar de proteger inutilmente meu bebe com o braço em volta dele.

“A que devo a visita?”

“Não seja tão ansiosa, querida. Faz tanto tempo que não nos vemos, sinto que temos alguns assuntos para colocar em dia” Aro estendeu sua mão na mesa em minha direção, a palma virada para cima.

“Certamente” O observei com olhos ansiosos e posicionei minha mão sobre a dele. A outra mão de pedra prendeu a minha e Aro fechou os olhos, um sorriso gradativamente maior em seu rosto. Ele ficou assim por algum tempo, então soltou minha mão lentamente enquanto seus olhos abriam.

“Interessante. Muito interessante” Ele observou, me olhando curiosamente. “Seu filho terá uma origem nunca vista antes, Renesmee. A pergunta que me faço é se essa nova espécie é uma ameaça para nós”

“Não acho que seja o caso”

“Mas você não pode ter certeza. Não sabe o resultado de tal mistura”

“Sim, você tem razão. Mas sendo uma criança criada por uma família de vampiros, não vejo como ele pode ser uma ameaça”

“Ele também será acompanhado pela família do pai. Uma família que tradicionalmente mata vampiros”

“A educação de meu filho cabe a mim e não a família de Jacob ou a minha”

“Você é decida, Renesmee. Como sua mãe. Aliás, o que acha que acontecerá se seu filho te matar no parto como você fez com a adorável Bella?”

“Eu não tenho certeza, Aro”

“Então você não pode afirmar que a criação de seu filho caberá a você”

Ele sorriu vitorioso. Malditos italianos!