A Primeira Vista Segunda Temporada escrita por Eveebaby


Capítulo 9
mais uma vez outra vez


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEI A ESCREVER MINHAS PESSOAS LINDAS *-* (le-se louca : babih)
finalmente um capitulo para ser postado.... ficou uma mistura minha e de minha comparsa.
ta ai, espero que gostem ta grandinhuuu u-u
gomen, nao sei que porra de titulo colocar, ficou no que tah :p
Boa Leitura^^



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Cebola POV’S ON

A Mônica voltou para o Limoeiro faz uns 2 meses. Isso pode me atrapalhar e muito, porque ainda sinto que tenho algo por ela que é bem forte. E vê-la beijando outro cara foi muito difícil para suportar. Posso estar namorando a Irene, mas ainda Amo a Mônica de um jeito que nunca amei ninguém, e talvez nunca ame. É incrível como as coisas mudam de uma hora para outra... Há alguns meses estava tudo tão bem entre nós... E agora nem nos falamos.

Mas não posso culpá-la, já que quem terminou tudo fui eu. Tudo por medo de perdê-la e por um maldito orgulho. Agora tenho de aturar a Irene. Há quanto tempo mesmo? 8 meses não é? Nossa como ela me irrita. Tenta controlar minha vida como se eu fosse um boneco de cordas. Mas terminar com ela agora está fora de cogitação, desde que a Mônica voltou eu penso em largar tudo e voltar com ela, nem que eu precisasse me humilhar diante dela. Mas agora está namorando aquele idiota playboy. Qual o nome? Luffy? Lucas? Lucio? Lumpa-lumpa?Leonidas??Ahhhh, não sei, mas sei que é um nome muito estranho.

Bom, não só eu e a Monica estamos num conflito, mas o Cascão, desde que terminou com a Cascuda esta diferente, afastado. Talvez porque ame a Magá e saiba que não pode se aproximar já que esta com o Quim. Mas seria tão bom se o nosso quarteto fantástico se reintegrasse. Sinto falta das brincadeiras, as aventuras, malocas, idiotices e acima de tudo os rolos entre nós.

Bom, agora ela esta mais a vontade aqui conosco. Porque antes do Namoradinho dela chegar, ficava só isolada de nós, como se fossemos uns estranhos para ela, ou ela para nós. Agora esta normalzinha, mais do que normal, esta diferente. Por exemplo, nunca a vi beber. Mas, quem sabe não voltemos a nos falar. Sinto falta dela, como se uma parte de mim estivesse faltando, mesmo estando tão próxima e tão longe. Mas tentarei dar um jeito de nos ajeitarmos.

Agora eu só tenho mesmo é que não me incomodar com esse carinha. Mesmo ele me irritando até a alma. Só porque é um riquinho metido a besta e insignifi...

-CEBOLAAAAAA – alguém grita o meu nome interrompendo minha linha de pensamento e não me assustando ok. Olho para o lado e encaro Irene mais vermelha que tomate. – Está me ouvindo Ce-bo-laa? – eu bufo e me viro para os outros que me encaravam.

-Você é patética – nisso eu levanto com olhares sobre mim e saio em direção ao refeitório.

Cebola POV’S OFF

Mônica POV’S ON

Nossa como o Cebola está diferente. Mais grosso e seco, posso não gostar da Irene, mas por ser a namorada dele deveria ser mais doce e gentil, não um ogro. Olhei para o garoto doce e carinhoso ao meu lado...Luke jamais teria a atitude que Cebola teve. Luke é o orgulho de namorado, rotulado como o perfeito. O Cebola era um bom namorado, mas desde que ele soube que eu ia me mudar ficou ríspido.Não só comigo, mas já percebi essas atitudes com todos, até com a Magá e o Cascão. Não age normalmente.

Com certeza algo o perturba, mas nunca diria que esta incomodado, o orgulho não deixaria. Nunca vi um garoto mais orgulho que ele. A Magá me chamou para ir na casa dela para fazermos um trabalho, e está no grupo eu, a Magá, o Cas e o Cebola. Por que o Cebola? Acho que eles querem que o grupo seja revivido não é mesmo. Bom, eu vou, agora se ele me irritar não hesitarei em dar-lhe uma coelhada.

Mas e o Luke? Ele sabe que eu gostava do Cebola? Será que ele se importará? Porque ele sempre vai comigo e tals, melhor eu perguntar.

-Amor... – chamei sua atenção. Estava abraçada com ele encostada na arvore. Ele olhou para mim – ou melhor, para baixo – com um grande sorriso.

-oi amor? – falou ele me encarando.

-Você vai fazer algo hoje? – perguntei a ele. O mesmo me deu um sorriso e acenou um sim com a cabeça.

-Vou. Tenho jogo de futebol hoje. Por quê? – perguntou me encarando.

-Ah, porque eu tenho um trabalho na casa da Magá e não poderia sair com você – dei um sorrisinho sem graça.

-Não tem problema... Vou te ter mais tarde – falou me apertado mais forte. Me aconcheguei nele mais ainda e me aprofundei em pensamentos. Vou tentar de tudo para parar com essa briguinha infame com o Cebola.

Bateu o sinal para voltarmos para a sala. Nessa hora eu me separo de Luke já que não tinha vaga na sala em que eu fiquei. Estava no 2º B e ele no 2ª A.

Me sentei na cadeira e fui imersa em pensamentos. Mas desta vez pensei em Patrícia e nos meus outros amigos. Sinto falta dela, era uma boa amiga como a Magá, mas a Paty é mais retards. O bruno também faz falta, mesmo sendo um babacão. E toda a minha turma. Era incrível com eles, uma loucura que só. Aqui é bom, mas me acostumei tanto no Rio e com eles que me sinto uma estranha com o povo daqui.

Bom, não posso ficar presa ao passado, tanto com o povo do limoeiro e o do Rio. Tenho mesmo é que me concentrar no presente. No agora, porque é agora que as coisas acontecem.

Recebi um papel amassado na minha mesa. O peguei discretamente, já que o professor não parava de olhar para mim. Acho que percebeu que eu estava voando hoje. O abri e nele tinha uma mensagem de Carmem.

“Ué, já ta de namoradinho novo dentucinha do meu coração?? Sz”

A Carmem é uma tonta. Se estou ou não de namoradinho novo não é de sua conta. Mesmo assim me virei e lhe dei um sinal positivo, a mesma deu um sorrisinho de deboche. Babacona.

QUANDO ESSA AULA ACABAAA? QUERO O MEU LUKE. To totalmente entediada na aula. Claro que prestar atenção seria bom, mas não estou afim. Bateu o sinal e me levantei contudo atropelando todo mundo para chegar ao jardim. Lá estava a Magá e o Cas me esperando. Mas cadê o Luke e o Cebola? Olhei para os lados feito retardada e cheguei perto deles.

-Cadê meu amorzinho e o Cebola? – perguntei os encarando, mas também olhando para os lados ainda.

-Calma, Mô, o Cebola ta em aula extra, ou seja, vamos ficar mais 40 minutos aqui na escola. E o Luke teve de ir mais cedo, mas disse que te ligaria assim que você saísse para se desculpar – falou Magá com um sorriso. Nisso o telefone toca. Nossa ela é vidente ou o que? O atendi.

-Fale Amor – disse na voz mais meiga do mundo.

-Oi minha linda, desculpa sair assim, mas o treino foi adiantado uma hora.

-Sem problemas Luke, na verdade eu não ligo, você não pode se atrasar não é mesmo.

-hehe’... muito bem amor, vou ter de desligar... um beijo

-beijo para você também... Te amo!

-Também te Amo Mô!

Desliguei o telefone e olhei para eles que estavam com um sorrisinho no rosto.

-O que? – perguntei a eles que somente saíram correndo em direção a arvore. Fui atrás – VOLTEM AQUI – estava com um grande sorriso no rosto. Isso tira muitos pensamentos de dentro da minha cabeça.

Ficamos no jardim até o Cebola sair da aula. Mas o Cas quis passar com ele em algum lugar ae e a Magá quis ir à padaria ver o Quim. Bom, lá vamos nós nos enrolar e acabar só EU fazendo o trabalho.

Mônica POV’S OFF

Cebola POV’S ON

A Irene é uma trouxa. Mas acho que não deveria ter sido grosso com ela. O jeito que me olharam, com desapontamento. Me irrita. Agora estou atrás da escola, o sinal bateu a uns 10 minutos, então se eu ficar aqui, não terei problema. Escuto alguém vindo por detrás de mim. O que me veio a cabeça foi me esconder atrás da maquina de refrigerante. Sei como se mata aula, se não for a diretora é firmeza.

-Cê? – essa voz. Tinha de ser – amor, você está ai? – disse Irene se aproximando mais ainda de mim. Eu sai de trás da maquina e a encarei. –Ainda está bravo comigo amor? – perguntou ela com os olhos marejados. Ela é irritante, mas não posso ver uma menina chorando, só quando termino com elas, mas se não for por isso não tenho forças. Fui até ela e a abracei.

-Não, eu tava pensativo e fiquei irritado somente isso – disse a apertando mais ainda, e ela desabando em lagrimas.

-De-de-desculpa Cê – disse Irene saindo do abraço e me beijando. Me assustei, mas retribui.

Ficamos juntos ate acabar aquela aula e tive de ir para minha aula extra, isso por um vandalismo que fiz. Bom, todos os professores disseram que eu mudei com meu namoro com a Monica e com o termino dele também. Que pessoas idiotas, ela não me influenciava em nada. Se eu quiser voltar a andar com meus amigos e vandalizar eu volto.

Sai de lá e dei de encontro com o povo do meu trabalho. Entre eles estava a Mônica, que ainda faz meu coração palpitar. Não tanto quanto antes, mas faz. Cheguei perto deles e Cascão já veio para cima de mim com suas idiotices de sempre.

-Falai Careca – disse ele com um ar de deboche... Quem é carecaa?? – antes de ir para a casa da Magá vem comigo no campo. Soube que tem umas lideres de torcida lá. O que acha?? – sussurrou para mim, o que deixou as meninas curiosas. Somente dei um sorrisinho para ele, que foi com sim.

-Vamos ué – disse enquanto me virava e saia. Mas antes deu tempo de dar uma olhada em Mônica. Estava bem pensativa. Isso, de algum modo me intriga. No que será que ela está pensando?

-Ei careca, ta me ouvindo? – Cascão chamou minha atenção, mas nisso também levou um soco.

-POR QUE FEZ ISSO? – esgoelou ele enquanto massageava a cabeça. Levantei o punho para ele.

-Por me chamar de careca. – o encarei dando um suspiro e abaixando o braço – mas o que dizia mesmo. – pergunto enquanto olho para trás. Algo esta me intrigando mesmo, mas não sei o que.

Mais tarde seguimos para a casa da Magá, onde ela e a Mônica estariam nos esperando, porém encontramos Magá no meio do caminho que disse que ia comprar algumas coisas pra fazer uns lanches pra gente.

- Ah, então eu te ajudo, vai indo pra casa dela Cebola que nós já vamos. - disse cascão.

Achei aquilo meio estranho, mas concordei. Quando cheguei na casa da Magá, dei de cara com a Mônica, que parecia tão surpresa quanto eu. Ela ficou vermelha e admito que eu também fiquei meio sem-graça.

-Oi Mô-Mônica! – Eu tentei quebrar o gelo, mas gaguejei. Ficamos parados nos olhando por alguns incontáveis momentos, que deixaram o clima tenso. Não sabia se ela retribuiria minha tentativa falha e estranha de fazer as pazes. Me senti um completo idiota por isso... Como a Mônica podia ser tão imatura assim? Era só dizer “oi”.

- Oi Cê! – Disse ela inesperadamente.

Santo DEUS, essa garota está lendo meus pensamentos. O quanto será que ela já ouviu deles? Será que ela sabe os meus maiores segredos? OMG,OMG o.o Ela sabe da minha paixão secreta por jujubas... E pior, ela sabe que eu assisti o especial do ursinho-bilu semana passada...OMG, é o apocalipse.

-ÃAHN... Você ta bem Cebola?

-Clalo,clalo que estou! Polque não estalia? Hehe. –Droga, maldito “L”.

-É...Talvez porque você está trocando as letras.

-Caham...Isso é um problema que eu tenho a muito tempo, e você sabe... E não é legal ficar falando do defeito das pessoas.

- Sério? E quando você ficava falando dos meus dentes? Ou da minha altura e peso? –Disse ela, um pouco irritada.

- Mas é diferente... E eu acho que você deveria parar de fazer menções do passado e começar a viver o presente.- Disse eu, que já estava perdendo a linha. – Como na época que a gente namorava, será que você fica falando assim do passado também pro engomadinho do seu namorado?

- Afê Cebola, para com essa idiotice, se tem alguém aqui falando no passado é você, aliás, você deve pensar bastante naquela época, deve até sentir falta. – Ela disse, me provocando. Era incrível essa habilidade da Monica de me tirar do sério.

- Se eu fosse você parava de ser assim tão metida... Só um louco, psicopata pra sentir saudade de você, sempre tão irritante, e possessiva. Se tem alguém que deve pensar em nosso namoro é você. Como será que o Luffy te suporta?- Assim que as palavras saíram da minha boca, eu me arrependi.

- O nome dele é Luke seu idiota, será que nem pra falar certo o nome das pessoas você serve? Mas não sei porque estou assim tão surpresa não é? Você jamais prestou pra nada mesmo.

-É claro, o seu novo namoradinho deve ser bem melhor do que eu, o dinheiro dele deve ser ótimo também. – Eu estava me arrependendo, mas não conseguia parar de ataca-la... E o pior, por motivos que eu desconheço.

- Posso até aceitar que você fale mal de mim Cebola, mas não admito que você diga nada do Luke, porque você nunca vai se tornar nem metade da pessoa que ele é, aliás, você nem parece gente.

- Como você consegue se aguentar Monica? Vivendo em mentiras que você tenta construir e se esconder? Você tenta e tenta ser tão moralista, e me critica tanto, mas bem no fundo você tem que aceitar que você é igual ou pior que eu.

- EU TE ODEIO CEBOLINHA, TE ODEIO. – Disse a Mônica, chorando e gritando.

De repente eu não pude mais suportar isso, ver as lágrimas rolando dos seus olhos foi como se me ferissem com um ferro em brasa.

- MAS EU TE AMO!- Eu disse, gritando também. E foi tudo que consegui dizer antes de puxá-la e beijá-la ansiosamente. Era uma necessidade esquecida a meses dentro de mim, só agora eu pude perceber a verdade nas minhas palavras. Eu amava ela, não importava o que ela dissesse, sempre iria amá-la.

Cebola POV’S OFF

Monica POV’S ON

Ele me beijou? Pera será que eu estou entendendo direito? Ou será que minha mente esta me pregando uma peça como sempre fazia em meus sonhos. Não consigo acreditar e sua reação, e principalmente em suas palavras. Um Eu te amo vindo de sua boca, depois de quase um ano sem ouvi estas palavras dele. Será que ele já disse isso a Irene. Por que pensei nela?  Ah, deve ser porque ela é sua namorada.

Que beijo viciante. Sentia tanto a falta dele que nem mesmo dei ao trabalho de apartá-lo. Um beijo quente e doce, com uma suavidade que chegava a fazer-me arrepiar. Colocou suas mãos em minha cintura e eu contornei seu pescoço com meus braços.

O beijo ficou mais intenso, cada vez mais acabando minha sanidade mental. Tenho de parar esse beijo, mas meu corpo só aproxima mais ainda nossos corpos. Uma reação involuntária, mas nunca vi meu corpo fazendo isso, acho que agora chegou a hora de ele me dominar...

Ele me puxou colocando em cima de seu colo me apertando mais ainda a ele, fazendo meu coração disparar mais do que já estava. Comecei a passar a mão por seus cabelos dando leves puxões da onde saiu uns pequenos gemidos de sua boca. Ele se afastou um pouco para buscar algum resto de ar antes de voltar a invadir minha boca agora pedindo passagem com a língua.

Eu quero parar, mas ao mesmo tempo eu não quero. Assim estou traindo o Luke, no qual amo também, e não quero isso. Não para mim, e muito menos para ele. Tenho que utilizar minha pouca sanidade para acabar com essa palhaçada de uma vez por todas. Coloquei minha mão em seu peitoral e dei-lhe um empurrão o fazendo se separar de mim deixando uma brecha para lhe desferir um tapa.

Minha não ardeu com a batida, o rosto dele virou rapidamente ao lado retornando a me encarar com cara curiosa e com uma de suas mãos sobre o lugar atingido. Lagrimas começaram a escorrer novamente. Não de vergonha ou arrependimento, mas sim de não podê-lo ter mais para mim. Uma tristeza que acho que nunca mais poderia ser curada.

Me levantei lentamente ainda o encarando. Ele já não me olhava mais, encarava o chão. Ignorado tudo o que eu fazia. Peguei minha bolsa que estava no sofá de Magá, depois dirigi-me em direção a porta, mas antes parei e falei umas palavrinhas a ele.

-Isso foi somente uma necessidade, uma ambição que ansiávamos, mas não quer dizer que acontecerá de novo.- deu um pequeno suspiro mas sem encará-lo – Nunca mais apareça na minha frente Cebola. – nisso sai da casa da Magá às pressas, assim que passei pela porta sai correndo pela rua até o parque perto do campo onde Luke estava. Esta não era uma boa hora de ficar perto dele, caso ele descobrisse, poderia terminar comigo, ou matar o Cebola.

Não quero que aconteça nenhum dos dois, mas não posso evitar que, alguma hora terei de me contentar com o fato de que meu amor por Cebola nunca será ultrapassado por ninguém. Nem mesmo Luke. Cheguei no parque me sentando na grama encarando o pequeno laguinho que tinha lá. Olhei ao redor e vi muitos casais a beira dele admirando a beleza que o tempo revelava. Com bastante amor.

Amor. Uma palavra que nos prega uma peça, mesmo eu sabendo que, de um jeito ou de outro, vou me reunir com a verdadeira pessoa a quem eu mereço. Mas até lá por que sofremos? Não poderia ter um meio mais fácil para encontrarmos a felicidade sem seguir o amor?

Perguntas e mais perguntas. Mas nenhuma delas serão respondidas por mim e sim pelo tempo. Mesmo que o tempo pareça bem distante do que realmente desejava.

Monica POV’S OFF

Magali POV’S ON

Cascão e eu havíamos deixado Mônica e Cebola pra se acertarem, espero que minha casa ainda esteja inteira quando eu voltar. Era tão estranho isso tudo... Por mais que o tempo passe e as coisas mudem, Cebola e Monica sempre estão no centro de tudo, eles são CEBOLA E MONICA, o centro do universo. A maioria das pessoas vive tentando fazê-los ficarem juntos... Por exemplo eu. Esqueço muitas vezes de mim e dos meus sentimentos pra tentar fazer outras pessoas felizes.

Eu estou vivendo uma fase bem chatinha da minha vida. Infelizmente as coisas não são como antes e algo me diz que nunca serão. Por exemplo os meus sentimentos... Estão muito confusos, porque o Quim não exerce nem um terço de atração em mim como o cascão. É tão engraçado! Pouco tempo atrás, minha mãe disse que quando eu era pequena, ela pensava que no final das contas íamos ser Cascão e eu, juntos, assim como a Mônica e o Cebola, porém nada está sendo como ela pensou...A não ser os sentimentos. Antigamente, quando eu estava perto do Cascão eu agia de forma natural e descontraída. Mas agora não, desde aquele lance que rolou entre a gente no ano passado eu não consigo deixar de ficar nervosa e ansiosa perto dele. Eu tenho que controlar cada movimento, porque eu sei que se eu não fizer isso, vou acabar perdendo o controle e me entregando a minha vontade... A vontade que eu tenho de ficar junto dele, coração batendo com coração, ele nos meus braços e eu nos dele... Nossos lábios se movendo em sincronia. Isso tudo eu ilustrava em minha cabeça, porque eu sou uma covarde, e jamais teria coragem de transformar esses desejos em realidade, aliás, não tinha esse direito, pois quando tive a oportunidade, quando ele demonstrou que era recíproco, eu fiquei tão confusa que deixei passar a oportunidade. Eu não tenho o direito de entrar e sair na vida das pessoas quando bem entendo e nem de magoar as pessoas que estão na minha vida.

Enquanto esses meus pensamentos iam me atormentando a mente, eu olhava o cascão, que nem percebeu meu olhar minucioso. Estava distraído, e era tão perfeito assim, alheio. Quando ele ficava assim eu via a inocência da nossa infância envolvida em traços maduros, que estavam cada vez mais mudando, agora ele era adolescente, em breve seria adulto e essas feições infantis se perderiam.

- Que foi? – Perguntou ele, de repente percebendo meu olhar.

- Não é nada. – Eu disse ficando vermelha. Soltei um suspiro involuntário...Cascão...

Magali POV’S OFF

Cascão POV’S ON

Desde que deixamos a Mônica e o Cebola, eu estava meio absorto. Ficar perto da Magá era sempre assim, eu achava melhor do que ficar admirando-a. Na verdade eu queria mesmo admira-la, mas não queria me permitir essa dádiva.

Eu ainda gostava da Magá, e essa realidade me assustava e magoava. Agora ela estava de novo com o Quim. Eu fui um idiota, pois quando tive a oportunidade de falar com ela, deixei passar por falta de coragem, e quando criei coragem ela e o Quim já tinham se acertado. Era muito lamentável essa minha vida. Mas eu preferi não voltar com a cascuda, exatamente pelo fato de não querer magoa-la. Ela era uma pessoa fantástica que eu amei por muito tempo, meiga, educada e divertida, não é porque eu não sinto mais o mesmo por ela do que sentia antes que eu vou me dar ao luxo de feri-la. Quando dei por mim, Magá estava me olhando, de um jeito diferente... Me enchendo de esperanças, pena que foi apenas por um segundo. Perguntei a ela o que foi, mas ela disse que não era nada. Virei-me de novo pra me perder em pensamentos. Eu precisava, precisava muito tirar essa garota do meu coração, ou ia acabar pirando.

Do nada, vi a Mônica indo em direção do parque, só ai que me toquei porque a gente tava aqui, parado que nem bestas.

-Ahn Magá... A Mônica já saiu da sua casa e não parece estar muito feliz. – Eu disse, tirando-a da distração.

- Ai droga, minha casa já era! – respondeu ela, preocupada.

Caminhamos até lá, e demos de cara com o Cebola, paralisado com uma mascara de frieza, tristeza e raiva. Tinham marcas de dedos no seu rosto, o que indica que não foi nada bem por aqui.

- Cê...Cadê a Mônica? – Perguntou Magali, confusa.

- Espero que bem longe daqui. Maldita seja a hora que ela voltou novamente e deixou nossas vidas de pernas para o ar. – Disse Cebola, com um ódio flamejante no olhar.

Tínhamos estragado tudo de novo com essa nossa mania de nos intrometermos.

Magali me deixou com o Cebola e foi atrás da Mônica.

Cascão POV’S OFF

Mônica POV’S ON   

Estava procurando um jeito de me acalmar quando Magali me encontrou.

- Mônica eu... – Começou ela.

- Não diz nada Magá, porque quem vai dizer sou eu. – Interrompi, irritada. – Se você quiser continuar sendo minha amiga, sugiro que não tente se envolver novamente nos meus assuntos. A minha vida só diz respeito a mim e a mais ninguém. Você tem ideia do que fez hoje? Só estragou tudo, tornou tudo pior do que já estava.  Eu tenho pena de você... Está tão alienada que não tem forças pra cuidar da própria vida, não tem coragem pra cuidar dos seus sentimentos e fica se metendo na minha vida e confundindo os meus. Se voltar a fazer isso, é melhor esquecer o caminho pra minha casa, o meu número de telefone e até mesmo meu nome, porque na minha vida amorosa eu não aceito palpites e envolvimentos alheios. – Magali teria que me perdoar depois, por fazê-la chorar... Pois foi isso que eu consegui com esse meu showzinho sem qualidade. Arrancar lágrimas e magoar minha melhor amiga. É claro, eu não ficava satisfeita com apenas uma briga ao dia, eu tinha que destruir toda a sociedade que me cercava. Magali não me deixou dizer mais nada, apenas virou as costas, com os olhos mareados e foi embora. Sentei no chão e me abracei, para não desmoronar aos poucos... Só que o pior ainda estava por vir.

Tinha me esquecido por breves instante que estava no parque ao lado do campo de futebol onde Luke estava treinando. Nem percebi a hora passar, assim o peguei no horário de saída. Na verdade ele me pegou, já que estava encostada em uma arvore agachada com a cabeça enterrada em minhas pernas. Só percebo sua aproximação, não deixando tempo de, nem ao menos, eu elaborar algo para justificar minha aparência, física e emocional.

-HEY MÔNICA! –chamou minha atenção colocando uma de suas mãos no meu ombro. Levantei a cabeça mostrando meu rosto com certa vermelhidão e lagrimas que não paravam de teimar em jorrar de meus olhos. Toda minha cabeça parecia pegar fogo, de tantos problemas que martelavam nele. –O que foi? Mônicaaa! – chamou minha atenção novamente. Desta vez o olhei, mas também acabei me jogando em seu colo e desabando mais do que já estava a tempo.

Precisava dele deste momento, mesmo sabendo que a partir do momento que eu lhe contasse o acontecido, poderia gerar conflito entre Cebola e ele. Mas não estou conseguindo inventar nada, e muito menos dizer nada. Mentir estava fora de cogitação pelo meu estado mental. Não sairia nada de bom de minha boca se eu tentasse. Acabaria mesmo é estragando tudo isto sim.

Ele me apertou fortemente aparentando querer me reconfortar.

-Me tira daqui Luke – disse me apertando mais ainda a ele. Ele somente se levantou me pegando no colo e saiu andando em direção a nossa casa. Mesmo sabendo pelo o que estava por vir, senti que eu deveria lhe contar o que aconteceu, menos a parte que minha incerteza pelo amor de cebola que quase me dominou.

Mesmo eu não querendo omitir isso, mas sinto a grande necessidade de ter os dois por perto, mesmo sabendo que so poderia ter um, e infelizmente o outro me odiaria para sempre. Neste caso esta sendo o Cebola, mas por quanto tempo?

Não sei se chegamos ou não, mas cai num sono durante o caminho, mas mesmo assim deu tempo de perceber um olhar gélido para cima de mim, mas de quem eu não sei dizer. Só quero mesmo é me desligar do mundo, da vida e do Cebola, de uma vez por todas. 

Acordei na cama de minha casa nova, que ainda me era estranha. Me remexi um pouco e olhei para o lado dando de cara com Luke sentado na cadeira ao meu lado me fitando. Seu olhar era de curiosidade e ao mesmo tempo de ira, mesmo não sabendo o motivo para este sentimento que emergiu de seus olhos.

-Diga-me o que aconteceu para eu te encontrar naquele estado catatônico no parque – falou ríspido e ao mesmo tempo com preocupação na voz. Melhor eu lhe dizer de uma vez.

-Vou falar, mas não queria que você se revoltasse comigo Luke, eu só... acho que não tive culpa do que aconteceu, mas isso você que julgará – tinha um pouco de mentira nisto, mas era o melhor que podia fazer no momento de meu desespero que renascia dentro de mim. Ele somente assentiu fazendo ou voltar a falar. Me sentei na cama e o chamei para sentar ao meu lado e veio sentando-se, mas ainda duvidoso.

Nisso comecei a falar, desde que cheguei a casa da Magá até o momento em que desferi um tapa no cebola. Ele não tinha expressão, somente tinha os olhos vidrados em mim...

-... desculpa se isso te magoou, mas eu te juro, não era o que eu pretendia... por favor confie em mim Luke – falei meio entre os soluços que  começaram a aparecer em minha garganta – me desculpa – eu abaixei o olhar, mas só senti ele levantar meu rosto me dando um beijo na testa.

-Não se preocupe, eu sei que você não teve nada a ver com isso – falou se levantando – mas sei quem tem... – nisso ele sai em direção a porta.

-O-o que você vai fazer? – falei meio que assustada.

-Você verá – nisso saiu pela porta me deixando mais ainda imersa em pensamentos

O QUE ELE VAI FAZER?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem....
comentem e divulguem *o*
logo logo tem mais ...
bjs ;*



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