A Primeira Vista Segunda Temporada escrita por Eveebaby


Capítulo 10
Choque


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI PESSOAS
*desviadepedrasvoadoras*
desculpa gente... desculpa mesmo...
estava dificil nos encontrarmos, por isso demoramos meio ano.
Bom, ta ai mais um fresquinho...
curtam muito
mandem Reviews
Quem sabe recomendação...
*w*
Bom, tamo ai pra criticas e elogios...
beijos beijos
Boa Leitura *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/150485/chapter/10

Passou-se no Maximo 5 minutos comigo imersa em sentimentos confusos. Não sabia o que fazer a não ser ir atrás de Luke antes de cometer alguma besteira. Levantei-me e sai correndo em direção a porta. Corri pelas ruas feito louca tentando descobrir seus passos, pois minha mente, por algum motivo, estava bloqueada. Pensamentos não saiam somente vinham. Eu gritava com a esperança de ele estar perto a ponto de me ouvir. Enquanto gritava seu nome as pessoas da rua me olhavam como se eu fosse uma louca, porém, ele nem ao menos deve ter ouvido, já que não estava a minha vista. Comecei a chorar... queria descobrir onde ele iria se meter.... de repente parei encarando o nada. Todas as células do meu corpo começaram a gritar entendendo para onde ele ia. Não consegui me mexer mais, minhas pernas travaram. Luke iria confrontar Cebola e o pior por minha culpa. A veracidade dessa ideia aumentou meu descontrole, porém, me deu a força necessária para continuar correndo.

Todo o curto caminho foi um martírio, pois tive medo de que eu iria encontrar quando chegasse na casa do Cebola. Quando cheguei a sua casa bati na porta exasperadamente esperando que quem viesse me atender fosse o Cebola, e que meu pressentimento estivesse errado. Fiquei hesitante por um momento com a demora, voltei a bater freneticamente até que a porta se abriu.

-Monica? – disse a mãe do Cebola, surpresa, assustada –pelo meu estado- e irritada por eu bater tanto na porta....

-O Cebola esta? – perguntei impaciente. Ela me encarou ficando com um rosto mais sereno, mas com confusão nos olhos.

-Não! Seu namorado saiu com o Cebola mas sem me dizer para onde – respondeu com um olhar curioso – por que?

-Ahn... Obrigada Dona Cebola – sai sem lhe responder ou dizer-lhe um tchau.

Parecia que o bairro estava mais cheio que o normal, eu procurava nos rostos das pessoas o rosto de Cebola para me aliviar e ter certeza de que ele estava bem, mas uma voz chata na minha cabeça dizia que talvez as coisas não seriam assim. De repente me encontrei no campinho, e só para confirmar meus malditos pensamentos, lá estava uma roda de pessoas. Me enfiei no meio delas e me deparei com o espetáculo que presenciavam, congelei. Tudo o que eu consegui fazer foi gritar, gritar para Luke, para que parasse. Luke batia freneticamente em Cebola em quem estava em cima lhe desferindo socos. Cebola estava com uma face completamente inchada e com manchas escuras e sangue saindo de sua testa e seu nariz.

-Luke para por favor! – eu gritava seu nome enquanto lagrimas teimavam a cair por meus olhos. Me aproximei passando pela multidão eufórica pela briga. Quando cheguei neles fui de encontro ao chão pela força que as pessoas me empurravam. Levantei a cabeça e vi o tanto de sangue ali presente. Tudo de Cebola. Luke permanecia ileso. Levantei-me com dificuldades e corri em sua direção – LUKE PARE VAI MATÁ-LO – gritei tentando puxá-lo de cima do Cebola.

O desespero tomou conta de mim, parecia que estava sem chão, eu não influenciava em nada. Era como se eu não existisse naquele momento, como se não houvesse nada a minha volta a não ser eles se matando e eu não pudesse nem ao menos me aproximar. E se o Cebola morresse...? Esse sentimento me atingiu como uma pancada na cabeça. E se ele morresse? Não suportaria, minha alma se quebraria em pedaços. Ouvi um gemido alto de dor me tirando de pensamentos e voltando aonde estava. No meio da briga. Aquela gritaria e Cebola cuspindo sangue e mais sangue. Comecei a puxar Luke freneticamente com mais força, e como tenho uma força mais sobre-humana, o tirei de cima dele o deixando em pé. Ele virou-se e me jogou longe fazendo-me ir de encontro com o chão.Estava chocada e apavorada. Seus olhos só se via o ódio. Um ódio louco e devastador. Ele me encarava friamente já a minha frente. Não parecia o Luke. Não o MEU Luke. Ele começou a ficar com um rosto mais sereno, encarando-me ainda com os olhos ardentes. Ele abaixou o olhar e quando levantou estava com olhar de culpa. Seus olhos estavam clareados. Não tinha mais todo aquele ódio emergindo dele. Ele caiu de joelhos na minha frente. Voltamos a nos encarar por segundos, que mais pareciam horas. Horas constrangedoras. Nesse momento Cascão e maga chegaram e cascão já avançou para Luke enraivecido.

-Cascão, não! – Gritou Magá o fazendo recuar – O Cebola precisa da gente agora. -Ele encarava Luke com ódio, virou-se a contra gosto, mas foi ajudar Cebola. Levantaram o Cebola do chão e meu olhar se cruzou com o dele, me olhava com os olhos queimando em mim destroçando meu coração! Desviei o olhar.

-Me desculpe amor, eu... – Disse Luke num pequeno sussurro.

-Fique longe – falei por fim me levantando o deixando no chão. As pessoas me seguiam com os olhos e depois cochichavam entre si, mas naquele momento nada me importava era eu... eu e minha dor. Cheguei na minha casa e fui para o quarto. A pessoa que vi no espelho era catatônica. As roupas sujas de terra, a maquiagem borrada pelas lágrimas e o cabelo despenteado.

Fui tomar banho, nesse tempo não conseguia chorar, embora a dor fosse imensurável.

Era como se não tivesse caído a fixa ainda. Depois que saí do banho e me vesti, me joguei em minha cama e as imagens passavam pela minha cabeça como um filme. Agora as lágrimas fluíam constantemente e soluços baixos passavam pela minha garganta. Aquele olhar do Cebola me acusando, dilacerava meu coração, e quando eu pensava que não poderia doer mais, meu coração se reconstituía apenas para se dilacerar de novo. Mas o pior mesmo foi o olhar vítreo e ardente do Luke que invadiu meus pensamentos. Nunca pensei que diria isso, mas eu estava com medo dele, um medo que me fez tremer e ter pesadelos a noite toda. Eu sabia que tinha que concertar as coisas, não podia simplesmente apaga-lo da minha vida ou fingir que não aconteceu. Apesar de tudo eu ainda gostava muito dele, e esperava que de algum jeito, algum dia e de alguma forma tudo fosse ficar bem entre a gente. Esse não era o pior... O que eu faria com o Cebola? Meu ex-namorado, primeiro e provavelmente único amor? Eu recusava pensar nele dessa forma, mas é o que parece certo. Deus do céu olhe pra mim?! O que estou dizendo? Se eu ao menos soubesse um pouco sobre o que é certo não estaria metida nessa confusão e não teria colocado ninguém nessa briga. Como será que estava o Cebola? Será que ele me perdoaria? Assim do nada uma ideia idiota invadiu meus pensamentos... As últimas palavras que eu tinha dito ao Cebola no dia anterior.

FLASH BACK

- Eu te odeio Cebolinha!

- Mas eu te amo!

FLASH BACK OFF

Se Deus me livre a guarde, tivesse acontecido o pior, hoje eu estaria chorando pelo amor da minha vida que se foi acreditando que eu realmente o odiava.

Eu não havia perdoado o Cebola por tudo de ruim que ele me fez passar, mas ele nem ao menos tentou de redimir. Diferente dele, eu vou fazer por merecer o seu perdão, custe o que custar.

Luke P.V On

Quando se deixa o ódio tomar conta do seu ser, no lugar da razão, você começa enxergar tudo vermelho. Só me dei contas dos detalhes e das consequências quando já havia estragado tudo. Eu estava completamente ciente da minha raiva, do sangue do Cebola nas minhas mão, dos seus ossos se deslocando com os meus golpes, porém não pude parar... Eu odeio admitir, depois que a raiva já passou, que eu realmente queria era fazer com que a luz deixasse seus olhos, queria ver suas pupilas se dilatando e finalmente, queria que seu coração parasse de bater de uma vez por todas.

Isso nunca envolveu machucar a Mônica. Eu a ouvia, mas não conseguia parar e então fiz o que eu jamais teria feito em sã consciência, eu a ataquei e me odeio por ter feito isso, mas talvez fosse necessário, só assim eu parei de bater no Cebola e não deixei o pior acontecer.

O pior depende do ponto de vista das pessoas. No meu ponto de vista o pior foi o que eu fiz com a Mônica e o melhor seria que Cebola estivesse morto nesse momento, amanhã já faria um dia e logo ele seria esquecido completamente e não atravessaria o meu caminho. Só que eu sei que isso levaria a Mônica para longe de mim e direto ao abismo, pior do que quando a conheci.

Odeio esses meus surtos. Já tentei me tratar, mas parece que nada resolve, nem remédios, ou terapias. Para mim, isso é um grande problema, qualquer surto de raiva poderia causar a morte de alguém. Muito antes de conhecer a Mônica eu passava com psiquiatras para tratar de minha obseção por sangue. Sempre que entrava em uma briga, meu corpo se mexia sozinho, fazia coisa que tinha certeza de que meu corpo não iria aguentar, como se eu tivesse essa habilidade dentro de mim e nunca tivesse a percebido até o momento em que quase matei meu amigo por um momento de delírio. Fiz 5 anos de terapia até me recuperar, e ficar dócil como quando a Mônica me conheceu. Nunca mais precisei passar por essas consultas, estava feliz com os resultados, mas parece que, dependendo do quão serio for o meu surto, perco o controle.

Não podia ir para casa, já que moro junto da Mônica. Nisso estou ainda aqui no parque sem saber o que fazer. Talvez, ter vindo para cá, sabendo que seu ex estaria aqui, pode ter sido um erro. Sentado no banco, com a chuva caindo sobre mim como agulhas. Eu, por incrível que pareça, não me sinto culpado pelo que fiz, não como deveria. Pois, uma parte de mim queria parar... eu sei que queria. Parei por um tempo logo levantando minha cabeça que estava baixa. Vou falar com ele.

Levantei-me e me dirigi até a sua casa. Parecia que tinha muita gente lá, pela movimentação. Cheguei na frente de sua porta. A coragem de bater foi sumindo por uns instantes. Mas acabei cedendo e batendo. Ouvi alguns murmúrios lá dentro mas a porta se abriu por Cascão que avançou para cima de mim me fazendo cair no chão, mas com uma de minhas mãos em seu pescoço.

-O QUE ESTA FAZENDO AQUI DESGRAÇADO – gritava Cascão enquanto tentava me bater, mas eu o sufocava. Eu somente o encarava sem dizer nada.

-o que tenho a dizer não é com você – falei rispidamente a ele soltando seu pescoço e me levantando o fazendo sair de cima de mim. Encarei as pessoas na porta, entre elas estava Magá e Cebola.

-É comigo que você quer falar não é mesmo – disse Cebola e encarando. Somente assenti o fazendo suspirar – entra – falou causando susto em todos ali presentes. Cascão foi o primeiro a se levantar e me puxar para trás entrando na frente da porta.

-Não tem nem o que dizer a ele – falou me fuzilando – cebola vai deixar esse cara entrar? e se ele te bater de novo? – indagou. O Cebola somente deu um sorriso debochado.

-Eu conheço ele, e sei que não iria violar minha casa – dito isso ele convidou-me a entrar. assim passei por Cascão que não me olhava. Parei na porta e não continuei, já que estava molhado. Acho que sua mãe percebeu pegando uma toalha me dando para me enxugar. Encarava-a com um meio sorriso. Ela me lembrava minha mãe por algum motivo. –Poderiam nos deixar sozinhos? – falou para os presentes ali. Eles não pareceram gostar muito, mas mesmo assim saíram com Magali puxando cascão a contra gosto. Assim, nos deixaram sozinhos na sala. Eu o segui e nos sentamos no sofá.

-O que você veio fazer aqui mesmo? – disse enquanto me encarava seriamente. Somente dei um sorriso.

-Perder meu orgulho! – falei com deboche.

Luke POV’S OFF

Narrador POV’S ON

Cebola o encarava enquanto Luke tentava achar as palavras certas para se redimir com Cebola.

-Não sei nem por onde começar Cebola – falou por fim abaixando a cabeça – foi algo involuntário. Quando percebi já o tinha machucado deste jeito. – este não levantava o olhar. Cebola o encarava não se convencendo do que dizia.

-então quer dizer que me bateu mas não queria? Aah, faz favor, acha que nunca disse isso também mesmo batendo com orgulho e sorriso no rosto? – disse Cebola ironico. Luke nada disse somente estava imerso em pensamentos. –Como quer que eu acredite em você?

-Se eu te contar, pode ser que me odeie ou não queria mais ser meu amigo – quando disse isso levantou os olhos que mostravam arrependimento e pediam ajuda. Cebola se assustou com isso mas deu um sorriso.

-Nunca fomos amigos, mas tenta... não esta perdendo nada com isso – falou se ajeitando no sofá.

-Tenho sérios problemas Cebola – falei com um sorriso no rosto. – um deles é minha falta de controle. – disse por fim.

-Ah é? – estava a ponto de se levantar quando Luke se levanta e o encara.

-se não acredita então perdi meu tempo aqui – disse por fim se retirando o que fez Cebola se assustar um pouco.

-OI! É assim? Você vem aqui para pedir desculpas, fala umas coisas estranhas e depois sai sem mais nem menos – falou irritado – bom, você quem sabe... não me importo com sua amizade. Vai xispa – falou enquanto o encarava de costas.

Luke fervia por dentro. Sua vontade era de pular em sua garganta. Respirou algumas vezes, mas o que Cebola diz em seguida o fez perder o controle.

-Volta para aquela idiota. Só mesmo um idiota para combinar com outro – foi a gota, assim fazendo ir contra o Cebola.

-Se toca Cebola, quem você pensa que é pra falar de mim, ou da minha namorada? Você não me conhece nem um pouco e nem sabe do que eu sou capaz, não tem a mínima ideia do enorme sacrifício que eu faço pra não quebrar sua cara inteira... Obviamente eu não precisaria sujar minhas mãos, já que não me falta dinheiro e influencias que fariam todo o serviço por mim, mas que graça a nisso? Estou tentando me redimir, mas ainda me falta controle. - Disse Luke enfurecido, indo pra cima de Cebola e o segurando pela gola da camisa e armou o punho. Quando ele foi desferir o golpe, o olhar da Mônica implorando para que ele parasse, o fez reunir a força necessária para soltar Cebola. – Eu prometi a mim mesmo que seria uma pessoa melhor, é claro que não foi o suficiente para me tirar das brigas, mas agora eu prometi pela Mônica, e é o bastante.

Dizendo isso saiu da sala. Quando passou pela porta deu de cara com Irene que o ignorou e foi direto aos braços de Cebola.

- Ai meu amor, o que houve com você? Você está bem? Está doendo muito?- Perguntava Irene freneticamente.

- Estou bem Irene, estou bem.- E dizendo isso, beijou-a com delicadeza. – Obrigado.

- Ahn... Obrigado pelo que? –Perguntou Irene, confusa.

- Obrigado por estar comigo quando eu preciso de você.

Irene ficou feliz em ouvir essas palavras da boca de Cebola, anulando as suspeitas que Carmem implantara em sua cabeça hoje mais cedo.

FLASH BACK

-Olha linda, eu acho que você devia ficar um pouco mais esperta com o seu namorado e a dentuçinha, Todo mundo sabe que mesmo que eles dois estejam namorando pessoas diferentes ainda se gostam.- Disse Carmem provocando.

-Claro que não Carmem, o Cebola me ama. – Disse Irene inocentemente.

- Amore, quantas vezes ele já te disse isso? Quantas provas ele te deu pra você achar que é verdade?

-E-Eu...

-Gaguejou perdeu gatinha... Escuta o conselho da sua amiguinha aqui, é melhor você achar uma coisa que faça vocês ficarem juntos apesar da imbecil da Mônica que está atrapalhando, isso é, se você realmente gosta dele. – Disse Carmem jogando todo seu veneno.

- Do que você ta falando Carmem? Que coisa?

- Quem sabe um bebezinho?

-Está louca? Eu grávida?

-Para de ser boba Irene, acorda pra vida...Não engravide, mas minta que engravidou e depois finge que perdeu o bebê e que está em depressão. Já não é segredo entre a galera que o seu relacionamento com o Cebola esta bem intimo. Então é só você usar as armas que o destino te dá. Apesar de idiota, o Cebola é cavalheiro e não vai deixar você em momentos difíceis.

-Então você sugere que eu aplique um golpe pra ele ficar comigo por pena?

-É claro que não, estou sugerindo a solução pra você não perder o namorado...Mas ele é seu, assim como a decisão! Isso foi só um conselho....

FLASH BACK

Irene desconsiderou esse plano da Carmem nesse momento, mas ela ficaria esperta e não perderia Cebola por nada, nem que fosse necessário usar esse plano ridículo, mas que tinha 99% de chance de funcionar.

NARRADOR POV’S OFF

MÔNICA POV’S ON

Estava tomando um ar na minha sacada quando alguém chegou por trás de mim e me entregou um buque de rosas. Virei e vi Luke, me olhando como quem quisesse se desculpar.

- Mônica eu sei que você está me odiando e que agora eu sou a última pessoa que você quer ver, mas você tem que entender que eu tentava defender sua honra.

-Defender a minha honra com o sangue do Cebola?

-Mô me desculpe, eu sei que eu perdi o controle, eu vacilei, mas eu prometo que não vai acontecer de novo.

- Você me decepcionou Luke, eu esperava aquela atitude de qualquer pessoa, menos de você! Pensei que você fosse diferente. Como posso perdoar ou confiar em você?- Nisso, Luke se ajoelha em meus pés, ainda segurando o buque de flores.

- Sendo diferente de mim Mônica. Eu sei que eu fiz tudo errado, mas tudo o que eu faço é por você, por amar tanto assim você.

- Se for pra matar as pessoas por mim Luke, por mais que me machuque dizer isso, prefiro ficar sem você.

-Mônica eu te amo, estou aqui de joelhos aos seus pés, te pedindo perdão, o que mais que você quer que eu faça ou diga? O que você quer de mim?

Parei por um momento, o que eu diria a seguir feria meu coração, mas era o certo, pelo menos desta vez.

- Eu... Eu quero um tempo Luke. Um tempo pra você me provar que ainda me ama de verdade e é digno da minha confiança.

Ele deu um sorrisinho se levantando.

-Pode deixar. Te conquistarei de novo – falando isso ele me entrega as rosas e  sai da sacada, mas antes da um beijo em minha bochecha – somente me espere amor – assim saiu indo até seu quarto me deixando sozinha. Confusa e feliz por algum motivo. Acho que por sua dedicação talvez. Acho que ele me ama mesmo, mas espero que o ame desse jeito que ele demonstra, para que eu não o magoe.

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS.

Hoje é quando nossos pais voltam, e por consequência o aniversário de Luke, onde eu fiz um grande bolo em sua homenagem. Espero que ele goste... é de Chocolate. Me sinto tão orgulhosa pelo meu trabalho. Desta vez não queimou...

Também estou orgulhosa pelo Luke que coseguiu se redimir comigo por completo, mesmo ainda não termos voltado completamente. Talvez hoje na sua festa no iate voltemos. Fiquei feliz por ele ter feito as pazes com todos, até com Cebola e Cascão, que foi o mais difícil. Ele convidou todos para a festa. Isso me fez lembrar que estou de boa com a Magá... o que me deixa feliz.

EU TO FELIZ HOJE EM...

Bom, esse finde vai ser ótimo mesmo. To ansiosa para dar um super mergulho na agua salgadinha. Será que o Luke é merecedor do meu perdão? Eu quero muito voltar com ele nessa festa, mas... suspiro... algo me diz que acontecerá algo se o fizer, algo muito ruim... isso é normal de se sentir? Já faz um tempo que tenho tido essas sensações que me causam medo e dias de insônia.

A campainha toca  saio correndo em direção a porta, já sabia quem era, cheguei e vejo minha mãe conversando com uma empregada... saio correndo pulando em seu pescoço.

-Mae, como senti sua falta – indaguei com os olhos marejados. Ela me aperta.

-também Môniquinha. – murmurou ela com lagrima nos olhos... ela se soltou de mim – me diz que vocês não destruíram a casa!! – ela zombou me fazendo rir.

-não mae, ela ainda esta inteira – nisso escuto um barulho das escadas, me viro e vejo Luke descendo as escadas.

-Seja bem vinda D. Luiza – cumprimentou ele a minha mae. Ela lhe sorriu e foi falar com as empregadas sobre as malas... ta faltando alguém não esta...

-Luke – chamo sua atenção... ele se vira e me encara – cadê seu pai? – perguntei encarando os lados e a porta...

-Ele teve de ficar em Paris a negócios – murmurou ela meio tristonha... a lua-de-mel foi estragada pelos negócios do Sr. John, que triste. Me dirigi a Luke o puxando pelo braço.

-fecha os olhos – indaguei, ele sorriu e fez o que pedi. Cheguei na cozinha e o coloquei na frente da mesa. – pode abrir – assim ele o faz e encara surpreso o bolo com um sorriso.

-você que o fez? – perguntou, somente assenti com a cabeça. ele sentou-se na mesa e cortou um pedaço do bolo o comendo... –Uau, você não queimou – uma veia saltou da minha testa...

-COMO ÉEE?

Me arrumei para encontrar a galera no parque, já que todos queriam dar os parabéns a Luke antes da festa. Coloquei um básiquinho mesmo e me dirigi ao parque... ficamos quietos o caminho todo. Desde que terminamos não conversamos mais como antes... sempre com segredos e incertezas... preciso, de todo jeito, tentar reverter isso. Mas como?

Acabei de me lembrar de uma coisa... faz um mês, contando com hoje, que não falo com Cebola... nem uma simples palavra. No máximo um Oi, mas bem indiretamente... suspiro ao pensar nisso. Por que você me machuca tanto? Eu sei que ainda o amo mas, mesmo assim não acho que deveríamos sofrer tanto. Parei de andar e encarei o céu.

Hoje, definitivamente, vou fazer as pazes com Cebola e voltar a sermos amigos bem próximos, quem sabe até ele possa me dizer aquelas três palavrinhas novamente.

-monica? – volto meu olhar para Luke – tudo bem? – pergunta preocupado... será que estou mesmo? Me viro com tudo e lhe abro um sorriso.

-sim, estou ótima... vamos – sai correndo a sua frente. Parei quando vi Cebola. Acho que fiquei que nem boba o encarando. Ele esta tao lindo... mau coração esta acelerado.. ms por que isso agora? Parece até o primeiro dia que vim ao limoeiro e revi o Cebola depois de 10 anos. A mesma sensação. Para de me fazer isso Cebolinha... apertei a barra da saia e continuei o caminho.

-MAGÁA – gritei para ela que se virou e me recebeu num abraço.

-Como você ta  amiga? – murmurou ela... somente lhe dei um sorriso como resposta... Ela se dirigiu ao Luke lhe dando os parabéns. Olhei para Cebola que conversava com Cascão... suspirei e me dirigi a eles.

-Bom dia – falei a eles... me encararam ambos com um sorriso.

-Bom dia Mô – falaram os dois em uníssono. Parei meu olhar em Cebola que me fitava profundamente. Cascão pigarreou e saiu do meio de nos, não precisava mas...

-Quer conversar? – perguntou friamente a mim... assenti e nos dirigimos a um lugar mais afastado. Senti o olhar de Luke em mim, mas ignorei, preciso concertar as coisas. Paramos frente ao lago. E o fitamos por uns instantes. – O que foi? – direto na lata... suspirei e o encarei.

-não quero mais isso Cê – murmurei, ele me olhou sem entender – não gosto de ficar de mal com você. Queria... – suspiro – voltar a ser sua amiga... – ele não me olhava, somente fitava a movimentação do lago.

-Mô... – o encarei – isso é o que eu menos quero. Ser seu amigo. – isso foi um baque. Ele suspira – mas prefiro ser pelo menos seu amigo a não ser nada seu – não sei porque mais um sorriso se formou no meu rosto... e uma lagrima teimou a descer...

-Obrigada – ele me encarava com um olhar terno e me puxou para um abraço.

-não chora mô. E não precisa me agradecer também, eu não aguentaria ficar mais tempo sem falar com você do que já suportei nesse ano que passou – indagou ele me apertando. – queria voltar para o tempo em que eramos crianças. Quando não tínhamos preocupações e... – suspira – podia te amar as escondidas sem dor – arregalei os olhos... o que ele...? – nao queria ser somente seu amigo mas, para o meu coração já é o suficiente .

Como eu queria que o tempo parasse naquele instante. Ficar somente eu e ele com aquelas palavras nos rodeando. Mais ninguém além de nós, sem preocupações, somente com aquele abraço como meio de sustentação... será que estou sendo iludida pelo coração e ouvi errado? Pode ser, já que ele gosta de me pregar peças odiosas como essas... Cebola, não sabe o quanto eu te amo, e o quanto eu te quero do meu lado como minha parte que falta... acho que entendi o porque de não ter conseguido ficar bem e amar o Luke... por que....

Meu coração não me pertence mais... e sim a você... sempre pertenceu, e quanto maior a distancia maior a dor... não posso deixar que essa dor se alastre mais ainda... quanto mais perto melhor para essa dor cessar e, poder viver normalmente te amando as obscuras.

-Mô – me chama a atenção – pode fazer um favor para mim? – assenti o apertando – poderia tentar ser amiga da Irene? Não sei se é pedir demais mas... – imterrompi.

-só se você tentar ser amigo do Luke... – ele estremeceu mas assentiu com a cabeça, soltei do abraço com muito custo e lhe dei a mão. – trato? – ele sorriu e apertou.

-trato.

~o~

Só tenho uma hora para  me arrumar e ir ao iate. O que eu visto? Talvez um vestido? Ou uma saia? Ou calça? Shorts? Aaaaah, eu não sei. Será que o Luke me ajuda? Balancei a cabeça retirando esses pensamentos. Tenho de fazer por mim mesma... bom acho quer vou de calça, por que no mar a noite é frio. E de uma blusinha de renda porque é fofa e uma jaqueta e sapatilha. É... isso ae. Fui para o banho rápido, estava tão feliz de ter feito as pazes com o Cebola, acho que estou parecendo uma tonta. Sai do banheiro enrolada em uma toalha e peguei minha roupa me trocando. Como não tenho vizinhos não tem problema em deixar a janela aberta. Coloquei a roupa e arrumei o meu cabelo, ele é curtinho então o deixei bem liso, dando uma sensação de ser um pouco mais longo. Passei uma maquiagem de leve, escovei os dentes e desci em direção a saída onde Luke já me esperava.

-Ta atrasada – zombou ele. Mostrei a língua e passei na sua frente – ta linda – babou ele... sorri vitoriosa e me dirigi a moto dele, é vamos de moto. Demoramos uns 15 minutos mas chegamos no cais. Estavam todos no Iate esperando-nos. Desci da moto e subi nele, e como era lindo...

-chegaram a muito tempo? – perguntou Luke subindo no iate. A festa começou com musica, comida, conversas paralelas. Nisso tive de me aproximar de Irene mas, ela estava tão voada, nem parecia ela mesma, a garota séria de sempre. Peguei um prato de salmão e cheguei nela.

-Quer Irene? – tentei ser a mais doce possível, mas tava meio difícil com o jeito que ela me desprezava.

-Não posso – não pode? Será que é alérgica? Dei de ombros e sentei do seu lado.

-Quer alguma bebida? Já que você tem mais de 18 e... – ela me interrompeu.

-Não posso beber – nossa não pode comer peixe, nem beber, ela tem problema é?

-Por que não? Até parece que esta gravida – ela me olha assustada e abaixa o olhar... arregalo os olhos – meu Deus – sussurro. Entrei em choque. Não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Parecia que, tudo o que ele havia me dito mais cedo fosse mentira. Senti raiva dele. E ainda mais pela Irene, mesmo sabendo que ela não tinha nada a ver com isso. foi usada por ele, como todas as outas meninas antes de nós duas. Suspiro e abro o maior sorriso que tinha, mesmo sendo o mais falso.

-Por favor, Monica eu te imploro! Não conte ao Cebola... – meu sorriso se desfez. Como assim?? – ele não sabe. Ninguém sabe só você. Sei que não gosta de mim, e quer me ver morta mas – ela abaixa o olhar – estou aqui lhe implorando. Vou contar a ele hoje, mas... tem de ser eu, e não por outra pessoa. Ele pode achar que eu o trai por não ter lhe contado. – ela parecia desesperada. Eu adoraria acabar com a reputação dela mas...

-Ok. Não conto nada, mas não esconda dele. – assim me retirei somente ouvindo um obrigada vindo dela. Nisso, lagrimas começaram a rolar.

Odeio minha vida...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OBRIGADA POR LEREM
ATÉ O PROXIMO.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Primeira Vista Segunda Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.