A Primeira Vista Segunda Temporada escrita por Eveebaby


Capítulo 7
Rápidamente


Notas iniciais do capítulo

Comentem. ^^



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Acordei com o sol no meu rosto. Tudo o queria era pensar que tudo havia sido um pesadelo.

Abri os olhos para meu quarto. Bairro do Limoeiro... Tudo completamente real. Quando eu conseguiria por um fim em tudo isso? Eu precisava ir à escola, mas não estava preparada pra enfrentar as pessoas que lá estavam. Arrumei-me, e desci... Tentaria com todas as minhas forças não ter um surto de raiva quando visse o rosto da minha mãe.

-Mônica?! – Ela me chamou quando tentava passar despercebida. Virei-me, bufando.

-O que? – Respondi secamente. Ela me encarou com olhos fulminantes.

-Quando você chegar nós teremos uma conversa... Sem surtos, sem choro sem gritar... Uma conversa educada. – Simplesmente a encarei, me virei e abr a porta, saindo sem me despedir.

Caminhei lentamente para o meu martírio, eu estava tão queixosa ultimamente, isso me assustava. Mas não me assustou tanto quanto o que eu senti quando eu vi a pessoa que eu passei seis meses evitando. Meu coração martelou muito forte dentro do meu peito. Raiva, ódio, saudades, tristeza, mágoa, amor, foram o que eu senti, sem saber o que prevaleceria, o mais forte. Evitei que as lágrimas rolassem dos meus olhos, isso era fraqueza. Lembrei-me do meu porto seguro, de quem eu havia entregado meu coração. Luke... Era ele que importava, mesmo longe, era apenas ele. Mas a minha armadura estava prestes a trincar, quando eu vi Irene se aproximando e dando um longo beijo no Cebola, um beijo apaixonado, talvez mais apaixonado de que eu já dera.  Eu precisava me curar dessa doença, eu precisava me livrar dessas lembranças, então eu fugi pra longe deles, antes que ele me visse e se sentisse vitorioso por pisar em mim de todas as maneiras possíveis e ainda ficar com outra menina. Irene era linda, loira e uma completa víbora. Eu a odiava.

Entrei na sala de aula e o professor ficou surpreso por me ver de volta. Sentei-me o mais longe possível da escoria que um dia eu chamei de amigos, mas que me abandonaram quando eu mais precisei. É claro, isso atraiu olhares confusos e surpresos. O tempo parecia não passar sem Luke, eu precisava dele, mais do que um dia eu imaginei que precisaria.

No intervalo me sentei em baixo de uma árvore, queria ficar sozinha, assim eu poderia culpar todas as pessoas da minha vida pelos meus erros, porque é claro, isso é típico de mim.

Ao longe eu vi uma rodinha, todos sentados na grama, e isso me fez pensar que era pra eu estar lá também, mas isso era antes, agora eu sentia muita raiva, porque eles me trocaram pela víbora loira. Estavam todos lá, Cascão, Cascuda, Quim, Magali, Titi, Aninha, Denise, Cebola  e agora, Irene...entre outros.

Meu regresso nada significou, na aula, Cebola simplesmente me olhou sem dizer nada, isso não era pra doer como doeu.

Lágrimas escaparam dos meus olhos e a solidão me inundou... Eu era orgulhosa demais pra tentar perdoar e admitir que eu sentia falta deles.

Peguei minha mochila e pedi saída na secretaria, e me arrependi assim que estava fora da escola, porque agora eu teria que ver a traidora da minha mãe.

Cheguei em casa e ela estava no sofá, obviamente me chamou e eu forçadamente expliquei porque eu estava em casa mais cedo, omitindo a verdadeira razão e usando outra desculpa.

-Sente-se então, precisamos ter uma conversa.

-Olha mãe, se for sobre meu comportamento eu dispenso.

-Não é sobre isso... Mônica, eu vou ser direta... Dentro de um mês eu vou me casar.

O choque inundou a expressão que eu tão cuidadosamente compus. Eu não sabia ao menos o que dizer, será que a minha mãe não percebia como ela estava me fazendo mal? Primeiro me tirando da casa do meu pai, dos meus amigos, de Luke e agora ela estava me dizendo que ia se casar em um mês. Será que podia piorar?

-Eu sei que pra você é um choque filha, mas desde que...

-Desde que meu pai viajou a negócios você alimenta um caso com esse homem não é?

-Mônica me respeite!

-Não é a verdade mãe? Vai diz!

-Seu pai e eu não dávamos certo há muito tempo. –Disse ela envergonhada.

- A é claro, ai você sentiu uma extrema necessidade de trair ele não é? – Minha expressão era de puro desprezo.

-Não me olha desse jeito filha. - Ela disse triste.

-Só que não tem outra maneira de olhar mãe! Eu to muito cansada disso, das suas brigas constantes com meu pai, to cansada de dizer adeus para as pessoas que amo sempre. Eu to cansada de traições. – Eu disse chorando.

-Filhinha, minha intenção nunca foi magoar você, entenda isso, eu só fiz o que eu achei melhor pra mim e...

-Só que o melhor pra você me destruiu mãe. – E dizendo isso eu subi as escadas pro meu quarto e me atirei na cama... Sobretudo, estava cansada desses dramas.

Abracei meu travesseiro e tentei justar os pedaços. Minha mãe entrou no meu quarto e sentou-se ao meu lado, acariciou meu cabelo.

-Mônica me perdoe filha, por favor...

-Não dá mãe, ainda não tenho estrutura pra isso.

-Filha, eu não quero piorar as coisas, mas eu tenho que dizer... Amanhã à noite John vai vir aqui, pra vocês se conhecerem.

-Não faço questão.

-Por favor, filha, faça um esforço e seja boazinha... Dentro de um mês vamos morar em outra casa e...

-Outra mudança? – Eu disse indignada. Será que ela ouviu a parte que eu cansei de dizer adeus?

-Só de casa filha, vamos continuar no Limoeiro. Depois que você e John se conhecerem eu te levo pra ver nossa nova casa. Nós teremos uma nova vida, você vai ver.

-Mãe, eu preciso ficar sozinha... Por favor.

E assim ela se levantou cabisbaixa e saiu do meu quarto... E eu fiquei na minha amargura.

P.V Cebola

Mônica estava de volta. Não sabia se isso era bom ou ruim... Eu havia convencido a todos bancando o durão que ela não significava nada pra mim, mas a verdade é que quando ela e eu terminamos eu senti tudo a minha volta morrer. Mas fui forte, não poderia bancar o fracassado da história. Comecei meu namoro com a Irene e meio sem querer fomos além, avançamos muitos passos e agora, mesmo que eu quisesse eu não seria tão canalha pra terminar com ela. Irene e eu havíamos dormido juntos já... Nossa relação estava séria e não seria eu a por um fim em tudo isso, descarta La porque a Mônica, a menina que eu amo e que partiu meu coração voltou. No fim do ano Irene iria pra uma república feminina em Minas Gerais pra fazer faculdade e eu continuaria aqui... Então era questão de meses pra nós terminarmos.

Eu não podia voltar com a Mônica, em breve ela freqüentaria só a alta sociedade, o casamento da mãe dela era o evento que aflorava o horizonte, um grande evento, na maior parte a elite empresarial, e as famílias mais amigas e a minha estava inclusa, isso significava que eu teria que comparecer. Será que ela já sabia que a mãe vai se casar? Se casar com um cara mega rico e que ela vai morar numa mansão que mais parece um palácio? Bom, a mãe dela não deve ter escondido isso dela e ela devia estar feliz, pelo que a Magali me disse ela já estava andando com gente de classe alta no Rio de Janeiro, os filhos dos amigos do pai dela.

De qualquer modo, ela voltou diferente. Magali me contou o que ela fez quando chegou e de como maltratou ela. Se depender da Mônica pra fazer as pazes, elas vão morrer inimigas, porque a Mônica é mimada, arrogante e orgulhosa... E bonita... E perfeita... E eu sentia falta dela.

P.V Mônica

Mas um dia havia se passado e agora eu estava me preparando pra conhecer o futuro marido da minha mãe. Quando desci, ela estava terminando de arrumar a mesa.

- Mônica, ta tudo bem mesmo?- Ela me perguntou com medo de eu surtar.

-Não vou estragar seu jantar mãe, mas na hora que eu me encher de bancar a atriz u vou me retirar.

-Tudo bem filha, só... Só se esforce. – Então a campainha tocou e eu tive medo de não estar tão controlada assim, porque senti raiva correndo pelas minhas veias. Mas eu tinha que ser forte, eu prometi.

-Então essa é a bela Mônica? –Disse John. Um homem bem vestido que me lembrava alguém, só não estava sabendo quem.

-Mônica esse é o John, John essa é a Mônica.

-Muito prazer em conhecê-la Mônica, sua mãe só fala de você.

-Igualmente. – Eu disse, tentando soar educada, mas saiu com aspereza.

O jantar fluiu calmamente, John não era assim tão ruim... Era da idade da minha mãe, tinha olhos claros e cabelos loiros. Ele perguntou dos meus gostos, do que eu pretendia no futuro, em geral tivemos uma conversa amigável e quando ele foi embora minha mãe disse que estava orgulhosa de mim.

E os dias se passaram rapidamente. Eu fui ver a casa que eu moraria dentro de duas semanas. Era uma mansão, era linda, mas eu não a via como um lar... Faltava alguma coisa, aliás, faltava alguém e eu sabia quem. Faltava meu pai. Eu estava tentando com todas as minhas forças ser forte, mas parecia que a qualquer momento eu iria desabar. E precisava fazer uma coisa, algo que era certo. Então fui até a casa da Magali, pra me desculpar.

-Sério você é a ultima pessoa que esperava ver aqui. – Ela disse surpresa após abrir a porta.

Eu a abracei, com lágrimas nos olhos, abracei bem forte.

-Me desculpe amiga, eu fui tão estúpida... Eu estava irritada, triste, nervosa e atirei tudo pra cima de você. Por favor, me perdoa.

-Ei, eu sei Mô, eu sei! O que você ta passando é difícil e eu entendo... E eu errei em não ter te ligado, você é minha melhor amiga Mônica, sempre vai ser. É bom ter você de volta.

Passamos a noite toda conversando. Quando cheguei em casa eu vi uma mensagem no meu celular.

Luke, dizendo que me amava e que sentia minha falta. Com um nó na garganta, tudo o que eu pude responder foi um “eu também Luke, acredite, eu também.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, essa semana eu vou postar o casamento ook ?! Beijo e comentem.
Evêe aqui ^^



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