A Primeira Vista Segunda Temporada escrita por Eveebaby


Capítulo 11
GoodBye


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao último capítulo. Pedimos desculpas a todos que acompanharam esta fic pela demora a postá-la.

Como vocês sabem, somos uma dupla e estava complicado de nos encontrarmos mas, agora estamos aqui lhes entregando nosso ultimo capítulo, ultima parte desta enorme saga.

Não sabem o quanto estamos felizes de ter terminado esta fic e, agora mais do que tudo, lhes estregamos nosso sentimentos ♥

Esperamos que apreciem e que nunca se esqueçam de nós duas.

Apreciem a leitura!



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Capítulo 11 - Goodbye

Um ódio tão devastador me invadiu que a única coisa que eu queria era me vingar do Cebola, ou então esmurrar o rosto dele. Senti-me uma idiota por chorar, mas eu nunca havia pensado que as coisas seria assim, que esse seria o meu futuro. Parei um momento. Enxuguei minhas lágrimas e fui atrás do Luke. Sabia exatamente o que fazer.


Quando me aproximei de Luke ele conversava com um convidado, então os interrompi e comecei a beijá-lo sem me importar com o convidado que nos olhou por um momento e depois saiu. Eu o beijava com vontade, como se fizesse séculos que eu não fizesse isso e ele retribuiu exatamente da mesma maneira que eu.


- Vamos sair daqui? – Perguntei, e ele me olhou sem entender. Voltei a beijá-lo, e desta vez os meus movimentos deixaram bem claro pra ele o que eu queria. Ele me segurou pelo braço e interrompeu o beijo.
 

-Vamos.
 

Fomos para a moto dele.
 

- Aonde vamos?- Perguntou Luke.
 

- Vamos pra minha antiga casa. – Eu já tinha tudo arquitetado em minha mente.
 

- Então sobe. – Disse Luke, subindo na moto.
 

Chegamos à antiga casa, eu o conduzi até meu antigo quarto. Minhas mãos estavam tremulas, meu estomago estava se revirando. Meu coração soava como tambores. Sim eu estava com medo, medo de me arrepender. Luke sentou na cama e me puxou pela cintura para o seu colo, de frente para ele, e começou a me beijar suavemente. Meus hormônios me diziam para continuar, minha mente para eu parar, mas eu estava gostando.
Luke começou a beijar meu pescoço. Nos deitamos, o beijo agora era frenético, e ele era tão carinhoso.
 

-Você te mesmo certeza amor?- sussurrou Luke no meu ouvido. Não, eu não tinha certeza, mas não iria parar agora, eu iria até o fim. Apenas balancei a cabeça, em confirmação.
As mãos dele deslizavam pelo eu corpo, por dentro da minha roupa, me causando arrepios. Eu estava com um pouco de vergonha, mas mesmo assim abri os botões da sua camisa e passei a mão em seu peito... Ele era tão forte! De repente estava muito calor. Nós dois estávamos nus, suas mãos continuavam a deslizar pelo meu corpo e baixos gemidos escapavam das nossas gargantas.
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-Bom dia princesa. – Sussurrou Luke ao meu ouvido. Acordei meio confusa, quando vi onde estava percebi que não havia sido um sonho. Eu estava deitada no meu antigo quarto, coberta apenas por lençóis. Meu rosto ficou de um vermelho vivo. Luke riu.
 

-Amor não precisa ficar com vergonha, está tudo bem, o que fizemos não foi errado. Vou me vestir, se veste também, pois sua mãe deve estar preocupada. – Dizendo isso, ele beijou minha testa e se levantou. Estava nu, como eu estava. Levantei-me também, com o rosto em chamas e me vesti. Se aquilo não foi errado, porque eu estava com tanta culpa?
 

Luke me deixou em casa e foi abastecer a moto.
 

- Onde você estava Mônica? – Disse minha mãe exasperada assim que coloquei meus pés dentro de casa. O que eu diria? O pânico tomou conta de mim.
 

- Mãe eu... É que... É... Eu... - Gaguejei.
 

-Não precisa mais dizer nada, vai pro seu quarto agora e tome um banho, quando terminar a gente conversa.


Conversar sobre o que? Eu não queria conversar. Balancei a cabeça e fui para o meu quarto, tomei banho e me vesti. A culpa não saia de mim e agora eu já via o por que. Eu não havia dormido com Luke por amor, havia dormido com ele para me vingar do Cebola. Menti para mim e para ele. Minha mãe bateu na porta e entrou, sem esperar eu autorizá-la. Sentou-se na minha cama e olhou para mim.
 

- O Luke estava com você não é?
 

-Sim.
 

-E vocês beberam?
 

-Não mãe.
 

-Vocês foram pra cama?- Nossa como ela foi direta. Não podia mentir pra ela.
 

-Fomos. –Disse de cabeça baixa, com o rosto em chamas.
 

-Foi a primeira vez filha?
 

-Foi.
 

-Eu não vou te deixar de castigo, nem vou gritar ou coisa parecia. Estou feliz que tenha me dito a verdade, eu sei que você já é quase adulta, mas eu sempre vou achar que você é minha filhinha. Só me diz que vocês tomaram cuidado filha.
 

Eu não acreditei que foi assim tão simples o sermão.
 

-Sim mãe, nós tomamos cuidado.
 

-Tudo bem, tome sempre cuidado filha, sempre mesmo, você sabe o que pode acontecer se você não se cuidar não é?
 

-Sei mãe... A gente pode não falar sobre isso mãe? É tão constrangedor.
 

- Tudo bem filha, eu vou cuidar do almoço. – E dizendo isso, retirou-se do meu quarto.
 

Minha cabeça girava. Como eu olharia nos olhos do Luke de novo depois do que rolou? Tudo foi tão mágico, tão diferente e ele foi tão carinhoso. Me sinto diferente agora, como se eu tivesse amadurecido. Mesmo pelo motivo central disso ter sido a vingança, eu não pude deixar de soltar um suspiro profundo... Eu era loucamente apaixonada pelo Luke, sentia uma atração muito forte por ele, não sei a onde isso vai dar.

POV'S Cascão

Mano, essa festa é muito, como se diz, chique? Num iate particular, cheio de comidas caras, pessoas meio que esnobes, e garçons, GARÇONS!! Acho que o salgadinho é 2 conto. Suspiro, cara é tão estranho estar solteiro. Acho que nunca fui solteiro na minha vida, sempre com a Cascuda! Não é ruim mas, é um tipo de liberdade que nunca tinha provado!

Peguei um copo de coca e me sentei na beirada do iate, mais afastado de todos. Não sou mundo fã de bebida alcoólica, já que a única coisa que se vê é os outros bebendo feito doidos, já já eu escuto um "Homem ao mar".

Olho de relance ao outro lado onde Maga aparece com Quim. Como onde eu estava não tinha iluminação dava para continuar ali, mesmo que me doesse os ver juntos. Contanto que Maga esteja feliz, eu também estarei mas, não deixa de doer. Começaram a conversar, e não pude evitar de prestar atenção.

-Você está diferente! - diz maga com um sorriso torto.

-Diferente como? Não queria que eu mudasse? - falou Quim sem entender.

-Queria mas... - suspirou ela se virando para ele - ...acho que ainda não me acostumei sabe. Você está mais liberal, menos ciumento. Isto é bom mas, é meio falso. - Quim a olha desgostoso. Isso me deu ódio.

-Falso? Lógico que é falso. Não sou eu de verdade. Você que quis me moldar assim, quis me mudar e eu aceitei porque gosto de você, mas já estou chegando ao meu limite. - Diz ele com um sorriso de deboche ao rosto. Magali tinha uma cara assustada. Apertei o punho com força. Como eu queria dar um soco bem dado no Quim.

-Então você é falso comigo? Mas... - ela abaixa o rosto e encara o chão. Quim sorri. Acho que vou fazer besteira, me levanto com tudo e, antes de ir para a luz, Quim diz uma ultima coisa que me tirou do sério.

-Você é idiota demais. Quando vai crescer? - assim ele sai de lá deixando Maga sozinha. Meu ódio era imenso, precisava lhe dar um soco, pra ele aprender. Ouço um choro baixinho me fazendo acordar de meus pensamentos. Maga chorava, com o pulso sobre os olhos, caindo lagrimas ao chão. Isso me apertou o coração. Respirei fundo e me aproximei dela.

-maga... - chamei sua atenção, a mesma se assustou e se virou ao mar.

-Estava ouvindo? - perguntou ela entre os soluços.

-É. Cheguei no meio dela e... - tendei arranjar uma desculpa, mas antes disso ela veio correndo e me abraçou fortemente. Me assustei.

-Cas... - ela começou a chorar alto. Não me aguentei e a abracei fortemente também enfiando meu rosto em seu ombro. Ela chorava muito, e eu me continha para não sair dali e matar o Quim.

Ficamos um tempo assim até ela parar com as lagrimas e passar os braços em volta de mim. A olhei. A mesma sorria, um sorriso sincero.

-Obrigada! -Sussurrou para mim com algumas lagrimas teimosas descendo por seu rosto. Sorri e limpei-as com minha mão.

-Sempre estarei aqui para você princesa! - Ela me olhou surpresa e sorriu alegremente. Enterrou seu rosto em meu peito.

-Te adoro Cas! Não sei o que faria se você não estivesse aqui. - Eu sorriso surpreso, lhe dou um beijo em sua cabeça e a sinto se assustar.

-Eu vivo por você! - Ela não respondeu, somente me apertou bem forte e ficamos assim um tempo, mas que para mim foram os melhores minutos da festa, e os únicos importantes para mim.



POV'S Cebola



Ontem na festa do Luke foi meio estranho, ele simplesmente foi embora. Vi Mônica e ele se beijando de um jeito que devia ser proibido, então isso significa que eles voltaram. A Irene também estava meio estranha comigo, meio sensível, parece que queria me dizer algo, mas não conseguia. Eu estou entediado. Cansado de olhar as paredes do meu quarto. Vou falar com a Mônica, agora somos amigos e acho que o namorado dela não se importaria. Tomei um banho, me vesti e fui andando pra casa dela.
 

Chegando lá toquei a campainha e fiquei esperando uma funcionária fazer interrogatório sobre quem eu era e com quer queria falar. A porta se abriu.
 

- Cebola?! – A própria Mônica abriu a porta.
 

- Oi Mô, minha casa estava um tédio, então vim conversar um pouco com você.
 

- Ah, entra. – Disse ela saindo do caminho. Ela estava estranha também, meio sem graça.
 

Fomos para o quarto dela, com a autorização da mãe dela, é claro.
 

-Porque vocês saíram cedo da festa ontem? – Perguntei, me sentando em sua cama.
 

- A gente teve que fazer uma coisa. – Respondeu ela, ficando sem graça.
 

-Ué, que coisa é essa, que não pode esperar...-Comecei a dizer sem entender, mas de repente um clique na minha cabeça me fez entender tudo. – Vocês não... Não posso acreditar nisso Mônica.
 

- O que ?! Nós somos namorados Cebola, isso é normal. – Respondeu ela, irritada.
 

- Não Mônica, isso não é normal, você tem dezessete anos e não ama ele. – Eu disse colérico.
 

- Tenho idade o suficiente. E como você pode ter certeza que eu não o amo? Isso não é da sua conta Cebola. – Respondeu ela, gritando nervosa. Me levantei bruscamente.
 

-Você é uma burra Mônica, muito burra. – Gritei e comecei a me retirar.
 

-Quem é você pra me dizer isso Cebola, que moral você tem, depois do que você fez?! –Gritou ela, e pra minha surpresa, estava tremula e lágrimas rolavam pelos seus olhos.
 

-O que você quer dizer? – Perguntei confuso.
 

-A Irene está grávida Cebola, grávida. – Disse ela sussurrando. Minhas pernas ficaram moles, eu perdi o foco, comecei a caminhar e sai da casa dela. Precisava tirar isso a limpo.

Cheguei em sua casa ignorando o cansaço pela corrida.

-Irene ! - Gritei na porta da casa dela, enlouquecido. Não sabia no que acreditar, ou o que fazer, estava muito atordoado.

-O-Oi - Ela abre a porta assustada. Eu entro e vou direto para sala, me viro para ela e a encaro.

-Por tudo que está no céu, me diz que é mentira.

-Se você me disser sobre o que você está falan-

-Não se faça de idiota Irene -  Eu a interrompo. - Vou perguntar apenas uma vez, me diga a verdade. Você está grávida? - Seu olhos ficaram vidrados, pude ver o medo através deles, ela estava em choque...Talvez esperasse que eu fosse amoroso e compreensivo e eu estava aqui, gritando como um louco. Sabia que estava errado, mas não conseguia me conter.

-Cebola eu..

-DIZ AGORA!

-TÁ, EU TO GRÁVIDA! ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA TANTO OUVIR ? ENTÃO ESTÁ AI, ESSA É A VERDADE.

Me sento no sofá. Parte de mim esperava que ela negasse tudo, que fosse apenas um boato. Suspiro.

-Porque não me disse antes?

-Por que eu tava com medo. - Ela diz com lágrimas nos olhos. - Quem te disse?

-Não vem ao caso. Porque você estava com medo ?

-Não viu a sua reação agora ? e ainda me pergunta porque eu estava com medo...

-Só gritei porque soube por outra pessoa. Você desconfia tanto de mim, a ponto de eu ser a última pessoa a saber? Poxa, você está grávida, eu sou o pai, estamos juntos nessa.

-Estamos? - Ela pergunta, surpresa.

-Claro que estamos. Que tipo de homem você pensa que eu sou ? Só é...tudo tão novo, estou tendo dificuldade de absorver isso.

-Eu sei... - Ela sussurra sentando- se ao meu lado.

- E agora Irene, o que a gente faz ? Você vai pra faculdade esse ano, você vai embora da cidade e eu tenho que terminar o ensino médio...

-Vem comigo Cebola. - Pede ela, suplicante.

-O que ? Eu..Mas... - Paro de tentar achar uma resposta. Apenas a abraço e espero conseguir tomar uma decisão adulta.

1 semana depois...

POV'S Mônica

Cebola iria embora agora com a Irene e o bebê que ela estava esperando. A depressão já era visível em mim. Dessa vez não tem como eu impedí-lo.

-Toc toc. - Diz Luke que abre a porta do meu quarto sorrindo. - Oi amor, você está bem ?

- Oi.. Eu estou sim, só...

-Mõ, a gente precisa conversar.

-Fala Luke...O que houve?

-Mô você não ta feliz comigo, e não diz que está, te conheço como a palma da minha mão.

-Luke, porque você ta dizendo isso ? você é ótimo.

-Posso ser ótimo, mas não sou ótimo pra você, porque você não me ama, ama o Cebola.

-Luke eu...Eu não sei o que dizer.

-Diz que vai ser feliz, que vai lutar por ele, porque eu to saindo desse jogo, eu te amo demais pra ver você se afundando num relacionamento sem futuro.

Silêncio.

Ele se levanta, beija minha testa carinhosamente e caminha até a porta.

-Luke! - Eu digo antes que ele se vá.

-Sim ? - Ele vira-se.

Levanto, caminho até ele e beijo seus lábios por uma última vez. Talvez eu nunca conheça alguém tão perfeito como ele, lindo por dentro e por fora, alguém tão altruísta, que é capaz de abrir mão da própria felicidade para ver outra pessoa feliz.

-Obrigada, jamais vou te esquecer. - Eu sussurro, abraçando sua cintura.

-Eu te amo Mônica. -Ele se desvencilha do meu abraço - Adeus.

Assim o homem que mais me amou e me respeitou vai embora da minha vida. Obrigada Luke, por tudo.

POV'S Cebola

- Bom, essa é a última mala. - eu digo para Irene, coloco a última mala no carro.

- CEBOLA - Alguém me grita. Olho e vejo Mônica, Cascão e Magá vindo em minha direção. Olho para Irene. - Você pode nos dar um tempo ?

- O Tempo que você precisar. - Ela me diz e vai para dentro de casa.

- Cebola - Diz Mônica ofegante e segura a minha mão.

-Oi ?! - Respondo sem jeito.

- Não vai embora Ce, por favor. Olha bem no fundo do seu coração Cebola e me diz se o que você sente por mim é verdadeiro, porque se for a gente dá um jeito, todos nós. Mas se tudo for um jogo, preciso que você me liberte Cebola, porque eu não quero mais ter que chorar por você. - Lágrimas rolam pelos seus olhos, eu via a dor através deles. E eu sentia a dor das minhas próximas palavras, mas era necessário dizer.

- É tudo um jogo Mônica, eu odeio perder. - Engulo seco. - Você está livre pra me esquecer.

-Obrigada ! - Ela vira as costas e começa a caminhar, sem forças. Magali a segue.

-Cara, não acredito. Porque fez isso ? - Pergunta-me Cascão, indignado. Seguro minhas próprias lágrimas.

-Porque eu a amo Cascão. - Eu digo olhando a Mônica se afastar. Cascão me olha com aquela cara de ' Cade a lógica ?' - Eu a amo e não posso faze-la feliz !

POV'S Magali

Corri atrás da Mô na esperança de poder alcançá-la e resolver tudo, poder ajudá-la em seus problemas mas, de algum jeito, a perdi de vista. Parei no parque enquanto tentava saber onde diabos ela se meteu. Sentei-me em um dos bancos de madeira apoiando meu rosto em minhas mãos. Como o Cebola pode dizer algo daquele tipo? Ele sabia que ela o amava, ele sabia que ela não queria que ele dissesse 'Não'.

Observei o céu que se escurecia enquanto algumas gotas rasgavam as nuvens acinzentadas e nebulosas. O Céu estava chorando junto de nós, com a partida de nosso amigo. Sentia nossa dor e se mostrava amável a ponto de compartilhar com nossa dor.

Não pode deixar de chorar junto, ver um amigo ir embora, ver minha melhor amiga afundar-se um poço tão profundo a ponto de não poder ser salva. Não posso fazer nada, nunca pude. Não consigo nem, ao menos, controlar meu relacionamento o que dirá o dos outros.

Senti uma mão gélida tocar meu ombro. Virei-me encarando os olhos caramelo do Cas. Não pude evitar de sorrir antes de virar novamente o rosto para o céu.

-E agora Cas? - pergunto a ele fechando os olhos fortemente. Escuto ele suspirar sentando-se a meu lado.

-Nada. Ele decidiu isso e não creio que possamos mudar sua decisão assim.  - Afirmou ele me fazendo chorar mais ainda.

-Nosso grupinho acabou não é? - pergunto sem obter resposta. - Acabou? - insisto antes de me levantar e começar a caminhar.

-Não! Enquanto existir essa amizade em nossos corações nosso grupinho, de fato, nunca vai acabar. - Diz ele levantando-se e pegando em minha mão. Encaro-o com a vista embaçada pelas lágrimas que desciam, teimosamente, por meu rosto.

-Cas... - resmungo sorrindo abertamente antes de assentir a ele. O mesmo solta minha mão.

-Vamos sair da chuva. - diz ele começando a se afastar. Mordo o lábio inferior pegando em sua mão novamente o puxando para perto de mim.

-Não antes disso... - selo nosso lábios num beijo tímido que, rapidamente, se intensifica. Entrelaço meus braços em seu pescoço enquanto sinto minha cintura sem envolta por dois braços. Nos beijamos até o ar faltar.

Nos afastamos encarando um ao outro.

-Então, o que isso significou para nós? - pergunta o cascão a mim me fazendo sorrir alegremente.

-Que eu te amo.

POV'S Narrador

O tempo passou, folhas caíram dando lugar a novas. As coisas mudam, e as pessoas também. Mesmo que não parecesse, o tempo havia passado e muita coisa havia mudado na vida daqueles que ficaram. Os sentimentos, as necessidades, as brigas, os problemas e as prioridades. Nada se é esquecido, tudo fica marcado na história da vida e nem a maior das tempestades pode levar embora o que já foi vivido e dito.

Há aqueles que serão lembrados pelas palavras e outros pelas atitudes e, há aqueles, que somente participaram mas que ainda sim estavam na história. Há aquelas pessoas que pararam no tempo saboreando o novo, ou que se afundaram no antigo, que se prenderam a acontecimentos que a tempos foram deixados para trás por todos. E também, aqueles que seguiram em frente.

Aqueles que perdoam e aqueles que esperam o perdão. A vida machuca, tortura e engana mas, no final, sempre tem um motivo. Sempre nos guiando para algo melhor, nos mostrando nossos caminhos, e serão nossas escolhas que vão determinar o nosso futuro.

O futuro não pode ser escrito e nem imaginado, somente esperado, viva o presente para chegar ao futuro. O passado já não existe mais, as palavras machucam mas com o tempo elas se cicatrizam. E para que serve a cicatriz? Para se lembrar como você se machucou. Esse é o passado, você nunca consegue esquecê-lo. A menos que se obtenha o perdão.

Os dias parecem cada vez mais difíceis para todos. Nunca foi fácil viver e nunca será, apenas viva e descubra com seus erros e seus desejos o que virá a seguir.

Eles cresceram. E junto com eles as dúvidas, as inseguranças... E, por fim, os sentimentos e a capacidade de perdoar. Quem disse que é fácil crescer? Porém é uma etapa necessária para tornar-se uma pessoa melhor, para poder entender a vida.

Aquele que se foi, que desistiu de tudo por alguém, que deu sua vida e sua felicidade pela dela. Luke estava fazendo faculdade no Rio de Janeiro, como engenheiro, namorando Patrícia a dois meses. Havia seguido em frente, empenhado-se em seu futuro e esperada que Mônica cumprisse sua promessa: Que tivesse seguido em frente.

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A formatura, um momento importante na vida de uma pessoa. Ela abre as portas para a vida, o futuro, a verdadeira batalha se iniciaria a partir daquele momento. Suas decisões, seus passos e suas vidas estavam a um passo de se iniciarem.

A festa estava cheia, todos acompanhando os formandos em sua nova jornada. Todos juntos, sorrindo, brincando, comemorando e se divertindo no pequeno baile.

-Mô. - chama a garota de cabelos morenos presos em um coque bagunçado. A garota se vira a esta com um pequeno sorriso. - Eu e o Cas vamos sair, você vem? - pergunta ela estendendo a mão a amiga num convite. Esta nega.

-Desculpe Magá, preciso ficar sozinha um momento. - diz ela saindo de perto da menina andando até o jardim da escola. Um belo tempo, com a lua iluminando tudo o local deixando-o bonito e aconchegante. Apoiou-se em um dos bancos enquanto observava a lua e sentia o vento bater em seu rosto, o vestido vermelho dançando junto de seus cabelos enquanto esta fecha os olhos apreciando o momento.

-Eu sempre esperei por esse momento. - a garota gela. Abre os olhos virando-se encarando a figura a sua frente. -  E sempre imaginei ele com você. - Sem poder conter a felicidade, Mônica joga-se em seus braços apertando-o fortemente enquanto as lágrimas começavam a se formar em suas orbes. - Não importa quanto tempo passe, ou quantas pessoas passem por nossas vidas, eu te amo e nosso amor não se explica, ele só existe.

"Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."

-Anônimo

~Fim


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Notas finais do capítulo

Agradecemos a todos que leram até o final. Sentiremos uma imensa falta de escrever essa fic que nos fez amar ler e escrever tudo. A inspiração vinha de vocês, de seus comentários, dicas e críticas.

Crescemos por causa de vocês, estamos aqui no ultimo ato dessa estória por causa de todos vocês. Não podemos expressar tanto sentimento quanto agora mas, espero que tenham realmente gostado do final.

Para quem é fã de Gossip Girl, percebeu uma parte entre a Monica e o Cebola bem parecida com a de um dos casais. Usamos como base!

Dizer adeus é difícil mas é uma das faces da vida.

Estamos escrevendo outra fic de TMJ e espero que possam nos acompanhar nela quando a postarmos.

Um beijos a todos vocês.


Babih e Evêe ♥



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