Nova Geração escrita por Paulinhadcc


Capítulo 7
O capture a bandeira e meus problemas começam.




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Todos, eu devo enfatizar todos, me olhavam com medo, como se eu fosse algum tipo de quebra de juramento, o que não é mentira já que Atena assim como Artêmis não pode ter filhos, mas me lembrava de vagamente que a mesma ao contrario de Artêmis não jurara pelo rio Estige.

Nico me olhava preocupado como se aquilo fosse um péssimo sinal, não entendi então franzi o cenho para o mesmo que apenas fez sinal que depois conversávamos, assenti atordoada, reparei que Perseu me olhava feliz ao mesmo tempo um pouco triste. Decidi ir ate ele.

- O que aconteceu? – perguntei.

- Não é da sua conta – respondeu grosseiramente.

- Ei sem pedras, pensei que fossemos amigos, apesar de tudo – completei lembrando-me das nossas brigas.

- E quem disse que não somos? – ele retrucou.

- Então por que age dessa maneira comigo? – repliquei.

- Isso você vai ter que descobrir sozinha, sabidinha – sorriu enfatizando o “sabidinha”, depois dando uma piscadela para mim que bufei.

Depois disso fui para o meu novo chalé, confesso que senti muito mais bem acomodada, já que era um só para mim, porem senti um tanto quanto vazio, a final de contas só tinha eu naquele lugar. Decidi deitar na cama e pensar, tinha tantas duvidas em mente que já estavam me corroendo, sem contar que não me considerava uma garota tão inteligente a ponto de ser uma filha de Atena. Fui tirada dos meus pensamentos ao ver alguém batendo na minha porta.

- Não vai para a fogueira não? – perguntou.

- Não estou muito a fim – confessei, o garoto ia saindo quando perguntei- Nico, por que você me olhou tenso quando eu fui reclamada?

- Sabe Annie – ele mexia no cabelo desconfortável- eu acho que você devia consultar o oraculo amanha, eu não sei muito, mas tem uma razão para que sua mãe tenha lhe reclamado agora, todos os deuses tem, e você sabe disso, só estou um pouco preocupado – confessou e eu sorri.

- Thalia sabia de quem eu era filha não sabia? - perguntei.

- Não exatamente, ela desconfiava por causa de uma fofoca, mas bom não sabemos ao certo, ninguém sabe e estamos proibidos de comentar sobre esse assunto – respondeu.

- Você esta falando coisas sem sentido, que fofoca é essa?

- Que Poseidon e Atena estão juntos – respondeu fechando os olhos.

Quando ele disse isso raios começaram a cair e uma imensa chuva, também, pude ate sentir um meio terremoto, como se aquelas palavras levassem a ira dos deuses, algo que não entendi muito bem. Sempre estudei na mitologia que Poseidon e Atena eram inimigos, não namorados, não fazia sentido.

- Isso não faz sentido, pensei que eles se odiassem e além do que se eles estão juntos, eu não teria nascido, a menos que – parei de falar ao ligar os pontos.

- Mas nossas suspeitas só vão ser concretizadas quando descobrimos de quem Perseu é filho, pois se ele for filho de Poseidon, vocês dois estão correndo um risco enorme, já que Zeus não aceitou bem isso tudo e ainda tem a profecia, se for verdade, claro – interviu rapidamente.

  

- Que profecia? – perguntei rapidamente.

- É melhor você falar com o oraculo, eu já falei demais, não estou a fim de levantar a ira dos deuses – argumentou.

- Tudo bem, eu entendo, obrigada por tudo – disse dando um beijo na bochecha do mesmo, que corou, quando este saia ele apenas assentiu saindo dali.

Fiquei deitada na cama por um longo tempo, pensando em tudo que acontecera, como que em um dia minha vida mudou tanto? Foi com esses pensamentos que acabei adormecendo, e mais uma vez tive um sonho, só que felizmente, dessa vez, foi diferente, para melhor, graças aos deuses.

Estava numa praia que parecia deserta, ate eu andar mais um pouco, avistei dois deuses discutindo uma mulher, que reconheci ser minha mãe e outro que tinha os mesmos olhos de Perseu, era seu pai Poseidon.

- A culpa é sua, se você não tivesse se envolvido com Sally, nós não estaríamos nessa situação, além do que papai quer te matar e seu filho ainda não ajuda – argumentou minha mãe nervosa.

- Eu já te pedi desculpas, milhões de vezes, mas você também não deixou por menos pensando naquele mortal – tentou Poseidon.

- A diferença é que não tive relações sexuais com ele, diferentemente de você – respondeu dando um ponto final.

Agora estava numa sala dos deuses, todos reunidos discutindo entre si, sem nenhum final, minha mãe e Poseidon estavam juntos, quietos, eu gostaria de ter prestado atenção no por que eles discutiam, mas ainda estava com a duvida, como assim meus pais não tiveram relações sexuais? Fui interrompida dos meus pensamentos, quando Zeus bateu na mesa mandando todos se calarem.

- Essa discursão já esta no limite, minha paciência esta acabando – exclamou indignado o senhor dos céus.

- E quando esteve boa, meu irmão? – comentou sarcasticamente Poseidon recebendo um olhar furioso de minha mãe.

- Sem gracinhas, quero que sempre se lembre de que ainda não autorizei seu casamento com minha filha e que por sua culpa estamos nessa situação – apontou o dedo para o mesmo que bufou.

- Se você não tivesse feito Éris amaldiçoar eu e Atena, nada disso aconteceria agora nossos filhos estão pagando, e a tendência é piorar graças a profecia – rugiu indignado.

A sala toda ficou em um silencio profundo, alguns olhavam o senhor dos céus com um olhar reprovador, outros estavam cabisbaixo, e eu além de querer saber qual era a profecia, ainda necessitava saber qual foi à maldição que Éris fez em mim e nesse filho de Poseidon, já que o mesmo era o deus da discórdia, mas isso não faria sentido, já que não conhecia o filho de Poseidon ou conhecia?

- Agora não podemos chorar pelo derramado, necessitamos proteger nossos filhos ou eles vão se matar e junto com eles vai levar todo o mundo – falou pela primeira vez, minha mãe.

- Não podemos ajudar eles diretamente Atena e você sabe disso, o melhor agora é que Quiron tente aproxima-los, mas para isso Poseidon vai ter que assumir o seu filho – Hera disse.

Todos olharam para o deus dos mares, que assobiava pelos cantos temendo justamente isso, quando o mesmo percebeu os olhares para ele, bufou irritado, como se assumir aquele filho fosse a pior coisa do mundo, fiquei com pena do filho do mesmo, talvez eu estivesse errada, mas parecia que Poseidon não queria aquele filho.

- Tudo bem, se Atena assumiu a garota eu posso assumir também – suspirou cansado-, eu o assumirei amanha – sorriu olhando para Atena que tinha um sorriso também.

- Você esta fazendo o certo, apesar de não gostar desse seu filho, você deve ama-lo – confessou sorridente a mesma, Poseidon apenas assentiu.

Com isso eu acordei, fiquei por um longo tempo na cama tentando descobrir quem era o filho de Poseidon, sentia que eu já sabia, mas não me vinha à mente como se eu estivesse esquecendo-se de alguma coisa. Fiquei um longo tempo assim, surpreendi-me quando uma filha de Ares me chamou dizendo que precisava me aprontar rapidamente e tomar o café-da-manha, que o jogo começaria dentro de pouco tempo.

Fui para a imensa mesa que tinha só para mim de Atena, e comi rapidamente, queria ir para o jogo o quanto antes, já que nunca tinha jogado, mais ainda estava para passar o dia, a ansiedade me dominava a cada segundo, já que se meu sonho estivesse correto eu iria saber quem é o tão falado filho de Poseidon.

- Então Annie qual é o plano? – perguntou Nico com alguns representantes dos chalés que iriam nos ajudar.

- É o seguinte pelo que eu pude ver do jogo, e dos chalés que estão lutando contra a gente, reparei também em alguns campistas, conclui que o melhor jeito de vencermos é- comecei a explicar detalhadamente meu plano para eles, confesso fiquei um pouco surpresa comigo mesma já que nunca tinha arquitetado nada e agora estava falando meu plano, que para mim era algo louco, mas para as pessoas que escutavam era algo magnifico eu esperava sinceramente que desse certo, mas estava ressentida já que nunca tinha feito isso.

Terminei de explicar tudo para os representantes dos chalés e estes foram diretos para os seus irmãos avisar sobre qual seria o meu plano, enquanto isso eu fui com Nico nos estábulos e contei a ele sobre meu sonho que ficou um momento pensativo e depois me olhou sorridente eu franzi o cenho.

- Aquilo que você falou de que estava disposta a fazer qualquer coisa para encontrar Thalia é serio? – perguntou. Eu apenas assenti- Então preciso que você vá comigo numa missão – disse.

- Mas pensei que precisássemos de autorização de Quiron – comentei.

- E precisamos, porém se esse sonho que você teve estiver certo, e esta, o filho de Poseidon vai dar as caras, e com isso vocês terão uma missão e precisarão escolher mais uma pessoa – esclareceu.

- Tudo bem, vou te escolher para ir com a gente, é o mínimo que posso fazer depois de ter me ajudado tanto – confessei e ele me abraçou fortemente.

Invejei minha amiga nessa hora, queria eu ter dois garotos lindos fazendo tudo por mim, sendo um deles gente boa que se importava na beleza de dentro, totalmente diferente dos outros garotos no qual conheci, a mesma tinha uma sorte incrível, torcia agora para que ela e Nico se resolvessem o quanto antes, e iria ajudar, iria uni-los de novo.

Quando acabamos de nos abraçar decidimos voltar para a arena onde todos já estavam reunidos a caráter para o jogo, todos apenas tinham suas espadas, eu peguei uma espada qualquer, que foi fácil já que não tive muita dificuldade de achar uma que me deixasse bem, ao contrario de Perseu que estava todo atrapalhado com sua roupa e sua espada, não pude evitar rir, como um garoto tão aparentemente forte, tinha dificuldades nesse tipo de coisa? Pela primeira vez pensei que as aparências enganavam, mas esse pensamento não durou já que a trombeta soou avisando que tinha começado o jogo.

Fui rapidamente para o local onde estava a bandeira do meu inimigo; para quem não sabe o jogo é dividido em duas equipes, cada uma coloca a bandeira em um lugar, a equipe que pegar a bandeira, primeiro e leva-la para o campo adversário, ganha; no caminho passei por vários campistas facilmente, o plano era levar Nico para pegar a bandeira, quando ele pegou corri direto para o campo de defesa, onde avistei Perseu lutando com um garoto do chalé de Apolo, que ao contrario de Percy, o menino não tinha nenhum arranhão.

- Precisamos ajuda-lo – disse para Travis quando chegamos ao nosso campo.

- Por que quer ajuda-lo, Annabeth? Tudo bem ele é da nossa equipe, mas estamos vencendo, sem contar que o plano foi claro, que quem ficasse na defesa deveria defender a equipe, sozinho, por isso escolhi esse garoto do meu chalé, ele parece ser tão habilidoso, mas pelo visto me enganei, não sabe nem manusear uma espada direito, e Connor ainda falou que ele era ótimo com a espada – gargalhou e eu revirei os olhos.

Então sobre todos os protestos fui para cima do garoto do chalé de Apolo e o ataquei, grande erro, deveria saber que não tinha só um, pois quando fui ver uma garota filha de Apolo estava lutando comigo, só o que não sabia é que essa garota sabia muito bem como manusear uma espada e era campeã de luta, logo tive uma imensa dificuldade para lutar com ela, apesar de tudo era inexperiente, assim como Perseu, em lutas só tinha lutado algumas vezes.

- Annie deixe esse garoto ai lutando com o filho de Apolo, a menina só esta lutando, pois você foi querer se meter – alertou Travis, mas eu ignorei.

Precisava ajudar Perseu, mesmo o odiando com todas minhas forças, eu tinha meu senso de justiça e aquilo não era justo, percebi por um breve momento que Perseu me olhara com raiva, como se achasse que a culpa dele estar ali fosse minha, de certa forma era já que eu o levei para esse acampamento, mas se não fosse isso agora ele estaria morto, lembrei que ele estava nervoso desde que fui reclamada e ele não, fiquei bastante tempo pensando em quem seria o pai dele, parecia que já tinha a resposta, mas o nome não me vinha na cabeça, estive muito tempo nesses pensamentos e graças a isso acabei me distraindo sendo jogada longe pela garota que foi imediatamente para onde Perseu estava e começou a lutar junto com o garoto.

- Annie, o que esta fazendo? – perguntou Nico ao se aproximar sorridente.

- Eu estou indo lutar com aquela garota idiota, e você? Não era para estar correndo com a bandeira? – perguntei.

- A já corri e vencemos – ele sorriu travesso.

Foi ai que eu reparei o jogo já tinha terminado e todos os campistas já estavam reunidos ali em torno daquele lugar olhando a disputa ansiosamente, reparei que a menina parara de lutar e sorria vitoriosamente enquanto o outro menino fazia picadinho de Perseu, pelo que soube no dia anterior Percy tinha arrumado uma confusão com esse filho de Apolo e tinha se dado melhor vencendo um jogo de futebol e agora o garoto queria vingança, por isso estava lutando contra o mesmo.

 Já estava tudo perdido quando o garoto jogou Perseu longe o fazendo se molhar todo no pequeno rio que tinha ali, foi ai que tudo mudou. Percy começou a se levantar, seus ferimentos antes visíveis, agora estava sarado, ele tinha um olhar diferente mais determinado, nunca o tinha visto assim antes, olhei para os lados todos estavam abismados e se curvavam, foi quando virei meu olhar para cima e reparei um tridente saindo, minha boca se abriu rapidamente, não podia ser quem eu estava pensando, poderia? Tirando-me dos meus pensamentos Quiron chegou abismado, também com tudo aquilo e disse.

- Parece que temos mais um determinado- começou.

- Meu pai? Quem é? – perguntou sorridente Perseu.

- Poseidon, senhor dos terremotos, portador das tempestades, pai dos cavalos, salve Perseu Jackson, o filho do deus do mar, um dos três grandes – anunciou.

Quando ele disse isso todos a minha volta se surpreenderam, ate mesmo o filho de Apolo se ajoelhava, mesmo contra a vontade, agora tudo fazia sentido e não podia ser verdade, por isso os deuses tinham falado tudo aquilo, minha mente dizia uma coisa, mas eu insistia em negar, não podia ser ele, não mesmo. Reparei que Nico me olhava abismado, tinha um meio sorriso no rosto e o outro com receio e medo de tudo aquilo que poderia acontecer.

- Isso não pode ser verdade – foi à única coisa que falei.


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Notas finais do capítulo

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