Cavaleiros do Caos escrita por Neko D Lully


Capítulo 3
II - O mago das trevas.


Notas iniciais do capítulo

Ok era para eu ter terminado essa cap ontem, mas acabou que tive que fazer uns biscoitos com meu pai e demorei mais que o previsto. Ai gente, vocês não sabem o quanto estou feliz por ter três leitores já *-* *isso é pouco ¬¬* se contente com o pouco Akuma u.u *assim você não vai para frente* eu nunca disse que queria ser escritora só estou escrevendo por que é uma maneira de escapar do mundo u.u *e ninguém te entende por isso* naum enche ¬¬.Aproveitem a fic!



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Cavaleiros do Caos.

 Entrou naquela humilde hospedaria onde algumas pessoas se escondiam de seus servos. Bom... tecnicamente não eram dele, mas se conseguisse o poder que queria poderia superar o que estava acima dele. Andou pelo pequeno hall da hospedaria ouvindo como seus sapatos de couro faziam barulho no chão de madeira bem polido. Olhou em volta percebendo que algumas pessoas o miravam detrás de portas ou até mesmo de mesas.

 Achava tão gratificante ver o medo estampado nos rostos dessas pessoas tão ingênuas e fracas. Não podia pedir coisa melhor do que ser temido pelos outros, desde que saíra do castelo sabia que esse seria a melhor coisa a sentir, principalmente quando visse o medo e a surpresa nos olhos de seus companheiros. Ah! Mas aquela cena foi a melhor que poderia ter, ainda tinha fresco na memória o rosto de seus antigos companheiros contorcido em surpresa e medo enquanto os matava lentamente ouvindo os gritos de agonia que lançavam ao ar. Ah! A única coisa que poderia ser melhor do que aquilo era encontrar aquela maldita garota e ter uma vida eterna!

 - Fiquem do lado de fora. Caso eu precise de vocês os chamo. – falou para as criaturas sombrias que caminhavam lenta e desengonçadamente atrás de si. As criaturas se encolheram e recuaram de volta para fora tentando não causar brigas entre si para não irritar o mago a sua frente. O temiam porque ele no momento era mais poderoso, sem falar de ser mais esperto, já que aquelas criaturas das trevas não eram o que podia se dizer inteligentes.

 O mago andou rapidamente até o balcão da hospedaria e mirou como o mesmo parecia estar completamente vazio, mas seus poderes não lhe enganavam. Sentia a energia vital de alguém bem ali, se escondendo dele como todas as outras pessoas que se mantinham dentro daquele lugar. Suspirou cansado e fez um pequeno movimento com sua mão, no mesmo instante um homem velho, de mais ou menos cinqüenta e cinco anos, os cabelos já um pouco grisalhos, as rugas espalhadas por todo seu rosto, os olhos negros cansados e úmidos, a pele morena sem brilho e o corpo fraco, um pouco cheio, mas mesmo assim os ossos já não eram mais os mesmos. Fez uma cara de asco ao ver aquele ser tão frágil. Nunca iria querer voltar a ter essa aparência.

 - Me diga velho. Entraram na sua hospedaria uma garota muito bonita de cabelos rosas e olhos verdes claros, junto com um cavaleiro de armadura prateada que aparentava ter seus dezenove anos? – perguntou mirando o homem com aqueles olhos de uma cor estranha preto azulados, cheios de maldade e tão penetrantes quanto agulhas finas e cheias de veneno. O velho tremeu, sem poder dizer uma palavra se quer de tanto medo que sentia. – Vamos velho, não tenho todo o tempo do mundo.

 - E-eu... N-não s-s-sei... – gaguejou o pobre senhor procurando desesperadamente em sua mente a lembrança de uma garota como ele descrevera, mas nada lhe vinha. O mago o mirou estressado e começou a falar algumas coisas em uma língua estranha, uma língua considerada morta, mas que os magos e feiticeiros usavam em seus feitiços, o tão famoso Latim. Das mangas do mago começaram a sair grossas serpentes de uma cor verde musgo, sibilando e mostrando suas presas pontiagudas e perigosas.

 Elas deslizaram pelo braço do mago das trevas e se enroscaram no pescoço do pobre senhor que agora chacoalhava de medo. Pouco a pouco as serpentes viscosas e musculosas apertavam o pescoço do velho, sufocando-o com lentidão e sofrimento. O pobre velho começou a se contorcer sem parar, tentando escapar daquelas terríveis serpentes que lhe matavam com lentidão. As outras pessoas nada faziam, temendo terem o mesmo destino do hoteleiro.

 - Pare! – gritou uma voz feminina fazendo o mago tirar sua atenção do velho e virou seu rosto para se encontrar com uma garota jovem, devia ter seus vinte e poucos anos, de cabelos ondulados loiros, brilhantes e belos, os olhos castanhos mel cheios de medo, a pele rosada delicada e o corpo cheio de curvas joviais e belas. O mago ergueu uma sobrancelha, mirando a garota de cima a baixo, vendo como a mesma vestia apenas um vestido simples marrom rosado com um avental branco preso na cintura. – Eu sei de quem você esta falando, mas, por favor, deixe meu pai viver.    

 O mago sorriu satisfeito e deixou o homem em paz, que caiu pesadamente no chão tossindo tentando recuperar o fôlego que foi forçado a perder. A garota andou na direção da escada que levava até os quartos de hospedes, o mago a seguiu completamente satisfeito por ter conseguido o que queria. Subiram as escadas e foram até o terceiro quarto a direita no segundo andar. Ela abriu a porta do quarto, mas no mesmo não havia ninguém.

 - Eles ficaram nesse quarto, mas ninguém os viu sair. – falou a moça tremendo um pouco ao ver que não tinha conseguido dar ao mago o que ele queria, apesar de no fundo se sentir aliviada por as pessoas que estavam ali terem se salvado.

 O mago entrou no quarto sentindo uma estranha energia, recente e forte. Tinha que ser dela, da garota que procurava junto com a que seu mestre queria. Um minuto! Tinham mais duas energias no local, uma era forte e especial, devia ser a do cavaleiro que fugira com a princesa, mas a outra era diferente. Tinha um toque especial, bem veloz, com um toque de determinação e infantilidade. Seria outro guerreiro?

 - Não tenho mais nada que fazer aqui. – falou andando até a porta, mas quando passou ao lado da empregada colocou uma mão no rosto dela, bem encima dos olhos da garota enquanto uma energia meio arroxeada envolvia sua mão. – Mas você vai vir comigo.

 Os olhos da garota ficaram opacos e por um instante eles mudaram de cor, parecendo estar mais escuros. Ele andou de volta, indo até o lado de fora, onde as criaturas das trevas o esperavam. A empregada o seguiu, ainda hipnotizada pelo feitiço do mago e graças a isso não vira que seu pai tinha morrido por ter ficado tanto tempo com o pescoço preso pelas serpentes antes.

 - Procurem-nos! Não deve ter ido muito longe!! – gritou para as criaturas que se espalharam indo na direção das florestas que tinham envolta da vila. Era uma questão de tempo até que os encontrassem.

 Andavam por aqueles corredores de pedra escuros e sombrios. Maria já podia usar seus poderes e andava na frente junto com Silver, iluminando o caminho. Mais atrás estavam Sonic junto com a princesa, a mesma grudada em seu braço olhando com medo para todos os lados quase com desespero. Sonic sorriu ligeiramente ao ver o quão inocente parecia.

 - Não se preocupe princesa, nada vai te acontecer. – falou delicadamente apertando um pouco a mão dela, como se quisesse dar-lhe confiança. Ela o mirou e sorriu ligeiramente se abraçando mais em seu braço o que passava uma corrente elétrica estranha pelo corpo do garoto, que sentia seu coração acelerar.

 - Me diga, como você virou um cavaleiro? – perguntou a garota levantando o rosto para vê-lo diretamente. Bom, uma hora teria que contar a verdade a ela, apesar de nunca ter dito que era um cavaleiro.

 - Eu não sou um cavaleiro. Meu pai foi um, mas nunca achei a profissão muito interessante. Ficar preso a um propósito não combinava comigo, gosto de ser livre. – confessou enquanto mirava distraidamente a parte da frente da caverna sem realmente ver. Conseguia se lembrar quase perfeitamente quando era apenas uma criança e corria pelos campos que tinha perto de sua casa esperando seu pai chegar e contar uma de suas incríveis aventuras. Foi uma das coisas que o incentivava a rodar o reino procurando por aventuras, tentando superar seu pai.  – Viajo de aldeia em aldeia ganhando dinheiro com concursos de espadas.

 - Um garoto de espírito livre? Isso é raro hoje em dia. – comentou a garota com um sorriso divertido no rosto. Essa idéia lhe encantava, adoraria viajar por todos os lugares do reino conhecendo novas pessoas e novas culturas, mas seu dever de princesa era sempre maior que seus desejos pessoais. – Normalmente os garotos querem se recrutar na ordem dos Cavaleiros do Vento e assim serem considerados heróis.

 - Para mim heróis são todos que se esforçam para conseguirem o que querem. Sem trapaças. – comentou o garoto com um ligeiro sorriso no rosto. Isso foi o que seu pai havia lhe ensinado no decorrer de sua vida. Ele podia não estar mais ali, mas seu espírito ainda continuava vivo na alma do garoto com a mesma fidelidade e sede de aventuras que ainda fervilhava em seu interior. – Meu pai me ensinou isso quando ainda estava vivo.

 - Sinto muito. – sussurrou a garota um pouco triste. Amava seus pais e não queria perdê-los, o garoto devia estar muito triste com isso.

 - Ele teve uma vida boa. Antes de morrer ele me deu a espada que usava em suas missões, sempre dizendo: Um dia você será um grande herói filho, mesmo que não esteja perto para ver. – Sonic tinha um pequeno sorriso no rosto. Lembrar de seu velho pai era sempre um peso no coração, ao mesmo tempo que um incentivo para continuar seguindo em frente. – Minha mãe morreu pouco tempo depois e eu tive que me virar na vida. Entrei nos torneios e descobri que tinha talento para usar a espada, sem falar de ser bastante rápido. Mas e você princesa? Por que estão todos atrás de você?

 - Bom... É uma coisa meio complicada. – disse a garota mirando um pouco preocupada a maga loira um pouco a frente, um pouco duvidosa se falava ou não. Mas confiava naquele garoto e tinha a sensação que podia dizer para ele o que passava. – Quando minha mãe ainda estava grávida de mim ela ficou doente, e para salvar a mim e minha mãe uma maga deu sua vida aos deuses. Só quando nasce os magos do reino viram um poder diferente em mim, ao parecer os deuses tinham me abençoado com a chave que dava passagem ao poder deles de viajar pelo tempo. Mas um ser do mal quer esse poder para ele por isso invadiu o castelo e tentou me pegar.

 - Nossa! – exclamou o garoto um pouco surpreso. Realmente havia se metido em uma aventura e tanto, bem que isso explicava porque os outros dois estavam tão desesperados para salvar aquela garota. – E aqueles lá na frente são seus guardas pessoais?

 - Maria é filha da maga que deu a vida para salvar a mim e minha mãe, ela tem poderes incríveis e sempre me ajuda quando preciso, por isso nos consideramos gêmeas. Silver é nosso amigo já faz muito tempo e ele virou nosso guarda costas pessoal por causa do seu grande desempenho como cavaleiro. – falou a garota com um ligeiro sorriso no rosto. Adorava seus amigos e confiava muito neles. Maria era sempre muito esforçada e devia estar mais nervosa do que ela no momento, Silver então devia estar em melhores condições e sabia que devia estar se sentindo responsável por tudo o que acontecia com elas. 

 - Você tem grandes amigos... – comentou Sonic mirando feliz a garota que continuava abraçada em seu braço. Ela o voltou a ver e sentiu seu rosto esquentar ao se deparar com aquela mirava verde. Seu coração acelerou e teve que desviar o rosto para que ele não visse o estado que estava.

 - E você? Não tem amigos? – perguntou a garota tentando mudar de assunto um pouco. Tinha que aproveitar que Maria não estava vendo para ter a chance de falar com ele já que ela não parecia ter uma confiança muito boa nele.

 - Quando se viaja muito é complicado ter amigos. – disse ele um pouco constrangido. Amy o mirou um pouco triste, nunca imaginou que alguém não pudesse ter amigos. – Mas não se preocupe, estou bem. Ainda me mantenho em contato com alguns amigos que tinha na minha antiga vila. Estou ótimo como estou.

 - Não sente falta de uma companhia? – perguntou a garota um pouco triste ainda. O garoto nada respondeu, sim sentia falta de uma companhia de vez em quando, mas como sua vida passou a ser sempre viagens nem mesmo parou para pensar nisso. Talvez fosse esse o motivo pelo qual aceitara participar dessa aventura, para assim ter pessoas que o acompanhassem.

 - Se já acabaram com a conversa queríamos que viesse aqui um minuto. – falou Maria aparecendo do nada e assustando a ambos. Ela não tinha uma cara muito amigável o que fez o garoto adiantar um pouco para ver qual seria o problema. A maga mirou desaprovativa para a princesa que sorriu e deu de ombros um pouco constrangida por ter sido pega em seu momento de conversa.

 Sonic passou de Silver e viu que o problema era que não havia mais uma continuação, o túnel terminava com uma enorme parede de pedra natural que devia ter desabado a algumas décadas. Ao tocar as pedras que tinha lá percebia que já haviam passado por vários processos de erosão por causa dos acontecimentos na superfície o que era impossível de escavar. O garoto sentiu uma ligeira rajada de ar vinda da parte de cima, ao olhar, percebeu um pequeno alçapão que deixava passar uma pequena luz noturna, sorriu e utilizou os buracos entre as rochas como escada e abriu o alçapão deixando ver varias arvores e deixando passar um vento frio que caracterizava a noite.

 - Acho que por aqui. – falou sorrindo para as pessoas que estavam embaixo e logo subiu o resto que sobrava saindo daquele túnel. Logo depois ajudou Amy a subir, Maria apenas utilizou sua magia para sair de lá enquanto Silver subiu com tanta velocidade e destreza que nem parecia ter tocado nas pedras. – Ao parecer acampamos aqui.

 - E onde é exatamente aqui? – perguntou Maria mirando a floresta a sua volta. Comparada a floresta Sussurrante essa era bem mais cômoda, as arvores eram grandes de copas de uma cor um tanto azulada e separadas uma das outras dando para ver o céu cheio de estralas que reluziam junto com a lua que tinha um brilho prateado quase azul, essa junção de luz fazia a floresta parecer um lugar mágico cheio de pontos brilhantes iluminando o caminho.

 - Pelas estrelas que estou vendo, o Mar de Luz e a Constelação de Virgos, eu diria que estamos na Floresta das estrelas. – disse Sonic mirando os seus com atenção apontando cada constelação que podia ver. Suas viagens não só lhe deram conhecimentos de luta e culturas, mas também de mapeamento. Cada vez que passava por uma aldeia observava os céus achando cada constelação que indicava os caminhos e sua localização.

 - E onde aprendeu a olhar os céus dessa maneira? – perguntou Amy com um ligeiro sorriso e se sentando junto de Maria envolta de um amontoado de gravetos que Silver havia recolhido ali e aqui. A princesa estava impressionada, o garoto havia ajudado eles umas duas ou três vez e diversas vezes se mostrava ser muito inteligente.

 - Quando se viaja muito você fica sabendo um pouco de tudo. – falou Sonic dando de ombros enquanto se sentava na frente das duas. O vento frio fazia as garotas se abraçarem tentando manter o pouco calor de seus corpos. Sonic nem se importava já tinha passado por terríveis invernos sem muita roupa no corpo, Silver também não se importava muito com o frio, mas tentava o máximo que podia acender.

 - Já chega! – exclamou Maria estalando os dedos e fazendo o fogo se acender enquanto Silver dava um salto para trás por causa do susto. A maga suspirou relaxada ao sentir o calor do fogo se espalhando por seu corpo.

 - Agora poderia nos dizer quem era aquele cara? – perguntou Sonic mirando a garota loira com um olhar curioso. Era incrível como ela conhecia aquele homem sinistro, sabia até mesmo o nome dele!

 Maria respirou fundo. Puxar dês do fundo de sua memória aquelas coisas sombrias não era uma coisa muito fácil, essa era uma das coisas que sempre quis esquecer. Foi um dos momentos de sua vida que mais queria esquecer. Voltou a respirar fundo e começou a falar com todas as forças que tinha.

 - Ele era um antigo mago do reino. Ele gostava de ficar na torre dos magos fazendo experiências e mais experiências tentando arrumar uma maneira de ficar jovem, já que estava a beira da vida com seus sessenta anos e doenças fortes e incuráveis. – começou enquanto Amy segurava sua mão com delicadeza para dar força para continuar falando. – Um dia quando me levaram lá para treinar meus poderes ele viu uma chance de voltar a ser jovem e continuar assim por milênios, mas ele tinha que arrumar uma maneira de drenar minha energia.Foi quando ele se envolver nas artes das trevas.

 Todos sentiam a tensão que se acumulava no ar. Os pensamentos de Maria faziam com que seus poderes emanassem o que sentia no momento e devia dizer que não eram coisas nada boas. Sonic podia sentir como ela estava triste, assustada e nervosa e sabia que o que quer que ela estivesse lembrando não era nada bom. Suspirou, essa gente do castelo tinha uma vida muito preocupante, por isso não se tornara um cavaleiro.

 - Depois do treino ele me chamou para sua sala, eu tinha apenas cinco ou seis anos e não entendia o que ele queria. Pensei que tinha feito algo errado e fui atrás completamente assustada. – a respiração da garota ficou agitada enquanto olhava sem realmente ver a fogueira a sua frente. – Quando cheguei lá ele me prendeu em um lugar estranho cheio de círculos negros, foi quando ele começou a drenar minha força, quando ele começou a rejuvenescer. Estava muito assustada na hora então gritei e foi isso que chamou a atenção dos outros magos, eles vieram e interromperam o ritual. Logo depois baniram Valiant do reino o mandando para as Terras Esquecidas, depois nunca mais o vi, até agora.

 - Ele deve ter feito um acordo com o que esta por trás disso tudo. – falou Silver mexendo com a madeira que mantinha o fogo aceso. Ele estava visivelmente estressado, quase jogando os gravetos para fora do local que deviam estar. – Desgraçado!

 - Vocês são cheios de problemas. – comentou Sonic colocando os braços atrás da cabeça mirando o céu de uma maneira despreocupada. Sua mente vagava por vários momentos de sua vida, só pensando que estar com aqueles garotos era uma novidade e tanto no que costumava viver. Era engraçado a ironia da vida pensar que desde pequeno nunca se imaginara como um cavaleiro, e lá estava ele defendendo uma princesa junto com sua maga para garantir o futuro do reino fora das trevas. Se seu pai o visse agora ele teria falado: Eu disse que você seria especial.

 De repente um forte vendo soprou na direção que estavam, fazendo o fogo que os aquecia se apagar e deixar tudo apenas iluminado pelas luzes dos astros nos céus. Sonic e Silver se levantaram tirando suas espadas da bainha e se preparando para o que quer que fosse aparecer. Maria se colocou na frente de Amy tentando fazer alguma magia, mas nada acontecia o que só podia significar uma coisa...

 - Valiant. – sussurrou enquanto a seus pés começavam a aparecer aquela nevoa densa e sinistra e toda aquela maravilhosa floresta se tornou tão sombria quanto a floresta Sussurrante. Uma risada foi ouvida ao longe enquanto aquelas criaturas sombrias rodeavam a todos se movendo de maneira desengonçada enquanto um riso fino e esganiçado saiam de suas bocas abertas.

- Bem perceptiva minha querida Maria. – disse uma voz jovial e bela vinda da mesma direção que aquele mago que continuava com seu capuz baixo, mostrando seu reluzente sorriso malévolo. – Me pergunto o que tanto talento faz desperdiçado com o lado perdedor?

 - Fique longe delas. – disse Silver se colocando na frente das duas com a espada erguida, preparada para uma batalha. O mago riu ligeiramente e fez um pequeno movimento com a mão fazendo as criaturas avançarem em sua direção. Silver era ágil, mas não conseguia se defender de todas as criaturas que o atacavam. Uma delas lhe deu uma cabeçada no estomago e o lançou até uma arvore que tinha ali perto e logo depois avançando em sua direção, mas o cavaleiro conseguiu se defender.

 O mago se aproximou das duas garotas com passos lentos e seguros já sentindo o gostinho da vitoria em sua boca. Estava a poucos metros delas, ela só lançar um feitiço de captura e as duas seriam suas. Mas uma forte energia o fez parar e antes que pudesse se quer piscar uma forte rajada de vento passou por ele e as garotas, e quando voltou a olhar elas não estavam mais lá. A fúria subiu seu sangue enquanto mirava tudo a sua volta, procurando o causador de sua distração e o onde estavam as garotas

 - Ei, mago do mal! – voltou sua atenção na direção de um galho alto de uma arvore onde a princesa e a maga se encontravam sentadas se segurando firmemente no tronco enquanto um garoto de estranhos cabelos azuis o mirava com um grande sorriso no rosto. O mago ficou furioso, mas logo que prestou atenção percebeu que aquela quarta energia que tinha sentido no quarto era daquele garoto de sorriso tão infantil. – Por que não tenta lutar com pessoas da sua altura ao invés de atormentar garotas inocentes?

 - Pessoas como você?! – exclamou fazendo com que um raio saísse de sua mãe indo na direção do garoto que continuava com seu sorriso no rosto. Quando os raios estavam a sentimentos de encostar no garoto o mesmo desapareceu fazendo aqueles raios azuis atingirem uma arvore a metros atrás. Todos estavam surpresos, não imaginavam que o garoto fosse tão rápido ou que pudesse se tele-transportar.

 - Tem que ser mais rápido se quiser me pegar. – falou o garoto comodamente escorado em um tronco de uma arvore. O sorriso ainda estava em seu rosto enquanto mirava sem preocupação nenhuma sua espada que parecia brilhar mesmo com toda a escuridão que tinha no lugar.

 Ainda furioso o mago tentou acertá-lo com mais um raio só que o garoto novamente desapareceu e reapareceu atrás do mago, com a espada passando por seu pescoço a milímetros de encostar no mesmo. Valiant formou uma espada mágica em sua mão e tentou acertar o garoto atrás de si, mas o mesmo voltou a desaparecer e agora se encontrava a sua frente preparado para uma luta frente a frente. O mago se antecipou e tentou um golpe direto na cabeça, mas o garoto se defendeu com muita facilidade, ainda sorrindo e ainda por cima acertando um ligeiro e potente murro no estomago do mago que cambaleou para trás sem fôlego.

 O olhar ainda penetrante, o corpo tenso, e a espada bem presa na mão o mago tentou mais uma ataque, só que dessa vez lateral mirando acertar a cintura do garoto. O mesmo apenas se afastou e esperou o próximo golpe que foi direcionado para seu pescoço, mas a única coisa que fez foi inclinar o corpo para trás fazendo a espada passar a alguns centímetros acima de seu rosto. Mais um intento de ataque e dessa vez foi frontal, tentando acertar seu estomago visando atravessá-lo, mas o garoto voltou a desaparecer reaparecendo atrás do mago enquanto um ligeiro corte aparecia no rosto do mesmo.

 - Agora é minha vez. – sussurrou para logo depois voltar a desaparecer enquanto um profundo corte aparecia no braço esquerdo do mago, de repente outro apareceu, só que esse em sua perna direita, pouco tempo depois outro apareceu em seu rosto cortando perto de seu olho, mais um no braço, outro na perna e para finalizar um bem profundo na cintura fazendo o mago perder o ar de seus pulmões por causa da dor e cair de joelhos no chão.

 Sonic apareceu na frente dele ainda com um sorriso brincalhão no rosto e sem nenhum machucado em seu corpo. Silver tinha conseguido acabar com as criaturas que o haviam atracado e mirava toda cena com os olhos arregalados, as garotas também não estavam em melhores condições, afinal como um garoto que nunca antes entrou na ordem dos cavaleiros conseguiu ter todas essas habilidades com uma espada? E como conseguia ser tão rápido?

 - Q-quem é você? – perguntou o mago sem fôlego levando uma mão até seu ferimento na cintura tentando tampar o mesmo. Sonic sorriu ainda mais enquanto voltava sua espada para o lugar.

 - Meu nome é Sonic Celeritate, e sou a coisa mais rápida do planeta. – disse com um sorriso vitorioso no rosto enquanto o mago o mirava atentamente e se levantava com dificuldade por causa dos machucados que tinha por seu corpo inteiro.

 - Pois fique ciente Sonic Celeritate. – começou a falar o mago enquanto desaparecia em uma fumaça negra e densa junto com as criaturas que tinham sobrado. Sonic deixou de sorrir e o mirou com atenção. – Você acaba de se meter em uma confusão que não tem tamanho. É melhor que se prepare, porque as trevas logo dominaram!

 E o mago desapareceu deixando Sonic com aquela frase na cabeça. Agora não tinha mais como voltar atrás, estava envolvido até os dentes nessa luta entre o bem e o mal.

Estava sentado naquele confortável trono vendo divertido como os súditos que sobreviveram eram escravizados e torturados sem piedade. No braço da mesa estava uma pequena tigela cheia de suculentas frutas que as ultimas hortas restantes no reino tinham produzido. As comia com esmero fazendo com que a cada mordida um pouco do liquido da fruta escorresse por seus lábios sujando sua barba negra um pouco grisalha e mal cuidada. De repente na sua frente um mago completamente ferido aparecia cambaleando em sua direção.

 - Não acredito que aqueles garotos fizeram isso com você. – falou divertido, gozando do momento que tinha para irritar aquele mago que tanto se achava poderoso, eram raras essas oportunidades então quanto mais aproveitasse melhor seria para si e seu enorme ego. – Vejo que você não é tão forte como gosta de pensar.

 - Cale a boca, marmanjo fedorento! – gritou o mago completamente irritado fazendo com que na sua frente parecesse um espelho onde pudesse ver suas feridas na região do rosto. Aquela a qual mais lhe irritava era perto do olho, não podia deixar que uma coisa tão feia ficasse marcada em seu belo rosto. Usou seus poderes para eliminá-la, mas tinha um preço, suas mãos agora pareciam a de um velho de noventa anos o que o fez grunhir irritado e escondesse suas mãos nas longas mangas de sua capa. – Eles tem ajuda de um cavaleiro muito rápido. Se considera a criatura mais rápida do planeta.

- Pois se ele se acha tão rápido por que não chamamos alguém igualmente rápido? – perguntou o cavaleiro com um sorriso divertido no rosto e mordendo mais uma das frutas que tinha no pequeno pote. O mago o mirou curioso, achava que aquele homem era mais um burro aldeão que se achava forte só por ter tido uma forcinha extra, mas talvez tivesse se enganado e ele fosse mais útil do que parecia.

 - O que tem em mente? – perguntou cruzando os braços e o mirando com interesse. O cavaleiro sorriu e deu mais uma mordida. Por ser da região das Terras Esquecidas tinha vários informantes que poderiam lhe dar o assassino mais bem sucedido daquela área, sem falar de poderem se livrar dele depois sem ter que pagar nenhum tostão, ou até mesmo influenciá-lo para o seu lado.

 - O melhor mercenário das Terras Esquecidas. – falou sorrindo malignamente. O mago também sorriu, essa vitoria contra o bem estava garantida.   


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Notas finais do capítulo

Eu acho que esse cap ficou um lixo, mas o proximo compensa ^^ *também olha quem vai entrar ¬¬* Aiai *-*. *Luly? Luly acorda! Oi!! Você tem que terminar isso!!* Ah! é mesmo! Maus ai n////n. Pois espero não ter decepcionado ninguém ai.Bjss e até o proximo cap ^^ *e é sempre a mesma coisa no final ¬¬* Você quer que eu diga o que? *qualquer coisa que não seja essa merda que você sempre falar*Bom... Isso é tudo por hoje pessoal *eu mereço T-T!*



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