O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 8
Capítulo 6 Romances e Atitudes


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas cheguei com o capitulo!
Perdões, perdões é que não estava inspirada e não queria escrever besteira, então decidi demorar para não decepcionar, ok?

Bom, no outro capitulo eu prometi algo especial daqui há três capitulos, mas resolvi antecipar e decidi que acontecerá no próximo... Aguardem a surpresinha, e para os espertos, já terão noção do que é que estou falando no fimzinho desse capítulo aki abaixo........ Aguardem, people!


Capítulo com fotos. Total de fotos: 3



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- Não importa, importa que conseguimos, somos a gravadora de Justin Bieber! Kate, devo isso a você. A sua aproximação dele foi o que nos fez chegar aqui. Atuou bem, querida.    

- Atuar?

- Sim, quero dizer, logo no início. Lá na festa, você odiou ele, mas continuou fazendo teatrinho só para não perder o contato com ele, não?

- Ah sim, mas depois do episódio do shopping, eu me tornei amiga dele de verdade. Ele é meu melhor amigo, sem desmerecer os outros, é claro.

-Depois vemos isso porque agora temos que trabalhar. O Mathew já está na sala dele?

- Sim, eu também estou indo pra minha.

Saí da sala de Derick e encontrei Justin saindo da empresa, e ele estava bastante estranho.

- Hey, Justin! – Estranhei, Justin nem olhou para mim, apenas me deu as costas e entrou em um carro.

Resolvi voltar para a empresa e tive meu primeiro dia de verdadeiro trabalho lá. Ao fim do dia, voltei para casa com Derick e deixamos Mathew em casa. À noite, liguei inúmeras vezes para Justin, mas ele nem sequer atendeu.

No dia seguinte, Derick marcou para Justin e Scooter passaram na empresa para se encontrar com ele e eles acertarem alguns detalhes. Vi Justin em uma parte do corredor e tentei ir falar com ele:

- Justin! – Ele me olhou com desprezo. – O que aconteceu?

- Não precisa mais fingir, Kate.

- Fingir? Sobre o que você está falando?

- Sobre você ter fingido que era minha amiga só pra conseguir o contrato. Não precisa fingir mais, sei que não vai com a minha cara até hoje, e eu já assinei o contrato. Até mais.

- Não, você não vai embora enquanto não acreditar em mim!

- Acreditar nas suas mentiras?

- Não é mentira, inicialmente eu fingi porque eu queria realmente o contrato, mas depois, depois do que você fez por mim e depois que mostrou que é um cara maravilhoso, eu... Eu gosto de você, de verdade... Você é alguém indispensável pra mim, eu já não suporto mais viver sem sua amizade, sem sua presença. Por favor, acredita em mim!

- Kate, é meio difícil.

- Difícil? Você acha mesmo que eu deixaria a Anne te contar o que te contou sobre mim se eu não te considerasse de verdade? Você sabe mais da minha vida do que minha tia jamais soube e agora vem dizer que eu não fui verdadeira? Pode ter sido, mas agora eu estou completamente rendida por você. Justin, me desculpa, mas não me castiga desse jeito.

- É mesmo um castigo tão grande se eu desprezar você?

- Sim... Eu juro que sim... – Meus olhos estavam marejados. Eu queria chorar.

- Vai ter que fazer mais que isso pra me convencer.

- O que? O que eu tenho que fazer? Justin, pelo o amor de Deus, não estou mentindo!

- Depois conversamos...

Justin me deu as costas e me deixou sozinha, sozinha como uma boba, do mesmo jeito fiquei quando nós nos conhecemos. Ele me dava as costas e me deixava sozinha, mas dessa vez, eu não sabia se teria volta.

Na hora do almoço, Derick saiu para almoçar com Justin e Scooter, enquanto eu e Mathew estávamos na sala dele, almoçando e conversando:

- Adoro comida japonês! – Disse Mathew ainda mastigando. – Como é o nome disso?

- Lámen, mas também é conhecido como rámen.

- É uma delícia, você não gosta?

- Gosto, gosto bastante.

- Então porque não tá comendo?

- Tô sem fome.

- Sem fome? Você tava reclamando de fome desde que você chegou aqui.

- Perdi a fome.

- Por quê? Algum problema?

- Sim, é com o Justin.

- Ele não quer mais ter o contrato com a empresa?

- Não, melhor se fosse isso. É que ele ouviu uma coisa e tá pensando que eu sou mentirosa.

- O que ele ouviu?

- Eu não sei como, mas quando eu e o Derick estávamos comemorando a entrada dele para a DM, ele ouviu o Derick dizer que eu atuei bem, e o Justin acabou ouvindo! O Justin não quer nem olhar pra mim...

- Sinto muito.

-O Justin é meu melhor amigo, eu não posso deixar que ele me despreze.

- Kate, isso é muito estranho. Você nunca fez diferença entre amigos, e agora já tem um melhor amigo? Sinceramente, o Justin mudou você.

- Ai, me desculpa, Mathew! Até você vai brigar comigo? Não foi o que eu quis dizer... Pode até ter sido, mas... Você nunca esteve a ponto de perder alguém realmente importante pra você?

- Só não estive a ponto, como perdi.

Eu tinha acabado de falar abobrinha. Os pais do Mathew morreram enquanto ele era criança em um assalto que só ele se salvou. Meu problema perto do que ele já passou era bobagem.

- Olha, acho melhor não falarmos mais disso. Que tal falarmos da Hilary?

- Não tenho assunto sobre ela.

- Mas eu tenho! Bom, eu tenho pena dessa garota.

- Pena por quê?

-Você sabe o que ela tá passando, não se faz de desentendido!

- Presta atenção, se ela casar com aquele velho, ela vai ficar mais rica do que ela já é. Qual é o problema disso?

- Até parece que você não sabe qual é o problema!

- Tá, ela não o ama, e ele, bom, ele quer pousar por aí com uma garota novinha e de boa família como a Hilary. Ah, e talvez a seção sexo também não seja boa, mas mesmo assim ela vai ficar mais rica e eu acredito que é isso que importa pra ela.

- Como você pode dizer isso?

- Ela me falou, ok?

- Falou? Vocês se falaram depois do jantar?

- Sim, ontem eu encontrei ela numa lanchonete perto da minha casa.

- Sério? E aí?

- Conversamos e num momento, ela me disse que o melhor pra ela era casar com o tal de Roger.

- Não acredito nisso, ela falou totalmente o contrário pra mim!

- Mas pra mim ela falou isso.

- Você tá revoltado?

- Eu? Claro que não, né?

- Você tá muito cínico, tá revoltado sim senhor!

- Ah, pára, Kate! Aquela garota mimada? Ontem ela me tratou que nem cachorro sarnento sabia? Eu até tentei me dar bem com ela, mas ela me tratou mal demais e ainda veio com esse papo de riqueza... Ela é insuportável!

- Eu sou sua amiga, Mathew. Não se sinta mal em dizer pra mim que gosta dela, ok?

- Como assim? Eu já disse que eu gosto é de você!

- Isso antes de conhecer a Hilary.

- Não, isso até agora!

-Você quer mentir pra você mesmo, mas não está conseguindo. Tá nos seus olhos os seus sentimentos por ela.

- Nojo...

- Não, amor! Quer dizer, não exatamente isso, já que faz pouco tempo que vocês se conhecem, mas ao menos gostar você gosta!

- Ah e como você sabe disso? Pode por acaso ver meu coração?

- Não, mas não dizem que os olhos são a janela da alma? Nas suas janelas eu vejo que só de pensar nela você já perde o chão, querido. Bom, não quero comer mesmo então vou deixar você aí, pensando na sua amada Hilary!

- Vai embora mesmo, você tem um distúrbio, sua espiga de milho loira!

Voltei pra minha sala e passei o resto dia trabalhando. Eu ainda era inexperiente nos assuntos da vice-presidência, precisava aprender muito, mas acho que eu estava me virando bem.

À noite, Derick, Mathew e eu fomos jantar em um restaurante chique de Beverly Hills, lá encontramos uma Hilary triste e negligenciada por um velho babão que não parava de olhar pra ela com cara de tarado, além de não tirar a mão da cocha da minha amiga:

- Olha quem está ali, Mathew.

- Ah, Kate, qual é...

- Porque você fica tão estressado assim só por ver ela, hein Mathew? - Disse Derick dando um sorriso meio insinuante.

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- Até você Derick?

- Olha, pra não estressar nosso amiguinho aqui, acho melhor pararmos com isso, Derick.

- Tá bom...

Depois de alguns minutos conversando, percebemos que Hilary foi levada pelo o braço por Roger até o carro. Mathew tentou disfarçar, mas ele estava irritado pelo o modo com que aquele velho estava tratando SUA FUTURA GAROTA, sim, se aqueles dois não ficassem juntos eu desistia de meu nome e o mudava para Etak, que é Kate ao contrário.

Olhei para Mathew quase pedindo para que ele seguisse os dois e ajudasse Hilary. Eu tinha certeza que aquele velho tramava alguma coisa, pela as atitudes dele, o modo como ele olhava pra ela... Não, aquele porco velho não faria nada com minha amiga, nada.

Mathew levantou-se e pediu licença. Disse a Derick que eu ia com ele, e o segui. Quando chegamos perto do lugar onde Hilary e Roger estavam, percebemos que ele estava forçando Hilary a entrar no carro:

- Eu não quero ir, Roger.

- Porque não? Vamos, meu amor, prometo que você vai gostar.

- Gostar? Roger, você sabe que eu vou odiar. Não estou preparada...

- Vai me dizer que ainda é virgem? Me poupe, seus pais já me deram essa informação sobre você.

- Vou odiar por que vai ser com você, não porque ainda sou virgem.

- Olha garota, não estou afim de brincadeiras além daquela que quero fazer com você no motel, então entra no carro e vamos logo!

- Você não pode me tratar como uma vagabunda, entendeu? Eu aceito tudo, até jantar com você, menos ser tratada como uma vadia ou te deixar tocar um dedo em mim! Eu não vou transar com você, seu velho!

- Entra no carro, Hilary, agora!

- Ela não vai pra lugar nenhum com você, seu patife! – Mathew se pronunciou quase me fazendo dar pulinhos de alegria.

Disse a Mathew que eu ia voltar para a mesa com Derick, mas quando cheguei a porta do restaurante, me deu uma vontade de assistir àquela cena:

- Você não deve se intrometer nos assuntos de um casal, não é querida? – Disse Roger apertando o braço de Hilary e olhando ameaçador para ela.

- Eu... – Tenho certeza que o que minha amiga havia falado para Mathew era mentira, estava sendo um pesadelo ter que se casar com aquele velho porco. – Eu concordo, afinal, quem é você pra se intrometer nos nossos assuntos? – Meu Deus! O que Hilary tinha? Ela não era assim, ela odiava Roger Humphreys, isso estava exposto nos olhos dela! Então, porque ela estava desprezando o seu salvador? Só o amor de Mathew a tiraria daquele pesadelo e ela sequer o tratava bem?

- Hilary...

- Tá tudo bem, Mathew, vai embora...

- Hilary? – Resolvi me pronunciar.

- Kate?

- Oi ,amiga. Olá, Sr. Roger.

- Olá, Sra. Mars.

- Faz tanto tempo que não vejo a Hilary. Será que o senhor poderia me emprestar ela só por um minutinho? É que meu marido também está com muitas saudades dela e ele está aqui, gostaria que ele a visse. – Dei uma piscadela para Mathew e ele entendeu.

- Tudo bem, espero você no carro, Hilary.

- Ok.

Peguei Hilary pela mão e fomos até Derick. Mathew já não estava conosco:

- Hilary?

- Derick, precisamos ir embora agora.

- Por quê?

- Pague a conta e me dê a chave do carro. Esperaremos você lá.

Fui com Hilary até o carro e Mathew estava encostado nele, com o olhar perdido.

Nós três entramos no carro e esperamos Derick que vinha logo atrás. Porém, antes de ele chegar, o velho Roger olhou em nossa direção e se eu não desse a partida no carro ele descobriria o plano, então o fiz.

Pedi a Mathew que ligasse para Derick e o avisasse. Depois de ter feito isso, enquanto eu dirigia, me pronunciei:

- Ia dar meleca se eu não chegasse e bolasse um plano! O que deu em você, Hilary? Não vai me dizer que estava disposta a ir pra um motel com aquele tarado velho, né? O Mathew foi te ajudar e você deu um passa fora nele? Nem adianta vir com o mesmo papo que falou pra ele porque a mim não convence.

- O que você quer que eu diga?

- Você vai saber...

Ao chegarmos em minha casa, Hilary e Mathew não se encaravam, até que ele decidiu ir embora, mas perto da porta, fiz um pedido a ele em um sussurro:

- Não vai, conversa com ela.

- Pra ela vim dizer o mesmo que disse pra mim no restaurante? Não, Kate. Eu já vou.

- Uma última chance? Mathew, algo aconteceu. Ela me disse que desde que te viu no jantar, não parou de pensar em você.

- Porque está tão interessada em me envolver com ela? Quer por acaso se livrar de mim?

- Não, quero meus amigos felizes e eu sei que no fundo vocês se gostam!

- Ok, mas é a última vez.

- Obrigada!

Resolvi sair de perto dos dois, os deixando sozinhos. Hilary tentou me seguir, mas a forcei falar com ele. Se dali não saísse a solução que era melhor pros os dois, jurei a ela e a mim que eu desistiria. Fiquei atrás da parede, escondida, porém podia ver o que acontecia entre os dois na sala:

- Hilary, precisamos conversar.

- Sou toda ouvidos.

- Você me disse que apesar de não amar seu futuro marido, o melhor é se casar com ele.

- Não mudei de idéia.

- Mudou, porque você disse para a Kate que não o quer, e disse pra mim o contrário. Não quis sair de perto dele comigo, mas com a Kate você fugiu dele. Qual é a explicação pra isso?

- O que você quer que eu diga?!

- A verdade!

- A verdade é o que eu já falei milhares de vezes pra você! Por acaso você é surdo?!

- E você? É mentirosa? Você não quer ficar com ele!

- E com quem eu quero ficar?

- Comigo!

- Com você? De onde você tirou isso?

- Dos seus olhos e do que você disse pra Kate. Você não mentiu pra sua amiga, e o que sai da sua boca contraria seus olhos. Você está com um brilho nos olhos que só pode significar uma coisa...

- O que? – Hilary deixou escorrer uma lágrima por seu rosto alvo.

- Que você me ama... - Ele tinha uma expressão sensual, mas ao mesmo tempo, não tinha expressão nenhuma.

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 Mathew se aproximou e a beijou com delicadeza. As mãos dele pousaram na cintura fina dela, e ela o empurrou, mas ele foi mais forte e ela acabou se entregando. Depois de um beijo calmo, Mathew a abraçou e distribuiu beijos leves no pescoço dela. Então, totalmente rendida por aquele belo homem que ela sabia que a amava, Hilary pronunciou, de olhos fechados e sentindo cada toque dos lábios dele no pescoço dela:

- Você tem razão... Eu amo você. Mas do que adianta? Primeiro que você gosta de outra e depois, meus pais nunca deixariam eu viver um relacionamento com você...

Mathew se afastou e sorriu. Na verdade, eu sabia o que viria a seguir:      

- Eu passei metade da minha vida acreditando que eu nunca amaria outra além da Kate. Hoje eu vejo que já a amei, mas agora, desde que eu te vi no jantar... Hilary, amo você, não tenho dúvidas! Pode ser cedo demais, mas eu não vou me enganar nunca... Te amo infinitamente... E quanto a seus pais... Hilary eu largo tudo por você, é só me dizer que está disposta a fazer o mesmo que eu cuido do resto! Temos que nos preocupar com mais alguma coisa?

- Não é tão simples...

- Claro que é! Se o problema é a condição de vida que eu vou te dar, não se preocupe. Tenho um bom emprego agora, ganho mais dinheiro do que eu poderia imaginar um dia!

- Seu bobo, não me importo com dinheiro! Se você me der amor que é o que eu precisei minha vida inteira, eu serei feliz!

- Então o que nos impede?

- Não temos como vencer a autoridade de meus pais!

- Temos, nós podemos fugir.

Hilary paralisou. Acho que ela nunca ouviu algo tão perigoso e óbvio em toda a sua vida, assim, de repente...

Meu Deus! Tenho certeza que eu não estava errada em querer que ela aceitasse aquela proposta. Eles se amavam e eu acredito que só o amor basta! Só o amor basta, só... Eu sabia daquilo mais do que ninguém, ela tinha que aceitar...

Hilary se pronunciou:

- Eu... – Ela respirou fundo... – Aceito! Mathew, me leve contigo pra onde você quiser... Amo você, apenas amo e ponto final!

Mathew sorriu e quando ia abraçá-la, não me contive de felicidade e saí pulando de trás da parede, de braços abertos:

- FELIZ! FELIZ! FINAL FELIZ! – Parei de gritar e falei normalmente. – Meu, o amor é lindo! Ô cabeça, se não fosse eu te mandar aqui tu nem ia ser feliz né? – Falei dando um tapa forte em Mathew.

- Bom, acho que devemos agradecer a você, cúpida! – Hilary se pronunciou.

- Você me quebra antes do casamento, Kate! – Disse Mathew pegando no braço e reclamando do tapa.

Naquela noite, Roger ligou inúmeras vezes para Hilary que não atendeu. Porém, a felicidade durou pouco: no dia seguinte, os pais de Hilary a encontrou, e como o esperado, proibiram-na de ver Mathew, porém, nós, os amigos dela, dávamos sempre um jeitinho e ela o encontrava. E daquela forma, entre encontros escondidos e uma Hilary que sempre adiava qualquer coisa com Roger, que conseguimos enganar os pais dela. Mas, na cabeça de cada um imperava a pergunta: até quando aquilo duraria? Não sabíamos, mas também não queríamos ver aquele casal lindo separados, então, resolvemos esperar o tempo passar e junto com ele, as soluções chegariam.

Havia mais uma coisa que me incomodava. Justin freqüentava com veemência a empresa, já que eles estavam trabalhando no novo CD dele, agora gravado na DM. Todos da empresa agora tinham trabalho redobrado e estávamos completamente com as mãos à obra. O CD seria lançado em Março do outro ano, um pouco distante, mas queríamos um trabalho perfeito e a perfeição não combina com pressa. Na verdade, o que me incomodava não era o fato de ele está sempre presente, o que me incomodava era a distância entre nós dois. Ele me ignorava, me desprezava e me olhava torto. Ele ainda achava que eu havia me aproveitado de termos nos tornado amigos para fazer ele assinar aquele contrato. Ele acreditava que eu me aproximei dele só pelo o contrato, enquanto que o que eu mais queria era retomar nossa amizade novamente.

Para isso, encontrei uma distração. Com o passar das semanas, o mês de Julho terminou e meu concurso para o banco central teve início. Entrava na empresa como vice-presidente às oito da manhã e saia às seis da tarde como estudante. A aula começava às seis e meia e terminava às nove e meia da noite. Era cansativo? Sim e muito, mas como apesar de cansada eu costumava dormir lá pelas onze horas da noite, eu tinha um curto tempo para estudar e o aproveitava bastante. Além do mais, nos finais de semana, quando não tínhamos que ir para a empresa, eu aproveitava a manhã e a tarde de sábado para estudar, à noite ia para a aula e dormia mais cedo. Nos domingos, acordava um pouco mais tarde, lá pelas oito da manhã e pegava nos livros novamente. Derick vivia me dizendo que eu com certeza passaria no concurso de escrituraria, eu até confiava, mas muitas vezes eu ouvia pessoas me dizendo que tinha que estudar muito e que passar nesse concurso era quase impossível, porém, eu não desanimei e continuei com minha rotina de estudos e trabalho. Todos os meus amigos me encorajavam e me diziam que eu estava me saindo super bem nos testes que eu encontrava na internet sobre concursos públicos, além de que Derick já havia me dito que eu estava me saindo perfeitamente bem como vice-presidente também, e que eu era a melhor vice-presidente do mundo! É preciso dizer que eu estava me sentindo super poderosa com aqueles elogios todos?

Certo dia, mais especificamente no dia dezenove de Agosto, eu passeava no shopping, fui lá no horário do meu almoço apenas para procurar um presente para Lisy que fazia aniversário no dia 22. Resolvi antecipar a compra, pois eu não sabia se ainda teria tempo naquela semana.

De repente, esbarrei em alguém:

- Ah me desculpe, não foi minha intenção! – Exclamei.

- Tudo bem, sem problemas.

O belo homem levantou o rosto e eu pude ver a beleza dele. Ele tinha olhos castanhos escuros, um cabelo da mesma cor que era liso e ao mesmo tempo enrolado e ia até a altura do maxilar.

Para ver foto, acesse: http://foundinchile.cl/wp-content/uploads/Santiago-Cabrera.png

Charmoso, ele também pediu desculpas e olhou para mim mais profundamente, e me reconheceu:

- Kate?!

- Como você sabe meu nome?

- Não lembra de mim? Sou eu, Willy Aidon, o da faculdade. Namorei sua amiga Marie e ela...

- Te colocou chifres, eu sei. Willy, quanto tempo! – O abracei e acabei me lembrando dele. Era Willy e eu sempre o achei muito bonito. Fomos amigos e eu só faltei matar Marie por ter traído aquele homem maravilhoso.

- Como vai a vida, Kate?

- Muito bem, e você?

- Você acredita se eu disser que nunca superei a traição da Marie? Eu ainda gosto daquela traidora! E ela? Como vai?

- Bem, bonita... Mas, desde o rolo com você, que eu saiba, faz um tempão que ela não tem ninguém... Digamos... Fixo. Só pegas e tal, mas amar... Olha, eu diria que ela ama você.

- Se amasse não me trairia...

- Ah bem que você podia perdoar, né? Faz tanto tempo e vai que no fundo vocês se gostam, hein? – Esses dias eu havia sido muito cúpida... Olha eu aqui de novo! E também, estou encontrando todos os meus grandes amigos, não? Primeiro Mathew, agora o Willy... Era amigo que não acabava mais!

- Tá trabalhando? Que nada né? Só de pernas pro ar! Também, casada com o Derick!

- Trabalho sim! E muito... Sou vice-presidente da DM, ouviu?

- Parabéns, eu tô procurando trabalho agora... Mas, eu sou formado em administração, ok? Se tiver pra onde me indicar eu tô aceitando!

Lembrei de minha promessa para Derick. Finalmente eu havia encontrado o meu substituto definitivo na vice-presidência. Ótimo, com mais alguns dias para nos relembrarmos um do outro e uma conversa dele com Derick, quem sabe já não tínhamos um novo presidente?

Trocamos números de telefone e nos despedimos. Voltei para a empresa e como não tinha trabalho naquele momento, decidi estudar um pouco. Havia um lugar naquele enorme prédio onde eu adorava estar: no observatório ao ar livre no topo do prédio, bem aonde os helicópteros, por exemplo, aterrissavam.

Em certo momento, enquanto eu estava distraída estudando no topo do prédio, ouvi passos. Quando levantei o rosto, vi quem era que havia acabado de subir até ali:

- Justin?

- Não sabia que você estava aqui... Estou de saída.

Justin já se virava para ir embora, quando eu falei:

- Você vem com freqüência aqui?

- Sim, gosto desse lugar do prédio.

- Eu também venho com freqüência aqui, mas nunca te encontro.

- Os horários não devem coincidir então. Estou indo...

- Não, por favor, fique...

- Kate, aquele assunto está encerrado.

- Não, não está. Como você pode me deixar nesse estado? Eu... Justin, eu gosto de você, de verdade! Não minto quando digo que no início eu te odiei, mas agora, nesse instante, estou com o coração partido, inteiramente partido por ter perdido sua confiança, seu carinho...

- E como você quer que eu reaja depois do que ouvi?

- Você não ouviu até o final. Derick disse que eu atuei bem no início, quando nos conhecemos na festa, mas depois, tanto eu quanto ele admitimos que eu me apeguei a você, que eu agora te considero meu melhor amigo!

- Isso não tem lógica! Mal faz um mês que nos conhecemos e você já é tão apegada a mim assim?

- E você? Não é apegado a mim?

- É claro que sou! Eu não estaria andando tão triste se não fosse porque não agüento ficar brigado com você!

- Então porque não deixamos isso de lado? Pensa bem, o contrato tá assinado para que eu ia continuar fingindo?

- Droga, Kate! Não consigo mentir pra você! O problema não é esse, eu confio em você, eu sei que você tá falando a verdade!

- Então porque está me tratando assim?

- Porque eu te amo, e se você não me corresponde e não pode ser minha, prefiro mil vezes sofrer por isso longe de você!

- Justin, não é assim! Você está confuso, está confundindo admiração de fã com amor!

- Não, Kate... Quando eu digo que te amo, é porque já não consigo mais conter isso dentro de mim... Eu não estou confuso... Amo você...

Como sempre, Justin me deu as costas e andou em direção a saída, mas dessa vez, eu não podia deixá-lo ir, então o desejo de fazer algo inundou minha mente e eu não esperava de mim aquela atitude...   

  


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, fique ligado: dúvidas, insegurança e complicações.



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