O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 3
Capítulo 1 Olhar Fixo


Notas iniciais do capítulo

Primeiro Capítulo!!!!!!! Vou tentar postar um capítulo todo o dia, ok?



Capítulo com fotos. Total de fotos: 1



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Bom, mas o assunto não é minha história de vida e sim a futura nova aquisição da DM World: Justin Bieber, o astro pop do momento.

Eu e Derick conversamos mais um pouco e decidimos voltar ao trabalho no dia seguinte, pois da empresa contataríamos o próprio Justin Bieber, ou a equipe dele. A verdade é que o necessário é que temos que assinar com ele, e logo, pois haverá muitas companhias atrás dele.

Na manhã seguinte, acordamos cedo e nos arrumamos. Derick estava confiante e eu também, com um detalhe: eu estava feliz mais que o normal. Trabalhar, eu iria trabalhar! E um trabalho necessário e muito importante.

Ao chegar à empresa, todos estranharam Derick já estar de volta, afinal, ele nem chegou à metade das férias.   

- Putz, será que estranharam eu já estar de volta?

- O que você acha? É claro que sim!

- Vamos ver o que dirão quando descobrirem que agora você trabalha aqui.

- Vemos isso depois, vamos tentar contatar o Justin Bieber.

- Fácil, você tem o número dele? Eu não tenho.

- Engraçadinho, claro que não. Mas para contatar ele não é necessário termos o número dele. Temos que ter um plano que faça parecer tudo bastante casual.

- Tipo, sei lá, encontrar ele ou alguém ligado a ele,” casualmente”.

- Isso, precisamos saber se ele vai participar de alguma festa em que seremos convidados...

- Convidados nós não seremos, seremos os donos da festa.

- Como assim?

- Querida, somos nós a empresa produtora da saga Crepúsculo, não? E que eu saiba o nosso ator principal, Robert Pattison, conhece o Justin Bieber, quem sabe não conseguimos convencê-lo a chamar o Sr. Bieber para a festa de lançamento do filme?

- Ótima idéia, mas temos que chamar o empresário dele também.

- Claro, vou ligar para o Rob e pedir que ele convide os dois agora mesmo.

- Quando será a festa de lançamento?

- Dia 24 de Junho em Los Angeles, no Nokia Theatre. A estréia do filme é dia 30 de Junho.

- Perfeito. Temos até tempo para nos prepararmos já que hoje ainda é dia 14. Mas liga logo pro o Robert só pra garantir.

Derick discou o número de Robert e assim que o ator atendeu, Derick começou uma amigável conversa:

- E aí, cara? Como vai?

- Vou bem, ansioso pela estréia do filme, mas vou bem. E você?

- Tudo ótimo, mas eu queria te pedir um favor.

- Pode pedir.

- Robert, eu sei que você conhece o Justin Bieber, até andou saindo com ele e tal... É que, você tá sabendo que o Bieber saiu da Universal, né?

- Tô sabendo.

- Então, o cara tá sem gravadora e bem que eu tô afim de dar um up na DM Music.

- Saquei, quer contratar o cara pra gravadora?

- Isso mesmo, só que eu não quero contatar ele assim de supetão, e nem quero sair ligando pra equipe dele, pode parecer que estou desesperado, então pensei que poderia fazer as coisas parecerem casuais.

- Sei, acho ótima a sua idéia. Vou falar com ele hoje, e aproveito e convido o Scooter Braun, o empresário dele.

- Valeu, Rob. Só os convida, o resto fica comigo e com a Kate.

- Kate? Ela já tá trabalhando com você?

- Eu e minha esposa já estamos administrando a empresa a partir de hoje.

Derick sorriu orgulhoso, retribui com o mesmo sorriso. Logo Derick desligou, levantou-se da sua cadeira de chefe e veio até mim, me abraçou e falou olhando em meus olhos, ainda me abraçando:

- Obrigada, é você que me dá forças pra continuar e pra crescer a cada dia. Eu te amo, querida e não sei viver sem você.

- Eu também te amo.

Ele beijou minha bochecha e me soltou, voltando a sua cadeira de chefe e me pondo a par de tudo sobre a empresa.

- Acha necessário ter uma sala só pra você, Kate?

- Não, Derick. Não se preocupe com isso.

- Na verdade, Kate, não quero que você trabalhe aqui como minha ajudante, ou algo parecido. Dividi trabalho com você chega a ser idiotice. Nunca existiu um cargo como esse na empresa, além do mais você tem capacidade para ser muito mais que isso. Kate, quero que você seja a vice-presidente desta empresa.

- Derick, não é pra tanto...

- Claro que é. Você tem que ser. Meu amor, eu não tenho mais ninguém no mundo que se importe com essa empresa além de você, eu confio em você e assim que puder vou passar a empresa pro seu nome, já que Dave não quer a empresa.

- Mas porque não continua no seu nome?

- Porque quero mostrar o quanto te amo e te dar algo de valor.

- Não é necessário e não vou aceitar de forma alguma que você faça isso.

-Me deixe ao menos pôr você como a vice- presidente da empresa.

- Não, além do mais você já tem um vice-presidente.

- O demito, oras.

- Derick!

- Ok, outra hora discutimos isso.

Continuamos na empresa durante todo o resto do dia, até que voltamos para casa e Derick não tocou mais no assunto.

À noite, eu e Derick fomos a uma festa que estava acontecendo próximo de nossa casa. Era o aniversário de Dave, irmão de Derick. Ele estava completando 25 anos,a mesma idade que a minha, a de Angelina que havia completado em Janeiro, a de Anne que havia completado em Março, e a de Hilary que havia completado também em Março, mas em um dia diferente do aniversário de Anne. O resto de nós completaria 25 anos ainda neste ano, exceto Derick que fazia aniversário no mesmo dia e mês que eu, mas ele era mais velho que eu um ano.

Ao chegar à festa, Dave estava com os amigos conversando, mas ao nos ver, veio correndo até nós:

- Oi, Kate e Derick!

- Parabéns, brother!

- Valeu, cara. Você sabe que não tinha necessidade de presente, né?

- Seu idiota! Só tá falando isso porque eu tô de mãos vazias! Esqueci dentro do carro seu presente, um momentinho que já vou buscar. – Disse Derick saindo em seguida para ir buscar o presente do irmão.

- Vocês dois, hein! Parabéns, cunhadinho!

- Obrigado, minha linda. – Disse Dave antes de me abraçar. – Que bom que você não esqueceu meu presente!

- Mas é muito interesseiro... Toma logo esse troço.

- Posso abrir?

- A hora que quiser, mas escuta...

- Huh?

- Cadê a Angelina e as meninas?

- Estão na cozinha preparando os últimos salgadinhos.

- Vou lá, então. Licença.

Cheguei à cozinha e encontrei seis mulheres trabalhadoras:

- Olá, moças.

- Kate, minha amiga!

- Oi, Angeli...

- Vai logo pegando uma vassoura ou guardando a louça. – Disse Angelina sem nem ao menos olhar para mim. Ela estava concentrada demais enquanto guardava a louça no armário.

- Nossa, pensei que eu fosse ser melhor recebida.

- Ai, amiga, é que tô ralando aqui desde de manhã cedinho por causa do aniversário. Acredita que nem tive tempo de tomar banho?

- Aff, por isso que tô com alergia... É esse seu fedor insuportável! – Disse Dayse brincando, porém era verdade que Dayse era alérgica a odores como o odor do suor, o famoso “cecê”... Mas não tinha nada haver com Angelina, apesar de ela estar sem tempo para tomar banho, a esposa do meu cunhado não era muito chegada a esses “fedores”.

- Besta! Ai, por favor, Kate, nos ajuda! Olha, eu principalmente tô precisando de ajuda aqui pra guardar as louças.

- Nem precisa pedir de novo, Angelina.

Num curto tempo terminamos de arrumar a cozinha, os salgadinhos estavam prontos e os servimos na mesa. Quando terminamos, percebi que uma ilustre convidada – pelo o menos para mim – havia acabado de chegar. Tia Louis chegou sorridente e logo me avistou:

- Querida, que saudade!

- Tia Louis, sei que estou em dívida com você, afinal, prometi que ia na sua casa na semana passada e ainda não cumpri o prometido. É que eu e Derick aproveitamos as férias antecipadas de junho para passear e viajar um pouco, já que não há tanto movimento quanto as férias de Julho.

- Você nunca gostou de muita gente mesmo... Mas e hoje, porque não passou lá?

- É que hoje Derick e eu fomos trabalhar.

- Ai que bom! Você deve estar muito feliz, não?

- Sim, muito.

- Mas passe lá em casa, viu?

- Claro que sim.

- Imagine se eu morasse longe, mas moro de frente pra você. – Falou minha tia torcendo a boca.

- Desculpe tia. Mas não se preocupe, amanhã mesmo vou lá assim que sair da empresa.

- Certo. Cadê seu marido?

- Está ali com o irmão.

- Vou lá falar com ele.

- E eu vou ao banheiro. Com licença.

Fui ao banheiro que havia no quarto de Dave e Angelina, afinal, eu podia. Eles eram meus parentes. Ai meu Deus! Como eu era folgada! A verdade é que os outros banheiros estavam ocupados, então, o jeito era aquele mesmo.

Ao entrar no quarto em direção ao banheiro, me deparei com... Como descrever? Um... Belo homem, eu acho... Só com uma toalha enrolada na cintura.

Para ver a foto, acesse:http://2.bp.blogspot.com/-xS_kMRTrhg0/TcLuTFUhUsI/AAAAAAAACCI/7jQzf0_0HRU/s1600/chris%2Bevans.jpg

Eu não sabia o que fazer, como reagir... Até porque, ele era realmente muito lindo e estava semi-nu na minha frente e me olhando com um sorriso malicioso no rosto, enquanto eu, eu nem conseguia piscar:

- Qual é, gatinha, não precisa ficar assim.

- Que é que você tá fazendo no quarto do meu cunhado?

- Eu e o Dave somos melhores amigos já faz um bom tempo, Kate. Desde o colégio, você não lembra?

- Eu nem conheço você!

- Conhece e conhece muito bem. Você lembra que no colégio as patricinhas viviam te humilhando, te chamando de pobre e você não tinha amigos? Quer dizer, o cara mais popular da escola enfrentou um monte de problemas porque se apaixonou pela pobre e hoje vocês se casaram, mas o foco é: você só tinha dois amigos além de seu paquera e o nome deles era Dave Mars, irmão do Derick e o Mathew Baptist. Sabe o Mathew? Aquele nerd cheio de espinhas e que usava óculos? Aquele que era apaixonado por você e que você não dava bola?

- Não me diga que...

- Sim, Kate, sou eu. O feioso Mathew Baptist.

- Mathew, eu nem o reconheci... Nossa, você tá tão diferente! Quer dizer...

- Eu era feio e agora tô muito gostoso, não?

- Digamos que sim.

- E você sempre linda... Não mudou muito, apenas ficou mais bonita.

- Eu? Se fosse tudo isso não tinha perdido o meu BV apenas com quinze anos de idade.

- Foi assim porque você quis. Não lembra que os caras populares não revelavam pra todo mundo, mas viviam te mandando bilhetinho pedindo pra ficar com você? Você sempre recusava, já que mantinha o foco nos estudos e por isso não conseguia gostar de ninguém, até conhecer o Derick.

- Tem razão, desculpe por minha falta de alto estima. – Sorri em seguida com Mathew.

- Mas, então, como vai a vida, o casamento?

- Tudo ótimo, a mil maravilhas.

- Que pena, digo, que ótimo!

- Ih, não vai dizer que ainda gosta de mim, né Mathew?

- Claro que não, faz anos, décadas... Fala sério!

- Mas e você? O que tem feito?

- Me formei no que eu queria, em ciências contábeis.

- Continua nerd, então?

- Claro, de ruim da minha infância a única coisa que deixei pra trás foi a feiúra, o resto que era bom continua comigo.

- Que bom, eu e Derick nos formamos em administração, porém ele também se formou em marketing.

- E agora ele também comanda o grande império DM World, certo?

- Certo.

- E você?

- Bom, eu trabalho com o Derick na empresa.

- Com o dinheiro que ele tem você podia passar o dia de pernas pro ar em casa.

- Eu não quero isso pra mim!

- Sei, conheço você. Você sempre quis ser independente.

- Então.

- Sabe, o emprego é algo super difícil de se encontrar. Eu sou formado em contabilidade e tô um ano procurando emprego.

- Tive sorte de ter um cargo garantido na empresa do Derick.

- Teve mesmo, eu tô louco pra trabalhar, mas nada aparece.

- Vou perguntar pro Derick se ele não tá precisando de um contador.

- Uau, ser contador daquela empresa é uma honra... O salário então...

- Demais!

- Kate, sabe se ainda tem muita comida lá embaixo?

- Muita, por quê? Tá com fome?

- Bastante, vou trocar de roupa e vou comer.

- Ah é! Desculpa, vou te deixar trocar de roupa em paz.

- Você ia usar o banheiro, né?

- Eu uso um lá embaixo.

- Não, enquanto troco de roupa aqui no quarto você usa o banheiro, sem problemas.

- Não pegaria bem, vou descer.

- Kate!

Poxa, eu tava tão apertada... Resolvi entrar no banheiro e fechar a porta. Usei o banheiro e quando acabei, abri a porta novamente e vi que Mathew estava pronto, faltava apenas colocar a camisa e amarrar o cadaço do sapato, cadaço esse que ele não conseguia amarrar:

- Como sempre você se atrapalha com cadaços.

- Evito até usar essas porcarias, mas esse eu ganhei.

- Deixa eu te ajudar.

Me abaixei e comecei a amarrar o cadaço do sapato dele. Percebi que Mathew me olhava fixamente com o seu sorriso malicioso de tirar o fôlego, quando Derick entrou no quarto e numa ação inesperada por mim, teve um ataque de ciúmes:

- Eu morro procurando você e você aqui, né? “Amarrando cadaços” de um desconhecido.

- Derick, mano véio! Tempão, né?

- Quem é você?

- Sou eu, o Mathew Baptist do colégio.

- Tinha que ser! Você me deixa sozinho pra ficar dando corda pra esse cara que vivia dando em cima de você, Kate?

- Derick, que brincadeira sem graça!

- Brincadeira, Kate? Quem está brincando? Eu não estou! Acaso você estava brincando com ele?

- O que deu em você, Derick? Mais um ataque de ciúmes bobo?

- Gente, por favor, não briguem.

- Você fica calado, Mathew. Isso é tudo culpa sua! Desde sempre dando em cima da minha mulher, não?

- Ele não tava dando em cima de mim!

- Mas você tava amarrando o cadaço dele, não?

- Isso não tem nada haver, você sabe que ele sempre teve dificuldades pra amarrar cadaços.

- E você vai dar uma de boa samaritana e vai ajudar, não?

- Chega, Derick! Chega! Você tá sendo um burro, pateta e idiota!

- Chega mesmo, vamos pra casa! – Disse Derick me puxando pelo o braço.

- Hey! A festa mal começou e eu não vou agora só porque você tá com ciúmes, e ciúmes sem fundamentos!

- Kate, vem agora comigo! Estou mandando!

- Você precisa se tratar sabia? Você é um cara super legal, mas muito ciumento. Se sempre tem ataques de ciúme assim, vai ter que começar a parar. Tenho certeza que uma mulher como a Kate não vai se deixar ser tratada assim.

- Não se mete, seu idiota!

- Pára já com isso, Derick! Eu poderia muito bem ser legal e me mandar com você, mas não vou fazer isso, e sabe por quê? Porque isso é infantilidade sua e infantilidade se tira na marra e não passando a mão na cabeça. Vai pra casa você, porque eu vou ficar aqui na festa com minhas amigas e com meus amigos, incluindo o Mathew. Vamos descer, Mathew.

- Você não pode fazer isso, Kate!

- Posso e vou fazer, Derick. Vista a camisa, Mathew, vamos.

- Kate, é melhor não provocá-lo...

- Não estou provocando, Mathew, ele precisa de um sacode. – Sem ligar para Derick, sai do quarto e voltei para festa, logo Derick e Mathew me seguiram, e Derick tentou mais uma vez.

- Kate, por favor, vamos pra casa...

- Não, volta você.

- Eu não vou embora, mas você vai ficar amarrada em mim.

- Então eu saio.

Me dirigi até Mathew e o puxei pelo o braço até a porta saindo com ele sem nem me despedir de alguém.

- Você tá doida, Kate? O Derick vai pirar!

- Ele que pire porque eu não vou deixar o Derick ficar doido e me levar no embalo com ele. Ainda está cedo, porque não saímos por aí e comemos alguma coisa? Você disse que tava com fome e com essa confusão você nem conseguiu comer alguma coisa na festa.

- Kate...

- Vamos, Mathew. Não tem nada demais.

- Não consigo resistir...

Sorrimos juntos e saímos andando. Chegamos a uma lanchonete próxima dali e pedimos dois hamburguês e dois milkshakes de morango.

- Hum, só não tá melhor do que os salgadinhos da festa!

- Pára de falar, Kate! Nem pude experimentar, poxa...

- Tadinho de você, mas isso não vai passar fácil assim com o Derick não... Eu quero que ele se morda mesmo só pra aprender a deixar de ser um idiota ciumento.

- Pelo o jeito dele... Já aconteceu antes?

- Já, só que poucas vezes, umas três com essa. Não acontece mais porque eu quase nunca ando com homens, o homem com quem eu mais ando é o Dave e desse ele nem pode falar, né?

- Acho até que já era a parada do emprego na empresa, né?

- Não, eu dou um jeito, nem se preocupe.

Saímos de lá de barriga cheia e ficamos parados na porta da lanchonete por um tempo, pensando no que fazer, até que decidimos pegar um táxi até a casa dele, e depois no mesmo táxi, eu voltaria para casa sozinha, para não ter mais problemas com o Derick.

Não demoramos muito até chegar a casa dele. Assim que o táxi parou, descemos e começamos uma conversa na porta da casa dele:

- Mora sozinho, Mathew?

- Sim, em uma simples casa, diferente da sua mansão, né?

- Minha? Na verdade, eu não tenho nada... Até o cara que eu amo e confio tanto é ciumento demais, me sufoca...

- Você pode ter escolhido o cara errado, quem sabe eu não sou o certo?

- Palhaço...

- Porque não?

Mathew debruçou-se um pouco sobre mim e pôs as duas mãos em meu rosto e aproximou os lábios dos meus:

- Pára, Mathew... Eu não estou divorciada e nem pretendo.

- Desculpa, Kate. Não foi minha intenção é que...

- Tudo certo, continuamos amigos como sempre fomos e sempre seremos.

Me despedi dele e voltei para casa. Enfrentar a fera:

- Onde você estava?

- Sai com o Mathew.

- Quê?

- Isso mesmo. Mas só fomos lanchar já que você não nos deixou comer na festa. Derick, vou dormir, não estou afim de discutir e amanhã temos que trabalhar. Boa noite.

- Kate.

- Huh?

- Você está chateada?

- Claro, Derick! Você me envergonhou diante do meu amigo, falou comigo como se fosse meu dono, me tratou como sua propriedade. Eu não sou sua empresa, ok?

- Me desculpa, amor.Por favor, é que não consegui controlar meus ciúmes. Eu te amo muito e ver outro cara que gosta de você perto de ti me deixou louco!

- Derick, não tinha necessidade disso e além do mais, se ele tentasse algo eu saberia me defender! – Resolvi não contar sobre a investida de Mathew. Só aborreceria mais Derick.

- Eu juro que não faço mais, mas por favor, me perdoa? Eu não consigo ficar brigado com você...

- Ai, meu amor! Tá desculpado, querido, mas cumpra a sua promessa, ok?

- Ok.

Ele me deu um rápido selinho e fomos dormir. Os dias seguintes seriam agitados com o lançamento do novo filme da saga Crepúsculo e tínhamos que nos preparar para chegar em Justin Bieber e no empresário dele.

Os dias antecedentes a festa de lançamento do filme passaram rápido, e logo o grande dia chegou: Derick e eu chegamos cedo e arrumamos os últimos detalhes da festa. Logo jornalistas chegavam, convidados e depois de um tempo, os atores principais. Fui até Robert Pattison e o cumprimentei, não pude evitar a pergunta:

- E aí, sabe se ele vem?

- O Justin? Ele e o Scooter não vão perder a festa, posso garantir.

- Tomara... – Eu estava um pouco aflita.

Voltei à companhia de Derick e ele ficou feliz ao saber que Justin Bieber viria realmente. Robert resolveu nos dar um conselho:

- Derick, acho que é melhor a Kate falar com o Justin.

- Porque Rob?

- Ele te conhece, sabe que você é o dono da DM, talvez não pegue bem. Já a Kate, ela é conhecida por ele com certeza, mas ela é mulher, vai saber disfarçar mais, vai ter mais poder pra convencer ele.

- Eu?

- Você, Kate.

- Tudo bem, manda ver, querida.

- Falando nele...

Olhei em direção ao que Robert olhava, e percebi que ele falava de Justin Bieber que havia acabado de chegar. Passei os olhos rapidamente pelo o garoto, nada de mais na minha opinião. Um garoto com certeza mimado com seus dezesseis anos... Humpf, gostar de caras bem jovens como ele só na época que eu também era tão jovem quanto ele. Hoje em dia homens de verdade me interessavam:

- Vou dar mais um tempo. Vou fazer parecer bem casual, sabe?

- Acho bom, Kate. Mas porque você “acidentalmente” não esbarra nele com uma bebida na mão? Tenta ajudá-lo e se aproxima do cara entendeu?

- Sei não, Rob, vai que o cara fica afim da minha mulher?

- Ah pára, vai! Derick lembra do que você prometeu!

-Desculpa...

- Então, Rob, só mais um tempo...

- Já sei! Kate, não fala com ele aqui nessa festa. Tá cheio de jornalista, paparazzi... Vai rolar a festa íntima depois dessa aqui, né?

- Sim, naquele clube.

- Ok, eu vou convidar ele e o Scooter pra essa festa no clube e lá, sem impedimentos você chega no cara.

- Ótimo.

A festa de lançamento foi ótima, toda a equipe que estava presente do filme deu entrevista e tudo correu as mil maravilhas.

Ficamos sabendo que Justin Bieber aceitou ir à festa e assim que terminou a primeira festa, Derick e eu fomos sozinhos no carro até o clube, local da festa íntima:

- Entendeu, Kate?

- Ai, pela milésima vez, Derick, eu sei o que vou fazer! Não precisa ficar falando tudo desse jeito, explicando os mínimos detalhes! Confia em mim, vou dar uma tacada de mestre.

- Desculpa, tô meio nervoso. É que é um grande negócio para a DM. O garoto é a galinha de ovos de ouro no momento, eu vou descobrir exatamente qual foi o problema com a Universal, porque essa companhia não abriria mão dele assim, de uma hora pra outra por qualquer besteirinha... Tem coisa aí, e quando eu souber o que é já quero estar com esse garoto com contrato assinado com a minha empresa.

- Ele vai estar, meu amor. Eu garanto.

- Confio em você. Você é muito independente e esperta, vai conseguir esse contrato para nossa empresa, eu tenho certeza.

Ao chegar ao clube, passei os olhos rapidamente pelo o local à procura de Justin Bieber. Ele estava lá, cercado por alguns amigos famosos e com seu empresário e seu segurança, Kenny Hamilton. Vi que o garoto levantara e fora em direção às bebidas, ele não pegaria uma alcoólica, presumi... Não vinha ao caso. Disfarçadamente, o segui, por trás das pessoas para que nem ele e nem ninguém percebesse, mas fui interrompida:

- Oi!

- Ah, Kristen... – Kristen Stewart havia me interrompido.

- O que foi?

- Rob te contou que a DM quer assinar com Justin Bieber, né?

- Contou sim, por quê?

- Não quero ser grosseira, mas é que estava indo falar com ele agora, sacas?

- Ai, me desculpa, Kate! Mas vai lá, acho que dá tempo.

Continuei meu caminho e agradeci a compreensão da Kristen. Finalmente estava perto dele, aproveitei que eu tinha uma taça de champanhe na mão e “acidentalmente” tropecei, derramando champanhe na roupa dele, conforme me aconselhou Robert.

- Oh, me desculpe...

- Droga! Quem foi o...

Justin Bieber levantou o rosto e seus olhos cor de mel que brilhavam com um toque de raiva se encontraram com os meus. Ambos estávamos com o olhar fixo no olho do outro... Ele podia ver minha alma...       

       


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo, fique ligado: Conectados ou é só raiva mesmo? Ataques de ciúmes podem destruir um casamento e alguém se decepciona.



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