O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 15
Capítulo 12 Românticos Irremediáveis


Notas iniciais do capítulo

Amores, um capítulo muito especial para mim:
---------->Lisy e David moment<-------------
Vocês vão já já saber por que, quer dizer, só no próximo, mas nesse aqui já dá pra imaginar o que é rsrsrsrs
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- Scooter foi assassinado, Kate, assassinado!

- Como assim? Não pode ser, isso deve ter sido um trote ou algo do tipo!

- Não, Kate. Reconheci a voz e era realmente Adam, o irmão dele!

- Mas quem faria uma coisa dessas com o Scooter?

- Parece que foi um assalto e o Scooter tentou reagir e acabou por levar um tiro morrendo na mesma hora.

- Meu Deus! Que horas vão velar o corpo?

- Ainda hoje, às três horas da tarde.

- Você vai não é?

- Claro que sim.

- vou contigo. Onde você está?

- Tô em casa com a mamãe. Ela está péssima.

- Eu imagino... Estou indo, chego em poucos minutos.

Peguei um táxi para a casa de Justin e ao chegar lá, o vi sentado na porta, enquanto falava no telefone. Olhei para dentro da casa e vi Pattie sentada no sofá, com o rosto apoiado nas mãos. Provavelmente ela estava a chorar:

- Pattie? – Ao chamá-la, vi claramente o estado deplorável que ela estava. Scooter com certeza sempre fora um grande amigo da família Bieber.

- Oh querida, estou tão mal! Porque Scooter? Porque ele?

- Pattie, esse sentimento ruim vai passar. Eu garanto.

Fiquei ao lado de Pattie a consolá-la até o momento em que nos deslocamos para o funeral.

Às cinco e meia, o corpo de Scooter já havia sido enterrado. Aquele dia passara pesaroso para todos, e o sol não pareceu brilhar durante a manhã e a tarde.

- Kate, fique esta noite em nossa casa, por favor. – Pediu Pattie, quando voltamos do enterro para a casa dela.

- Claro que sim, querida.

 Entramos em casa e Pattie foi tomar banho. Eu e Justin fizemos o mesmo em banheiros separados, e depois estávamos todos nós na sala. Pattie parecia distante, e desde a notícia da morte de Scooter, ela não havia comido nada. Fui à cozinha e preparei chá de camomila e alguns biscoitos de gengibre para ela. Justin disse que era melhor que eu colocasse no chá, algum calmante para que Pattie dormisse, pois conhecendo a mãe como ele conhecia, ela não dormiria tão cedo. Fiz o que ele disse e servi-a. Inicialmente, Pattie se negou a comer, mas depois acabou aceitando e assim que acabou, ela deu sinais de sonolência. Justin levou-a para o quarto, enquanto eu fiquei a lavar as louças e arrumar a cozinha. A empregada havia tirado uma folga naquele dia.

- Ela dormiu. – Falou Justin, fazendo-me virar após pôr para escorrer a última louça que havia na pia.

- Pattie ficou muito mal. Scooter realmente era um grande amigo para vocês, não é?

- Sim, bastante. Mamãe tinha verdadeira adoração por ele. Sabia que antes de dormir ela afirmou que tínhamos colocado calmante no chá dela?

- Sua mãe é esperta. – Ri. Pattie lembrava-me muito minha mãe.

- Kate, eu estou ficando louco ou é realmente muito estranha essa morte do Scooter?

- É realmente muito estranha. Ele foi assaltado dentro de casa?

- Eu vim saber desse detalhe ainda há pouco e constatei que isso está muito mal explicado. Como assim o Scooter, cheio de segurança em sua casa, pôde ter sido assaltado e assassinado dentro de casa? É Incompreensível, a não ser que...

- Que?

- E se Scooter foi morto por encomenda?

- Scooter era um homem muito influente.

- Não só por isso. Eu acho que Alexsander não foi o único a quem Scooter fez mal. Ele não era o tipo de homem que media esforços para se dar bem. Ele passava por cima de quem quer seja para obter sucesso.

- Você acha que alguém se vingou de Scooter?

- É só o que eu tenho pensado desde ontem... Kate, por favor, não diga isso a ninguém. Não há nada provado e eu não quero espalhar um boato sem provas, ok?

- Claro, meu amor. Mas acho que está na hora de dormir. Foi um dia longo e cansativo, porém tenho certeza que amanhã as esperanças serão renovadas e a tristeza amenizada.  

- Você tem razão como sempre. Boa noite, amor.

- Boa noite.

Quando cheguei a porta da cozinha, fiz um pedido a Justin:

- Justin, durma no quarto com Pattie hoje. Foi um dia terrível para ela e acho que seria bom se ela tivesse o filho ao lado dela.

Na manhã seguinte... “

- Você não acha que já leu demais isso? – Disse David, ao chegar por trás de Lisy e fechar o diário que ela há tanto tempo lia.

- Me assustou.

- Me desculpa.

- Sabe o que acabei de ler?

- O que?

- Li sobre o seu nascimento.

- Digamos que... Foi bastante conturbado, pelo o menos é o que a minha mãe diz.

- E foi mesmo... Não imagina o quanto... – Disse Lisy rindo um pouco.

- Meu amor, você precisa sair do hospital um pouquinho, só um pouquinho assim... Olhe pra você, cheia de olheiras e com aparência cansada. Aposto que não tem dormido bem...

- As poucas vezes que descanso não valem de nada. A cama de acompanhante não tem ajudado e a minha coluna está um estrago.

- E com certeza você mais lê esse diário do que descansa, não é?

- Bem...

- Já sei a resposta.

- Não fique bravo.

- Não estou, mas quero muito te fazer um pedido.

- Faça.

- Amanhã de manhã posso vir bem cedo te buscar? Quero te tirar um pouco desse ambiente, te levar para passear, te levar para descansar... Deixe-me ser feliz amanhã o dia inteiro cuidando de você. Topa?

- Não sei... Quem ficará no hospital amanhã com o papai? Sabe que só podem ficar mulheres como acompanhante.

- Tenho certeza que a vovó Pattie não se recusaria.

- Só amanhã.

- Já é muito. Não sabe o quanto estou transbordando de felicidade por saber que amanhã poderei ficar ao seu lado.

David se esticou para frente, e alcançou os lábios da loirinha. Lisy correspondia ao beijo suave do namorado, quando sentiu aquele enlaço de línguas tomar mais intensidade e a mão de David pousar sobre uma de suas coxas e apertar. Era hora de parar.

- Desculpa, eu... Ah, perdão, Lisy. Não era momento para isso.

- Tudo bem. – Lisy deu um sorriso sem jeito. Ela também estava corada e não sabia muito bem como reagir. A menina era virgem e em tanto tempo de namoro, David sempre investia, mas ela nunca deixava passar de alguns beijos ardentes. – Acho que o horário de visita está prestes a terminar. Nos vemos amanhã de manhã, então.

- Claro. Boa tarde, querida. Até amanhã.

Lisy passou as mãos no cabelo e sentou novamente na cadeira ao lado da cama do pai. Pegou o diário e voltou a lê-lo:

“Na manhã seguinte, acordei mais cedo que todos os outros e sem querer, sentei no controle da TV, fazendo-a ligar. Antes que eu a desligasse, vi a notícia da morte de Scooter Braun. Rapidamente desliguei a televisão pedindo aos céus para que Pattie não houvesse acordado com aquela notícia. Ela deveria descansar e ver aquela notícia a deixaria agitada.

Fui ao banheiro do quarto de hospedes e banhei-me. Antes que eu acabasse de me arrumar, Christine, a empregada, chegara a casa e arrumara tudo para o café da manhã. Desci e fui para a cozinha. Enquanto eu acabava de tomar café e conversava com Christine, Justin apareceu na cozinha:

- Bom dia.

- Bom dia. – Respondemos eu e Christine em uníssono.

- Dormiu bem? – Perguntou Justin passando a mão direita sobre minha cabeça.

- Sim. Pattie já acordou?

- Acho que hoje ela não vai acordar tão cedo!

- Mas é melhor que ela descanse, sem dúvidas. Justin, bom, eu acho melhor ligar para Dave e Angelina avisando que hoje não poderemos ir ao jantar na casa deles, não é?

- Ah vamos. Acho que mamãe concordará em ir. Vai nos distrair um pouco depois do que aconteceu ontem. Além do mais, quero muito conhecer o David.

- Ah você vai amá-lo, garanto! Ele é um lindo bebê, Justin!

- Também com uma mãe daquelas... Angelina é uma perdição...

- Justin! – O repreendi pelo o seu atrevimento.

- Tô brincando, Kate. Eu a acho bonita, mas eu amo você, ok? Você deve saber disso... – Disse ele tentando me dar um selinho, mas eu virei o rosto para o outro lado. – O que foi?

- Por favor, não é? A Christine está nos vendo.

- Eu que digo por favor. Christine é de casa, né não, Chris? – Disse Justin ao piscar para Christine.

- Ai ai... Até a noite, Justin. – Dei um selinho nele e parti.

Estava cedo e não passava nenhum táxi. Eu fui descuidada a ponto de não pegar o número de nenhum táxi. Tive de ir de metrô até meu flet. A tarde no trabalho passou rápida, e à noite, voltei para casa, me arrumei e esperei Justin chegar. Fiquei feliz ao ver Pattie com ele, e com uma aparência bem melhor.

Fomos bem recepcionados ao chegarmos à casa de Angelina, e de cara Pattie conquistou a todo mundo, inclusive ao pequeno David:

- Hey, Pattie... – Pronunciou-se Angelina. – Quer ver o quarto do bebê?

- Own eu adoraria!

- Vou com vocês. – Falei.

Justin estava com David no colo, e nós estávamos tão entusiasmados em ver o quarto do bebê, que acabamos esquecendo Justin com o bebê.

- É impressão minha ou esse berço foi realmente caro? – Disse Pattie.

- Foi muito caro, e eu falei isso para Dave, mas ele não me escutou.

- Olha, Angelina, concordo com você. Berço é algo que perde rápido, à medida que o bebê cresce, então Dave, realmente seria mais lucro se você comprasse algo bom, mas mais barato.  

- Acabei me arrependendo depois de comprá-lo mesmo.

- Onde está o David? – Interrompi, mas só naquele momento percebemos que tínhamos deixado David com Justin.

- Ah eu o deixei com Justin. – Respondeu Dave.

- Não se preocupem, meu filho é responsável.

Conversamos mais um pouco no quarto de David, mas quando descemos, não encontramos Justin e tão pouco David.

- Ué, onde eles estão? – Perguntei olhando de um lado para o outro.

- Gente, vem cá. – Chamou Angelina.

Ao chegarmos ao lugar indicado por Angelina, vi Justin com todo o cuidado, trocar a fralda de David. Ele limpou com os lenços umedecidos, pôs a nova fralda e vestiu roupas nele. O pegou no colo, e brincou um pouco com ele. Justin ainda era novo, mas misteriosamente tinha experiência em cuidar de bebês, e para mim, fora a coisa mais linda vê-lo tomando David nos braços e o cuidando:

- Ah vocês estão aí! – Disse Justin ao perceber nossa presença.

- Sim, estamos e assistimos tudo. – Disse Pattie.

- É, David fez caquinha, mas ele já está todo limpinho de novo. Não é não campeão?

- Onde é que aprendeu a cuidar de bebê, Justin? – Perguntei curiosa.

- Não foi a senhorita Pattie que me ensinou, eu garanto. Ninguém sabe, mas, eu levo jeito pra isso e além do mais, quando eu ficava sozinho com Jazmyn e Jaxon, era eu quem limpava bumbuns e outras coisas sujas de caca e xixi.

Rimos da declaração de Justin e passamos uma noite divertida entre amigos. Dave convidou o resto do pessoal, mas apenas Hilary e Mathew chegaram ao fim do jantar, bastante atrasados:

- Kate! Quanto tempo, amiga! – Hilary falou, depois soltando um gritinho estridente.

- Own bebê, estava com tantas saudades!

Enquanto Hilary, Mathew, Justin e eu conversávamos sobre David, Justin tocou em um assunto um pouco ruim para o casal Baptist:

- Hilary, porque você não trouxe o seu filho?

Todos ficamos sem reação. Justin e Pattie eram os únicos ali que não sabiam que o filho de Hilary havia morrido com alguns dias de nascido. Foi algo traumatizante para os dois, já que Mathew culpava Hilary pela doença do menino, pois a doença poderia ser evitada se a mãe houvesse tido mais cuidado com o bebê, afinal, o que ele teve foi uma infecção no umbigo, que se agravou por falta de cuidados e acabou tornando-se generalizada, levando o bebê dos dois a morte.

Mathew culpou muito Hilary por isso, pois ela ainda era uma garota mimada que não sabia cuidar de um bebê e não se esforçava. Os dois quase se separam, mas o amor superou esse episódio e Hilary mudou muito desde então, tornando-se uma mulher responsável e boa esposa.

- É que... Bom, o bebê de Hilary faleceu com alguns meses de vida. – Falei, um pouco desconcertada.

- Oh desculpe-me. Eu não sabia. Sinto muito.

- Tudo bem. – Disse Mathew.

- Que tal vocês comerem algo? Sobrou muita comida, seus atrasados! – Chegou Angelina, para fazer mais um de seus milagres. Cortar aquela conversa tensa.

Naquela noite não tocamos no assunto “Scooter”. Justin e a mãe estavam melhores e mais recuperados do baque, e como já estávamos em família, todos dormiram na enorme e ecologicamente correta, casa de Dave.

No dia seguinte, pela manhã, Pattie e Justin voltaram para casa, me dando uma carona para o flet também.

À noitinha, Justin levou a mãe e eu para passearmos. Fomos a um lugarzinho mais escondido da cidade para que não fôssemos alvos dos paparazzi.

Enquanto Pattie se deliciava com uma generosa fatia de bolo de chocolate, Justin e eu estávamos a observar a paisagem de uma ponte que havia no restaurante.

Era um lugar rústico, com um toque interiorano. Cercado por árvores e com uma extensa aérea, daquela ponte podíamos respirar ar puro e deleitarmos com aquela visão. Porém, o mais belo aquela noite eram a lua e as estrelas. Ambas iluminavam o céu e tornavam a noite mais romântica ainda, em minha opinião:

- Você dormiu de olhos abertos?

- Claro que não Justin. Só estou... Encantada com esse lugar.

- Eu sabia que você ia gostar, minha noivinha rústica.

- Lembra tanto o sítio de meus pais... Aquela casa, a varanda... É uma pena que essas lembranças estão se dissipando mais e mais a cada ano, se tornando mais longínquas. Também, faz tanto tempo...

- Voltaremos lá meu amor, casados, eu juro. – Disse Justin depositando um beijo em minha testa.

- Justin Bieber, você só pode estar me perseguindo!

- Oh não, Leah! O que você está fazendo aqui? Por Deus, me deixe em paz!

Como Justin abraçava-me por trás, somente quando ele me soltou eu pude perceber a presença de Leah Simon e seu charmosíssimo namorado, Gabreal Cowan.

Quando eles apareceram, Justin e Leah brincaram dizendo coisas ruins um para o outro como se eles não se gostassem, mas a verdade era que estes eram amigos de longa data e muito apegados um ao outro.

- Olá, Kate. – Disse Leah. – Como vai?

- Vou bem, e você?

- Estou ótima também, querida. Você está sozinha com esse chato aqui? – Disse ela brincando. Referindo-se a Justin.

- Não, Pattie veio conosco.

- Own ela está aí? Volto já, eu vou vê-la. Espere-me aqui, Gabreal.

Quando Leah distanciou-se, eu pude ouvir pela primeira vez a voz de Gabreal:

- Justin, não cumprimentei você. Desculpe. Mas e então, como vai as coisas na Universal novamente? Planos para um novo CD? – Perguntou Gabreal, tentando parecer interessado.

- Sim, sim. Estamos começando de novo, mas como tenho afinidade na casa, logo, logo lançaremos um novo CD pela Universal.  

Ele era tão estranho... Gabreal Cowan chegava a ser enigmático de tão estranho, afinal, o que levaria alguém a usar óculos escuros à noite? Pois ele usava. Mas foi aí que eu notei a semelhança dele com o mascarado.  Não só no cabelo, mas nas roupas sociais e elegantes que naquela noite ele usava... Mas não! Claro que ele não era o mascarado, eu só podia estar enlouquecendo!

- Boa noite, Kate. – Pela primeira vez Gabreal direcionou-se a mim.

- Boa noite, Gabreal.                                                                                                                                  

- E então? Gostou do lugar? Leah o achou o mais romântico do mundo.

- Gostei e muito. Acho que penso como ela.

- Houve um momento que ela ficou tão encantada com isso aqui que eu pensei que ela estivesse dormindo. – Pronunciou-se Justin.

- Aconteceu o mesmo com ela.

Conversamos todos por um tempo, jogamos em algumas máquinas do restaurante e passamos uma boa e divertida noite juntos, e durante toda esta, eu não deixei em nenhum momento de tentar disfarçadamente ver os olhos misteriosos de Gabreal por debaixo daqueles óculos escuros, mas não obtive sucesso...”

Lisy fechou o diário. Talvez ao menos aquela noite ela deveria dormir.

Na manhã seguinte, acordou próximo às sete da manhã. Olhou para o pai que dormia como sempre desde que caiu desmaiado no chão do quarto. “Ele ainda é um belo homem”, Lisy pensou consigo. Realmente seu pai nunca perdera a beleza que sempre tivera desde que tinha seus quinze anos e estourou no mundo da música. Beijou-lhe a testa e foi até o banheiro do quarto e se banhou. A verdade é que a garota não estava tão entusiasmada em sair com o namorado, pois não queria se afastar do pai por nem um segundo, porém, especialmente naquele dia, Lisy precisava sim ficar ao lado do amado. Naquele dia, Lisy queria poder senti-lo perto dela.

Pronta, Lisy olhou sua imagem no espelho. Estava bem para ir para a casa e descansar. Antes que acabasse de olhar-se no espelho, passou um pouco de sombra para disfarçar quem sabe as olheiras e a aparência cansada que ela tinha.

Para ver foto, acesse: http://dianna-agron.com.br/photos/displayimage.php?pid=12721&fullsize=1

Quando acabou, viu sua avó abrir a porta do quarto e adentrá-lo:

- Bom dia, querida.

- Bom dia, vovó. – Disse Lisy e logo em seguida envolveu a avó em um abraço. – Juro que eu não queria sair hoje do hospital e incomodá-la, foi invenção de David.

- Lisy, por favor. Você não saiu deste hospital desde a internação de seu pai. Eu também sou parente dele, sou mãe e tanto quero quanto devo passar algum tempo com ele aqui. Você merece um descanso.

- Obrigada.

Não demorou muito para que David chegasse. Ele nunca se atrasava:

- Bom dia, minhas mulheres favoritas.

- Hum, quantas mais você tem? – Perguntou Lisy, sapeca.

- Bom, só mais uma. A minha mãe. - Dito isso, David beijou a bochecha da avó e deu um selinho na namorada. - Como foi à noite, Lisy?

- Diferente. Ontem eu dormi.

- Menina, menina. Precisa dormir mais, hein? – Disse Pattie dando uma bronca na neta.

 - Pode deixar, vó. Hoje eu vou cuidar muito bem dela. – Disse David, beijando o rosto da namorada em seguida.

Às oito e meia David e Lisy saíram do hospital, e dentro do carro, o rapaz perguntou a namorada:

- Aonde você quer ir?

- Desculpe-me, David, mas eu não estou muito a fim de passear. Acho que mais tarde... Prefiro ir pra casa agora e dormir.

- Tudo bem, levo você até lá. – Ele não quis expressar, mas sentiu-se decepcionado.

- Não vai passar o dia comigo? – Perguntou a garota olhando para ele diretamente.

- Claro que sim. Porém eu não queria ficar em casa e dormir, queria mesmo é ir ao parque com você... Te levar para passear... Mas sabe de uma coisa? O mais importante é ficar ao seu lado, seja em casa ou em qualquer outro lugar.

- Eu devo ser uma péssima namorada para você... Sou tão chata! Mas quero que você saiba que apesar de meu pouco entusiasmo, hoje mais do que nunca eu quis estar com você. Hoje tudo o que eu preciso é você David. – Disse Lisy abaixando o rosto. Ela estava corada e um pouco envergonhada por dizer aquilo. Ela sempre fora tímida.

- Você não é chata, e é a melhor mulher desse mundo, ouviu? Eu amo você, é perfeita para mim.

David teve vontade de parar o carro ali mesmo e beijá-la, sussurrando a ela que a amava mais que tudo, e dizê-la que era perfeita, mas não podia, por isso seguiu até certo ponto, quando Lisy pediu para não ir para sua casa, pois dali ela guardava lembranças ruins do dia em que seu pai caiu desmaiado no chão.

- Podemos ir pra minha casa, o que acha? Papai e mamãe ainda não foram contatados, e a previsão de voltarem é só semana que vem.

- Eles ficarão tristíssimos quando souberem do que aconteceu com papai.

- Eles correrão para o hospital. Mas então, quer ir pra minha casa?

- Quero. É melhor que a minha.

David mudou o caminho e logo eles estavam na casa do mesmo. Lisy sorriu ao ver aquela casa novamente. Ela adorava quando ia passar os fins de semanas com o tio Dave e a tia Angelina. Aquele lugar cercado pela natureza a fazia bem. Aquela casa de madeira e vidro que dava visão para fora dela a fazia sentir-se leve e feliz.

David foi na frente e abriu a porta, Lisy entrou em seguida:

- Quer descansar? Pode ir para o meu quarto. – Disse David fechando a porta de entrada da casa.

- Você não vai comigo?

- Cansado não estou, mas subo já e fico ao seu lado, velando seu sono. – Disse ele dando um sorriso largo para a namorada.

Lisy subiu e foi até o quarto de hóspedes, onde havia algumas roupas dela. Trocou-se e vestiu uma camisola branca de seda até os pés. Para ela, aquela era a roupa mais confortável do mundo. Depois, foi para o quarto de David como ele havia dito, deitou-se na pontinha da cama e se encolheu como uma concha. Não demorou muito para fechar os olhos e dormir.

Enquanto isso, David preparava um lanche para Lisy para depois que ela acordasse. Um sanduíche e suco de laranja era o que ela mais gostava. Assim que terminou, tirou a jaqueta de couro que vestia e largou em cima do sofá, pegou a bandeja e seguiu para seu quarto.

Ao chegar lá, depositou a bandeja em cima de uma mesa qualquer, pois o que ele viu o atraiu de um modo que o fez esquecer todo o resto e pensar somente naquela bela visão de um anjo perfeito que dormia tranqüilo em sua cama.

David sentou-se ao lado de Lisy na cama, e passou devagar a mão no rosto da garota. Ela nem deu sinal de que iria acordar. Então David notou algo que sempre o chamou atenção em Lisy, o pescoço. Sim, aquele perfeito e lindo pescoço de marfim, que parecia ser mais um detalhe que havia sido esculpido por Deus com perfeição nela. Não resistindo, inclinou-se para frente e beijou-lhe o pescoço. Ao se aproximar deste, David sentiu um cheiro delicioso de flores exalar, e ficou inebriado.

Lisy sentiu um toque suave em seu pescoço, e acabou por acordar. Quando viu que seu namorado era o responsável pelo toque, sorriu e abriu os olhos, fitando-o.

- Desculpe, acordei você.

- Essa foi a melhor forma de acordar. – Ela arregalou ainda mais o sorriso e se espreguiçou.

Foi nessa ocasião que David notou. Notou que Lisy usava a camisola branca que havia ganhado da avó. Para ele, aquela era a roupa em que Lisy ficava mais bela e sexy, pois o tecido fino e claro destacava perfeitamente o corpo curvilíneo e não exagerado da garota. Mas algo lhe chamou mais ainda a atenção. Enquanto Lisy se espreguiçava, seus mamilos ficaram eretos e aparentes na camisola, fazendo-o concluir que esta não usava sutiã.  

David tinha que controlar-se, afinal, Lisy era virgem e nunca deixou que ele a tocasse, e não seria agora que deixaria.

- O que foi, David? Parece hipnotizado! – Disse ela, inocente.

- Nada, vou deixar você dormir.

- Não, não, não saia... Fica aqui comigo, deite do meu lado, me faça dormir de novo como você fazia quando éramos crianças.

David tinha que sair de perto dela. Aquela inocência e aquele corpo convidativo o faziam tremer de tanta excitação. Sua namorada sempre fora o lugar de sua perdição e mesmo que ele tentasse afastar aqueles pensamentos sobre ela, seu maior desejo era fazê-la mulher em seus braços e experimentar com ela pela primeira vez o prazer de fazer amor, algo que ele queria muito, mas nunca havia experimentado.

Lisy era a única mulher a quem ele desejava.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, fique ligado: Surpresa para Kate, a volta do mascarado e um assunto para a mídia.



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