O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 14
Capítulo 11 A Nova Kate


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei né? ;D Curtam aí!!
Obrigada leitoras, sem vcs eu não seria nada.
Capítulo com fotos. Total de fotos: 2



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– Rosas vermelhas combinam com você, querida.

– Justin, eu estou tão mal...

– Por quê? O que há de errado?

– Eu quero casar com você, sabe que sim. Mas o Derick não vai me dar o divórcio facilmente... Eu não sei o que fazer para afastá-lo de nossas vidas!

– Meu amor, abrimos um processo litigioso e ele será obrigado a se divorciar de você.

– Ele é tão poderoso... Ele tem dinheiro o suficiente para subornar um juiz ou seja lá quem for!

– Ele não vai nos vencer ok? Vamos nos casar, mesmo que demore eu sei esperar, e você? Sabe esperar?

– Eu aprendo...

– Então fica tranqüila, temos um ao outro. Além do mais eu também sou poderoso... – Disse Justin me sentando em seu colo. – Eu posso subornar quem eu quiser!

– Você não é doido...

– Não, eu não sou. Só estava brincando! Mas, que tal pensarmos em nossa lua-de-mel? Aonde você quer passá-la?

– No interior.

– Sério?

– Sim, é sério. Porque o espanto?

– Porque eu acho que qualquer outra mulher escolheria passar em um lugar chique, ou coisa do tipo. Mas você não, você prefere o interior. Sinceramente, eu só me surpreendo mais e mais contigo e é por isso que meu coração só pertence a você, amor. Você foi feita sob medida para mim, totalmente perfeita para mim.

– Tá, tá, depois você faz declarações de amor, ok?

– Poxa, eu aqui tirando palavras do meu útero para te agradar e você pedindo pra eu não fazer declarações de amor? Sério, magoei...

– Útero nada, maluco! Mas eu queria falar do lugar onde vamos passar a lua-de-mel.

– Então fale.

– Que tal Whitehorse, na província de Yukon?

– Canadá?

– É, Canadá. Eu nasci em Whitehorse.

– Minha conterrânea! Eu também sou canadense!

– Sei que é, você não sabia que eu também sou, não é?

– Estou sabendo agora.

– Pois é. Whitehorse é um lugar simples, diferente do que você está acostumado. Foi lá que eu nasci e morei com meus pais até meus sete anos, quando eles morreram e eu vim morar com tia Louis. Nós tínhamos uma casa lá, na verdade era um sítio. Foi a única herança que meu avô deixou para meus pais. Então, depois da morte de meus pais, a propriedade passou para o nome da minha tia e eu não sei como está o sítio hoje... Não sei se ainda é um sítio, se minha tia vendeu ou fez outra coisa com ele, apenas sei que eu adoraria voltar lá...

– Que seja! Seu desejo é uma ordem, mademoiselle.

– Sim, vamos passar a lua-de-mel lá?

– É claro, meu amor.

– Obrigada, Justin. – O abracei apertado. – Você não sabe o quanto me deixou feliz...

Sabendo que nossa lua-de-mel seria em Whitehorse, só tive mais vontade ainda de casar-me logo com Justin. Estávamos na varanda da casa dele, e logo que a noite caiu, me despedi dele e voltei para o flet. Eu refleti a noite inteira e decidi que no dia seguinte bem cedo eu iria a casa de Derick e falaria a ele sobre o divórcio. Eu iria até as últimas conseqüências para ser feliz ao lado de Justin, não me importando o que eu teria que enfrentar.

Assim que o despertador tocou, banhei-me e vesti-me. Tomei um rápido café e dirigi-me até a casa de Derick. Fui de metrô, e naquele momento percebi que eu precisava urgentemente de um carro. “Quando me estabilizar mais, comprarei um carro.”, pensei, enquanto descia do metrô e andava mais um quarteirão até o condomínio da mansão Mars.

Assim que entrei no condomínio e bati na porta de Derick, o mesmo abriu e sarcástico, falou:

– Sabia que você iria voltar.

– Eu não voltei e quero ser o mais direta possível, então, eu vim tratar sobre o divórcio com você.

– Desista. Eu não lhe darei o divórcio.

– é o que você pensa! Vamos lá, você sabe que eu posso conseguir o divórcio mesmo que você não queira! É inteligente o bastante para conhecer o processo litigioso, não?

– E você também é inteligente o bastante para saber que eu suborno até o diabo para você não se divorciar de mim!

– Você se acha muito poderoso, não é?

– Se você pretende me ameaçar dizendo que o Justin também é poderoso, perdeu seu tempo. Você sabe que o que ele tem não chega aos pés de toda a minha fortuna.

– E se eu provar que você não tem condições mentais de entrar em um processo? Pior que isso, e se eu provar que você não tem condições mentais de administrar sua fortuna e sua empresa? Casada com você no papel, eu tenho direito à sua fortuna. Não, melhor... Sendo a única pessoa que você tem no mundo inteiro, eu tenho direito a toda a sua fortuna e à sua empresa!

– E Dave?

– Você sabe perfeitamente que ele não quer um centavo de tudo o que é seu e que ele me apoiaria, não sabe?

– Eu faço um testamento e excluo você deste, que tal?

– Você não tem condições mentais para fazê-lo, e provado isso, eu tiro tudo o que é seu.

– Você não teria coragem!

– Teria, teria sim! Para ficar ao lado de quem eu amo, eu faria tudo!

– Até usar de desonestidade? Logo você, toda certinha como é?

– Até isso!

– você não me engana, Kate! Essa fúria toda não passa de uma ameaça e eu não tenho o menor medo de você!

– Pois deveria ter... Você não sabe com quem está jogando!

Saí de lá pisando forte no chão e bufando. A Kate que acabara de sair dali não era mais racional ou media as conseqüências dos atos. Eu não teria pena de massacrar Derick na justiça ou de tirar tudo o que ele tinha. Eu não pensaria em Dave, eu só pensaria em minha felicidade dali para frente, doesse a quem doesse. Assim era a nova Kate.

Ao sair da casa de Derick, deparei com a casa de tia Louis. Talvez aquele fosse um bom momento para falar com ela sobre o sítio.

– Kate? A que devo a sua visita?

– Não vai me convidar para entrar?

– Pensei que não houvesse para você muita diferença entre a rua e o seu moquifo que você chama de flet.

– tudo bem, não preciso entrar. Eu só quero saber de uma coisa: e o sítio de meus pais?

– Sítio?

– É, o sítio. Sei que ficou em seu nome depois que a senhora me adotou.

– O que quer saber sobre ele?

– A senhora vendeu-o?

– Não. Na verdade tinha até esquecido a existência daquilo. Mas para quê quer saber?

– Gostaria de tomar posse do sítio, afinal, sou maior de idade e é meu por direito.

– Garota, eu não faço questão daquilo!

– Então, poderia passá-lo para meu nome?

– Claro que sim. Se quiser, podemos ir agora mesmo a um cartório para passá-lo para seu nome.

– Poderia?

– Sim.

– eu apreciaria bastante se a senhora fizesse isso.

Eu estava exultante de alegria. Não que eu achasse que ela não me devolveria o sítio, mas havia sido algo que eu havia decidido há tão pouco tempo que talvez parecesse uma bobagem aos outros, mas só Deus sabia o quanto voltar a aquele sítio me enchia de alegria.

Assim que assinamos alguns papéis e o sítio estava oficialmente em meu nome, faltando alguns detalhes que logo estariam resolvidos, tive vontade de abraçar tia Louis, então recordei-me do quanto nosso relacionamento de sobrinha e tia estava degradado.

– Obrigada, tia Louis.

– Por nada, Kate. Bom, eu queria saber a respeito da minha mesada...

– Ora, não se preocupe. Mês que vem eu a aumentarei.

– Oh querida...

– Sem falsidades, por favor.

– Derick praticamente me expulsou da mansão quando eu fui oferecê-lo minha solidariedade, sabia? Você fez bem em se separar dele.

– Suponho que esteja falando isso porque ele cortou relações com a senhora, e não porque me apóia, afinal, a senhora chamou minha atenção quando me decidi separar dele.

– Não, Kate. Você é minha sobrinha querida!

– Por favor, poupe-me! Até outro dia, tia Louis. Passe bem.

Segui meu caminho de volta para o flet e avisei a Justin sobre o ocorrido. Ele repreendeu-me quando o falei de Derick. Disse que eu não deveria ter ido à mansão Mars sozinha, pois Derick era altamente perigoso, como um veneno para ratos. Ele também me felicitou pela a recuperação da casa, e me elogiou dizendo que agi bem em relação a minha tia.

A noite caiu, e eu me senti mais aliviada. Eu tinha problemas ainda, mas pelo o menos uma coisa me satisfazia: o sítio e pensar que eu estaria de volta nele. Também estava um pouco preocupada. Sentia-me só e sabia que eu só teria companhia a noite novamente depois de casada com Justin e se dependesse de Derick, aquilo demoraria. Mas minha decisão não havia mudado. Eu destruiria Derick se necessário para ser feliz ao lado de Justin. Com aqueles pensamentos, dormi tranqüila, quando em plena 6 horas da manhã, Justin me liga:

– Você vai trabalhar hoje?

– AAAHHH! Porque tá me acordando? Só tenho trabalho à tarde! Poxa, nem posso dormir!

– Desculpa, é que fiquei nelvoso ao lembrar que hoje é o jantar com o velho que se diz Young.

– Nelvoso é? Amor, fica calmo. Vai dar tudo certo. Não esquece que são às 19 horas hein?

– você quer que eu vá buscar você aí?

– Melhor, já que eu não tenho carro.

– Oh bebê, eu te dou um de presente de casamento.

– Sério?

– Não.

– Seu mal, agora, me deixa dormir só mais um pouquinho assim, tá?

– Deixo sim e me desculpa por ligar tão cedo.

– Sem problemas. Tchau.

Dormi até quando pude, e umas 10:30 fui à feira e comprei algumas coisas para o almoço. Depois de almoçar, fui para o trabalho e voltei às 18. Em meia hora me arrumei, e exatamente às 18:35, Justin estava buzinando na frente do flet. Peguei o elevador e assim que entrei no carro, reclamei:

– Se atrasou cinco minutos.

– Você não marcou às dezoito e trinta aqui no flet e sim às dezenove horas no restaurante.

– Você deveria ter concluído que tinha que chegar aqui às dezoito e trinta.

– Quer chocolate? – Disse Justin levantando uma barra de chocolate e desconversando para não levar bronca pelo o atraso.

– Nossa, nunca imaginei que você fosse tão bom em mudar de assunto!

– Sério?

– Não. Vamos logo.

Assim que chegamos ao restaurante, o velho Young sorriu para nós, e Justin tratou de apertar minha cintura, juntando meu corpo mais ao dele. Provavelmente ele queria mostrar ao velho que eu tinha noivo.

– Boa noite, Kate. – Disse o velho me olhando de cima à baixo.

– Boa noite, senhor Young.

– Oh não, apenas Robert para você.

– Eu mato esse velho! – sussurrou Justin em meu ouvido.

– Comporte-se, Justin. – Falei baixinho para ele.

– Boa noite, Robert. – Disse Justin com um sorriso falso.

– Senhor Young, por favor. Boa noite, garoto.

Justin estava ficando incomodado e eu também. Quer dizer que para mim era Robert e para Justin senhor Young? Que velho mais assanhado!

– Não Kate, sente-se ao meu lado.

– Não, sentarei aqui mesmo, senhor Young. A claridade aqui é melhor.

– Como quiser, querida.

– Meu amor... – Justin pronunciou-se enquanto pegava minha mão direita com delicadeza. – Seu anel de noivado está torto. – Disse Justin logo após ajeitando o anel em meu dedo. – Pronto.

– Desculpem a intromissão, mas estão noivos?

– Sim, ela é minha noiva.

– Ah sim... – O velho desconcertou-se. – Então vamos tratar de sua volta a Universal, meu bom jovem.

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– Bom jovem até eu quebrar a cara dele. – Disse Justin irritado ao volante.

– Justin, por favor não é? Já passou, pra quê ficar remoendo? O importante é que você está recontratado pela a Universal, é isso que importa. O velho já tomou juízo, já sabe que eu tenho um noivo maravilhoso e que eu amo muito.

– É bom pra ele mesmo. – Disse Justin fazendo cara de mal.

– Vou começar a me informar amanhã. Vou entrar com um processo litigioso para cima de Derick o mais rápido possível.

– Nós vamos conseguir, querida.

– Oh sim, vamos... Derick pode ter dinheiro, mas eu acabei de perder a honestidade e os escrúpulos.

– Vai com calma, Kate. Eu sempre apoiei qualquer besteira, mas sempre fora de brincadeira. Porém, agora, estamos falando de realidade e o quanto esta poderá prejudicar Derick.

– Estou pouco me lixando. Ele não pensou nisso quando me ameaçou daquele jeito e me fez perder o bebê. Essa aqui é outra Kate, Justin. Nada vai me parar.

Eu não esperei pelo o dia seguinte. Mesmo à noite quando chegamos do jantar, pesquisei na internet e em livros tudo sobre o divórcio. Descobri que minha situação era terrivelmente complicada. Por mais que eu tivesse testemunhas do comportamento ruim de Derick, este tinha como provar que eu havia abandonado o lar para estar com outro homem. No entanto, eu ainda poderia vencê-lo. Eu tinha testemunhas do que Derick falou-me naquela noite tenebrosa, e também tinha a perda do bebê, entre outras coisas, como o tapa que ele deu-me no rosto. Contudo, ele poderia alegar traição... Desesperei-me ao saber que eu tinha um lado negro na história que poderia me prejudicar e fazer quem sabe, perder a causa.

No dia seguinte como eu não iria trabalhar, resolvi procurar um bom advogado. Andrew McBuoy era um dos melhores advogados de Atlanta:

– Bom dia, dona Kate Ma...

– Não, Clarckson. Kate Clarckson. Bom dia, senhor McBuoy.

– A que devo sua visita?

– Bom, o senhor deve saber que eu e Derick nos separamos.

– Sim, lamentei bastante. Era um belo casal.

– É justamente disso que vim tratar com o senhor. É um bom advogado e eu estou precisando de um no momento para me ajudar na separação de Derick e minha.

– Primeiro eu preciso que me conte tudo a respeito da separação dos dois. Com detalhes, senhorita Clarckson.

Detalhei todo o processo que meu casamento e de Derick passou até chegar à separação. Doutor McBuoy me confirmou que eu não estava com total razão na história, mas disse que no final a justiça estaria ao meu lado, afinal, Derick maltratou-me verbal e fisicamente, e ele poderia sim ser responsabilizado pela perda do meu bebê, além de que a última visita ao meu flet confirmava seu desequilíbrio mental e quem sabe com uma comprovação médica de Derick tinha sim um desequilíbrio, automaticamente eu sairia vitoriosa da separação, já que o mesmo não tinha condições mentais e emocionais de brigar comigo na justiça pelo o divórcio.

– Mas, senhorita Clarckson, você ainda não falou com Derick sobre isso, não é?

– Sobre o divórcio? Oh sim...

– Não deveria. O correto era falar primeiro comigo para se respaldar para enfrentá-lo. Mas não se preocupe, não é o fim do mundo.

– E quando eu posso entrar com o processo?

– Quando quiser, mas lembre-se que essa solução para o fim do seu casamento não será imediata e nem tão rápida. Preciso informá-la que correrá durante um bom tempo.

Conversei durante algum tempo com o advogado, e no mesmo dia voltei a falar com Derick agora respaldada de um advogado. Não me surpreendi ao ver que Derick também já estava respaldado pelo o seu próprio advogado. A briga seria acirrada e eu já tinha entrado com o processo na tarde daquele dia.

Ao voltar para o flet, desanimei-me e chorei. Meu desejo de casar com Justin demoraria muito para se tornar real, muito mesmo... Anos, quem sabe.Mas, então, o próprio me ligava:

– Como foi com o advogado?

– Oh Justin... Demorará anos talvez para eu estar legalmente divorciada de Derick.

– Ah meu amor...

– Eu sinto muito, querido. Não posso me casar com você... – Lágrimas já escorriam pelos os meus olhos.

– Talvez não no civil, mas sim no religioso.

– Não pode ser no catolicismo, pois sou casada com Derick, e além do mais, sabemos que não valeria perante a sociedade.

– Mas valeria para nós dois, e para Deus que eu sei que abençoará nossa união.

– Justin, somos católicos, em que religião nos casaríamos se não podemos nos casar na católica?

– Na budista, protestante, hindu, judaica... Sei lá! Qualquer religião vale!

– Não, Justin, não seria certo até porque quando fôssemos casar de verdade, não poderíamos. Ah e podemos casar no civil, mas não posso casar de novo na igreja católica. Só é permitido uma vez.

– Eu não desisto, ok? Vamos casar Kate, eu prometo.

Já estávamos no mês de Janeiro. Fazia mais de quatro meses que eu havia me separado de Derick e mais ou menos poucos dias que não tinha contato com ele.

No dia 5 de Janeiro, recebi uma notícia que me deixou exultante de alegria:

– Alô? Kate, aqui é o Dave. Tenho uma ótima notícia para te dar.

– Não me deixe curiosa, diga!

– Meu filho nasceu, Kate! Angelina acaba de dar à luz!

– Own, meu sobrinho nasceu! Em que hospital estão?

– Hospital? Nada de hospital! Angelina e eu decidimos ter nosso filho em contato com a natureza. Chamamos uma parteira aqui, e Angelina deu à luz próximo ao igarapé aqui do sítio.

– Vocês são doidos? Só pode! Ei, eu estou indo pra aí!

Apressada peguei minha bolsa e segui em um táxi para a casa de Dave e Angelina. Ao chegar lá, Dave me abriu a porta com a cara mais boba que alguém poderia fazer. Aquele, sem dúvidas, seria um pai coruja:

– Kate, que bom que veio!

– Estou feliz por estar aqui também. Mas me diga, onde está Angelina e o bebê?

– No quarto. Eu preferia tê-la deixado próxima a uma árvore, mas ela quis ir pro quarto então...

– Cara, você tem tudo pra ser hippie sabia? Coitada da Angelina, parece com você, mas é um tantinho assim mais normal. Vamos logo pro quarto! Tô doida pra ver a carinha do... Como é mesmo o nome dele?

– Ainda não decidimos, na verdade, esperávamos você para nos ajudar.

– Ah tá, vamos pro quarto porque assim que eu olhá-lo terei a idéia de um nome, ok? Vamos!

Ao chegar ao quarto, vi uma Angelina praticamente a babar no bebê recém-nascido que estava ao seu lado na cama a dormir. Era um lindo menino tão branquinho que parecia ser um pedaço de neve em forma de bebê:

Para ver foto, acesse:http://3.bp.blogspot.com/_kQeGZx5_O_E/SuIrCF5uxSI/AAAAAAAAAnk/Qc3dN7CNVpg/s1600-h/Bebes+aprendiendo+por+medio+de+las+miradas%281%29.jpg

– Oi. – Falei baixinho para não acordar a criaturinha ao lado dela envolvida em lençóis brancos.

– Oi, Kate. Que bom que veio. Ele não é lindo? – Disse ela referindo-se ao seu filhinho.

– Perfeito. Puxou a mãe, e claro, ao pai também.

– Tomara que puxe apenas a beleza e não a loucura. Acredita que ele me convenceu a ter o bebê perto do igarapé? Quando faltava 15 minutos para o bebê nascer eu gritei tanto por uma anestesia que quase deixo a parteira surda!

– Em um momento a parteira se assustou tanto que caiu dentro do igarapé. – Pronunciou-se Dave rindo dos gritos da esposa.

– Porque não foi você que sentiu aquela dor excruciante!

– Chega vocês dois! Deveriam dar graças a Deus que esse amorzinho de neném nasceu! Eu sentiria a pior das dores para que o meu também tivesse nascido! – Protestei. O que eu havia falado era a mais pura verdade. Eu sentiria qualquer coisa se em troca disso eu tivesse meu neném nos braços.

– Então, que tal decidirmos o nome dele, hãm? – Perguntou Dave com os olhos brilhando.

– Bom, vou dar uma sugestão. Eu não sei o porquê, mas acho que o nome do seu pai, Dave, cairia muito bem ao menininho.

– David?

– Isso, Angelina. O que acham? David Jr.?

– Eu gostei, e você Dave?

– Não sei. Acho estranho chamar meu filho pelo o nome do meu pai.

– Então chama de Júnior porque eu já decidi. Será David, não é bebê? – Disse Angelina para o filho como se o mesmo fosse entender alguma coisa do que ela estava dizendo.

– Se você está dizendo...

– Ai ai vocês dois! Estão pior que cão e gato e olha que nem eram assim! Essa foto aqui prova isso. - Falei mostrando o porta-retrato ao lado da cama dos dois.

Para ver foto, acesse:http://1.bp.blogspot.com/_pO0oBACY6P0/S5th67qY9NI/AAAAAAAABr0/3Gfh6UlHSZA/s1600-h/005ksw0q.jpg

– Só ficamos assim depois que ela ficou grávida.

– Ah eu confesso que fiquei muito estressada mesmo!

– Mas não é mais preciso, afinal, você já devolveu a melancia que roubou do supermercado, não é? – Brinquei.

– É... Ela virou um bebê às dez horas da manhã! – Riu Angelina. – Ei, amiga...

– Hum?

– Como é que vai o divórcio?

– Hoje procurei um advogado e descobri que demorará um pouco e talvez não seja nada fácil.

– Você... Precisará prejudicar Derick de alguma forma? – Perguntou Dave, preocupado.

– Acho que sim. Precisarei que deponham alegando a verdade e dizendo o que aconteceu naquela noite em que perdi o bebê. Provavelmente Derick será diagnosticado com algum desequilíbrio.

– Ele precisará ser internado?

– Não sei. Talvez isso fique ao seu critério, que é o irmão dele.

– Kate, eu imploro a você... Não deixe que internem meu irmão, por favor, tente não prejudicá-lo tanto!

– Dave, o errado da história não é Kate, e sim o seu irmão!

– Eu sei, Angelina, mas tente entender. É meu irmão!

– Dave, eu tomei uma decisão e, bom... – Eu procurava palavras para não machucá-lo. – Se Derick tentar algo contra mim ou contra Justin, eu... Eu terei que jogar sujo com ele também.

– O que quer dizer com isso?

– Se ele tentar me vencer no tribunal de forma injusta, eu não terei pena de destruí-lo como eu puder.

– Kate!

– Dave, por favor, me entenda! Você sabe que o seu irmão é capaz de qualquer coisa!

– Me dê uma última chance de tentar convencê-lo a lhe dar o divórcio pacificamente.

– Tudo bem.

Dave era um bom homem. Não deixava de interceder pelo o irmão, mas também era justo e compreensível.

Antes de voltar para casa, fiz um almoço delicioso para o casal, e claro, almocei com eles. Prometi que no dia seguinte compraria um presente para Dave e deixaria na casa deles à noite, para jantarmos juntos. Dave e Angelina pediram para que Justin viesse comigo.

Assim que sai de lá, liguei para Justin contando a boa nova do nascimento de David:

– Você não advinha quem acabou de nascer!

– Amor, você estava grávida? Eu nem sabia!

– Palhacinho, é claro que não estava! Me refiro a outra pessoa que acabou de ter bebê...

–Não me diga que o bebê de Angelina e Dave nasceu?

– Exatamente, ele nasceu! E saiba que fui eu que dei a idéia do nome.

– Sério? E qual nome escolheram?

– David, em homenagem ao pai de Dave, o que acha?

– Não sei. Eu acharia estranho chamar meu filho pelo o nome do meu pai.

– Dave disse exatamente isso, mas acabou que a opinião de Angelina prevaleceu e o nome ficou David mesmo.

– Hum, vocês mulheres sempre dão o veredicto final, não é? Você já foi vê-lo?

– Sim, acabei de sair da casa dos dois e marcamos de ir jantar lá amanhã.

– Irmos?

– É, você está convidado.

– Derick vai estar lá?

– Provavelmente, afinal, ele é irmão de Dave e tio do David.

– Isso se ele tiver condições mentais, não é?

– Ah por favor, Justin. Ele não é do tipo que fica batendo no pescoço e dizendo: “tem um chip aqui, doutor! Tem um chip aqui!”

– Tarso! Eu ri alto!

– Tá, twitter!

– Kate, me dê um minuto, ok? Há uma ligação de Scooter.

– Certo.

Depois de alguns minutos, Justin volta a falar comigo e dá uma notícia trágica:

– Kate... Eu... Não sei como falar, mas... – Na voz de Justin havia aflição e ele até gaguejava.

– Fica calmo, Justin! Me diga, com calma, o que aconteceu?

– Scooter foi assassinado, Kate, assassinado!


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, fique ligado: o mistério do assassinato de Scooter, Kate e Justin reencontram um certo casal e David dá trabalho para Justin.



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