O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 13
Capítulo 10 Rosas Vermelhas


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa pela demora, é que eu tava fazendo prova e sem tempo mesmo pra escrever, mas está aqui o novo capítulo, espero agradar, bjoss e reviews, hein? Não se esqueça de deixar um reviewzinho ;D
Capítulo com fotos. Total de fotos: 3



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A coletiva continuou com mais algumas perguntas e ao fim dela, confesso que fiquei mais aliviada. As fãs ficaram mais calmas e cada vez menos queriam me matar e a nossa fofoca ficou velha para a mídia, então eles largaram mais do nosso pé. Tudo indicava que aquilo era o início de uma nova vida para mim e Justin. Só faltava uma coisa: jantar formal com a Senhorita Pattie Mallette.

Para aquela noite Justin e eu combinamos de ir até a casa dele, para oficializarmos nosso namoro com a mãe dele.

Estávamos no carro a caminho da casa de Justin, quando eu me manifestei:

- Não quero mais ir.

- Como assim? Porque não?

- Ai Justin, e se sua mãe não aprovar? Eu sou mais velha que você, divorciada... Tenho certeza que não sou a nora que ela sonhou!

- Mas é a mulher que eu sonhei pra mim.

- Vai dizer que a opinião dela não conta?

- Conta, claro que sim, mas olha, fique tranqüila. Mamãe irá com sua cara, eu garanto, ok?

- Ok.

Justin continuou a dirigir e logo nós chegamos a casa dele. Não era simples, digamos que era o tipo de casa típica de um artista que não se acha demais. Ele segurou em minha mão e eu apertei com força. Aquilo me passou segurança. E quando a campainha foi tocada por Justin e a Sra. Pattie Mallette abriu a porta, meu coração estremeceu:

- Oi, filho! Que bom que essa noite você veio pra casa!

- Não exagere! Eu tenho dormido sim em casa esses dias!

Um ponto negativo. Justin dormia pouco em casa para ficar comigo no flet. Com certeza Pattie não aprovaria aquilo e diria que eu estava corrompendo o filho dela. Quer saber? Ela tinha toda a razão se falasse isso.

- Boa noite, moça bonita! Como vai?

- Vou bem, dona Pattie. E a senhora?

- Tire o dona e senhora. Me chame de Pattie, querida.

- Trouxe isso para a senhora. – Falei estendendo uma caixa de bombons de chocolate da melhor marca que encontrei na loja de doces. Eu queria impressionar.

Para ver foto, acesse:http://www.sorosas.com.br/pop_mais_imagens.php?id=438

- Guylian?! Uau, eu adoro Guylian! Mas, me chame de você, ok?

- Ok, me desculpe.

- Vamos entrar.                       

Entramos e Pattie nos convidou a sentar. Eu pude perceber o quão macio era o sofá. Não parecia de longe com o sofá cama do flet... Mas tudo bem, eu pretendia mesmo comprar uma casa melhor para quem sabe depois ir morar lá com Justin após nosso casamento. Bem, é claro que eu pretendia me casar com ele.

- Acho que eu não preciso dizer que o nome dela é Kate Mars não é, mãe?

- Prazer, meu nome é Kate Clarckson.

- Ainda não me acostumei com o Clarckson.

- Eu percebi, querido. Prazer, Kate, eu sou Pattie Mallette, a mãe de Justin.

- Bom, a senhora ouviu muito falar de uma namorada misteriosa que nem sequer eu disse o nome, mas já que estamos aqui é o momento de apresentar a Kate à senhora. Minha namorada, Kate Clarckson. Ela é a misteriosa garota de quem eu tanto falei.

- Ora, ora! Pensei que eu nunca conheceria você, Kate! Fico muito feliz com a escolha do meu filho. Ele soube escolher bem, escolheu a nora perfeita!

- Eu é que tive a sorte de encontrá-lo...

- Papai não vem, mãe?

- Seu pai não poderá vir, Justin. Ele tinha outro assunto a tratar.

- Novidade! Ele nunca está disponível!

- É melhor irmos jantar, não é? Estou morrendo de fome! – Disse Pattie para fugir da conversa. Com certeza não queria prosseguir com aquilo para não estragar a noite de Justin.

Passamos uma noite maravilhosa. Pattie não era o tipo de mãe chata que tolhia Justin de qualquer coisa. Ela era bem moderna e foi sincera quando disse que havia gostado de mim. Ela não teve nem de longe preconceito por eu ser mais velha que Justin ou por ser divorciada. Pra ela isso não importava nem como um detalhe. Resolvemos contar tudo para ela, inclusive do problema que tínhamos com meu ex-marido. Ela deu todo apoio para nós e disse que poderíamos contar totalmente com ela. Porém, já era tarde e a hora das despedidas chegara:

- Ainda é cedo, Kate!

- Não, Pattie, está tarde e eu realmente preciso voltar pra casa até porque amanhã vou trabalhar.

- Durma aqui então.

- Não, não, vou pra casa. Agradeço o convite da mesma forma.

- Tudo bem, então. Até outro dia, querida.

- Até, Pattie.

Assim que Pattie se afastou, Justin e eu nos despedimos:

- Quer que eu vá com você?

- Nada disso. Fique aqui com sua mãe.

- Ah meu amor, eu queria voltar com você... Essa noite poderia acabar no quarto e não aqui na porta de casa.

- Seu pervertido! A noite acaba aqui, sim senhor! Além do mais, amanhã tenho que acordar cedo para ir pro banco e com você lá no flet eu não tenho sossego!

- Puxa! – Justin fez uma cara de cachorro pidão irresistível, mas do mesmo jeito a resposta era não.

- Nem adianta! Mas quem sabe amanhã não podemos almoçar juntos, hein?

- Ótimo!

- Então até amanhã.

- E o meu beijo?

Sorri e dei um selinho nele, mas o mesmo não parecia satisfeito:

- Só isso?

- Justin, deixe de ser foguento! Sua mãe está logo ali!

- Não importa...

Ele me puxou para fora da casa e fechou a porta. Me encostou na parede e me deu um beijo quente e cheio de paixão. Eu podia jurar que a língua de Justin havia alcançado mais profundamente minha boca, como de nenhuma outra vez:

- Assim fica irresistível...

- Podemos pular a janela e ir pro quarto, o que você acha?

- Péssimo! Até amanhã, Justin!

- Me deixa te dar uma carona até em casa, então?

- Não, você vai se aproveitar para dormir lá que eu sei. Se eu te der a mão você vai querer todo o resto!

Não demorou muito para que o táxi que eu havia chamado chegasse. Ao chegar em casa fui direto para o banheiro e tomei um banho curto, indo direto para cama a seguir. Na manhã seguinte acordei cedo e fui para o banco. Tive um dia longo de trabalho... Alguns pagamentos, ligações, mas na hora do almoço fui me encontrar com Justin num restaurante mais reservado, para evitar a presença de paparazzo.

- Poxa, você nem me ligou ontem á noite para dizer se havia chegado bem em casa...

- Oh meu amorzinho, você me perdoa? É que cheguei bastante cansada e acabei indo dormir logo. Esqueci de te ligar.

- Perdôo apenas se hoje eu puder ir dormir com você no flet.

- Não, porque eu tomei uma decisão: você e eu não poderemos mais dormir na casa um do outro até nos casarmos.

- Quê?

- é o que você ouviu!

- Mas por quê?

- Porque agora eu conheço sua mãe e isso muda muita coisa.

- Mas nós dormíamos juntos antes!

- É, mas agora não dormiremos mais. Mas me diz, já decidiu o que fazer quanto à gravadora?

- Não, por enquanto continuo sem saber.

- Eu pensei o dia inteiro hoje e acho que tenho uma solução.

- E qual seria?

- O meu superior no banco é amicíssimo de alguém influente na Universal. Quem sabe se eu pedisse a ele, ele não poderia pedir a esse amigo para você voltar para a gravadora? Eu poderia ir com ele também!

- Você acha que daria certo?

- Claro! É uma questão de saber convencer!

- Kate, não serei orgulhoso a ponto de não concordar. Eu concordo com a tentativa. Não posso ficar sem gravadora.

- Meu amor, eu sabia que seria assim! Assim que eu voltar para o trabalho hoje, falarei com ele. Você vai ver só, dará tudo certo! Te ligo à noite avisando o que ele falou, ok?  

- Não é melhor que eu vá até o flet?

- Não! E come logo porque a comida pode esfriar!

Voltei para o banco e conclui alguns trabalhos e comecei outros. Falei também com meu superior e ele disse que iria tentar falar a respeito com o amigo na próxima semana, e que se eu quisesse também poderia ir.

À tardinha voltei para o flet e fiquei surpresa ao chegar ao meu quarto e ver em cima de minha cama uma rosa vermelha natural. Era linda! Rosas vermelhas sempre foram minhas favoritas!

Mas, afinal, quem poderia ter deixado uma rosa vermelha em cima de minha cama? Ninguém tinha a cópia da chave!

A não ser que Justin tenha entregado a rosa a faxineira que é a única pessoa que tem chave além de mim e esta tenha deixado a rosa para mim em cima da cama. Só podia ser!

Tratei de ligar para Justin e perguntar, mas ele me afirmou que não deixara rosa nenhuma e que se fosse para me mandar rosas, teria me dado enormes buquês e não apenas uma rosa.

- Que idiota! Deixou apenas uma rosa!

- Ah foi lindo, mas é estranho! Quem deixou a rosa se não foi você?

- Derick, aposto que foi ele!

- não, ele não apostaria em rosas depois do que aconteceu! Ele não seria tão cara-de-pau!

- Então não sei!

- Justin, depois ligo pra você, tem alguém tocando a campainha.

- Tudo bem, um beijo, até mais.

- Até, outro beijo.

Fui até a porta e a atendi. Eu pude sentir todo o sangue sair do meu rosto e dar lugar a uma palidez imensa. Quem estava lá era Derick.

- Olá de novo, Kate!

- O que é que você está fazendo aqui?

- Não vai me convidar para entrar?

- Responde! O que veio fazer aqui?!

- Vim para falar com você a respeito do divórcio.

- Divórcio?

- Sim, eu estou disposto a te dar o divórcio.

- Entra.

Assim que Derick entrou, fechei a porta novamente e ele sentou-se no sofá. Eu permaneci em pé e disse:

- Pode começar.

- Está sozinha?

- Não vem ao caso, fala logo!

- Kate, eu não vou dar o divórcio pacificamente.

- Mas você disse...

- foi só pra eu entrar aqui.

- Então se retire imediatamente!

- Não vou sair enquanto você não me escutar!

- E o que você quer falar?

- Kate, por favor! Você sabe que está vivendo com esse garoto apenas uma aventura, seu lugar é ao meu lado!

- Não, o meu lugar é ao lado de quem amo e não ao seu. Mas eu sei exatamente onde é seu lugar! Seu lugar é no manicômio, é lá que é seu lugar!

- Eu vim aqui para ter uma conversar pacifica, mas você e sua relutância estão me obrigando a tomar medidas drásticas!

- Seu maluco, o que você pode fazer?! Nada! Não pode fazer nada! Só se agora você inventar de me jogar pela  janela, porque me jogar da escada você já fez, e acabou matando o meu filho!

- Eu nunca machucaria você, a culpa é de Dave que me fez soltar você!

- Você ainda coloca a culpa no seu irmão? Ele é maravilhoso, um dos melhores homens que já conheci, diferente de você, que é um doente!

- Kate, eu apenas amo você!

- Mas eu não te amo, eu te odeio!

- Cala a boca!

- Você adora mandar os outros calar a boca, não é? Mas você não manda em mim! Você não gosta de escutar a verdade, é isso! Saiba que ainda não dei um jeito de interná-lo num manicômio por causa de seu irmão, que te ama demais e não merece um sofrimento desses! Mas você não liga pra isso, não é? Você está pouco se lixando pro seu irmão que é a única pessoa que ainda te suporta! Mas é típico... Você é um psicopata, não ama ninguém!

- É mentira! É MENTIRA!

- Não grita! Sai da minha casa agora, sai!

- Você é uma vadia, Kate ,uma vadia!

- Sai da minha casa agora! Vai embora daqui, seu maluco!

- Você vai aprender a me respeitar!

Derick partiu para cima de mim e pôs uma mão em minha boca. Enquanto eu batia os pés e fazia de tudo para me libertar dele, ele me conduzia à força para a cama, logo após sentando-se em cima de mim, enquanto retirava o próprio cinto para me bater:

- Você não perde por esperar!

De repente, um homem mascarado muito estranho apareceu atrás de Derick e o bateu com tanta força, que ele acabou desmaiado no chão.

Olhei para o tal homem incrédula e tentei:

- Quem é você? Uma espécie quase extinta de Zorro?

O homem nada respondeu, mas antes de sair do meu campo de visão pela lavanderia do flet e desaparecer, ele deixou uma rosa cair propositalmente no chão:

- Que tipo de homem mascarado ajuda uma donzela em perigo? Zorros existem?  

Agora eram duas rosas e eu já sabia quem as deixava. Um homem mascarado. Grande progresso! Mas afinal de contas quem era aquele zorro?

Olhei para o chão e vi um Derick estirado lá. Quase morrendo consegui colocá-lo na cama e liguei para Dave. Este só conseguiu lamentar pelo o ocorrido e disse que iria buscar o irmão naquele mesmo momento.

- Kate, mil desculpas...

- Você não tem que se desculpar, querido.

- Você é uma amiga e tanto sabia? Só você pra não ter chamado clínicos aqui para levá-lo para o sanatório.

- Saiba que foi por consideração a você e não ao Derick. Ele já perdeu minha consideração faz tempo.

- Como você conseguiu desacordá-lo?

Se eu dissesse que um homem mascarado me ajudou Dave acharia que eu também estava louca.

- Fiz com que ele batesse a cabeça na parede. Desculpe.

- Que nada! Ele mereceu... Até logo, Kate. Vou levá-lo para casa antes que ele acorde.

- Ah, mas antes me diga como está Angelina e a gravidez?

- Vai tudo ótimo. Estamos tão felizes, soubemos hoje que é um menino!

- Fico muito feliz também. Cuidarei do meu sobrinho postiço como se fosse meu filho.

Assim que Dave foi embora, fui para cama dormir, porém, durante toda a noite eu tive a sensação de estar sendo vigiada.

Na semana seguinte, fui com meu superior a Universal:

- Kate, você já deve conhecer, mas apresento de novo. Robert Young, o diretor mais importante da gravadora.

- É um prazer, senhorita Clarckson. – Aquele velho de Young não tinha nada além de ter me olhado da cabeça aos pés.

- Prazer.

Meu superior fez a proposta, mas o velho Robert somente concordou depois de eu aceitar jantar com ele, claro, acompanhada de Justin. Hum, pelo o menos Justin tinha novamente um lugar na gravadora mais importante do mundo.

- Eu não vou aceitar.

- O que? Você enlouqueceu, Justin? Você vai voltar pra gravadora, porque tanta frescura?

- O velho só concordou porque gostou de suas pernas e quem sabe do resto! E se ele te fizer uma proposta indecente em troca de eu ficar na gravadora?

- Eu não vou concordar, não se preocupe. Olha, ele não vai fazer isso porque eu acho que ficou claro que eu sou comprometida e fiel e não vou querer nada com ele.

- É bom mesmo...

- Oh meu bebê brabinho, fica calmo...

- Deixa eu ir aí no flet?

- Não, de jeito nenhum! Fica aí fica!

- Vem cá, quando é que eu vou poder voltar no flet, passar a noite contigo hein?

- Quando você me pedir em casamento.

- Sério?

- Óbvio que sim. Peça-me em casamento e voltamos a passar todas as noites das nossas vidas juntos.

- Você não perde por esperar, então. Beijos...

- Era brincadeira, não... Desligou... Será que ele levou a sério?

Os dias se passaram e eu vi-me novamente em minha deliciosa rotina. Trabalho, momentos maravilhosos com Justin... E Derick parecia ter dado um tempo na sua perseguição particular a mim. Tudo ia bem, mas o mistério das rosas continuava... Quem afinal era o mascarado?

Mais rosas chegavam, mas eu nunca mais havia visto o mascarado pessoalmente de novo. Em um momento, lembrei da única coisa que eu pude ver no rosto do mascarado: os olhos deste. E que olhos! Como era possível alguém ter um olhar daqueles? Comecei a imaginar então, como deveria ser o rosto por debaixo daquela máscara... Como deveria ser aquele homem... Mas fui tirada de meus pensamentos, quando o celular tocou:

- Vamos passar o fim do ano em um cruzeiro?

- Cruzeiro?

- É, cruzeiro, topa ou não?

- Topo, claro que topo.

- Pronto, acabei de reservar.

- Nosso fim de ano vai ser um máximo, até porque, eu tenho uma surpresa pra você.

- Eu adoro surpresas.

- Você vai adorar essa, pode ter certeza.

Não demorou para que o mês de Dezembro chegasse e eu e ele embarcássemos no cruzeiro no dia 26.

- Justin, fazia tanto tempo que eu não embarcava em um cruzeiro, sabia? Eu adorei, adorei mesmo o convite.

- Eu só vivo pra isso. Pra agradar você.

- Oh... Cadê sua mãe?

- Está no quarto. Tá um pouco enjoada.

- Eu não tenho o menor enjôo nesse balançar de navio, sabia?

- Eu também não. Até gosto... Me faz relaxar.

-Os nossos quartos são separados não é?

- Não, eu pensei que...

- Pensou errado. Já disse que antes do casamento nós não ficaremos no mesmo quarto.

- Eu acho que tudo saiu muito bem planejado sim senhora.

- Nã...

Justin ajoelhou-se perante de mim e abriu uma caixinha vermelha de veludo e dentro dela, havia um anel de ouro, com um formato bem desenhado e uma única pedra de diamante no meio. Sem dúvida era a jóia mais bela que eu já vira.

Para ver foto, acesse: http://www.reisman.com.br/fotos%20aneis-noivado/4.jpg

- Kate Clarckson, finalmente acertei seu sobrenome, quer se casar comigo?

- Eu não acredito!

- Quer se casar comigo?

- Justin, pare com isso agora! Você não tem limites não é? É capaz de me pedir em casamento apenas para voltarmos a passar noites juntos?

- Epa, epa! Não estou fazendo isso só pra voltar a fazer amor com você, estou fazendo isso porque quero realmente me casar com você, porque eu te amo e quero estar contigo para sempre!

- Então porque só fez o pedido depois do que eu falei no telefone naquele dia?

- Não tem nada haver com o pedido agora.

- Eu não acredito!

- Droga, Kate! Quer saber? Dane-se! Cansei de ser tratado por você como um irresponsável infantil!

- Mas é o que você é!

- Então porque está comigo? Se sou tão ruim desse jeito você deveria procurar alguém a sua altura, tão bom quanto você é, responsável... Não acha?

- O coração não escolhe por quem se apaixona.

Justin deu as costas e estava se retirando, quando eu me arrependi de tudo o que falei ao vê-lo entristecer-se, e o segurei o braço:

- Justin, me desculpe, por favor?

- Kate, porque você acha que sou tão infantil? Posso não ser exatamente um cara maduro, mas você talvez pudesse me ajudar a amadurecer. Mas pelo o contrário, não é? Você só me critica.

- Me perdoa, por favor, perdão? Eu não estou acostumada com isso, não estou acostumada...

- Com uma pessoa mais nova, é isso?

- Sim, ainda falta bastante para eu me acostumar com você, com seus jeitos, até mesmo com sua imaturidade. É novo para mim ter que ensinar você a amadurecer, entende?

- Você pode nunca se acostumar e se quiser, desistir de tudo agora... De nós...

- Não, eu nunca desistiria do nosso amor. Passamos tantas coisas juntos, não é a falta de maturidade, a diferença de idade que vai nos separar, ouviu? Amo você, amo mesmo!

- Você deve saber que eu sinto o mesmo...

Justin beijou-me de maneira suave. Devagar ele deslizava os lábios sobre os meus e abrindo minha boca, ele introduziu a língua e me fez relaxar, pensando que todos os problemas não podiam ser equiparados com o que nós sentíamos um pelo o outro.

- Eu quero casar com você, Justin, se o pedido ainda estiver de pé, é claro.

- O que você acha? - Disse Justin fazendo uma das caras mais patéticas que eu já o vi fazer em toda a minha vida.

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- Não sei... - Eu queria tanto rir daquela carinha de "Não é óbvio?" dele.

- É claro que está, minha noiva.

Justin colocou o anel no meu dedo devagar, enquanto olhava em meus olhos. Mas minha felicidade foi dispersa quando eu lembrei que não poderíamos casar tão cedo... Derick não me dera o divórcio e sabe Deus quando daria...

- Você não parece feliz...

- Derick não me deu o divórcio. Não poderemos casar...

- Claro que poderemos! E não vai demorar, ok? Nem ele, nem ninguém vai nos impedir de ficarmos juntos, certo?

- Você faz tudo parecer tão mais fácil...

- Mas é, meu amor.

Naquela noite fui às nuvens com Justin. Jantamos, vimos as estrelas e a lua no céu à noitinha enquanto o cruzeiro continuava a viagem. Foi tudo perfeito. Na manhã seguinte, Justin e Pattie desceram para tomar café da manhã, enquanto eu acabava de me arrumar. Pronta sai do quarto, e quando me virei após fechar a porta, vi à minha frente um homem alto, de cabelos negros. Mas então, reparei na roupa dele. Era exatamente como as roupas do mascarado, roupas sociais e bonitas, porém, o que mais me chamara atenção foi os olhos deste... O rosto por completo eu não podia ver, já que um jornal cobria toda sua face, exceto seus olhos e aqueles olhos eram inesquecíveis... Eram os olhos do mascarado... Aquele era o mascarado.

- Ei, você!

O homem me deu as costas e andou rápido. Fui atrás dele, porém ao dobrar o mesmo corredor em que ele havia passado, não o vi. Era como se ele tivesse evaporado.

Ao olhar para o chão, vi uma das rosas vermelhas que o mascarado deixava cair. Era ele mesmo. Minha curiosidade só aumentava enquanto eu ia até a mesa do café da manhã.

Enquanto comíamos tranqüilos, Justin chegou a mesa acompanhado de uma mulher loira e de olhos verdes lago. Eu podia reconhecê-la em qualquer lugar. Era Leah Simon, a grande empresária da Universal:

- Kate, mamãe, essa é Leah Simon, a grande empresária da Universal. Vocês devem saber...

- Bom dia, é um prazer.

- Bom dia. – Pattie e eu falamos em uníssono.

- Leah, essa é Pattie Mallette, minha mãe e esta é Kate Clarckson, minha noiva.

Corei ao ver que Leah notava o anel em meu dedo. Justin já anunciava nosso noivado, afinal.

- Own, noivos?! Confesso que estou surpresa! Você é bem rápido, hein Justin?

- Não, não sou não. Apenas quero firmar o mais rápido possível um compromisso com a mulher da minha vida.

- O que acha dessa declaração, Kate? Justin parece bastante apaixonado. – Disse Leah sorrindo.

A senhorita Simon nos acompanhou durante o café da manhã. Ela era uma bela mulher, uma das mais belas que eu já havia visto. Era muito divertida também, e parecia conhecer Justin há muito tempo.

Durante o cruzeiro, Leah nos apresentou seu namorado, Gabreal Cowan. Um homem alta e extremamente atraente. Eu podia estar enlouquecendo, mas eu julguei a cor de seus cabelos bastante parecida com a cor dos cabelos do mascarado. Porém, não era ele, sem dúvidas que não era. As roupas eram diferentes, e o olhar, bom, eu nunca vi os olhos do Gabreal, ele vivia de óculos escuros... Mas não, não era o mascarado.

Passamos uma semana maravilhosa a bordo do cruzeiro de fim de ano, que fez algumas paradas em cidades mais afastadas do centro. Na madrugada de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, na virada de ano, Justin e eu bebíamos champanhe enquanto apreciávamos os fogos de artifício que vinham da cidade de Los Angeles. Foi a melhor virada de ano da minha vida.

Misteriosamente, após voltarmos para Los Angeles, o mascarado sumiu e eu nunca mais recebi rosas do mesmo. Contei a história do mascarado a Justin, que ficou irritado ao pensar em alguém me cortejando, além de que ele supunha que este fosse o próprio Derick, mas eu negava. O olhar do Zorro quase extinto era diferente, inesquecível...

- Você se apaixonou por uma fantasia de Zorro?

- Claro que não, Justin. Só que os olhos dele são... Inexplicável, eu não sei dizer, mas é como um feitiço.  

- Suponho que você gostou das rosas vermelhas que ele deixava.

- Eu adorava, porque amo rosas vermelhas.

- Ama é? Nosso casamento terá muitas rosas vermelhas, então. Mas, já que você gosta tanto delas, toma. Esse aqui é um buquê inteiro de rosas vermelhas que eu comprei pra você há pouco.

- Oh Justin, são lindas! Eu adorei!

- Rosas vermelhas combinam com você, querida.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo, fique ligado: Kate descobre o quanto é difícil conseguir o divórcio, a chegada de David e uma tragédia acontece.



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