O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 12
Capítulo 9 Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Gente, uma notícia triste: a história está perto da conclusão.
Capítulo com fotos. Total de fotos: 2



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– E você é a minha maior obsessão...

– Meu Deus, se dê valor! Derick, você é lindo, pode ter a mulher que quiser me deixe em paz!

– Não, você é minha, eu não abro mão de você! Mas você precisa de uma lição, meu amor, precisa sim, então, eu já sei o que fazer...

– Como você pode ser tão frio?! Você não me ama, você é um psicopata, não ama ninguém, só pensa em você!

– Eu me preocupo com você...

– Não, é mentira! Eu não entendo porque você necessita tanto de mim, mas necessita, e já que é uma necessidade, você mata e morre pra ter o que você quer, o que você precisa, mas não ama ninguém, só me quer ao seu lado para satisfazer a sua vontade, só pensa em você!

– Você merece ser humilhada, sua...

– Abre a porta, Derick!

– Dave!

– CALA A BOCA, KATE!

– Derick, abra ou eu arrombo a porta!

Derick abriu a porta e falou:

– Mande todos embora, Dave.

– Contanto que você deixe Kate em paz. - Respondeu Dave, sério.

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- A paz dela é ao meu lado.

– Você é idiota ou o quê?! Ela não te quer, Derick e com certeza a paz dela não é ao seu lado! – Disse Dayse, nervosa.

– Você deveria ficar quieta e calada, mocinha. Isso não desrespeito a você!

– Kate é minha amiga e tudo o que acontece com ela é desrespeito a mim, sim!

– Mande todos embora Dave, inclusive essas garotas!

– Você quer ficar sozinho com Kate para quê? Me diga, você vai bater nela?

– Não interessa a você também!

Derick voltou a fechar a porta, mas ela foi aberta por Dave novamente:

– Como você pode ver, a casa está vazia.

– E o que você e essas garotas estão fazendo aqui?

– Nós nos recusamos a sair sem Kate, é isso. – Novamente Dayse se pronunciou.

Eu entendi o recado. Derick já não era mais Derick, era um monstro louco qualquer e não me deixaria sair daquela casa nunca mais, então a única solução era fugir. Levantei-me devagar da cama e corri com pressa até a porta do quarto, porém quando eu ia descer o primeiro degrau da escada, Derick voltou a me segurar, impedindo que eu fugisse:

– Nós ainda não acabamos, querida!

– O que você ainda quer de mim?! Derick me deixe ir embora, por favor!

– Você não sai daqui enquanto eu não quiser que saia!

– Você está louco ou só piorou das suas paranóias?! Kate não é sua prisioneira, solte-a agora!

– Dayse, se você e todos não saírem da casa agora...

– O que você vai fazer?! Saiba que podemos chamar a polícia!

– Não, Dayse, por favor, não... – Suplicou Dave.

– Querido, sei que é difícil pra você, mas o que podemos fazer agora? Esse não é mais seu irmão! – Disse Angelina.

– Antes que vocês chamem a polícia, eu jogo Kate da escada e aproveito para acabar com esse bastardo que está dentro dela!

– NÃO!

Eu reconheci aquela voz, reconheci aquele rosto... Era Justin e estava desesperado por ouvir a ameaça de Derick:

– Derick, pelo o amor de Deus, você passou dos limites!

– Fique calada, Kate!

– Solte a Kate agora ou então...

– Vai me bater, pirralho?! Dou dois de você! Pare aí! Se subir mais um degrau eu a jogo da escada!

– Você não machucaria a sua obsessão particular...

– Justin, desça! Ele não quer me machucar, mas quer machucar o seu filho!

– Meu filho?! Você está grávida... De mim?

Justin captou o meu olhar e entendeu que era verdade, porém Dave não calculou suas ações e segurou Derick por trás, fazendo-o me soltar, mas fez-me perder o equilíbrio também e rolar escada abaixo. Porém antes que eu pudesse machucar-me mais ainda e perder a consciência, Justin me amparou:

– Kate, está tudo bem?

– Não, ahhh... Justin, estou sangrando!

Justin olhou para baixo e viu que eu estava realmente sangrando. Nós sabíamos que aquilo só podia significar uma coisa: havia um problema causado por aquela queda com o meu bebê.

– Preciso levar você pro hospital!

– A culpa é toda minha!

– Não, Dave, você só quis ajudar, a culpa é do idiota louco do seu irmão!

– Dayse, esse não é o momento! – Repreendeu Anne.

– Kate...

– Cala a boca, seu patife, a culpa é sua! – Justin falou a Derick. - Vou chamar a ambulância.

Logo a ambulância chegou e quando eu já estava na maca e entrando na ambulância, tia Louis apareceu desesperada:

– O que aconteceu com minha sobrinha?!

– O idiota do Derick a jogou da escada!

– O quê?!

– Você é muito linguaruda, Dayse, vamos embora! Kate, vou levar Dayse pra casa, ligarei para Justin pra saber como você está e amanhã irei com Dayse mais calma ao hospital, ok?

– Ok... – Eu mal conseguia falar. A dor no ventre era muito forte. – Justin...

– Oi?

– Vá pra casa...

– Eu vou com você!

– Não... Não vai... O que a mídia quer é uma fofoca quentíssima e se... Se descobrirem o que aconteceu, sua carreira estará arruinada... Vai ficar tudo bem, vou com tia Louis...

– Não me tire de sua vida mais uma vez, Kate, eu sou o pai dessa criança!

– Por favor, vá pra casa... – Eu chorava, não queria mandá-lo embora, mas era preciso.

Já dentro da ambulância, antes de ser sedada, vi todos irem para suas respectivas casas, menos Dave e Angelina que entraram em casa e provavelmente passariam a noite ali com Derick. Vi também o carro de Justin seguir a ambulância... Ele não atenderia meu pedido afinal... Depois disso olhei para o lado e vi uma enfermeira com um sorriso de “vai ficar tudo bem”, no rosto me aplicar na veia o sedativo. Após alguns segundos, apaguei totalmente.

Escuridão, escuridão... Era tudo o que eu via até abrir devagar os olhos, pisquei muito, até abri-los totalmente e enxergar Justin à minha frente:

– Finalmente você acordou...

– Dormi durante quanto tempo?

– Bastante, não sei ao certo, mas não durou um mês.

Ri com o que ele havia dito.

– Ninguém da mídia perturbou você?

– Sim, mas eu disse que estou visitando um tio doente.

– Tia Louis Fe muitas perguntas?

– Sim, mas ela disse que terá depois as respostas com você.

– E Derick?

– Não sei dele e você também não deveria querer saber.

– Ok, vamos esquecer ele por enquanto. E o nosso bebê? Tudo bem com ele?

Justin olhou para baixo. Notei que seu maxilar inferior havia mexido, sinal de que ele estava com raiva:

– Justin, o que aconteceu com o meu bebê?

– O nosso bebê morreu, por culpa daquele que você fez questão de perguntar como estava!

– Morreu?! Eu perdi o bebê?!

– Perdeu, Kate, perdeu sim.

Meu corpo tremeu, lágrimas como um riacho escorreram dos meus olhos... Meu choro fazia barulho, e eu queria gritar. Aquela criança surgiu dentro de mim trazendo problemas incontáveis, e simplesmente desapareceu pelo o mesmo problema que surgiu junto com ela. Mas os problemas não podiam ser comparados com a felicidade que eu teria de ter aquela criança junto ao meu peito, de sentir o cheirinho de bebê dele ou dela, de ver seus olhinhos, sua boquinha, acompanhar seu crescimento, ouvir ele ou ela me chamar de mamãe, saber que ele ou ela me amava tanto quanto eu o amava... Tudo isso não aconteceria mais, eu havia perdido o meu bebê. Chorei ainda um pouco mais, depois me mantive calma e perguntei a Justin:

– Quando eu receberei alta?

– Hoje.

– Justin, você não parece estar triste porque seu filho morreu, mas parece estar com raiva.

– E você não está? A culpa é toda de Derick, toda dele e mesmo assim você quer que eu não o culpe pelo o que aconteceu? Eu odeio Derick Mars e seria capaz de matá-lo!

– Não fale besteiras, isso não traria nosso bebê de volta! Além do mais, por trás da obsessão dele há uma doença... Ele é psicopata!

– Que seja, tudo o que você falar não me fará parar de odiá-lo.

– Justin...

– Huh?

– E agora?

– Agora o quê?

– O que será de nós agora?

– Kate, com ou sem bebê eu te amo, e sempre estarei com você, basta que você me diga que quer o mesmo.

– Eu achei que eu não precisasse falar que eu também te amo, e que ainda quero ficar com você eternamente.

– Então estamos juntos?

– O que você acha?

– Oh Deus, amo tanto você... – Justin sentou-se na beira da cama e me abraçou forte. Estávamos juntos novamente.

– O que estou perguntando é em relação a Derick. Por mais que tentemos ficar juntos sem a interferência dele, será impossível. A existência dele é real e nós sabemos que por mais que tenha acontecido tudo isso, ele não desistirá de mim. Eu acabei de dizer que não é obsessão, Derick é psicopata.

– Mas agora você está longe dele, se você voltar pra lá...

– Eu não voltarei. Derick continua doente, ele é psicopata, mas mesmo assim eu não voltarei pra ele, ele terá de se tratar sozinho, se quiser. O problema é que de agora em diante, temo que ele tente nos separar e consiga.

– Ele não conseguirá porque agora você quer ficar comigo e eu não deixarei ele tirar você de mim, de modo algum.

– Amo você tanto que chega a doer, sabia? – Olhei para ele pedindo que ele dissesse o mesmo.

– Eu te amo muito, muito mais. – Justin sorriu. Eu confiava nele, confiava que com ele, mesmo que com muitas barreiras a ser quebradas, com ele, eu teria vitória.

À tardinha eu tive alta. Não me sentia fraca, muito menos debilitada, mas mesmo assim, algo doía muito em mim. O fato de sair daquele hospital sem o meu filho dentro de mim me matava por dentro... Eu esperava um dia me recuperar daquele machucado tão profundo. Como que captando meu olhar perdido, Justin se pronunciou enquanto dirigia seu carro em direção ao flet que eu havia alugado:

- Nós teremos outro, mas antes disso nós dois nos recuperaremos dessa perda lastimável.

– Outro?

– Outro filho, meu amor. Ele nos trará felicidade completa.

– Eu sei disso... É isso me consola agora. Nós podemos e vamos ter muitos outros filhos.

– Muitos outros? Kate, quantos filhos você pretende ter?

– Dez.

– Dez? Teremos que começar a fabricação imediatamente!

– Eu estava brincando, você sempre com pressa não é?

– Vou parar com isso. Pressa é a inimiga da perfeição.

– Ainda bem.

Só ele me fazia rir. Só Justin podia fazer com que eu me sentisse menos infeliz. Afinal, sem o amor dele, o que eu seria?

À noite tia Louis foi até o flet. Ela olhou torto ao ver que Justin estava lá, eu realmente precisava conversar com ela e explicar tudo, afinal ela era minha tia e cuidou de mim por muitos anos. Assim como ela representava uma mãe para mim, assim eu representava uma filha para ela.

– Boa noite, tia.

– Boa noite, querida. Se sente bem?

– Não totalmente. Perder um filho não é nada fácil mesmo que eu nunca tenha visto ele, eu já amava muito o meu bebê.

– Entendo. Mas eu nem sabia que você tinha um flet.

– É alugado.

– Quando o alugou?

– Na minha última separação de Derick eu o aluguei e fiquei por aqui depois que sai de sua casa.

– Kate, eu gostaria que você me explicasse bem tudo o que aconteceu.

– Eu conheci outra pessoa e me apaixonei por ele, então decidi me separar de Derick, porém ele não aceitou, acabei voltando pra casa dele e quando ele descobriu que eu amava outra pessoa e estava grávida dessa pessoa, ele armou um escândalo e no meio de tudo isso eu perdi o bebê.

– Você o traiu?

– Não. Quando eu vim para o flet e fiquei aquele tempo com a pessoa que eu lhe falei, eu não estava com Derick. Eu havia me separado dele. E mesmo quando eu voltei para casa dele, eu não tive nenhum tipo de relação com Derick que não fosse amizade, aí eu engravidei da pessoa que amo.

– Quero nomes, Kate. Quem é pessoa que você ama?

– Justin Bieber.

– Isso explica porque esse garoto quis ir na ambulância com você, porque ele vivia no hospital e porque ele está aqui com você.

– Nós dois nos amamos.

– Eu pensei que você fosse mais madura.

– Como assim?

– Trocar Derick Mars por um pirralho como esse garoto é um erro infinitamente idiota. Faça-me o favor! Derick Mars, seu ex-marido, é dono da D.M World, tem prestígio, sucesso e dinheiro, Kate. Dinheiro que não tem fim além de que está seguro no que trabalha. Já esse garoto, pode até ter dinheiro, sucesso e blá blá... Mas nós duas sabemos que logo, logo todo esse sucesso chegará ao fim, ele vai ser esquecido nas rádios e o patrimônio dele vai diminuir como qualquer outro artista sem muito talento. Estou decepcionada com você, Kate.

Eu não podia acreditar naquilo. Tia Louis era uma das pessoas que eu mais confiava no mundo e agora ela estava a me repreender porque eu não queria mais estar com um cara rico e seguro? A mulher em que eu me espelhei todo esse tempo era na verdade uma interesseira sem escrúpulos?

– Eu é que me decepcionei com você, tia. Pensei que você fosse uma mulher bondosa, mas na verdade é uma interesseira. Se sua preocupação é sua pensãozinha, não se preocupe. Eu trabalho na Reserva Federal dos Estados Unidos e depois de muito esforço honesto eu consegui o cargo de gerente e ganho muito bem. Não tenho uma fortuna como a de Derick, mas posso até aumentar consideravelmente sua pensão, ok? Agora saia da minha frente. Saia!

– Querida, eu...

– Cala a boca, sua interesseira! Eu não sou sua querida e já não agüento mais olhar na sua cara! Vai embora, já disse! Saia do meu humilde flet!

– Você é uma ingrata! Cuidei de você todos esses anos!

– E eu retribui com uma pensão gorda que eu pedia para meu ex-marido pagar, e continuarei retribuindo minha vida inteira com uma pensão obesa que eu farei questão de pagar a você! Mas sai da minha frente, você é falsa!

– Saiba que sempre estarei ao lado de Derick.

– Vem cá, você preferia mesmo que eu continuasse com Derick?

– Claro!

– Deixe eu lhe explicar uma coisa. Derick é louco, completamente louco! Forjou um monte de coisas para que eu ficasse com pena dele e voltasse para casa, mas quando ele descobriu tudo, ele gritou comigo, me chamou de um monte de coisas, me agrediu fisicamente, causou um escândalo o que ocasionou a perda do meu bebê e ainda por cima, admitiu que é obcecado por mim, ou seja, ele é totalmente desequilibrado! Ele não falou com todas as letras, mas é óbvio que não é obsessão, é loucura!

– Mas tem dinheiro!

– O que menos importa! Agora faça o favor, se retire daqui.

Tia Louis saiu e depois de alguns minutos, Justin saiu do quarto e perguntou como havia sido. Falei a verdade e ele ficou tão boquiaberto quanto eu. Como são as pessoas... Aparentam ser uma coisa e são totalmente outras! A falsidade impera no mundo e é por isso que há tanta coisa ruim.

Com o passar dos dias eu percebi que Justin estava pior do que eu. Ele aparentava raiva muitas vezes, mas por inúmeras vezes o vi chorar de tristeza pela a perda da criança. Inúmeras vezes o vi lagrimar quando assistia na televisão um pai com seu filho, ou quando via pela rua uma família unida. Talvez pelo o fato de ele não ter tido um pai que morasse com ele, Justin queria muito morar com seu filho e ser extremamente presente na vida dele... Justin havia perdido um sonho e mesmo que sempre me encorajasse, ele é quem necessitava de apoio até mais do que eu.

Não foi fácil para nós dois nos recuperar daquela perda, mas Graças a Deus a freqüência de tristeza diminuía gradativamente a cada dia. O início de uma nova vida.

Voltei a trabalhar e tudo ia bem, porém um problema sério apareceu: Derick acabara o contrato de Justin na D.M, e como se não bastasse, Selena atacou de fofoqueira novamente: começou a espalhar boatos de que eu e Justin estávamos juntos e a mídia começou uma perseguição a nós.

– Merda, mil vezes merda! Saímos de um problema para entrar em outro! Mal nos recuperamos da tristeza de perder nosso filho e agora mergulhamos de cabeça na desgraça de eu estar praticamente desempregado e ainda temos que agüentar esses urubus em cima de nós! A Selena merece a morte!

– Justin! – O repreendi. – O que isso? Matar Derick, Selena merece a morte! Por Deus, você quer matar todo mundo?! Quem manda você ter se metido com ela? Selena não deve ter esquecido seus beijos, querido!

– Olha quem fala! Derick que não esqueceu seus beijos carinhosos!

– Tudo bem, nós dois nos metemos com as pessoas erradas, mas mesmo assim, vamos nos manter calmos.

– Kate, meu maior prazer é cantar, mas agora não tenho uma gravadora e a mídia está me sufocando!

– Ora, conte a mídia que estamos juntos e pronto!

– E a questão da gravadora?

– Não há a menor chance de você voltar pra Universal?

– Não sei. É meio complicado.

– Justin?

– Hum?

– Você sabia que eu continuo com o enorme desejo de saber o motivo de você sair da Universal?

– Sabia, você é muito curiosa.

– Poxa, Justin! Me conta logo! Sou sua namorada, eu mereço saber!

– Namorada? Eu nem pedi você em namoro!

– Vai me contar ou não?

–Eu saí da Universal porque eu plagiei a música de outra pessoa.

– Ah qual é! Um monte de artista já fez isso e não saiu da gravadora! Não estou apoiando o que você fez, hein?

– Eu sei, eu sei... Mas o plágio rendeu mais que só isso.

– Rendeu? Olha, explica bem explicadinho a história toda!

– Eu tinha um amigo, o nome dele era Aleksander Bennet e ele era compositor.

– Belo nome.

– Continuando... Ele compôs a música “That Should Be Me”, porém ele não queria vender a música para outro cantor, ele também tinha o sonho de ser cantor e quem sabe lucrar com a música que ele compôs. Aí o Scooter Brown, meu empresário, viu a música e achou que ela tinha qualidade e tentou convencer o Alex a vender a música para mim, mas ele não concordou. Então Scooter roubou a música e eu a lancei fazendo de conta que eu não sabia que a música havia sido roubada do Alex. Mas ao contrário do que esperávamos, Alex lutou por seus direitos e ameaçou abrir um processo contra mim, e realmente abriu, mas Scooter subornou algumas pessoas e nós ganhamos a causa. Alex foi humilhado e tentou mais uma vez um processo contra nós, mas algo trágico aconteceu. Houve um assalto na casa do pai dele e quando a polícia chegou no local, Aleksander estava com a arma do crime nas mãos e o pai de Aleksander estava morto.

– Acusaram o Aleksander?

– Sim.

– Cara, haviam assaltado a casa do pai dele, os assaltantes mataram o velho, não é óbvio? Mas mesmo acusaram o próprio filho? Super estranho isso!

– Também acho, mas acabou que Aleksander foi preso e foi morto por encomenda na cadeia.

– Meu Deus! Que história terrível!

– Aí a Universal acabou o contrato comigo por medo que a mídia descobrisse meu envolvimento na história e manchasse a renomada gravadora.

– Você não tem culpa nenhuma! Quem roubou a música foi Scooter, não você!

– Mas eu sabia disso e concordei. Eu faço parte do plágio.

– Pensando assim, você tem culpa. Concordou com muita coisa.

– Concordar, concordar não... Eu sempre discordava, mas ele sempre me convencia que o errado era mais fácil.

– E é, mas o certo sempre rende felicidade. Já ouviu falar que o salário do pecado é a morte?

– E o desemprego...

– Vamos ao menos tentar voltar pra Universal, ok?

– Ok, de que modo?

– Primeiro, marque uma coletiva de imprensa para revelarmos que estamos juntos sim.

– Pelo o menos os urubus dão um tempo.

A coletiva de imprensa foi marcada para o dia 3 de Julho e eu ainda estava na frente do espelho, preocupada com minha aparência:

– Você é a mulher mais linda do mundo, meu amor.

– ah claro, tanto é que nem sei como me vestir.

– Quer uma dica?

– Quero, já que você já está pronto, cheio de estilo e muito lindo, sim, eu quero uma dica.

– Vá pelada.

– Então já estou pronta. Vamos? – Falei estendendo o braço a ele.

– Você está de calcinha e sutiã, não pelada.

– Você quer mesmo que eu vá pelada pra coletiva?

– Quero sim que você tire esse sutiã, essa calcinha, fique totalmente nua e não vá pra coletiva, e sim pra cama comigo.

– Tire seu cavalinho da sua chuva. Que tal essa vestido?

– Prefiro vê-la sem ele.

–Pára vai! Falo sério!

– Eu ando muito foguento esses dias.

– Ainda bem que você sabe. Justin, tem mais uma coisa que me deixa muito curiosa.

– O que?

– Com quem você perdeu sua virgindade?

– Com Selena.

– Isso explica porque ela continua querendo mais de você. – Revirei os olhos e torci a boca.

– Kate Mars...

– Eu já disse que meu sobrenome não é Mars!

– É que você nunca me disse seu sobrenome, querida!

– Meu sobrenome é Clarckson. Satisfeito?

– Então, Kate Clarckson, você está com ciúmes?

– Claro que não.

– Então porque está brava?

– Por nada.

– Deixa eu te falar uma coisa. Não importa quem veio antes de você, importa que é você a dona do meu coração pra sempre.

– Tá, foi irresistível. Agora me dá licença, por favor?

– Pra quê?

– Para me vestir, oras!

– Não há nada aí que eu não tenha visto.

– Justin, sai do quarto!

–Poxa!

– Deixa de ser enxerido, sai logo!

Resolvi que me vestir com meu estilo próprio era o melhor a fazer e acho que deu certo pelo o modo que Justin me olhou:

– Você está perfeita!

– Estou?

– Está, está sim! Deus, obrigado por me dar a mulher mais linda do mundo!

– Exagerado!

– Exagerado, jogado aos teus pés eu sou mesmo exagerado...

– Tá bom, tá bom, vamos logo!

Pedi para que Lisy me acompanhasse e fui ao lado dela no carro, enquanto Justin dirigia. Ao chegar perto do prédio da coletiva de imprensa, vi multidões de garotas com cartazes, blusas, qualquer coisa que chamasse atenção do astro Justin Bieber. Apertei a mão de Lisy e a ouvi dizer um “vai ficar tudo bem”.

Descemos do carro. Justin segurou em minha mão todo o caminho até o auditório da coletiva. Com a outra mão eu apertava a mão de Lisy. Assim que chegamos ao auditório, Lisy sentou-se na platéia na segunda fileira, enquanto eu e Justin subimos para uma mesa com vários microfones. Sentamo-nos nas cadeiras e eu me recordei de várias outras coletivas de imprensa com Derick. Aquilo era comum para mim, mas naquele momento, naquela situação, eu estava nervosa.

Justin começou a falar e explicou algumas coisas, omitiu algumas e mentiu sobre outras, até que o momento para perguntas teve início. Scooter indicou um jornalista:

– Bom dia, Justin, Kate. Eu sou Garvin McGraund do canal E!. Bom, eu gostaria de perguntar a respeito do fim do seu contrato com a D.M. Tem alguma coisa haver com o seu relacionamento com Kate Clarckson e o fim do relacionamento dela com o dono da D.M World?

– Sim. – Disse Justin apenas. Não havia muito o que falar sobre o fim do contrato. – Vamos continuar, você!

– Bom dia, Justin, Kate. Eu sou Elyane Voltage da TVZ, e gostaria de perguntar a Kate sobre o internamento dela no hospital. O que você tinha, Kate?

– Bem direta. Bom, eu estive com um resfriado forte, mas já estou recuperada. – Menti. Não podia dizer que eu havia perdido o meu bebê.

Para ver foto, acesse:http://2.bp.blogspot.com/_a1eFmA4POX8/SGR28qLdhrI/AAAAAAAAAxg/JXJ1O2oBhpc/s1600-h/IMG_0240.jpg

– Oi Kate! Meu nome é Bryan Matt e sou do CNews, tudo bem?

– Tudo ótimo e você?

– Vou bem também. Eu queria saber sobre algo mais particular, posso?

– Depende, mas vamos tentar.

– O seu ex-marido, Derick Mars, aceitou bem a sua separação dele?

– Não de cara, mas eu creio que tudo está se resolvendo e logo, logo estarei divorciada no jurídico.

A coletiva continuou com mais algumas perguntas e ao fim dela, confesso que fiquei mais aliviada. As fãs ficaram mais calmas e cada vez menos queriam me matar e a nossa fofoca ficou velha para a mídia, então eles largaram mais do nosso pé. Tudo indicava que aquilo era o início de uma nova vida para mim e Justin. Só faltava uma coisa: jantar formal com a Senhorita Pattie Mallette.



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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, fique ligado: mistério, rosas vermelhas e máscara.



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