O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 11
Capítulo 8 Início dos Problemas-Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aki d novo!! Genteee, continuação super tensa, to roendo minhas unhas por causa do rumo dessa história, é sériooo!! De sobreaviso, no próximo capítulo não me matem pelo o que vai acontecer, hein?? Bjoss, divirtam-se!
Capítulo com fotos. Total de fotos: 1



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146527/chapter/11

Engoli o choro e fui para o banheiro tentando de todas as formas disfarçar que eu já não suportava aquela situação com Derick. Ao chegar lá, o vi molhar os cabelos na água que caía do chuveiro... Aquilo só era o início dos problemas.

Não depois de muito tempo Derick vestiu o roupão e saiu do chuveiro enxugando com uma toalha os cabelos. Fiquei observando-o tirar a barba, quando vi que ele se machucou com a gilete.

- Droga!

- Deixe-me ver. – Me aproximei dele e constatei que era só um cortezinho. – Essa pomada resolve.

- Obrigada.

- Deixa eu acabar de fazer a sua barba.

Peguei a gilete e com toda delicadeza removi a barba de Derick inteira. Ele me olhava fixamente... Ele era tão lindo, tão jovem, tinha uma vida inteira pela frente e era bonito o bastante para ter a mulher que ele quisesse, mas porque ele tinha cismado comigo?

- Kate, me desculpa por estar te sufocando desde a hora que você chegou aqui. Eu tenho estado um pouco nervoso esses dias, mas eu juro que a partir de agora isso não vai mais acontecer.

- Melhor assim... Descansa um pouco, você parece cansado. Vou dar um jeitinho na casa.

Os dias se passavam e a cada vez eles ficavam mais longos. Derick ainda tentava concertar o nosso casamento, mas eu estava ficando mais sem jeito com ele e entre nós dois havia uma barreira que Derick não conseguia ultrapassar. Aquilo acabou se tornando uma convivência forçada para mim.

Mas foi na tarde do dia 20 de abril que algo começou a me dizer que eu não encontraria mais a felicidade. Enquanto lanchávamos, Derick de repente desmaiou. Liguei para o médico da família Mars, mas o celular estava desligado, então usei um método comum, mas não indicado. Pus um pouco de álcool em um pedaço de algodão e o aproximei do nariz de Derick, que recuperou os sentidos:

- Derick, você está bem?

- Estou um pouco tonto, mas está tudo bem.

- Você me deixou preocupada!

- Não se preocupe, isso vem acontecendo há poucos dias atrás, mas havia dado uma pausa, só que agora voltou. Talvez seja o estresse ou coisa assim...

- E você já foi ao médico?

- Não, é bobagem.

- Como você pode saber que é bobagem se ainda não foi ao médico? Amanhã de manhã vamos no consultório do doutor Archer.

- Não, Kate, já disse, é bobagem!

- Nada disso. Amanhã de manhã vamos ao consultório do doutor Archer.

Na manhã seguinte acordamos cedo e fomos ao consultório do doutor Archer como eu havia dito na tarde anterior, ele passou alguns exames para Derick, exames estes que fizemos a maioria no mesmo dia, e o restante no dia seguinte. Em não mais de dez dias tínhamos todos os resultados que Derick preferiu ir buscar sozinho, porém eu resolvi sair mais cedo do banco e passar no hospital para pegá-lo de carro.

Encontrei um Derick sorridente recostado no balcão da recepção.

- Hum, pra ter um sorriso tão grande o resultado só pode ter saído ótimo.

- Na verdade ainda não abri.

- Ora, mas porque não?

- Tenho certeza que está tudo bem, nem preciso ver o resultado. Mas já você que não acredita, toma. Veja com seus próprios olhos. Vou pegar dois refrigerantes enquanto você olha aí.

Assim que Derick se afastou eu abri o envelope com os resultados e após analisar todos, constatei que Derick estava errado. Não estava tudo bem, a verdade é que ele estava com um tumor no cérebro, não sabíamos ainda se era benigno ou maligno, mas a doença inspirava cuidados. Fiquei desesperada, sem saber o que fazer, mas ao vê-lo voltar todo sorridente, não tive coragem de falar nada a ele, sorri de volta e fiz de conta que estava tudo bem como ele mesmo havia dito.

A volta para casa foi silenciosa, mas dentro daquele carro, eu tomei uma decisão que definitivamente me afastaria da felicidade. Eu ficaria ao lado de Derick ao menos como amiga até ele se recuperar, e durante esse tempo, me afastaria completamente de Justin, para não magoar Derick, porém eu precisava falar isso a Justin pessoalmente, então deixei Derick em casa e disse a ele que eu iria passar no banco rapidamente, quando na verdade eu iria para o flet me encontrar com Justin.

Esperei por Justin no flet durante alguns minutos, mas ele chegou na hora certa:

- Ah Kate, que saudades!  

Sentir os braços de Justin a me envolver me proporcionou paz e eu pude relaxar com aquele abraço. Então olhei para ele e sorri melancolicamente.

- O que foi, Kate? Porque você está triste?

- Nós precisamos conversar.

- Estou aqui para isso, o que foi?

- Como sempre apressado... Justin, você sabe que eu amo você com todo o meu coração, não sabe?

- Do mesmo jeito que eu amo você?

- Uhum...

- Você veio aqui só me dizer...

- Nós não podemos ficar juntos.

- Como assim?

- Hoje eu descobri que o Derick está doente. Ele fez alguns exames e estes constataram que ele tem um tumor no cérebro. Eu não sei se é benigno ou maligno, mas nós sabemos que é algo que inspira cuidados.

- E?

- E diante da situação eu não posso deixar o Derick sozinho. Justin eu preciso ficar com ele, mesmo que não haja mais nada entre nós e não há, mas eu preciso ficar ao lado dele.

- Eu não acredito que você está desistindo de nós só pra ele não morrer sozinho!

- O Derick não vai morrer!

- Que seja! Eu não admito que você deixe de estar ao meu lado pra virar enfermeira de um doente!

- Eu é que não admito ter me apaixonado por um pirralho sem compaixão!

- Talvez você tenha razão... Mas o pirralho aqui acabou de ter o doce roubado!

- Você é tão idiota que prefere brincar numa situação dessas do que me levar a sério, não é? Pois saiba de uma coisa, eu amo você, mas estou com pena de Derick, ele é uma pessoa maravilhosa e eu não posso abandoná-lo agora, é uma questão de solidariedade!

- Ele não é nenhum miserável, Kate!

- Você é tão infantil a ponto de não entender algo óbvio? Justin, se ele souber o que ele tem ele me falará que não quer ficar sozinho! Como você acha que vou agir diante disso?

- Vai ficar com tanta peninha que vai acabar na cama com ele...

- Eu poderia esbofetear você, mas quer saber? Você pode ter razão... Eu percebi que nesse momento eu transaria sim com o Derick mais uma vez, mesmo sem amá-lo, só transaria por transar. Afinal, eu já não fiz isso com o Mathew? Eu percebi, Justin, que eu não presto! Eu não presto! E mais uma coisa... Tanto o Derick quanto o Mathew são mais homens que você. – Me aproximei de Justin e sussurrei com desdenho. – São melhores de cama que você... Falo sério...

Sai aos prantos de lá e percebi que era verdade o que eu havia falado. Tirando a parte de o Mathew e o Derick serem mais homens e melhores de cama que o Justin, todo o resto era verdade. Podem achar o que for de mim, mas eu não sei se eu resistiria a um pedido de Derick naquela situação... Eu não agüentaria, eu mentiria, eu faria o que fosse preciso para ele ficar feliz... Não era amor, muito menos atração física, mas era um sentimento mais forte que eu mesma.

- Kate! Kate! Volta aqui, vamos conversar com calma!

Justin me alcançou e segurou-me pelo o braço.

- Mil perdões, por favor, perdão! Eu não quis falar aquilo. Vamos voltar a conversar, sim?

- Eu não quero ouvir mais nada. Você não vai me convencer. Mais uma vez, eu te amo com tudo o que há em mim, mas eu não vou deixar o Derick sozinho, eu não vou! Eu faria qualquer coisa para não vê-lo nesse estado, qualquer coisa!  E é por isso que definitivamente eu estou acabando com tudo o que há entre nós, porque eu não quero magoar o Derick, nunca quis, quero menos ainda agora...

Me desvencilhei de Justin, mas ele me abraçou por trás e beijou minha nuca.

- Então... – Ele virou-me para si. – Me deixa te amar agora, só agora, pela última vez?

O abracei forte e me deixei ser guiada por ele para dentro do flet. Ele me deitou cuidadosamente no mesmo sofá que havíamos feito amor pela primeira vez.

Justin se ajoelhou entre minhas pernas e tirou a própria camisa. Sentei-me no sofá e comecei a retirar minha roupa, com os olhos fixos nele, enquanto o mesmo acabava de tirar as últimas peças de roupas que restavam entre nossas peles.

Deitamo-nos novamente, totalmente despidos agora. O abracei forte e ele correspondeu, como se quiséssemos guardar aquele toque como um pedaço de nós para sempre. Era curioso, eu queria chorar.

Meu corpo tornou-se como o de uma marionete que era comandada por ele, então eu estava pronta para recebê-lo dentro de mim, e assim Justin o fez.

Movimentos suaves, leves, vagarosos e os nossos olhos conectados, assim como nossas almas.

Quando chegamos ao ponto máximo do prazer, Justin logo adormeceu, olhei para ele mais uma vez e beijei a ponta de seu nariz. Vesti-me rapidamente, deixei a chave do flet ao lado de um bilhete em que escrevi:

“Foi tudo maravilhoso. O seu toque e os seus beijos sempre estarão em minha memória e até mesmo em meu corpo. Quero apenas lhe pedir que não me procure mais, por favor.

                                                                                              Com todo o meu amor, Kate”

Sim, foi a última vez, mas seria eterna em mim, pra sempre.

Sai de lá triste, ainda era cedo, Derick não desconfiaria de nada. Quando cheguei em casa, Derick estava sentado no sofá com a cabeça jogada para trás, o olhar perdido... Me aproximei mais, ficando em frente a ele e percebi que o mesmo  estava chorando.

- Derick, o que foi?

Não obtive resposta, senti apenas os braços dele circundarem minhas pernas e as lágrimas dele molharem o tecido de minha calça.

- Meu Deus, diga... – Olhei para o papel ao lado de Derick no sofá. O resultado dos exames. – Oh Derick, você viu...

- Porque você não me falou logo, Kate?

- Para quê? Para deixá-lo assim? – Passei as mãos carinhosamente pelos cabelos loiros escuros dele.

- Não quero morrer, Kate! Santo Deus, não quero morrer!

Desfiz o abraço e me sentei ao lado dele, trazendo o rosto dele com as mãos para mim, para que ele pudesse me olhar.

- Olhe para mim. – Segurei as mãos dele tentando passá-lo segurança. – Você não vai morrer, ouviu? Não vai! Nós nem sabemos direito o que é isso, há uma solução! Vai ficar tudo bem, dará tudo certo.

- Eu é que sempre falava isso pra você...

- Mas agora eu tomo suas palavras para mim, aliás, para você mesmo. – Sorri.

Ele abaixou a cabeça e disse baixinho: ‘’ Não quero morrer sozinho...”.

- Nem morrer e nem sozinho. – Levantei o queixo dele com um dedo.

- Eu sei que você não me ama mais, ou seja, estou só.

- Você tem seu irmão...

- Eu quero você, Kate. Só você pode tirar minha solidão e me amar do jeito que eu te amo.

Diante daquilo, o que eu poderia dizer? Eu tinha que estar ao lado dele...

- Eu amo você, Derick. É claro que amo.

- E porque eu não vejo isso nos seus olhos e nas suas ações?

- E o que você quer que eu faça para provar que te amo?

Derick se aproximou de mim devagar e quando sua mão alcançou minha bochecha e a acariciou, ele encostou os lábios nos meus, ele beijou-me, mas eu me afastei lembrando do que Justin havia falado a mim: “Vai ficar com tanta peninha que vai acabar na cama com ele...”.

- Não disse... Tudo bem, Kate. Boa noite.

- Derick, espera!

- Oi?

O virei para mim e o beijei. Tentei parecer o mais verdadeira possível, talvez eu tenha conseguido, afinal, Derick beijou-me de volta, e mesmo que eu me sentisse horrível por aquilo acontecer já que eu não o amava, mas estava com dó dele, acabamos fazendo amor. Fazer amor? Sem prazer, sem amor, aquilo não era fazer amor.

Acordei pela madrugada depois de termos feito amor, e olhei para Derick deitado ao meu lado na cama. Costas bem definidas, músculos tão aparentes que chegavam a saltitar enquanto ele dormia... Segurei o lençol envolta de mim e me levantei da cama. O observei mais uma vez: o rosto de Derick naquele momento nem ao menos apresentava palidez, ou estava abatido, nem tinha cara de doente. Não aparentaria doença agora, afinal, estava na fase inicial da doença que talvez fosse mesmo coisa pequena e não preocupante.

Naquela noite eu não dormi... Minha vida estava da mesma forma que antes, ainda pior: com um homem que eu não amo doente, separada de Justin talvez pra sempre e algo me dizia que ainda viria mais... O pior estava por vir...

Para distrair Derick, resolvi passar um dia inteiro na casa de Dave e Angelina, com todos os amigos reunidos:

- Dave, que churrasco podre é esse? Tô até com enjôo!

- Não, o Dave não faz bom churrasco, Kate, mas esse está bom sim, eu estou gostando!

- É suspeito o que você diz, Angelina.

- Mas eu não sou suspeita para falar, Kate. O churrasco está ótimo.

- Sempre desconfiei que você era afim de Dave, Marie.

- Eu tenho um ótimo bofe, querida.

- Nossa, não estou suportando, acho que vou...

Saí correndo para o banheiro e vomitei, sendo que eu não havia posto um pingo de comida na boca o dia inteiro, nem café eu havia tomado!

- Está tudo bem, Kate? – Perguntou Dayse preocupada.

- Melhor agora, mas ainda estou enjoada.

- Enjôo é? Há quanto tempo?

- Há umas três semanas eu acho. Por quê?

- Esquece, pensei besteira...

- Pensou o que?

- Que você poderia estar grávida, imagina?

- Grávida?

- Só se fosse do vento né? – Deus meu! E agora? - Do vento, Kate? Responde! Não me diga que...

- Santo Deus! Há três semanas atrás Derick e eu... Você sabe!

- Mas você disse que não o amava mais!

- E não amo!

- E porque foi pra cama com ele?!

- Você sabe que ele está doente, ele falou umas coisas e...

- Você ficou com peninha e transou com ele, isso?

- Isso...

- Ótimo, você está grávida dele! Agora, você não o ama e sabe muito bem que o resultado da biópsia pode ser positivo para... Você sabe, é horrível, mas é a realidade.

- Derick não irá morrer!

- E se morrer? Vai criar esse filho sozinha? E se reatar com Justin e ele não quiser filho de outro?

- Olha, provavelmente nenhuma dessas coisas vai acontecer até por que... Eu nem sei se estou grávida!

- Tiraremos a prova dos nove... Vem!

Fomos até o quarto de Angelina e encontramos alguns testes de gravidez de farmácia, mas ela chegou ao quarto:

- Então vocês descobriram!

- O que, Angelina?

- Descobriram que estou grávida!

- Está?

- Estou, ainda não sabe? Pensei que soubessem... – Ela apontou para os testes de gravidez.

- Ah isso? Pensei que fossem absorventes. – Mentiu Dayse.

- Tem na outra gaveta.

- Mas que história é essa de gravidez, Angel?

- Kate, minha amiga, descobri há pouco tempo! Estou completando hoje dois meses de gravidez, por isso a churrascada, para comemorar e para anunciar a todos, inclusive a Dave, que estou grávida!

- Nem ele sabe?

- Não, quero fazer a surpresa hoje. Dayse, não me convenci. Acaso suspeita estar grávida?

- Não é a Dayse...

- Kate, não me diga...

- Eu acho que estou grávida.

- Do Derick?

- Sim.

- Santo Deus, você não o ama e ele está doente, isso não é momento para ter filhos com toda a certeza!

- Eu sei, eu sei! Mas e agora?

- Tenha a confirmação. Faça o teste. – Disse Dayse me entregando o teste de farmácia.

Fui ao banheiro e após fazer o procedimento, reconheci o que aquela linha azul queria dizer. Sai do banheiro e mostrei o teste às meninas.

- Grávida? Você está grávida?

- É o que o teste diz...

- Pode ser que tenha dado errado. Isso acontece com testes de farmácia.

- Seria pior se fosse de outro, né? – Disse Dayse tentando me tranqüilizar, mas aquilo me fez lembrar de algo.

- E se for?

- Quê?

- No mesmo dia que eu e Derick... Eu e Justin também...

- Não fala mais nada! E se for do Justin, Kate?

- Eu não direi, não posso preocupar Derick.

- Você está sendo insensata!

- Sensatez? Querida, nem sei mais o que é isso! De duas coisas tenho certeza: seja de quem for esse bebê, eu o terei. E segundo... Eu vou ficar com Derick. Ele precisa de mim, está doente e precisa de mim!

- Você não o ama e pode estar grávida de outro! Raciocine!

- Também já não sei o que é isso...

Saí do quarto apressada e voltei ao local da festa um pouco nervosa. Eu e as meninas fizemos de conta que nada havia acontecido, então Angelina deu a notícia de sua gravidez e ela e Dave festejaram o primeiro filho.

No dia seguinte fui ao médico e confirmei minha gravidez. Enquanto voltava para casa dirigindo,estive tão nervosa que mal controlava o volante... Como eu contaria a Derick que eu estava grávida? E se o bebê fosse realmente de Justin, o que eu faria? Pior que isso, e se a doença de Derick fosse terminal, como eu cuidaria dele e do bebê? O que seria de mim, agora? A idéia de felicidade já havia ido embora, mas mesmo assim, eu não queria sofrer para sempre.

Ao chegar em casa esqueci  o resultado do exame de gravidez ao lado da minha bolsa na cama, e quando voltei do banheiro, Derick tinha um enorme sorriso no rosto e segurava o exame com uma das mãos e ao ver-me o balançou e perguntou:

- Meu amor, você está grávida?

- Eu...

- Posso abrir?

- Claro...

Derick abriu e ao ver o resultado exultou de alegria:

- Vamos ter um filho, Kate! Sou o homem mais feliz do mundo, querida!

Derick me abraçou. Deus, como eu poderia magoá-lo? Mesmo que eu construísse a felicidade dele com mentiras, ainda assim, valeria à pena, contanto que ele tivesse aquele sorriso no rosto em vez de lágrimas por medo da morte... Já era o bastante.

Ele prometeu dar uma festa para anunciar a gravidez a todos e eu concordei. Então o dia da festa chegou e Derick recebia todos os convidados com alegria, enquanto eu terminava de me arrumar no quarto.

Era dia 2 de Agosto, sábado. Naquele dia eu completava três meses de gravidez.

Eu sabia que com três meses de gravidez eu com certeza ainda não teria barriga, mas mesmo assim me olhei de lado no espelho e constatei que eu não tinha nem sinal de um barrigão de grávida... Que inveja de Angelina! Ela já estava no quinto mês de gestação e já tinha uma barriguinha saliente, além de que estava totalmente feliz ao lado do marido que pensava estar ganhando um sobrinho e um filho quase ao mesmo tempo. “Pensando” sim! Eu ainda não tinha certeza se Derick era realmente o pai do meu bebê, havia grandes chances de Justin ser o pai. E era isso uma das coisas que mais me afligiam e me deixavam triste. Enquanto outro casal festejava o primogênito com grande alegria, eu parecia estar odiando ter aquela criança. Feliz eu realmente não estava, mas confesso que imaginar segurar o meu bebezinho no colo não tinha preço... Mesmo com tantos problemas eu amaria ter aquela criança... Mesmo que enfrentando barreiras enormes eu teria o meu bebê e seria feliz ao lado dele. Foram com esses pensamentos que deixei o quarto e desci as escadas para a sala onde estava acontecendo a festa, mas fiquei imóvel ao ver quem acabara de chegar: Justin Bieber estava na porta com os olhos fixos em mim e eu não conseguia parar de encará-lo. Mas saí de meu transe e acabei de descer as escadas e fui cumprimentar o restante dos convidados.

- Kate! Kate!

- Oi, Dayse! O que foi?

- Acabei de sair do hospital. O resultado do teste de DNA que você fez saiu. - Disse Dayse séria.

Aquilo foi como uma punhalada em meu coração. Minha respiração acelerou, meu coração disparou. Fazer aquele exame foi algo tão tenso para mim que acabei esquecendo do resultado. Além de todo o estresse que já habitava em mim, receber a notícia de que fazer aquele exame enquanto meu bebê estivesse dentro de mim era perigoso para ele me deixou pior ainda. Porém era de extrema necessidade e depois de lutar muito atrás de um médico que aceitasse fazer o exame nessas condições, nós conseguimos fazer o exame com um fio de cabelo de Derick e nada aconteceu com meu bebê. Ele ainda está bem dentro de mim.

- você já abriu?

- Não, trouxe para você mesma abrir.

Peguei o envelope e o abri. Se parecia uma punhalada antes, agora eu sentia como se houvesse ido mais fundo e eu estava à beira da morte. O resultado era negativo, ou seja, o pai daquela criança não era Derick e sim, Justin. De repente senti-me tonta e quase perdi o equilíbrio:

- Kate, você está bem?

- Só um pouco tonta, vamos para o quarto.

Eu e Dayse fomos para o quarto e eu só me sentia pior ainda por apenas lembrar do tamanho do meu problema.

- E o que você vai fazer agora?

- Dayse, eu não sei... Juro que não sei...

- Minha amiga, fique calma, não chore! Eu sei que é difícil, mas se quer saber, eu te apoio em qualquer decisão.

- Até se minha decisão for continuar ao lado de Derick mesmo que este filho seja do Justin?

- Até assim...

- Filho do Justin?

- Derick?!

Não era possível! De uns tempos para cá, tudo o que eu tentava esconder de Derick era descoberto por ele! O resultado dos exames dele, o resultado do teste de gravidez e agora a paternidade do meu bebê! Santo Deus, o que seria de mim agora? Ou pior, o que seria de Derick? Ele havia descoberto minha traição a ele, havia descoberto que não era pai, algo que o deixava tão feliz e ainda por cima estava terrivelmente doente! O que eu faria, o que eu faria? E se Derick tivesse uma reação ruim ali no meio de todos ou, e se Derick tivesse um ataque de dores de cabeça ou tontura como costumava acontecer desde a descoberta daquela doença? Eu não suportava mais, não mais!

- Como assim filho do Justin, Kate?

- Derick, você ouviu errado...

- CALA A BOCA, DAYSE! VOCÊ NÃO TEM NADA HAVER COM ISSO!

- Dayse, me deixe sozinha com ele e tranque a porta, por favor.

- Não vou te deixar sozinha com ele! Derick já fez coisas horríveis por ciúmes sem fundamentos, imagine agora que há!

- Dayse, por favor, não quero que sobre pra você, vá embora!

- Tudo bem. - Dayse saiu de lá com o olhar mais triste que eu já a vi ter.

Para ver foto, acesse:

http://desktopbetty.com/katy_perry_wallpaper/KatyPerry2.jpg

Assim que Dayse saiu, Derick me segurou com força pelos os braços, e me balançando perguntou:

- RESPONDE! QUE HISTÓRIA É ESSA DESSE FEDELHO SER O PAI DESSA CRIANÇA QUE ESTÁ NA SUA BARRIGA?

- Você ouviu errado, eu juro! – Eu já chorava de desespero. Derick estava me machucando e de tão agressivo, me assustando.

- Fala a verdade...

- O Justin é o pai do meu bebê... – as palavras saíram como um sussurro.

- SUA VADIA, VOCÊ ME TRAIU!

Derick me jogou com tanta força na cama que senti minha espinha doer. Ele nunca esteve tão agressivo e eu nunca me senti com medo dele, eu até o enfrentava, mas naquele momento, aquele não era Derick, era um monstro.

- Me escuta, por favor! – As lágrimas saiam involuntariamente. – Eu nunca traí você realmente. É que desde que eu conheci Justin, nós nos apaixonamos e agora eu o amo. Derick, eu só estou aqui com você por sua doença, pois quando eu pedi aquele tempo foi porque eu imaginei que você não me daria a separação facilmente, por isso eu decidi que fugir talvez fosse melhor. Então todo o tempo que eu passei longe daqui, eu estava com Justin, porém eu já havia me separado de você e estava com ele. Mas o Dave pediu para que eu voltasse, e eu aceitei por pena de você, tanto é que com todas as suas investidas eu fazia de tudo para nunca mais ter relação de mulher e homem com você, e mesmo morando com você, mas sem viver como sua esposa realmente eu nunca te traí, nunca! Até quando eu descobri sua doença e fui atrás de Justin para acabar tudo com ele, porém nós acabamos fazendo amor, mas mesmo assim, avalie bem, eu não vivia com você como sua mulher, apenas como uma amiga que não queria te abandonar, nunca foi uma traição! Derick, não tenho culpa! Eu quis me separar de você, mas você não permitiu! Fez loucuras e acabou me fazendo ficar com pena de você e agora com essa doença, mas eu não te amo mais, eu não te amo mais!

Derick esbofeteou meu rosto. Eu não merecia aquilo...

- Você... – Derick cerrava os dentes. – é uma vagabunda! Não me traiu é? Quando eu te conheci, Kate, você era apenas uma interiorana pobre e sem educação, mas mesmo assim eu te amei e transformei você numa das mulheres mais prestigiadas do mundo, mas você é tão baixa, tão baixa que trocou o meu amor por uma aventura com um fedelho idiota! Mas você não me traiu não é? Pena de mim? Sua burra, tudo o que eu fiz foi planejado pra te manter ao meu lado... Eu forjei essa doença com o doutor Archer, estou mais saudável do que você mil vezes!

- Derick, por favor...

- Mas... – Derick apertou com a mão meu queixo e me obrigou a beijá-lo. – mesmo assim, eu te amo, te amo mais do que minha própria vida! Eu iria até o inferno por você, aliás, eu estou no inferno por você... Porém, eu não posso aceitar você com essa criança, Kate...

- O que isso quer dizer?!

- Que você vai ficar comigo pra sempre, mas essa criança, filho de outro, vai morrer dentro de você...

- Você é um monstro!

- E você é a minha maior obsessão...   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo, fique ligado: a verdade por trás da obsessão, a tristeza de Justin e o início de uma nova vida.
P.S: No capítulo 7 foi prometido "Selena é fofoqueira", só que quando escrevi o oitavo capítulo não ficou muito óbvio isso. Mas quem conta ao Derick que Kate e Dayse estão no quarto conversando algo particular é a própria Selena.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Diário de Kate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.