O Diário de Kate escrita por Yass Chan


Capítulo 10
Capítulo 8 Início dos Problemas-Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, mais uma parte da história!


Capítulo com fotos. Total de fotos: 3.



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As coisas para todos se acertavam, mas para mim pioravam. Minha convivência com Justin me fez perceber que eu nunca amei, mas que com ele eu estava aprendendo o que era amor e como senti-lo. Tive a certeza que ainda erraria muito, mas quando se aprende, errar não é pecado. Decidi que eu não trairia mais Derick, afinal, depois de dois beijos eu tive a certeza que eu não conseguiria mais controlar os meus sentimentos por Justin, então preparei-me para pedir o divórcio, não que eu não ligasse pra o que Angelina falou, mas eu não podia mais viver longe de Justin. Ninguém sabia de minhas decisões, nem Justin, por enquanto, apesar de nos amarmos, nosso relacionamento se resumiria a amizade, até estarmos totalmente livres um para o outro. Só precisávamos de auto-controle e tempo... 

Mas, eu havia tomado uma decisão, e teria que terminar meu casamento com Derick de qualquer jeito:

- Acho que esse quadro ficou melhor, não acha querida?

- Sempre adorei a decoração dessa casa.

- Ah, mas eu quis inovar, pôr um novo quadro... Você não gostou?

- Está perfeito, querido. Derick, podemos conversar por um minutinho?

- Claro, Kate, vamos pro escritório.

Ao chegar ao escritório, Derick sentou no sofá aconchegante que havia lá e eu me assentei ao seu lado.

- Sobre o que você quer conversar?

- Você é um homem maravilhoso e eu gosto muito de você. Derick, você não tem noção do quanto me sinto bem perto de você, na verdade, me sinto protegida, segura... Você só me causa coisas boas.

- Me sinto estupidamente feliz por isso, meu amor. Você me causa isso e muito mais... Eu te amo, você é tudo pra mim!

O sorriso de Derick e a confiança dele em mim só piorava as coisas. Como eu poderia deixá-lo? Mas também, como eu poderia continuar ao lado dele amando outro?

- Eu agradeço por tudo o que você fez por mim e agradeço pelo o seu amor, mas...

- Onde você está querendo chegar, Kate? O que significa isso? Uma despedida?

- Não! – Sim, era a minha chance de ser feliz, mas eu não tinha coragem de magoar Derick daquele jeito, então, pedi um tempo apenas. – Eu só quero... Só quero um tempo... – As últimas palavras foram pronunciadas enquanto eu estava de olhos fechados.

- Tempo?! Tempo para quê?! Kate, isso é o mesmo que me deixar!

- Claro que não! Derick veja pelo o meu lado! Tudo é novo para mim agora que eu estou trabalhando longe de você e eu acho que preciso de um tempo pra organizar as coisas na minha cabeça, é só! Não vou deixar você!

- Isso nunca aconteceu antes... Kate, você gosta de outro?

- Não é isso! – Menti. – Não tem nada haver!

- Então não me deixe...

As palavras de Derick saíram como um sussurro e o modo como ele disse me abalou muito, pois até lágrimas escorriam de seus olhos.

- Não chora, Derick... Assim é impossível! Escuta, só é um tempo, e eu juro, juro, que nunca vou te deixar eternamente...

- Pra quê um tempo?

- Já expliquei...

- Não faz sentido! Por trabalho? Eu que digo que não tem nada haver!

- Derick, se eu não colocar minha vida no lugar, se eu não me sentir bem, como eu poderei te fazer feliz? Você só me quer ao seu lado como uma boneca sem vida e sem alegria? Olhe só para nós dois! Há tempos que não fazemos amor!

- Sexo é o que menos importa, Kate!

- Mesmo assim, você só me quer ao seu lado como uma coisa qualquer sem vida? Eu já disse que não me sinto bem, estou confusa, Derick, não estou feliz! Por Deus, não vou me separar de você, só quero um tempo!

Derick respirou fundo e eu obtive uma resposta:

- Tudo bem, mas você promete voltar?

- Prometo. – Talvez eu estivesse mentindo, mas só havia aquela forma de convencê-lo.

- Vou esperar você.

Derick se aproximou de mim e nos abraçamos.

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Só Deus sabia o quanto eu estava me odiando por estar fazendo aquilo com ele, porém, não havia outro jeito.

Arrumei algumas coisas e fui para a casa da minha tia. Como o combinado, Derick não me procurou e eu passei alguns dias longe da minha antiga vida. Naqueles dias eu pude refletir e só estava mais claro que meus sentimentos por Justin eram reais e extremamente fortes.

Na noite do dia primeiro de Abril, eu e Justin jantamos juntos no flet que eu havia alugado por um tempo. Eu mesma convidei-o para jantar porque eu pretendia contar a ele sobre meus planos. Iria dizer que o amo e que apesar de Derick achar que aquilo era só um tempo, a verdade é que eu já havia o deixado e só estava me preparando para dizer isso a ele, pois eu já havia feito minha escolha, a minha escolha era Justin.

- Fiquei surpreso quando você me convidou para jantar. Na maioria das vezes sou eu que procuro você. - Disse Justin sorrindo. Naquele dia ele estava especialmente lindo.

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- As coisas mudam, certo? Mas não é só isso, tenho algo para te falar.

- Bom ou ruim? Tudo bem que a gente tá junto de novo, como amigos e é por isso que não quero notícias ruins entre nós.

- Não, é uma ótima notícia... Pelo menos eu acho.

- Vai, Kate, fala logo!

- Eu me separei do Derick.

- Repete.

- Eu me separei do Derick.

- Eu ainda não tô acreditando! Fala sério, por favor!

- Meu amor, eu estou falando! Eu disse a ele que é só um tempo e que eu vou voltar, mas isso é só pra ganhar tempo porque eu não sei como ele vai reagir, porém, a verdade é que... Eu amo você e estou livre pra nós dois.

- Ah Kate, isso é real? Você não sabe o quanto eu sonhei com isso, não sabe o quanto eu quero isso! Eu quero ser seu pra sempre... Pra sempre!

Justin praticamente pulou em cima de mim e me beijou. Era o melhor beijo da minha vida. Realmente eu era dele e ele era meu, já que ele já não estava mais com a Selena e eu também não estava mais com Derick. Estávamos livres para ser felizes e nos amar muito.

- Apressadinho, vai com calma...

- Calma por quê? Nós nos amamos!

- Calma porque nós temos todo o tempo do mundo. Não precisamos correr no tempo... Vamos aproveitar cada segundo.

- Concordo. Vamos aproveitar cada segundo.

Justin segurou minhas mãos e me levantou devagar da cadeira onde eu estava sentada. Ele me guiou de forma suave até o sofá e de repente soltou minhas mãos, fazendo-me desequilibrar e cair deitada no sofá.

- O que você pretende?

- Você não tem idéia...

Justin deitou-se por cima de mim e deslizou beijos macios em meu pescoço.

- Até parece que você tem experiência com isso.

- Como é que é, gatinha?

- Você é virgem, não é?

- Não mesmo.

Justin voltou a beijar meus lábios e passou a mão discretamente em meu ombro, afastando o tecido que o cobria.

- Tem certeza?

- Eu te amo, Kate. – Justin até parecia irritado. Ou, apressado.

Minhas mãos que há pouco estavam enroscadas no pescoço de Justin deslizaram para seu peito. Era curioso já que o peito de Derick era musculoso e eu já estava acostumada, mas o de Justin não era um terço do que era o peito de Derick, porém, era aquele garoto de olhos cor de mel que eu amava com todo o meu coração.

Justin pôs as duas mãos em meus ombros e abaixou as mangas da blusa, acabando de tirá-la em seguida. Naquele momento pude sentir o exato toque das mãos de Justin contra a minha pele e era delicioso. Ao sentir que ele desceu os beijos para minha barriga não pude conter um suspiro e senti que instintivamente minha barriga se contraiu. Fechei os olhos para absorver melhor aquele momento e deixei que Justin me guiasse... Eu tinha certeza que ele não era mais virgem, eu só gostaria de saber com quem ele perdeu.

Justin tocou minha cintura com força e puxou o tecido jeans de minha calça com a boca, olhando com um sorriso malicioso para mim. Confesso que aquilo talvez até tenha me deixado sem jeito, por isso pus as duas mãos no rosto, cobrindo-o enquanto um sorriso sem jeito brotava. Percebendo isso, Justin ficou de joelhos no sofá e ainda sorrindo desabotoou minha calça.

Acho que eu nunca havia vivido um momento tão íntimo, excitante e sexy em toda a minha vida. Era o cara que eu amava, de uma maneira que eu nunca imaginei que ele poderia estar: fazendo amor de uma maneira meio safada, num cenário escuro, iluminado apenas pelas as velas da mesa de jantar, e o lugar onde estávamos “namorando” era o sofá da sala de um flet apertadinho que eu havia alugado. Realmente? Aquilo estava sendo extremamente bom.

Justin puxou minha calça de forma rápida e brincalhona. Em um momento, eu já estava apenas de roupas íntimas e extremamente excitada com aquela situação. Justin deitou-se sobre mim novamente e agora sua costa estava arqueada, pois ele encostava seu membro em minha intimidade, enquanto seu peito estava levantado. Levantei uma perna e fiquei um pouco mais aberta para senti-lo melhor, enquanto passava as mãos devagar nas costas dele. Os beijos se aprofundavam, e puxei a camisa de Justin, fazendo com que ele a tirasse por completo. Distraídos com as carícias, acabamos por cair do sofá apertado nos espatifando no chão. Desatamos a rir:

- Acabou o clima, né?

- Pra mim não.

Justin me tomou nos braços novamente e dessa vez eu estava por cima. Tirei o cinto dele, em seguida, a calça e lá estávamos nós... Na maior pegação e só de roupas íntimas. Eu já não vivia um momento feliz há tanto tempo. Deus, eu não amava há tanto tempo...

Eu estava com as pernas enlaçadas nele e estávamos deitados de lado, nos beijando. Eu podia sentir a excitação dele... Eu podia sentir que o que estava por debaixo da Box preta, na verdade, era bastante volumoso. Novamente, ele ficou por cima e distribui beijos por todo o meu corpo, retirou o sutiã e passou minutos distraído com meus seios, me arrancando suspiros e gemidos até mesmo altos. O fiz retirar logo qualquer tecido que atrapalhasse o total contato entre nossos corpos, fazendo-nos ficar totalmente despidos.

Em um movimento rápido, fiquei por cima de novo, pus-me de costas para Justin e me sentei em sua barriga, inclinando minha cabeça para a frente e sugando a intimidade dele em movimentos rápidos de vai-e-vem.

- Oh Kate... Ahh...

- Você que não tem idéia. Para quê foi brincar com fogo?

Com volúpia e luxúria, Justin me pôs em seu membro de uma vez. As penetrações eram profundas e rápidas, e a cada vez que ele ia mais fundo, eu jogava a cabeça para trás só para senti-lo melhor.

Depois de uma noite quente e totalmente excitante, tomamos banho juntos e fomos dormir, já pela madrugada.

Na manhã seguinte, acordei por volta das dez e levei café na cama para o dorminhoco que nem fazia menção de acordar. Resolvei despertá-lo de um jeito mais brincalhão, por isso me aproximei de seu ouvido e dei um gritinho estridente:

- PELO O AMOR DO CABRITO SEM PÊLO, O QUE TÁ ACONTECENDO?

- Nada, seu bobão e não grite. Pode incomodar os vizinhos.

- O que diabos te fez gritar no meu ouvido tamanha dez horas da manhã?! Não faz bem assustar assim uma pessoa que dorme.

- Ah eu só quis brincar um pouco... Vai ficar com raiva de mim, vai? – Perguntei séria.

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- Pensei que a gente tinha brincado bastante ontem à noite.

- Palhaço!

- Só não fico com raiva porque você deu um espetáculo ontem, só por isso!

- Tá muito enxerido, sabia? Come logo antes que eu perca a paciência!

- Já me arrependi de estar apaixonado por você. Não suporto mulher mandona. – Disse Justin sarcástico.

- Humpf... Eu que odeio homens sarcásticos.

- Chega, se não você acaba ficando com raiva de verdade. – Justin se aproximou e me deu um selinho. – Eu te amo Kate Mars.

- Mars? Nada disso. Meu sobrenome é Clarckson. Kate Clarckson.

- Logo, logo será Bieber. Kate Bieber.

Longos e felizes dias se passaram. A minha vida com Justin virara uma deliciosa rotina. Quando ele estava em casa comigo, nós assistíamos desenho animado, anime, líamos mangás, assistíamos a filmes de terror e pela madrugada, fazíamos amor ou fazíamos qualquer outra coisa que quiséssemos fazer a qualquer hora. Eu trabalhava, mas os finais de semana eram nossos. Justin dormia muito no flet, e poucas vezes voltava para casa. A mãe dele já sabia que ele tinha uma namorada, mas não sabia quem era, afinal, estávamos planejando o dia no qual Pattie Malette e eu nos conheceríamos. Porém, os dias felizes pareciam ter chegado ao fim, quando eu recebi uma ligação desesperadora:

- Alô? Kate aqui é o Dave.

- Oi, Dave, tudo bem?

- Não, na verdade, tudo está mal.

- Você tá me preocupando, o que aconteceu? Alguma coisa com você, com Angelina?

- Não, é com o Derick.

Engoli em seco. O que estava acontecendo de tão ruim com Derick? Será que era por minha causa?

- O que tem o Derick?

- Vou ser direto, há dias que ele não aparece na empresa, toda vez que vamos até a mansão vemos tudo trancado e por mais que batamos a porta ela não é aberta. A única pessoa que o viu pela última vez foi sua tia na semana passada, quando ela disse a ele que você tinha se mudado para um flet. Desde aí, o Derick desapareceu.

- Você não tá falando sério...

- Estou sim. Kate, Derick desapareceu ou...

- Ou?

- Você já pensou na possibilidade dele ter...

- Não, claro que não. Ele nunca tiraria a própria vida!

- Por você ele tiraria, você sabe que sim! Eu sei que Angelina lhe falou sobre Derick, lhe falou sobre a fissura dele por você!

- Então é minha culpa? Eu tenho culpa por qualquer coisa que tenha acontecido com ele, é isso?

- Claro que não, só que se algo aconteceu com meu irmão é porque ele não vive sem você... Eu sei, assim como ele sabe que você não quer apenas um tempo, isso é uma separação definitiva porque você ama outra pessoa.

- Dave...

- Eu sei que você não tem culpa, mas, por favor, eu não sei o que fazer, estou desesperado... Por favor, Kate, me ajude a encontrar o Derick, ele é meu irmão!

- Tudo bem, estou indo pra sua casa. Só alguns minutos...

- Obrigado, estou te esperando.

- Ok...

Pousei o telefone no gancho e percebi que eu tremia. Só a mínima idéia de Derick ter morrido por minha causa... Não, aqueles pensamentos estavam errados, Derick estava bem, estava sim.

- Meu amor, o que aconteceu?! Porque você tá tremendo, porque tá tão pálida?! Por favor, me diz o que aconteceu! – Disse Justin se aproximando e segurando em minhas mãos.

- É o Derick... Ele sumiu e...

- Calma, você tá tão fria... Respira.

- O Dave acha que ele...

- Não, o Dave só tá desesperado, com certeza isso não aconteceu. – Justin tentou me acalmar completando a minha fala.

- Eu tenho que ir pra casa do Dave agora.

- Eu vou com você.

- Não! Se eles nos verem juntos eles vão saber que deixei o Derick por você! Eles já desconfiam, pelo o amor de Deus, me deixe ir só!

- Você não está em condições de ir sozinha, eu tenho que ir com você!

- Eu pego um táxi!

- Kate...

- Por favor? Justin... – Meus olhos estavam mareados. – Me deixe ir só...

- Certo.

Peguei minha bolsa e assim que abri a porta para sair, Justin segurou minha mão e me beijou suavemente. Com a testa colada na minha e a ponta de nossos narizes se tocando, Justin me pediu:

- Eu imagino o quanto o Derick deve estar mal sem você, até entendo que você tenha que estar lá agora, mas não se esqueça de mim. Se lembre que eu vou estar aqui esperando o seu retorno e que vou sofrer tanto quanto ele está sofrendo se você não voltar pra mim. Eu te amo.

- Até logo, Justin.

Me desvencilhei de seus braços e sai o mais rápido possível dali. Peguei um táxi até a casa de Dave e ao chegar lá, uma Angelina com o aspecto cansado atendeu a porta:

- Kate! – Ela me abraçou forte. – Minha Kate, que bom que você chegou! Eu nunca vi o Dave tão triste e desesperado, nunca!

- E eu nunca te vi tão mal...

- Se o Dave está mal eu fico péssima.

Foi com aquelas palavras que Angelina me tocou e me fez parar de negar a mim mesma a verdade: eu era a culpada por tudo aquilo. Era a culpada por Angelina estar naquele estado pelo o marido, por Dave estar altamente depressivo pelo sumiço do irmão, que, foi causado por mim. Eu não conseguia me perdoar.

- Por falar em Dave, onde ele está?

- No escritório. Quer ir até lá?

- Eu gostaria.

- Então vamos.

- Angelina...

- Sim?

- Obrigada por me avisar do que Derick é capaz se me perder e mil desculpas por não acatar ao seu aviso. Eu fiz a burrada de deixá-lo e destruí a vida dele, e a de vocês.

- Oh não, Kate! Eu avisei, mas você não errou em ir atrás da felicidade. O erro é todo do Derick por não saber controlar os próprios sentimentos e não seu. E sabe, eu estou um pouquinho feliz por apenas achar que você tá ao lado de quem você ama.

- Como assim?

- Bem, eu não tenho certeza, mas imagino que você passou alguns bons dias ao lado do Justin, não?

- Sim, eu estava com ele.

- Fico muito feliz, minha amiga. Espero que dê tudo certo.

- Eu não sei mais se dará, afinal, eu não sei como tudo vai acabar hoje.

- Posso te dizer uma coisa que eu acho que ninguém te diria agora?

- Claro.

- Confia em Deus. Confia Nele porque Ele não vai te abandonar. Ele está com você agora e sempre.

- Eu sei, eu já entreguei tudo nas mãos Dele. Obrigada, Angelina. Suas palavras com certeza surtiram efeito.

- Vamos até o escritório.

Guiada por Angelina cheguei ao escritório e me encontrei com Dave. Ele era maravilhoso, sim, ele era. Apesar de eu ser a causadora de tudo aquilo, Dave não me culpou, apenas me pediu ajuda e também me ajudou. Era um amigo e tanto...

Já dentro do carro a caminho da mansão Mars, Angelina se pronunciou:

- Eu não tenho certeza, mas acredito que talvez Derick possa estar na mansão trancado. Sei lá, ele poder estar esperando o retorno da Kate.

- Então porque toda vez que vamos lá ele nunca abre a porta? A casa parece estar abandonada!

- Talvez ele não queira atender nenhum de nós, mas quem sabe se a Kate pedir...

- Eu admito que pedi ajuda a ela justamente por isso. Eu não sei, mas tenho uma esperança bem pequenina de que ele pode estar lá sim, e vá atender a voz da Kate. Eu só tenho a acreditar nisso.

Assim que chegamos à mansão, percebi que ela realmente estava toda trancada. Dave e Angelina chamaram, mas de nada adiantou. Resolvi tentar ligar primeiro para ele, e depois de alguns minutos, recebi uma ligação de Derick como resposta:

- Kate é você mesmo?

- Eu sabia que você estava bem. Abre a porta, ou ao menos olha pela a janela... Eu estou aqui na frente da mansão, abra a porta para mim.

- Você vai voltar pra casa agora? – A voz de Derick estava trêmula e apresentava até mesmo desespero.

O que eu diria agora? Eu não queria voltar, eu estava tão feliz com o Justin, porque tinha que ser assim? Resolvi dizer pra ele que eu ficaria com ele, depois eu decidia o que eu realmente iria fazer.

- Vou, estou aqui para isso.

- Você não sabe o quanto isso me deixa feliz...

- Então abre logo a porta!

Vi com uma rapidez inacreditável Derick abrir o portão da mansão. Ele estava abatido, com olheiras enormes e tinha uma barba enorme, que ele parecia não cortar há dias.

- Kate! – De repente um sorriso triste misturado com lágrimas de choro apareceu naquele belo rosto que ainda há pouco estava sem vida. Ele andou mais um pouco e me abraçou forte. O cheiro que exalava dele era de pura bebida e cigarro.

- Derick, quase morri de preocupação! – Pronunciou-se Dave.

- Que bom que você está aqui, Kate... Estava com tantas saudades! Me diga, porque você não estava na casa de Louis? Onde você estava? Porque desapareceu? Eu fiz alguma coisa?

Derick literalmente nem ligava para o irmão e a cunhada que estavam morrendo de preocupação por causa dele.

- Vamos entrar, Derick. Você precisa descansar.

- Não, Dave. Você e sua mulher vão embora agora, pois eu quero ficar sozinho com Kate.

- Como assim?

- Eu quero ficar sozinho com ela. – Os olhos de Derick não desviavam dos meus enquanto ele falava.

- Eu não acredito que você tá fazendo isso! Cara, eu quase morri por sua causa, por estar preocupado com você! Eu sou seu irmão e você simplesmente está me expulsando?!

- Eu já disse que quero que você e Angelina vão embora!

- Se você não sabe, eu lhe direi. Kate nem sabia que você havia se trancado aqui, na verdade, ela estava pouco preocupada com isso. Ela estava longe  e eu que liguei para ela para vir aqui e me ajudar a te tirar da lama!

- CALA A BOCA, DAVE! VAI EMBORA, VOCÊ E SUA MULHER! – Derick havia perdido o controle.

- Derick! Porque você está falando assim com seu irmão? – O repreendi.

- Eles têm que ir embora para nós ficarmos juntos de novo. Você não entende, querida?

- Vamos embora, Dave, depois voltamos. – Disse Angelina para o marido.

- Mas...

- Querido, vamos embora.

Dave se convenceu de que era melhor ir embora e saiu de onde minha visão podia chegar. Derick e eu entramos em casa e me assustei com o que vi: sujeira, bagunça e cigarros e garrafas vazias de bebidas alcoólicas jogadas pela a casa.

- Derick, cadê as empregadas?

- Eu as despedi.

- Como que é?!

- Kate, pra mim nada tem sentido sem você!

- E precisava ter transformado a casa num chiqueiro?!

- Não fique brava comigo, por favor!

- Não estou. Vou ajeitar um pouco as coisas por aqui.

- Não! Fique perto de mim!

- Eu preciso limpar essa casa, não vou ficar num chiqueiro!

- Mas...

- Olha, eu estou aqui, isso já basta. – Soltei meu braço da mão de Derick e fui para o quarto e tranquei a porta.

Derick bateu e eu abri.

- O que foi?

- Não fique chateada comigo...

- Não estou! Derick, você está insuportável, obsessivo! Vamos fazer um seguinte... Vá para o banheiro e me espere lá. Você precisa de um bom banho e precisa fazer a barba.

- Ok.

Assim que Derick entrou no banheiro, passei a chave na porta do quarto por fora e sentei no chão ao lado da porta e... Chorei. Chorei como nunca antes, eu queria gritar, queria sair dali e voltar para Justin, voltar para os braços dele! Eu não tinha dúvidas, Derick mantinha uma obsessão por mim, era enlouquecedor! Ele sempre fora assim, mas essa última separação piorara as coisas... Estava insuportável! Eu não podia ir embora porque talvez ele fizesse uma besteira, então mandei uma mensagem para Justin me desculpando porque eu não poderia voltar para casa naquela noite. Ele não respondeu, mas eu sabia que ele estava magoado.

Engoli o choro e fui para o banheiro tentando de todas as formas disfarçar que eu já não suportava aquela situação com Derick. Ao chegar lá, o vi molhar os cabelos na água que caía do chuveiro... Aquilo só era o início dos problemas.

  


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Notas finais do capítulo

Gente, o próximo cap. é a segunda parte desse, ok? Por isso, não vou colocar o que acontecerá, já que eu disse no cap. anterior.
Esse cap. é enorme, então, provavelmente terá duas ou três partes. No próximo, ou no outro acontecerá as outras duas coisas prometidas no cap. anterior.

Bjão e mil perdões pelo o atraso, até a próxima que eu vou logo dizer que há grande possibilidade de demorar!!



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