Queria Dizer que Te Amo escrita por Kida


Capítulo 19
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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POV Sophia 

O outro lado da linha estava mudo, mas uma parte de mim sabia que possuía outra pessoa que iria falar comigo a qualquer momento. Minha mão tremia cada vez mais e eu podia sentir minha testa ficando cada vez mais úmida. Não é que eu tenha medo da pessoa, mas eu tenho medo do que ela vá me pedir e das conseqüências de seu pedido.

_ Quanto tempo sem ouvi sua voz_ disse a voz do “bruxinho” como Miguel o nomeou.

_ O que você quer de mim?_ perguntei.

_ Está com medo?_ ele me perguntou e eu não o respondi então ele continuou com o seu tom de indiferença_ você não deveria ter medo de mim_ disse rindo_ já que nos conhecemos há tanto tempo. Aliais eu até te peguei no colo quando você era um simples bebê. E devo ressaltar que você era uma menininha muito linda e está se tornando uma linda mulher.

_ Creio que você não tenha me ligado para falar do passado ou como estou ficando_ disse seca e demonstrando impaciência.

_ Você tem razão_ disse rindo_ eu liguei, pois desejo falar com você pessoalmente_ disse cada palavra calmamente.

_ Como assim pessoalmente?_ perguntei com medo de sua resposta.

_ Precisamos ter uma conversa_ disse sério.

_ Juro que não contarei nada do que sei, para ninguém_ disse gaguejando algumas palavras.

_ Eu sei disso_ disse rindo.

_ Então o que você deseja de mim?

_ Em nosso encontro você descobrirá_ disse sério.

_ Eu juro que não contarei, eu só quero ter uma vida normal_ disse sentindo lágrimas escorrendo de minha face.

_ Impossível minha pequena_ do outro lado da linha escutei seu suspiro_ você já faz parte desse mundo. Você foi destinada a esse mundo, e agora é impossível sair dele.

_ O que você quer de mim?_ perguntei secando as lágrima que desciam pela minha face.

_ Respostas que o seu pai não pode dar_ e em minha mente lembranças dele saindo de casa para não voltar nunca mais.

_ Eu devo ir até você?

_ Não_ disse firme_ estarei em Forks mês que vem. No segundo sábado do mês_ depois de suas palavras o telefone ficou mudo.

Assim que o telefone ficou mudo e mostrou que a ligação terminou meus braços ficaram moles então abri a minha mão e deixei o aparelho cair no chão. E deixei as minhas pernas me levarem até a minha cama.

Tudo que eu queria era poder ter uma vida normal, ser uma garota normal. Mas sempre foi impossível ser tal garota já que o meu pai vivia e respirava o sobrenatural. Ele sempre foi apaixonado por esse mundo e com isso mesmo sendo humano ele convivia com o conhecimento sobre o sobrenatural.

E essa paixão doentia que ele alimentou por esse mundo teve o custo de sua própria vida e quem sabe a minha.

Não sei em que parte da noite consegui dormir, mas dormi. Acordei surpresa com o sol invadindo o meu quarto e tia Sue abrindo a cortina da janela.

_ Bom dia dorminhoca_ disse minha tia_ dormiu bem?

_ Bom dia, tia_ disse me espreguiçando_ já tive noites melhores.

_ Bom você perdeu o horário para a escola_ disse tia Sue.

_ E Clarie?

_ Ela já passou aqui. Mas você ainda pode chegar no segundo horário_ disse Sue_ você ainda quer ir a escola?

_ Eu posso ficar em casa?_ perguntei forçando um sorriso.

_ Tudo bem_ disse olhando desconfiada para mim_ vou passar a manhã fora. Você ficará bem sozinha?

_ Ficarei sim, tia_ disse sorrindo.

Assim que ela saiu do meu quarto me levantei fui até o meu closet e separei uma muda de roupa leve para passar o dia e fui para o banheiro fazer minha higiene matinal e tomar um banho.

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Assim que terminei de me arrumar dei uma última olhada no espelho, meu cabelo estava legal. Minha roupa me deixava bem estiliza e o sapato era magnífico.

Quando cheguei à cozinha me sentei em uma das cadeiras da mesa e comecei a me servi já que a mesa estava posta.

_ Mãe_ ouvi a voz de Seth_ mãe_ e logo em seguida ele apareceu na cozinha.

_ Bom dia_ disse pegando a jarra de suco e despejando o conteúdo no meu copo.

_ Bom dia, Soph_ ele disse abrindo a geladeira e pegando o leite_ você sabe onde está a minha mãe?

_ Ela saiu_ disse passando geléia na minha torrada.

_ Você não deveria está na escola?

_ Acordei tarde_ disse com a boca cheia de torrada_ e você não deveria está trabalhando?

_ Folga_ disse se sentando ao meu lado_ Você vai fazer algo hoje?_ perguntou colocando leite em sua vasilha com cereal.

_ Por enquanto nada_ disse olhando para ele.

_ Você poderia sair comigo?_ perguntou sorrindo_ digo dá uma volta por aí.

_ Está me convidando para um encontro?_ perguntei rindo.

_ Não_ disse e logo em seguida tive uma atitude bem madura dei língua para ele já que ele jogou cereal em mim_ é só dá uma volta.

_ Tudo bem_ disse sorrindo_ Como você consegue comer isso?_ perguntei apontando para o serial.

_ Comendo_ disse com um sorriso lindo que fez o meu coração acelerar.

_ Ta neh_ disse dando os ombros.

Terminamos de comer e durante a refeição ignoramos completamente a nossa conversa de ontem à noite.

_Vou escovar os dentes e já voto_ disse saindo da cozinha.

São estranhas essas sensações que sinto quando ele está perto de mim e não sou tonta e sei perfeitamente que me sinto atraída por ele. E sei também que para atração e paixão é apenas um passo e logo depois eu entraria no clube das iludidas e acharei que estou sentindo mais que paixão e sim amor. E logo depois estaria sofrendo por algo que me iludi, o tal amor que trará um coração partido. Mas parece cada vez mais difícil me manter afastada do Seth é como se existisse uma ligação que me levasse para ele.

Assim que terminei de escovar os dentes desci e ele estava me esperando sentado no sofá. E assim que me viu sua boca fechada deu lugar a um belo sorriso.

_ Vamos?_ perguntei.

_ Tem certeza que você vai ficar de salto?

_ Uma garota consegue andar de salto e qualquer superfície_ disse parando em sua frente e colocando a mão na cintura.

_ Se é o que você diz_ disse dando os ombros s se levantando.

_ Vamos nessa?

_Você quer ir a algum local especial?_ perguntou fechando a porta da frente.

_ Vamos ficar um pouco na praia e aproveitar o sol_ disse sorrindo.

_ Então sei o local perfeito_ disse sorrindo.

Era mais que um fato que eu queria ficar um pouco sozinha com o Seth. Não sei o “por que”, mas tem algo nele que me faz eu me senti bem, segura e eu gosto disso. Fomos caminhando em silêncio até a praia e acabamos nos sentando em uma das muitas pedras. Confesso e fiquei escorregando diversas vezes e que tentei mostrar para o Seth que eu estava bem. “Uma garota consegue andar de salto e qualquer superfície” agora me pergunto por que disse isso para ele.

_ Aqui é tão calmo_ disse observando as ondas baterem nas pedras.

_ É um ótimo lugar para se pensar_ disse Seth_ eu vinha aqui quase sempre quando o meu pai faleceu e quando as mudanças ocorreram_ disse pensando alto.

_ Que mudanças?_ perguntei interessada, já que o seu tom de vos mudou quando ele disse mudanças.

_ Da minha vida_ disse se ajeitando e mudando de posição.

_ Como foi para você?

_ O que?

_ Perde o seu pai.

_ Difícil_ disse me olhando_ mas eu tinha a minha mãe, então tudo ficou bom.

_ Eu queria poder dizer o mesmo.

_ Como assim?

_ Minha mãe nem se importa comigo_ disse sentindo a umidade dos meus olhos.

_ Não é verdade.

_ É sim_ disse deixando as lágrimas transbordarem_ ela não está comigo, ela nunca está comigo.

_ Você sente falta dela?

_ Por que eu sentiria?

_ Porque ela é a sua mãe_ disse como se fosse à coisa mais óbvia do mundo.

_ Ela não se comporta como uma mãe_ disse respirando fundo_ acho que ela nunca ser mãe.

Então ficamos em silêncio e eu podia escutar o barulho das ondas, das aves, e senti a doce brisa e o cheiro de maresia trazida pelo mar.

Então a minha mente foi invadida por uma lembrança não mito distante. Eu estava sentada em uma das calçados do cemitério já que o enterro do meu pai havia terminado e a minha mãe me olhava de longe com seu ar de superioridade. Lembro também que ela nem veio falar comigo e assistiu cerimônia e foi embora, ela nem se importou comigo, nem queria saber se eu estava bem ou não.

_ Quer sorvete?_ perguntou Seth.

_ Hã?

_ Vo-cê quer sor-ve-te?_ perguntou falando devagar e separando as sílabas.

_ Pra que?

_ Você quer ou não?

_ Quero_ disse forçando um sorriso.

_ Então vamos.

_ Para onde?

_ Para Forks_ disse me ajudando sair das pedras_ lá tem uma ótima sorveteria.

Fomos primeiro para a casa do Seth para pegarmos a chave de seu carro e fomos em direção de Forks.

A sorveteria era toda rosa por fora e por dentro era totalmente colorida. E ao que parecia o sorvete seria o nosso almoço por causa do horário. Assim que entramos pude ver vários olhares de meninas encimado Seth e isso me incomodou um pouco.

_ Vai querer sorvete de que?_ ele me perguntou me dando um pote para eu poder me servi.

_ Semancol_ disse distraída.

_ Não entendi_ disse sorrindo para mim.

_ Nada não esquece_ disse sorrindo_ quero de morango.

Começamos a nos servi e o pote até que era bem grande e serviria para mim e o Seth. Assim que pesamos e nós nos sentamos eu fiquei analisando o pote.

_ Acho que não vamos comer isso tudo não_ disse olhando para ele.

_ Vai por mim vamos sim_ disse sorrindo.

Começamos a comer e a conversar sobre banalidades. Falamos sobre os meus amigos do Brasil, sobre como era as escolas por lá e ele falou sobre o seu trabalho como advogado, sua vida. E quando dei por mim o sorvete já tinha acabado e estávamos voltando para casa rindo e ouvindo Lady Gaga.

_ Foi o melhor almoço de toda a minha vida_ disse.

_ Sempre é bom mudar o cardápio para sorvete de vez enquanto_ disse sorrindo.

Era tão fácil passar o dia com o Seth, ele conseguia me fazer esquecer todos os meus problemas e isso era tão incrível.

_ O que vamos fazer agora_ abrindo a geladeira de sua casa e pegando uma caixinha de suco e me entregando.

_ Podemos assistir algum filme_ disse subindo e me sentando na bancada da cozinha dele.

_ Agora não_ disse se sentando no meu lado.

_ Alguém em casa?_ reconheci imediatamente a voz e era o Quil_ to entrando.

Então ele apareceu na porta da cozinha e nos olhou meio estranho e então abriu um sorriso meio safado.

_ Não queria incomodar_ disse com o sorriso ainda no rosto.

_ Você não está atrapalhando em nada_ disse descendo da bancada.

_ O que você quer, Quil?_ perguntou Seth.

_ E que o Sam pediu para te chamar_ disse sério.

_ Preciso ir Sophia_ disse descendo da bancada.

_ Tudo bem_ disse forçando um sorriso.

_ Mas tarde vemos um filme_ disse sorrindo_ pode ser?

_ Por mim tudo bem.

Eu fiquei na casa do Seth esperando ele voltar, mas depois de mais o menos uma hora ouvi uivos. E então me lembrei dos transmorfos que possui aqui na região. Não pensei duas vezes e saí da casa para ver se eu conseguia seguir o som.

Quando abri a porta um vento frio atingiu a minha face e eu senti como se tivesse alguém me observando. Desci as escadas da varanda e fui em direção a floresta. Mas antes de eu entrar na floresta eu ouvi a voz do Seth chamar o meu nome e ele parecia nervoso.

_ Você está bem?_ perguntou olhando para todos os lados.

_ Sim_ disse assim que me virei.

_ O que você pensa que está fazendo?_ perguntou sério.

_ Eu ouvi algo_ disse me encostando na árvore.

_ E resolveu ver o que era_ disse me olhando incrédulo.

_ Pois é_ disse sorrindo.

_ É perigoso_ disse me encarando.

_ Não tenho medo do perigo.

_ Então deveria ter cuidado.

Assim que terminamos a nossa conversa entramos. Mas algo estava errado eu podia senti solto no ar.

_ Qual será o filme?_ Seth me perguntou.

_ O que você tem?

_ Então todos naquela caixa_ disse apontando-a.

Fiquei um tempo sentada no chão procurando algo de interessante, até que eu achei um filme que a muito tempo eu não assistia.

_ Esse daqui_ disse mostrando o DVD para ele.

_ Nossa! Nem me lembrava desse filme.

_ Eu não o assisto a muito tempo_ disse colocando o filme no aparelho de DVD.

O filme era Sangue e Chocolate, lembro que a primeira vez que assistir eu tinha matado aula com as minhas amigas para podermos ir ao cinema. Quando o filme terminou ele me acompanhou até a minha casa.

No dia seguinte acordei mais cedo, desci tomei o meu café rápido e ainda tive que ficar escutando Seth ficar falando que eu tinha que me alimentar direito.

_ Chegou cedo_ disse entrando no carro da Clarie.

_ Minha mãe resolveu pegar no meu pé_ disse revirando os olhos_ então resolvi sair de casa mais cedo.

_ Aconteceu alguma coisa de interessante ontem?

_ Sim, mas Dany vai querer te contar então deixa em off.

Quando chegamos ao colégio encontramos Amanda. E logo em seguida fomos para biblioteca, pois elas terminariam uma atividade de Física. E o restante da manhã passou normalmente, mas antes encontrei Daniel e ele estava bem animado e me disse que eu tinha passado no teste de líderes de torcida. E os treinos começariam segunda-feira da próxima semana.

No horário do almoço percebi que a capitã das líderes de torcida me olhava torto, mas não me importei. E continuei conversando com os meus amigos. E no final das minhas aulas no horário de saída levei um susto ao ver Seth no estacionamento da minha escola, encostado em seu Audi r8 prata. E vê-lo me esperando senti um sorriso involuntário surgir em meu rosto. E percebi vários olhares no cara moreno, alto e de terno. E enquanto eu me aproximava senti diversos olhares seguindo cada passo que eu dava.

_ Por que a surpresa?_ perguntei ao me aproximar.

_ Não gostou da surpresa?

_ Confesso que estou realmente surpresa_ disse entregando minha mochila para ele.

_ Saí cedo do trabalho_ disse dando a volta e abrindo a porta do carro para mim_ então resolvi te buscar e deixar Clarie ir direto para o trabalho_ disse sorrindo.

_ Então obrigada_ disse entrando no carro.

_ Não foi nada_ disse entrando no carro.

E restante da semana passou normalmente. E Seth me levou para o cinema e ao um restaurante bem chique. E eu senti que estávamos ficando cada vez mais próximos e uma amizade verdadeira estava surgindo.

E no último dia de aula da semana ele me levou para um jantar com alguns advogados e suas esposas, confesso que me senti bem em ser escolhida por ele como sua acompanhante para um jantar de negócios. Eu fiquei tão animada com o convite que até pedi tia Sue para me levar para comprar um vestido novo e social para a ocasião.

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O jantar foi bem divertido, ri bastante. E ao que parecia era um jantar mais informal, pois eles não falaram tanto de trabalho. E eu estava me sentindo bem, bem até demais. E eu estava amando isso.

Quando fomos embora ficamos conversando a caminho todo sobre a reserva, ele ficou me contando algumas lendas da reserva.

Assim que ele estacionou o carro eu nem o esperei abrir a minha porta e saí direto. Enquanto andávamos para a porta ele começou a fazer casquinhas em mim. Mas assim que abri a porta vi uma mulher loira sentada conversando com tia Sue. E então ela olhou para mim e sorriu.


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Notas finais do capítulo

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