Um som muito familiar chegou aos ouvidos do loiro que estava deitado em sua cama, o sol lá fora já estava alto, mas o loiro estava cansado, havia trabalhado até tarde no dia anterior, lembrou-se que não tinha visto o namorado na plateia, suspirou.

 Se espreguiçou na cama de casal, a ideia de não sair da cama tão cedo gritando em sua mente. Mais uma vez o som da campainha se fez presente, obrigando o dono da casa a se levantar de forma manhosa e preguiçosa, mas precisava abrir a porta.

Bocejou, e caminhou lentamente até a porta de madeira maciça e envernizada de seu apartamento, girou a chave para depois abri-la, revelando um vindo rapaz de cabelos pratas, e olhos azul celeste, carregando consigo um enorme bouquet de rosas vermelhas e brancas.

- Entrega para o senhor Hizaki. – Disse com a voz mansa, fazendo um sorriso calmo brotar nos lábios do loiro, que logo pegava as flores, vendo um bilhete ali com seu nome escrito com uma caligrafia perfeita, abriu apressadamente o bilhete com a mão livre.

“Perdoe-me por não ter aparecido para ver sua apresentação ontem, tive problemas no trabalho. Apesar de não poder estar presente, pude sentir tudo, pois meu coração sempre está contigo.” Seus olhos voltaram para o entregador tão brilhantes como as estrelas, logo seus lábios curvavam-se em um belo sorriso.

- Então? Estou perdoado? – As palavras deslizavam pela boca do entregador, para depois se curvarem em um sorriso calmo, mas que demonstrava o que ele sentia.

- Não. – Respondeu o loiro simplesmente, fazendo os olhos de Teru se arregalarem um pouco, e uma confusão ser vista naqueles orbes azuis do mais novo.

Num movimento rápido seus lábios se colaram aos de Teru, começando um beijo calmo, mas nem por isso menos necessitado, suas línguas se tocavam sutilmente como se não se conhecessem, enquanto Hizaki enlaçava o pescoço de Teru com o braço livre, e Teru o puxasse para mais perto pela cintura fina e esbelta do outro.

- Senti sua falta ontem Teru! Minha cama estava tão fria. – Hizaki disse sincero quando enceraram o beijo, ainda com o corpo grudado ao do amado.

- Também senti sua falta Hizaki. Senti muitas saudades de você meu anjo. – Passou a língua pelos lábios, empurrando o mais velho para trás, para poderem entrar no apartamento, a porta sendo fechada com o pé, enquanto o bouquet era delicadamente colocado sobre a pequena mesa de canto perto da porta.

Rapidamente suas bocas se coloram novamente, iniciando mais um beijo, não tão calmo quanto o anterior, mas nem por isso era menos carinhoso, muito pelo contrário, era um beijo apaixonado, suas línguas se enroscavam numa dança sincronizada, enquanto as mãos de Teru apertavam a cintura do corpo colado ao seu, arrancando gemidinhos do anfitrião. Separaram se por pura falta de ar, Hizaki escondeu o rosto na curva do pescoço de Teru.

- Eu não sabia como lhe pedir desculpas, então lembrei que você gosta de rosas, fui até uma floricultura, e a moça me perguntou qual era a ocasião, e me recomendou um bouquet vermelho e branco, pois ele é um dos mais sinceros pedidos de desculpas. – Disse de forma calma, fazendo Hizaki sorrir, seu namorado só podia mesmo ser um anjo, o que o fazia amá-lo ainda mais e mais, sentia se feliz e completo estando com Teru.

- Eu te amo Teru. – Disse calmamente, sentindo o mais novo o apertar ainda mais em seus braços, escondeu o rosto na curva do pescoço de Teru, sentindo o cheiro gostoso dele.

- Eu também te amo Hizaki... Te amo demais... – Ditou calmamente, sentindo Hizaki balançar calmamente a cabeça numa afirmativa, enquanto Hizaki se sentia completo por apenas ouvir aquelas simples palavras vindas do mais novo.

Pois quando estava com Teru se sentia dessa forma, completo, feliz, e amado, mesmo que houvessem algumas brigas bobas, mas amava estava com o mais novo, e o que tornava mais importante, amava poder amar Teru, pois sabia que ele o correspondia da mesma forma, e por que não dizer com a mesma intensidade?