Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 71
Cap. 71: Mamães.




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Antes que amanhecesse, sai do quarto de Peter antes que todos viessem tentar me embelezar para o tal casamento. Para mim, na verdade, era um dia normal. Era um dia normal, mas não era um dia qualquer. Era o dia em que Peter e eu ficaríamos juntos sem intervenções. Pelo menos, daquele dia em diante, nós não seríamos mais vistos “ilegalmente”.

  Quando cheguei no quarto, minha mãe pulou em cima de mim, me dando um abraço.

--- Ma...-suspirei.

  Fiquei gélida. Paralizada.

--- Filha! Eu estava com tantas saudades! Porque você nunca conta nada para a mamãe, ãn?-Ela perguntou, avidamente afagando o meu cabelo e me olhando, preocupada.

--- Mãe... quem trouxe você aqui? Você...?

  Olhei para ela, sem deixar transparecer todo o meu espanto. Pensei, imediatamente em fazer todas as perguntas necessárias a ela. Como por exemplo, se ela já sabia de tudo, quem a contou tudo e se esse alguém havia contado tudo. Mas eu não podia deixar que escapasse nada, antes de ela me dar a certeza de saber de tudo.

  Sim, eu não planejava que ela viesse ao meu casamento. Eu sentiria falta dela, mas eu não poderia colocá-la neste barco de responsabilidade e perigo que era saber da existência da organização.

--- Filha... Sam me deu o endereço daqui. Não achava que eu não estaria presente em seu casamento, não é mesmo? Nem que você não quisesse. Bom, estou feliz em ver você se arrumando nesta vida... sinceramente, pensei que você fosse uma pessoa fã da liberdade e do não-compromisso. Por isso pensei que não se casaria logo. Quand-Interrompi-a.

--- Mamãe! -Sorri, falsamente.

  Estava feliz em vê-la ali, toda entusiasmada para me ver bem e casada. Porém, precisava, urgentemente, entretê-la para que ela não descobrisse nada se já não tivesse descoberto.

--- Olha, a senhora vai ficar sentada aqui, até que eu volte. Não toque em nada. As coisas aqui são bastante diferentes.

--- Filha, o que aconteceu? -Ela perguntou, inocentemente.

--- Mãe... eu... só estou meio nervosa. É um... casamento esta palavra, por si só já me dá arrepios. Me lembra velho...poeira. -Eu fiquei enojada. Não tanto com a palavra, mas com o que ela me lembrava. Perpétuo, duradouro. Assustava-me de um modo imensamente estranho.

--- Ah, filha, eu entendo. É assim mesmo. -Ela abriu a geladeira e tirou uns chocolates e um refrigerante. -Aqui é muito bom. É lindo... e pratico. -Me perguntei, neste momento, se ela estava sabendo que podia pegar comida pela parede através de um botão... mas se ela pegara na geladeira, não sabia.

--- Olhe, filha. Seu vestido. -Ela acabara de engolir o chocolate.

  Minha mãe levantou e abriu uma caixa que estava em cima do criado-mudo. A caixa era grande. Era cintilante. Havia um laço enorme em volta dela. Ela sentou-se perto de mim com a caixa e olhou para ela como se fosse um tesouro. Abriu-a e, lá dentro, havia um vestido bege com uma faixa dourada no meio. Ele estava dobrado, então ela tirou-o de lá e o pôs sobre meu corpo. Olhei o vestido inteiro. Ele era simples. Ainda bem. O único detalhe que chamava um pouco atenção era a faixa dourada na cintura. Ele tinha alças que se entrelaçavam na costas. Era longo e tinha um calda. Tinha muito pano em baixo. Era de um estilo grego.

--- Você ficará muito linda neste vestido, filha. –Minha mãe afirmou, feliz.

  Eu havia me acalmado mais e começava a pensar que não era uma má ideia mentir para ela para que ela presenciasse este momento da minha vida. O momento em que até a eternidade entraria em meu vocabulário. Mas antes eu precisava falar com Sam.

--- Tudo bem, mãe, agora eu vou falar com Sam, está bem? Fique ai! –Eu disse, devagar.

--- Ei! Onde pensa que vai com o vestido? –Ela olhou-me, repressivamente.

--- Tudo bem... –Tirei-o depressa e vesti as minhas roupas.

--- Não toque em nada. –Eu disse, alertando-a, -É tudo quebradiço. –A última parte era para que ela obedecesse.

 Sai feito doida correndo no corredor. Esbarrei com a Sam.

--- Sam! –Quase gritei. –Não podia ter feito isso!

--- O que? –Ela parou, segurando meu braços.

--- Você contou sobre exatamente O QUE? –Perguntei, piscando os olhos.

--- Lottie... Por favor... Ela não podia não vir ao casamento. –Sam disse.

--- Mas... Mas... Eu ia dar um jeito! Ela não podia era ser colocada em perigo desse jeito. E... E Teddy? Teddy já sabe que ela está aqui? –Perguntei, em murmúrios. Meu senso de auto-preservação gritava.

--- Um, dois, três, Lottie. Calma. –Sam disse, séria. Como era difícil ela falar sério, resolvi não ignorar.

--- Eu disse a Teddy que sua mãe não podia deixar de vir. Ele concordou em mentir para ela. Dissemos para ela que Peter apenas trabalha aqui. O que não deixa de ser verdade. E ela não sabe de nada. Só vê o que permitimos a ela. Ela não sabe que as coisas aqui são secretas, ou que há criminosos. E Teddy cuidará para que continue assim. Ele até já fez amizade com ela!

--- Menos mal. –Eu disse, tomando ar.

--- Pois é, ela vai embora. Assim que o casamento estiver acabado.

--- Hm... –Eu disse, tomando ar novamente.

--- Vamos voltar até o quarto temos que vigiá-la.

--- Certo. –Eu disse.

 Voltamos ao quarto.

--- Mãe... –Eu murmurei –Ah... Vamos conversar sobre o casamento.

--- Sim. –Sam disse, semicerrando os olhos.

E eu tive que passar o resto de tempo daquele dia, até o casamento, falando sobre ele.

  x.x.x

 Vestido da Charllottie é mais ou menos assim...


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