Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 67
Cap. 67: Por que eu sempre penso tanto?




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Depois de sair do quarto, andei pelos corredores, a pensar se não deveria aceitar a proposta perfeita de Peter no mesmo segundo em que ele a fez.

  Peter era o anjo que caiu em minha vida, que, na vida de muitas mulheres do mundo, seria aproveitado a todo vapor até o último dia de suas vidas. Era o tipo de milagre que não acontecia toda vez que você olhava para o céu e pedia que algo de bom acontecesse, para que não se matasse no dia seguinte. Ele era lindo, inteligente, compreensivo, carinhoso, meigo, inteligente, meigo, carinhoso e outras qualidades que eu preferia nem citar, pois iria demorar demais. Peter tinha defeitos. Um deles era pensar demais nas pessoas e de menos nele. Outro, era querer servir de apanhador de sofrimentos. Mas... Isto eu podia ajeitar para que não fosse tão gritante quanto era. Com os meus maiores defeitos. Orgulho e falta de sensibilidade.

 Acho até que Peter pode ter feito bem em me escolher... eu servia para ser o contrário dele e ele o meu contrário. E assim, nos completamos e de defeitos e qualidade que um nunca vai ter ou pode começar a ter se o outro ensinar direitinho. Quando comecei a pensar assim, comecei a rir incessantemente. Era estranho. Mas apesar de parecer tão diferente... Eu me parecia muito com ele. Tínhamos visões de valores iguais.

  Era de manhã ainda e mais tarde haveria o tal jantar que Teddy ainda inventara de fazer, depois daquela festa muito sutil. Antes de ir para o tal jantar, passei algumas horas sem ver Peter. Na verdade, fiquei até o jantar sem vê-lo. Acho que Teddy queria sua presença e opinião sempre. Já que tinha provado que Peter era tão amado por ele durante a festa.

  Revirei-me na cama e comecei a pensar se o fato de Peter ter me ajudado de todas as formas possíveis de se ajudar um pessoa quando ela precisa, mesmo não sabendo, de fato, quem ela é, mesmo não sabendo se ela aceitará o fato de ele gostar dela, mesmo não sabendo se ela está disposta a se doar, inteiramente a ele como ele fez, mesmo não sabendo se vai ser recompensado por tudo o que faz, só para vê-la sorrir, não seria suficiente para eu aceitar, imediatamente, a proposta de ficar ao lado dele.

  Ele era uma pessoa que faz tudo isso só para escapar, um pouquinho, da solidão que o cerca. Mas então pensei, que se aceitasse só por este motivo, não seria de coração.

Então, senti certa repugnância de mim mesma, por não perceber, que estava cada vez mais apaixonada, pelo sorriso dele. Pela forma como ele agia. Como ele fazia as coisas. Como ele me olhava. Pelos momentos em que nós ficávamos vadiando em baixo de Penny comendo pêras e rindo do fato de eu nem precisar contar para ele nada sobre mim, por que Sam sempre fazia isso primeiro. De como eu sorria só por ver ele sorrir. E só por ver ele dormir. Quando pensei nisso até sorri. Eu estava mesmo ficando boba...

 De como eu adorava ficar deitada na grama olhando para o rosto dele, parada, no tempo que era nosso amigo e nos ajudava a ficar parados um olhando para a cara do outro só por diversão. Ficava imaginando como meu coração palpitava quando ele não estava bem. Fiquei olhando para o teto, mas vendo nós dois a fazer nada além de admirar e respeitar a forma como o outro era. 

Percebi, então, que até mesmo se pudéssemos passar a eternidade juntos, não me cansaria nunca. Por que ele sempre me perguntaria: “Eu ainda te faço feliz?” Sim, ele sempre se preocuparia com a minha felicidade e faria tudo que pudesse para que eu sempre estivesse com aquela coisa a qual ele considerava mais preciosa em mim e em sua vida toda, o meu sorriso sincero. Percebi, também, que eu sentia o mesmo. Que nunca deixaria que seu coração não fosse feliz ao meu lado. Sempre renovaríamos o nosso amor. Eu nunca me arrependeria, mesmo sabendo que não poderia optar por outro. Pois Peter era tudo o que eu precisava e amava.

  Gostei tanto de ficar pensando em tudo o que nos tinha acontecido, que não parei. Fiquei lembrando como não gostava de maçãs antes de Peter aparecer. E de como eu tinha mudado em relação a elas. Hoje eu as comia, mas não tanto. Ainda não gostava muito. Pensei no quanto ele havia mudado. Pode ser que tenha sido ruim para ele, mas acho que não para a vida dele. Ele aprendeu a ser um pouco mais presunçoso. Ele nunca gostava de se gabar, mas, às vezes, era necessário.

 Éramos humanos afinal...

  Depois de tanto pensar, que era o que eu sabia fazer de melhor, levantei da cama e fui me ajeitar, para que meu futuro marido não se decepcionasse com a minha aparência, embora o mesmo desse pouca importância para ela.


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