Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 133
Capítulo 133: Pássaros e Violetas.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fofinho. rsrsrs.



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Logo no início, quando começou tudo, eu gostava de flores. É, e ainda gostava, naqueles dias. Mas aprendi a ver tudo tão diferentemente... Mesmo que algumas coisas ainda fossem as mesmas.  Tudo mudou.  Mudou no jeito como eu as vejo.

  E... A  violeta. Era uma violeta eterna em minha vida. A outra violeta continuava sendo uma. Mas era apenas  mais  uma.

  Mas a violeta de agora não. Ela era a minha vida. Isso, em certo ponto não mudou. Uma flor era a minha vida. Peter. A minha violeta preferida. A que se destacou dentre todas as flores. Entre todas as  violetas.

  Aliás, erro ao dizer que eram apenas duas. Eram muitas. Frida era como eu via uma violeta.  Jolie também. Teddy e assim por diante. Eram todos tão peculiares... Todos que me rodeavam. As minhas violetas... Até mesmo Angel era uma delas. Ela e Teddy foram as violetas que secaram. Mas que ainda permanecem em minha história. Porque foram parte importante de todas as verdades que eu precisava descobrir. E... Ainda assim, eu continuava vivendo,  imperfeitamente. 

  Só... Com mais violetas. Com uma em especial, que me faz respirar com orgulho, todos os dias.

--- Bom dia. –Disse Peter, ao me ver abrir os olhos.

--- Não gosto do canto desses pássaros. –Disse eu, olhando a sorrir, para o meu príncipe desencantado.

--- Por quê? –Perguntou-me ele, se apoiando no cotovelo e descobrindo um pouco seu torso bonito. –Ah, já sei... Eles são barulhentos. –Ele arqueou uma sobrancelha charmosa.

--- É exatamente isso. –Disse eu, colocando o travesseiro na cara –Eu adoro dormir.

--- Eu também não gosto do barulho... –Ele tirou o travesseiro da minha cara. –Mas eu gosto de você. Então os pássaros não me colocam para fora. 

--- Eu também. –Sorri, levantando meu busto para beijá-lo.

--- Aqui o sol não entra muito é como era na organização... Você colocou cortinas especiais? –Perguntou ele, despreocupadamente.

--- Sim. Foi um presente de casamento de Norma.

--- Ah, são as da organização? –Perguntou ele.

--- Sim.

--- Hm... –Ele ficou em silêncio.

  De repente, o celular de Peter tocou.

--- Alô? –Ele disse. – Sim. – Ele respondeu. –Entendo. Obrigada.

  Fiquei olhando para ele, curiosa.

--- O que houve? 

--- Jolie vai ser nomeada a nova dona de tudo o que conhece por organização. –Ele disse, num meio sorriso e com a sobrancelha arqueada.

--- Hm... Pensando bem, já faz dois anos que Frida está conosco e que você também está conosco. –Disse eu, calmamente.

--- Estou impressionado com a sua calma... –Peter disse, devagar.

--- Como queria que eu reagisse? –Perguntei, espantada.

--- Ah, me desculpe! –Ele disse, rindo. –Me desculpe! Esqueci de lhe falar que teremos de ir até lá. –Ele cruzou os braços, esperando a minha reação.

--- Oh não... Bom, Pete, não será nenhum sacrifício. –Disse eu, calmamente.

--- Tem certeza? –Ele perguntou. Seu rosto se fechou.

--- Ah, Peter, vamos lá, você não está com saudade daquele lugar? Acho que você deve estar acostumado a estar lá... Não pode ter sido somente um lugar de lembranças ruins... E... Angel? –Quando falei a última palavra, senti ele ficar mais tenso.

--- É pior. –Disse ele, num sussurro.

  Aproximei-me dele, constrangida.

--- Desculpe. –Eu disse.

  Ele passou seu braço por meus ombros e beijou a minha cabeça.

--- Não se preocupe. –Ele disse, docemente.

--- Só tem algo que me preocupa. –Disse eu, agora questionando-me sobre o fato de ser algo bom voltar para aquele lugar.

--- O quê? –Ele foi ligeiro.

--- Kurt... Vamos levar ele... E...

--- Não! –Peter disse, rapidamente.

--- Quero que ele saiba de tudo, Pete. Você não acha que mais cedo ou mais tarde ele vai saber? E... Acho que ele pode escolher, quando estiver maior se prefere esquecer ou lembrar que aquele lugar existe. Você odiou não ter escolha, não é mesmo? Não faça o mesmo com ele. Ele pode ser uma pessoa diferente... E... –Ele não me deixou continuar.

--- Eu estou entendendo. O que você quer não é que ele possa escolher. Você gosta daquele lugar. Porque tem pessoas a quem você se apegou, que estão lá e permanecerão lá. E porque você se acostumou. –Peter disse, um pouco chateado.
--- Não! Não sou tão egoísta assim... E... –Eu falei, vagarosamente –Está bem, Pete, está bem, é verdade. Em parte, é verdade. Eu não queria ficar longe de lá. Tudo aconteceu lá. Lá, infelizmente para a sua cabeça dura, é o sue lugar. –Disse, explicativa.

  Ele pensou por dois segundos. Sua sobrancelhas se franziram numa cara daquelas tensas que ele fazia.

--- Tudo bem, Lottie, mas vamos contar com calma para ele, sim? –Peter disse, seriamente.

--- Sim.

 Fiquei pensativa por alguns minutos, mas logo depois recobrei a consciência do que ia falar.

--- Vamos ver a Norma. E também a sua filha... Ela é um pouco mais velha do que o Kurt. E também vamos ver como a Jolie cresceu, aparentemente. Sim, pois ela deve ser bem respeitável agora. –Disse eu, sinceramente.

--- Sim, isto é uma boa coisa... Frida também ficará feliz em ver Jolie. Elas duas sempre foram muito apegadas. –Ele disse, num tom melhor.

--- Além disso, aquele lugar não só nos traz lembranças ruins. Afinal, nós dois nos acertamos lá. Casamo-nos lá... –Disse eu, lembrando-me vagamente de várias coisas.

--- Sim. Aquele foi um dia tão feliz. Mas estava chuvoso. E... Mesmo assim, tínhamos tristezas.

--- Mas as dividimos, na mesma noite. Ficamos entrelaçados por tanto tempo, que pareciam ter passado uns dias. –Disse, sorrindo maliciosamente.

  Ele sorriu. Um leve rubor surgia em seu rosto.

--- E... Frida? –Ele mudou de assunto. –Ela finalmente está com aquele garoto? 

  Peter não simpatizou muito com o italiano... Eu gostava dele. Ele me ajudava às vezes com as minhas flores. E era bonito e gentil. Mas Peter parecia ter um ciúme de irmão de Frida... Mesmo assim, ele a via sorrir cada vez que olhava para o  Antonello.  E aquilo era muito gratificante, depois de vê-la chorando por Teddy cada vez que ele a fitava. 

  Mas até mesmo Frida o odiava às vezes. Pois ele era convencido e esperto... Sempre a deixava desconcertada, mas no fundo ela se divertia. Ele tinha o sol do qual ela precisava em seus dias chuvosos, em seu sorriso belo e entusiasta.

--- Ela não está com seu pássaro sorridente, ainda. –Sorri.

--- Hm... –Ele riu de minha comparação esdrúxula.

  De repente, ele ficou um pouco tenso novamente.

--- O que houve? –Perguntei.

--- Estava pensando, que, estamos aqui nos arriscando. E seria mesmo melhor que eu tivesse um tempo de descanso sabendo que estamos protegidos devidamente, na organização. –Ele disse, soturnamente.

  Beijei-o, lentamente, como se nunca fosse acabar.

--- Eu sempre estarei aqui. E sempre ajudarei você em seus piores pesadelos. Não fique assim, por favor. Eu o amo.

  Ele sorriu. Um sorriso meio aliviado. Ele sempre amolecia.

--- Obrigada. –Ele disse, devagar.

--- E Jolie virará um grande pássaro alfa. –Disse eu, rindo e mudando de assunto. Fiz um gesto no ar e olhei sonhadoramente para o teto, encenando.

--- E você bebeu algo ontem à noite... –Disse ele, como se continuasse a minha frase.

--- É que eu sempre pensei em estudar os pássaros, depois das plantas. Eles... voam... É magnífico.

--- Acho melhor você parar com as ciências biológicas e começar a penetrar, mais intensamente na matemática. Acho que sua cabeça vai ficar melhor.

--- Eu sou boa em qualquer coisa. Tenho mesmo sorte de ser eu. –Disse, rindo.

--- Tudo bem, eu já vou indo, antes que sua presunção não dê lugar na cama para mim. –Disse ele, saindo.

--- Espere!

--- Amanhã. Amanhã nós temos que estar na Alemanha, Dusseldorf. Então, esteja pronta e avise a Frida. –Ele saiu, batendo a porta.

  Provavelmente, ia tomar banho e voltar. Eu ia tentar importuná-lo. Mas ele seria frio e se vestiria para ir ao seu emprego. 

  Seu novo emprego. Onde ele nem ganhava tanto dinheiro quanto na organização. Mas estava  feliz.


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