Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 121
Cap. 121: Por favor, Deus.


Notas iniciais do capítulo

Ele rezava...



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A única coisa que eu fazia, era murmurar baixinho para alguém.

  “Tudo que eu queria, desde sempre, era viver em paz. Tudo que eu queria era estar com ela sempre que ela pudesse dar qualquer sinal de desistência. Estar com ela sempre. Mas naquele momento, ela parecia me deixar. Ela  parecia se esvair. Então, eu pedia, eu implorava, sufocadamente. “Por favor, alguém poderoso. Alguém que pode não deixá-la ir. Alguém que está me escutando?! Por favor, Deus, não deixe que ela parta.”

  De repente, um berro me tirou a concentração. Da porta saiu Hayate, com um bebê nos braços.

--- Sr. Uric, seu filho. –Hayate sorria para mim, enquanto levantava a criança gordinha e avermelhada. Os cabelos eram quase brancos.

  Não consegui nem fitar seus olhos avidamente. Porque, quando eu via alguém pela primeira vez, o detalhe que eu olhava primeiro, eram os olhos. Mas minha cabeça estava mais que confusa. E eu mal conseguia me desvencilhar do deslumbre que me deixara sem fala, quanto mais curtir a aparência da criança, naquele instante perturbador.

  Fiquei completamente atônito. Não sabia o que dizer. Não sabia o que fazer. Meu mundo estava inseguro ao ver aquela criança. Eu a tomaria nos braços, e meu mundo cairia, abaixo de mim. Derrubando nós dois num só sopro.

  De meu subconsciente atordoado, consegui equilibrar meu pensamento novamente. Era por  ela  que eu procurava.

--- E... Charllottie? –Perguntei eu, tão trêmulo, que até a minha alma parecia tremer junto.

--- Sua mulher... –Hayate fez um cara horrível. Suas sobrancelhas franziram e sua cara fechou. –Ora, Sr. Uric, não vai nem comemorar seu filho? –Ele sorriu.

  Era um sorriso típico dele. Com todo o enigma de seus olhos estreitos no sorriso. E toda a obscuridade de seu sorriso estranho.

  Em meu estômago tudo estava embrulhado. Eu mal conseguia perceber meu gestos. E minha mente vagava por um lugar desconhecido. Era como uma letargia doce que me levava até o subconsciente mais profundo, onde eu não queria acordar para o que estava acontecendo.

  Finalmente, um choque quebrou os vários espelhos em minha mente onde eu olhava deslumbrado para algumas lembranças. Voltei a mim. Eu tentava ignorar qualquer pensamento triste ou pessimista.


--- Haya- Fui interrompido por Frida, que entrou, correndo, desembestada como nunca a vi.

--- Onde está o pequeno Uric? –Frida perguntou, sôfrega. 

  A raiva me invadiu. Não havia sobrado espaço para nada, agora. Minha consciência era meio boba, naquele momento. Frida não poderia, de nenhum modo, saber que Charllottie não estava bem, por isso não poderia estar sendo insensível. Mas meu cérebro não queria acreditar.

--- Frida, você quer parar de –Fui, então, novamente interrompido.

--- Peter, Parabéns! –Norma vinha na minha direção, sôfrega como Frida.

  Quando esta segunda interrupção me calou, resolvi não mais importuná-los. Deixei que festejassem até que percebessem que eu não conseguia deixar a tensão de lado.

--- Hayate, este é o Kurt? –Frida perguntou, desvencilhando Kurt dos braços de Hayate.

--- Sim, é sim. –Hayate disse, gloriosamente. –O herdeiro Kurt Uric.

--- Oh, ele será um lindo principezinho, não é bebê? –Frida disse, com os olhos mantidos em Kurt.

“Kurt, meu filho. Oh, Deus,  me perdoe.  Era para eu ser o homem mais feliz do mundo. Mas, como posso eu estar feliz, se ela não está aqui?Como posso eu, festejar um vitória dela,sem  ela?  Ela o teve. Ela  sofreu  muito antes disso. Ela sofreu por mim e por ele. E nada mais do que um gosto amargo de vitória falsa ficará em meu ser se ela não voltar para mim. Mas não posso culpá-lo... Não possoabandoná-lo. Ele é a única coisa que terei, se ela estiver realmente dormindo para sempre dentro daquela sala. Por favor, Deus, faça com que eu estejaterrivelmente errado.”

Eu murmurava, sozinho, em meu canto. Em minha alma.

--- Mal teve um filho e já está falando sozinho, meu jovem? –O homem de olhos puxados e pequenos estava bem perto de mim, quando percebi.

---Por favor, vá embora. –Respondi, tirando as mãos da cabeça. - Me deixe aqui, neste canto escuro, enquanto eles se divertem com o Kurt. –Eu não serei o melhor para ele,  agora.

--- Ora, você é o pai dele. –Hayate disse, rindo.

  Ele estava me irritando profundamente. Na verdade, não entendia que raios de objetivo ele tinha, falando daquela maneira. Parecia querer provar algo.
--- Diga o que quer. –Falei, em voz baixa e soturna. –E se vá, antes que eu fique demasiado bravo. –Eu disse, em tom de ameaça.

--- Ora, meu rapaz, estou te achando meio lerdo hoje. –Ele ria de novo. –Nem deixou que eu terminasse de falar da tua mulher... De como ela está.

  Foi então que entendi. Eu me perguntara depois, porque eu era tão fundo, quando as coisas eram tão rasas e simples...

  De repente, as máquinas, engrenagens e tudo que trabalhava em meu corpo começou a funcionar melhor. Começou a fluir em mim novamente a vida. A vividez.

  Hayate era um asiático e tanto. Ele adorava fingir algo e depois virar nossa percepção distorcida contra nós mesmos... Visando sempre que aprenderíamos com aquilo. Mas talvez algum dia Peter Uric desse o troco por aquele susto.


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