Ich Liebe Dich. escrita por Mrs Flynn


Capítulo 100
Cap. 100: Parecia Indescritível.


Notas iniciais do capítulo

Charllottie vai sair de casa. Tenso.



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Eu sorria, como nunca havia sorrido antes. Se alguém me visse, diria: "Nossa, quem é você e o que fez com aquela ranzinza da Charllottie?".

  Meus olhos se enchiam de lágrimas de felicidade. Isso era muito estranho... eu nunca ficava feliz demais. Passei a outra mão, que não segurava a mão de Peter, no pescoço, roçando-a nele, e de olhos arregalados. Ainda segurava a mão de Peter, sem querer soltá-la.

  Eu ficava absorta, naquele momento, a particularidade de como aquele gesto tão simples me deixara tão sobressaltada. Era de mim analisar minhas próprias ações. Mas naquele momento só conseguia senti-lo. Perto de mim como se respirasse de um modo mais... quente. De um modo mais vivo.

--- Peter... -Soltei um suspiro, por fim.

  Mas ele não abria os olhos. Ou se movia novamente.

  A tristeza me invadia, de repente. Minha garganta estava seca, tanto quando ele apertou a minha mão, quanto agora, eram dois acontecimentos tão bruscos, que fiquei atônita do começo ao fim de cada um deles.

  Fiquei triste por a felicidade tão pouca ter se ido de repente sem dar nem espaço a algo grande...

--- Peter? –Chamei, baixinho. Eu ainda achava que ele ia responder...

  Ele não respondeu.

--- Uff... –Suspirei, limpando uma gota fria de suor que escorria pelo meu pescoço. -Sabia que era bom demais! –Eu cai na gargalhada, rindo de nervoso.

  Eu estava feliz por ele ter mexido, por isso, ao em vez de chorar, eu ri em agradecimento por pelo menos ele ter me dado um sinal...

  De repente, a porta se abriu e Frida entrou.

--- Do que está rindo? -Frida estava muito surpresa. 

--- Ah... nada demais. Se te contar, vai rir de mim. –Eu sorri, fazendo uma cara de esperta. -Ah, e gostei da sua roupa. -Eu disse, tentando mudar de assunto. Apesar disso, eu estava falando a verdade sobre a roupa dela.

--- Me di- ga o que a- con- te-ceu. -Ela disse, gravemente e seus olhos semicerraram. Ela apontou o seu dedo indicador para mim, acima de seus olhos e uma mão estava na cintura. Ela ordenou de mentira.

--- Bom, eu toquei na mão de Peter e ele a moveu. Apertou a minha mão. -Falei, num só tom, de uma só vez. Semicerrei os olhos, rindo de mim mesma...

--- Ah... -Ela me olhou, com um rosto fingindo uma surpresa de um modo fracassado. -ele já fez isso comigo e com Norma. Mas não apertou as nossas mãos. Ele só mexeu-se, enquanto eu e ela o olhávamos.

--- Tudo bem. Viu o por quê de eu não querer dizer? -Disse, me fingindo de despreocupada.

--- Você está muito feliz! -Frida disse, sem titubear.

  Que droga, nem fingir, perfeitamente eu conseguia mais depois disto!

--- Tá. –Eu disse, com desdém.

--- Amanhã, eu irei até a estação de trem, pois minha mãe virá, para me ver. –Eu sorri.

--- Isso é bom. Você precisa ficar com ela... -Frida disse, seu rosto entristecendo.

--- O que há? –Perguntei.

--- Bom, não tenho com quem ficar ou com quem reclamar de meus problemas. Isso me deixa um pouco abatida... –Ela confessou. –Principalmente agora, com Peter assim.

--- Você tem. Mesmo que seja eu, que sempre estou de mal humor, pode crêr que sei escutar os problemas dos outros. Quanto aos meus... eles ficam por resolver. –Eu falei, fitando o chão.

--- Ah, obrigada. –Ela disse, de modo retraído.

  Aquele era o começo de uma grande parceria. Eu gostava de Frida... Ela era exatamente como eu quando pequena. Porém eu era um pouco mais retraída. E Frida sempre fora atrevida. Mas meus pensamentos de criança eram bem parecidos com os dela.

--- Quem imaginaria... –Eu disse, rindo.

--- Que eu ia falar assim com você? -Ela perguntou, sorrindo ainda meio retraída.

--- Também. Que... tudo ia se resolver aos poucos. Talvez até Peter fique completamente bom. –Eu respondi.

--- Você não sai deste quarto! -Ela disse, rindo.

--- É, eu tomo banho aqui, como aqui e... é, não consigo sair daqui. Parece que, se eu sair, ele vai morrer. –Eu disse.

--- Vai sair amanhã... –Frida cruzou os braços e semi-cerrou os olhos.

--- Vou. -Suspirei. -Tomara que não me aconteça nada... Tomara que ninguém morra. -Eu e Frida, em nosso humor negro peculiar e compartilhado, rimos naquele momento. Mas no âmago, estávamos preocupadas.


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