Frank’s POV.

- E ai vagabundo. O que fez ontem à noite? – Gerard perguntou no momento em que atravessei os portões da escola. Mais um dia naquele inferno, oh beleza.

- Nah, o de sempre. Liguei pra Lizzie e tal. – me encarou.

- Você não contou pra ela, não é? – fui pego. Droga. A verdade era que depois de pronunciar aquela frase a ligação caiu e não consegui mais ligar pra ela. E foi quando percebi que havia feito a maior burrada da minha vida, porém agora era tarde demais para voltar atrás. Olhei para Gerard e dei um sorrisinho. – DROGA FRANK VOCÊ CONTOU!

- Contou o que pra quem? – Ray chegou perdido como sempre aquele idiota. Levou um tapa na cabeça do Gerard, foi engraçado. – Outch!

- Frank contou pra Lizzie que Mikey está namorando.

- Sério?! Que merda cara.

- Como ela reagiu?

- A ligação caiu e não consegui ligar mais pra ela. – encarei o chão. Era fato que estava me sentindo um péssimo amigo por ter contado. Mas acho que Lizzie merecia saber! Afinal vivia se preocupando com Mikey e de repente ele aparece com uma namorada? Por favor! O ridículo é que foi do nada. Em um dia ele estava solteiro e no outro namorando! Como assim? Ele que até dias atrás ainda estava mal pela partida de Liz. Aquilo ali tem treta. Não quero saber, chateadíssimo com ele.

- Eai. – Mikey apareceu de mãos dadas com a “nova namorada”, sendo sincero nem sei o nome da garota e não me interessa nem um pouco. Encarei-o e sai dali indo em direção à biblioteca. Consegui ouvir Gerard falar algo como “Se toca Mikey” e segundos depois o escutei vindo atrás de mim junto de Ray. Ninguém estava muito de acordo com o namoro por isso ninguém falava com ele. Muito menos eu. Qual é! É a minha melhor amiga que ele está magoando com isso, nem vem.

Lizzie’s POV.

- Bom dia Senhorita Moon. – o professor John me cumprimentou e devolvi o cumprimento sorrindo. Por dentro? Aos pedaços. Por fora? Sorrindo. Ninguém precisa saber do sofrimento alheio, muito menos aqueles idiotas da minha escola. Odeio todos, sem exceção.

Me encontrava do lado de fora da escola, passando um frio desgraçado e esperando Meg. A aula, como sempre, havia acabada ao meio-dia, mas minha tia só podia vir me buscar às duas horas, então teria que passar frio ali. Pela primeira vez desde que moro em Laguna Beach estava chovendo. Sim, três meses nessa cidade e é a primeira vez que vejo chuva. E com ela veio o frio, finalmente sentindo um pouco do inverno!

- Ainda aqui Moon? – John (o professor) apareceu, sorrindo para mim. Ai.

- Pois é. – revirei os olhos. – Minha tia só vem às duas.

- Hm. – pausa – Quer carona? Posso te levar em casa, ou sei lá aonde quer ir. Não tenho nada pra fazer a tarde mesmo.

- Hm. Não é crime paquerar as alunas? – perguntei, sorrindo. Ele sorriu em resposta. – Certo, acho que posso aceitar uma carona.

- Para onde milady?

- Por favor, pra lanchonete mais próxima. – ele riu e me guiou até o carro. E que carro, se me permitem o comentário. Quanto ganha um professor afinal de contas? Hm.

Entramos e logo ficamos em silêncio. Meu celular começou a tocar e fiquei sem graça ao atender, mas podia ser minha tia então teria que avisar ela.

- Alô?

- Oi Lizzie!

- Oi Frank! – sorri. – Tudo bem?

- Anh... Sim, e você?

- Estou ótima!

- Não me convenceu... – pausa – Tem alguém com você?

- Exatamente! Não é engraçado?

- Entendi. – risos – E quem é?

- Sim! Realmente muito lindo, adoro.

- Não brinca? É quem estou pensando? Não me diga que é seu professor de Geografia.

- Te disse Frank! Com certeza, mas é claro que sim. – ele ria do outro lado da linha. Tínhamos um código e quando não podíamos falar era assim que agíamos. Ficava estranho e era muito engraçado, mas tinha que ser convincente não é?

- Hmmmm, Lizzie pegando um professor. Quantos anos ele tem?

- Anh. Frank tenho que desligar... – olhei para os lados, havíamos chegado a uma lanchonete/restaurante/bar. Não sei ao certo.

- Ok. Divirta-se. – risadas – E se cuida dona Lizzie.

- Me cuido muito bem ok! Pare de ser chato, te amo, tchau.

- Até que enfim. – John disse, rindo. – Namorado Moon? – gargalhei.

- Ciúme, professor? – tive que chama-lo de professor, lamento. Minha atitude só provocou-lhe uma risada, porém ganhei meus pontos extras. – Meu melhor amigo. Tem que haver alguém em Nova Iorque que me ame não é? Pelo menos alguém! – ele riu.

- Certo. Vamos entrar.

A lanchonete, ou seja, lá o que era aquilo, não estava muito cheia, portanto tornava-se tudo mais agradável e silencioso. Tudo o que precisava agora, para ser exata. Silêncio e comida boa. Sem contar que a companhia era maravilhosa. Ok, ele é lindo, não posso mentir e sejam lá quantos anos ele tenha, foda-se. Se quiser dar em cima de mim? Faça isso.

- Que tal sentar ali? – apontou para uma mesa ao fundo do lugar, perto da janela, era bonitinho o lugar, concordei com a cabeça sem nem pensar duas vezes.

Mal sentamos e uma garçonete já veio nos atender. Manteve os olhos grudados em John, não a culpo. Nossos pedidos foram rápidos, estava com fome, mas não era pra tanto. Ela logo foi despachada da mesa. Agradeci mentalmente.

- Então me conte. Por que realmente veio para Laguna Beach? – me encarou.

- Minha mãe me expulsou de casa, é a mais pura verdade. – respondi, olhando-o. Continuou a me encarar e percebi que precisaria responder mais completamente. – Ok. – revirei os olhos. – Ela voltou a namorar com um... Um idiota, que não ia muito com minha cara. Quando ele viu a oportunidade perfeita, fez a cabeça dela e cá estou.

- Entendo. – assentiu. – Gostando da escola? – perguntou com um sorriso divertido nos lábios.

- Ah é, ta de brincadeira comigo? Odeio aquele lugar. – riu.

- Reparei que não se enturmou.

- Estranhos demais, chatos demais. Preocupam-se demais com a vida dos outros, odeio isso. – falei, olhando para o além. Minha cabeça estava em outras questões agora, como por exemplo: Por que Mikey havia me esquecido tão rapidamente e por que aquele professor gato estava, aparentemente, me paquerando?

- Terra chamando Lizzie. – percebi-o estralando os dedos na frente de meus olhos. Voltei ao mundo.

- Anh?

- Sua comida, chegou. – apontou a minha frente e finalmente percebi um prato parado ali. Comemos silenciosamente trocando alguns comentários vez em quando.

- Que tal um sorvete agora? Tem uma sorveteria aqui perto muito boa. – sorriu.

- Seria legal, mas estou sem dinheiro.

- Eu pago ué.

- Ah é, nem pensar!

- Ah qual é Lizzie, se solte mais. – no fim tive que concordar não que estivesse reclamando, muito pelo contrário, passar mais tempo ao lado dele era tudo de bom. Tirando o fato de ser meu professor de Geografia, mas quem se importava com isso nesse momento? Além do mais ele teria o que? Uns 23 anos? Nada de mais para uma pessoa que estava completando 18 anos daqui a alguns meses. Certo?

A sorveteria era ali perto então fomos a pé mesmo, deixamos o carro no estacionamento. Era outro lugar aconchegante. Foi quando percebi que nunca me dei ao trabalho de conhecer os lugares em Laguna Beach. Nunca pensei em averiguar se eram legais, bonitos ou aconchegantes. Estava tão obcecada em voltar para casa que nem me dei ao trabalho de aproveitar o lugar onde estava. Fiquei com vergonha de mim mesma.

- Qual seu problema? – ele perguntou, quando já estávamos sentados esperando nosso sorvete.

- O quê?

- Você está estranha. O que foi? – encarei-o. Por que queria saber afinal de contas? Não é como se ele se importasse comigo, afinal só nos conhecíamos e tratávamos um ao outro com patadas. Suspirei. Mas afinal em quem não estava dando patadas ultimamente?

- Nada... – olhei-o. Não havia convencido de maneira alguma a abafar o assunto. Suspirei novamente. – Ok. Meu... hm, ex-namorado... Arranjou outra.

- Uh. E você ainda gosta dele aparentemente. – concordei quando nossos sorvetes chegaram. E, devo comentar, que delicia.

- Nada que eu possa fazer pra mudar. – reclamei. Ele riu.

- Se quiser uma ajuda. – piscou. Sim, definitivamente ele estava me paquerando.

- Aluna e professor. Hm. Isso não dá cadeia afinal de contas? – riu novamente.

- Posso resolver isso rapidamente.

Conversamos o resto do dia. Passamos a tarde toda dentro da sorveteria, vez ou outra pedindo mais um sorvete. Nunca tinha comido tanto sorvete em um dia só. Não que estivesse reclamando porque amo, vivo e sou sorvete. Se é que me entende, por favor. Lá pelas sete horas John me deixou em casa. E adivinhem só? Mora ali perto. Fantástico.

- Vi um bonitão no carro. Quem era? – Meg perguntou no segundo em que entrei em casa. Sorrindo feito uma idiota, do jeito que ela obviamente é. Revirei os olhos.

- Meu professor de Geografia.

- Hmm, saindo com o professor bonitão? Adoro professores. Ele não é muito novo pra ser professor? Um pedaço de mau caminho como ele não deveria ser professor. Garanto que as alunas caem matando e... – cortei-a.

- Meu Deus respira. – ela riu.

- Por fim. Gostei do seu novo pretendente.

- Ele é meu professor!

- E daí? Grandes coisas. Quem liga pra isso hoje em dia? – revirou os olhos.

- Sua irmã ligaria. – ela revirou os olhos novamente.

- Minha irmã é uma pessoa quadrada e sem perspectiva renovada de vida. As coisas mudam. Ela deveria aprender e mudar também. – assenti com a cabeça.

- Certo. Agora diga isso a ela.

- Oras. – resmungou algumas coisas. – Está com fome ou já comeu com o bonitão?

- John. O nome dele é John. – reclamei.

- Certo, já comeu.

- Afinal, você é minha tia ou minha irmã?

- Um pouco dos dois. – concordou.

- Que seja tenho mil coisas para fazer. – mentira – Vou subir, e pare de surtar.

- Ai, você é tão a sua mãe quando está de mal humor. Credo.

Resmunguei algo como “Que seja.” E subi as escadas. Sem saco para ser sociável ok? Lamento.

Mal entrei em meu quarto e já cai na cama. O sono me consumiu rapidamente então caí no sono rapidamente. Não pensei em nada. Só dormi.

- Acorda ai sua preguiça, cê tem aula e o gatão ta aqui na porta perguntando se você quer carona. – Meg entrou no meu quarto, falando baixo, provavelmente porque John estava lá em baixo.

- O QUÊ? – levantei num pulo, dei uma olhada no espelho e vi o quanto estava descabelada e com restante de maquiagem de ontem borrado. Linda, como sempre. – Droga!

Sai correndo pro banheiro tomar um banho enquanto Meg desceu pra fazer uma sala, detalhe que ela deveria estar arrumando-se agora. Mas e ela ia perder uma chance daquelas? Até parece.

Acho que nunca tomei um banho tão rápido em toda minha vida, nem muito menos me arrumei com tanta agilidade. Um fato milagroso que, se minha tia pudesse, zoaria. Coloquei um shorts curto e uma camiseta do AC/DC, enfim o de sempre né.

- Oi. – desci a escada, tentando ser simpática, mas minha cara de surpresa estava ali, podia sentir.

- Lizzie. – ele sorriu ok coração por que você acabou de dar um pulo exagerado? – Vim te dar uma carona. – riu.

- Ha-há, como você é engraçado. Nem iria me atrasar hoje ok.

- Sim, reparei. –assentiu. Revirei os olhos e comecei a rir.

- Hum, enfim. Não tá na hora de vocês? – Meg perguntou, me mandando um sorriso que provavelmente significava “você vai me contar tudo depois”. Que droga.

Entramos no carro e não consegui pensar em nada para falar, o silêncio predominou.

- Bela camiseta. – até ele dizer isso, é claro.

- Valeu. – sorri. – Vem cá, você não é meio velho pra dar em cima de alunas? – John gargalhou.

- Tenho 23 anos e faço o que quiser. – respondeu. HÁ! Sabia que tinha 23. Winner.

- Se você diz né.

Chegamos à escola uns quinze minutos depois, todos ficaram encarando, mas estava pouco me fodendo.

- Hm. Te vejo na aula. – ele riu. Sorri.

- Ok. Professor. – e fui em direção a sala enquanto ouvia a risada de John ao fundo.

As aulas passaram voando, mal pisquei e já havia terminado. O que era bom é claro.

- EI! – alguém apareceu, correndo e chamando. Parei e virei para trás. Não reconheci a pessoa que me chamou.

- Sim?

- Professor está te chamando na sala.

- Ok.

Quando o garoto saiu tive que revirar os olhos. O que ele queria agora? Não vai mais me largar pelo jeito, viciou. Dei risada com esse pensamento. Cala a boca Lizzie.

- Chamou? – falei, entrando na sala.

- Sim. E fecha a porta. – fiz o que ele mandou e aproximei-me da mesa.

- Diga.

- Senta. – apontou pra mesa de frente para a dele. Ninguém merece!

- Pronto, agora da pra falar? – ele riu.

- Gosto de te ver como aluna. – revirei os olhos enquanto ele gargalhava.

- Me chamou pra isso? Tenho mais o que fazer. – comecei a me levantar, mas ele impediu.

- OK desculpa. Só ia te convidar pra uma festa que vai ter sexta.

- Você quer dizer amanhã.

- Isso. – sorriu – Quer?

- Hm. Pode ser.

- Ok. Quer carona pra casa? – ofereceu. Dei uma risadinha.

- Vou me acostumar com o motorista. – ele riu.

- Quer ou não?

- Não precisa, tenho que ir fazer compras. Tchau.

Levantei e sai. Compras é claro. Como vou a uma festa sem alguma roupa nova descente? Não que seja do tipo fútil né, mas assim também não dá.

Fui para a casa a pé e como Meg não trabalharia à tarde, aproveitei para irmos às compras juntas. É claro que fui obrigada a contar o motivo e ela começou a me zoar de todos os jeitos possíveis, mas no fim ignorei. Que pessoa chata.

Frank’s POV.

Estávamos todos jogados na sala de estar da casa do Gerard assistindo a qualquer coisa que estivesse passando na TV. O dia estava um tédio, sem festa, sem qualquer coisa para fazer. Aceitaria até exercícios de matemática agora, tudo para evitar o tédio. Algo que, infelizmente, não foi possível. E, pra piorar tudo, tinha que aguentar a presença de Mikey no mesmo ambiente, na verdade perto de mim. Nada era perfeito.

- Como está a Lizzie? Ligou pra ela ontem? – Ray perguntou, encarando o teto.

- Liguei. – concordei.

- E? – Ge perguntou.

- Ela não falou muito, estava saindo com o professor de Geografia dela. – ri.

- Saindo com o professor? – Ge perguntou rindo. – Essa Lizzie não presta mesmo.

- Preciso saber dessa história melhor, mas vai que ela tá com ele agora. – falei, confesso que estava morrendo de ciúmes. Qual é! Ela é praticamente minha irmã.

- Devem estar se comendo numa hora dessas. – Ray zoou. Todos riram.

- Lizzie é “certinha demais” para estar fazendo isso. – Ge defendeu.

- Verdade. – concordei. – Mas vai que os ares da praia a mudaram né? Nunca se sabe.

- Falando nisso, podíamos aproveitar o feriado e ir visita-la, que tal? – Ray opinou.

- Boa ideia! – Ge concordou. Assenti junto. Era de fato uma ótima ideia. Queria ver aquela retardada e poder abraçar ela e morder. Enfim tudo o que faria normalmente.

- Que tal ligar pra ela e perguntar?

- Ok. – peguei o celular e disquei o número de Liz. Sabia de cor é claro.

- Alô?

- LIZZZZZZZZZIE! Por favor, saudades. – risadas.

- FRANKSTEIN! Awn. Desculpa por não ter podido falar muito ontem.

- Tudo bem. E como foi? Catou o teacher?

- Cala a boca. – ela riu – Mas ele me convidou pra sair amanhã. Uma festa, hm.

- Vai pra uma festa amanhã com ele? – cutuquei Gerard.

- SUA SAFADA! – Ge berrou, Liz começou a rir escandalosamente do outro lado. – Põem no viva voz quero falar com ela também.

Fiz o que Gerard disse e logo estavam Ray e Ge berrando e falando com ela. Mikey encarava o além, mas sabia e muito bem que ele estava prestando o máximo de atenção.

- Mas e ai, me conta, beijou o gato? - Ray perguntou fazendo uma voz muito gay. Lizzie riu.

- Não beijei o gato! Uma pena, eu sei, mas fazer o quê né. Nada é perfeito nessa vida. Quem sabe amanhã eu o beije! - ela riu. - Gente para de pensar besteira, tão me achando com cara de quem fica com professor de 23 anos?

- Ué, mas tem 23 anos! - disse, defendendo o cara confesso.

- Mas é meu professor!

- Foda-se. - Ge disse. - Quem liga pra isso hoje em dia?

- Você acabou de falar igual minha tia. - ela riu.

- MEEEEEEEEEEEG. - berrei. - Como tá ela?

- Safada como sempre. - rimos. "Ei, não sou safada!" "Ah é sim, lamento". - Ai, desculpa tia enxerida aqui.

- Manda um beijo! - gritei. "Frank mandou um beijo." "Pois diga praquela bicha mover aquela bunda magra até Laguna Beach".

- E EU VOU! - "ele disse que vai..."

- ESPERA, O QUÊ? VOCÊ VAI VIR ME VER?

- Bom, na verdade NÓS vamos. - Ray corrigiu. Houve berros e coisas caindo, julgo dizer que PESSOA caindo e silêncio.

- Liz?

- TO AQUI AINDA! - risos.

- Cê ta bem? - Ge perguntou.

- Vocês acabam de dizer que meus maridos vão vir aqui e esperam que eu esteja normal? Por favor né!

- MARIDOS? COMO ASSIM MARIDOS? TA ME TRAINDO LIZZIE?

- Na verdade sim, com o professor dela. - Ge respondeu.

- CALA BOCA GERAUDU UEI! Ceis vem quando?

- No feriado.

- SABADO, DOMINGO, SEGUNDA E TERÇA? TÃO BRINCANDO? AI MEU DEUS VOU MORRER. - mais barulhos e outros sons estranhos.

- Liz, por favor, mantenha-se viva para termos um motivo para ir. - Ray disse rindo.

- OK!

- Daí você apresenta o professor bonitão!

- JOHN! O NOME DELE É JOHN! Apresento pra vocês sim. Vão sair dai amanhã?

- Claro, pra chegar no sábado.

- Vão me ver de ressaca então.

- Só espero não ver um homem na sua cama. - falei.

- Hmmm. Vou tentar. - riu. - Tenho que desligar, Meg pediu pizza. TCHAU, BEIJO, AMO TODOS VOCÊS E VOU MORDER TODOS SÁBADO. TCHAAAAAAAAAAAAU. - e desligou.

Peguei meu celular e guardei-o no bolso. Gerard ainda ria.

- Idiota como sempre. - concordamos com a cabeça e continuamos a rir. Liz era um sarro, ainda mais agora com o novo amor da vida dela.
Hm, falando em amor. Mikey ficou com cara de tacho a conversa inteira. Minha vontade era de rir e sair correndo pela casa o chamando de idiota, mas me segurei.

- Será que ela... Hm, daria pro professorzão dela? - Ray perguntou fazendo todos nós rirmos.

- Olha, se ela tiver afim mesmo, talvez. - respondi.

- Acho que sim hein. - Ge falou. - Aquela safada.

Mikey levantou nesse exato momento e caminhou em direção a escada.

- EI! Seu mala, daqui a pouco a comida chinesa chega! - virou para trás.

- Hm. Sem fome. - e subiu as escadas. Acompanhamos ele até sumir de vista e depois Gerard virou o rosto para encarar Ray e eu.

- Dor de cotovelo. - concordei. - Ele ainda gosta dela. - Ge concluiu e voltou sua atenção para a TV.

Belo jeito de demonstrar isso não é? Começando a namorar com a primeira vadia que encontrou. Típico de gente idiota, só não espera isso de Mikey.

- Que seja ele fodeu com tudo mesmo.