We Are Dust In The Wind escrita por LizzieMoon


Capítulo 12
At the end of the world


Notas iniciais do capítulo

Leitores fantasmas, hora de aparecerem se gostam da fanfic.



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Faziam dois meses desde a ultima vez que vi meus amigos. Dois meses que morava em Laguna Beach e dois meses que estava... Solteira.

Era triste pensar sobre isso, desse ponto de vista. Frank me ligava todos os dias para saber como estava, o que fazia o que deixava de fazer e essas coisas. Bem daquele jeito protetor, de irmão mais velho, que Frank executa como ninguém.

Mas, além de tudo isso. Hoje era meu primeiro dia de aula...

Desde que me conheço por gente estudo com Frank, quando fomos para o ensino médio, continuávamos frequentando a mesma escola. Hoje, pela primeira vez em tantos anos era meu primeiro dia de aula, sem Frankie.

Não sei exatamente como lido com isso. Porem preciso.

– Bom dia. – desci as escadas, já arrumada. Coloquei uma das minhas muitas camisetas de banda e um shorts jeans. Era calor o ano inteiro em Laguna Beach, afinal estávamos no meio do inverno. Minha camiseta era do Misfits, achei oportuno colocar essa camiseta, tendo em vista o que representava para mim.

– Dia. – Meg mastigou seu cereal. Como já disse muitas vezes, minha tia não é muito diferente de mim. E uma das coisas que temos em comum é o café da manhã, onde ambas consumimos cereal e suco de manga. – Preparada pro primeiro dia de aula? – ela falou ao mesmo tempo em que mastigava.

– Não. – acenei com a cabeça. – Nem um pouco.

– Sinto muito não poder ajudar. – Meg falou, dei de ombros.

Terminei de comer meu cereal, subi correndo para escovar os dentes e me despedi de Meg. A escola ficava ali perto e não queria incomodar minha tia com caronas desnecessárias, sem contar que ela iria se atrasar para o trabalho, e não é um dos meus objetivos de vida fazer com que isso aconteça.

Descobri que não era tão longe quanto pensei. Digo, sabia que não era longe, mas não pensava que fosse tão perto assim. O caminho foi tranquilo, ao longe em alguns lugares, podia-se ver a praia. Uma visão encorajadora logo de manhã.

Avistei uma placa, com o nome da minha suposta escola e adentrei os portões. Não era um lugar tão pequeno, como pensei que fosse, porém era menor que minha antiga escola, isso com certeza.

Mal me situei nos corredores do local e já atrai milhões de olhares.

Achei muito estranho. Quero dizer, não sou uma pessoa que chama atenção, na verdade creio que metade das pessoas da minha antiga escola não me conhecem. Então não consigo entender porque estão me encarando. Ok sou a aluna nova, usando um short um pouco curto demais e com uma camiseta de banda, mas ainda assim...

– Com licença, onde fica a secretaria? – perguntei a uma garota que estava parada perto de um dos armários. Ela me olhou de cima a baixo antes de me dar um sorriso gigantesco.

– Vem comigo. – e saiu corredor a dentro me puxando pelo pulso.

Não andamos muito até ela entrar feliz da vida dentro de uma sala, não muito grande, onde se lia “Secretaria” na entrada. Acho que minha pergunta foi respondida.

A garota, que ainda não sabia o nome, ficou parada perto da porta enquanto me aproximei do balcão. A mulher que estava ali não era tão velha quanto pensei ser, na verdade deveria ter uns 25/26 anos. Encarou-me com um olhar tedioso.

– Sim?

– Anh... Sou aluna nov...

– Certo. – me cortou. Levantou da cadeira e entrou em outra sala, que antes não havia nem reparado. Voltou com alguns papéis em mão.

– Você deve ser Elisabeth... Certo?

– Sim.

– Ok, seus horários estão aqui. – entregou uma folha. – O mapa da escola, caso se perca e uns avisos de começo de ano letivo.

– Obrigada.

Caminhei em direção à porta e a garota já me agarrou pelo braço, me carregando mais para dentro da escola. Virei algum tipo de cachorrinho agora?

– Aliás, me chamo Brianna, prazer. – sorriu divertida.

– Lizzie. – resmunguei meu nome.

Brianna me acompanhou até a sala, que na verdade era a dela também e se sentou na minha frente. Ok, não pretendia fazer amigos, nem muito menos amigas.

Confesso que tenho esse preconceito em fazer amizade com garotas. Você nunca pode confiar cem por cento nelas, então confio cem por cento nos garotos. Primeiramente porque eles são extremamente sinceros e depois porque são fiéis a palavra.

Porem não estava muito em poder de escolha agora, certo? Quando o professor entrou Brianna virou para frente e enfim tive sossego. Isso é claro até o professor notar minha presença.

– Vejo que temos uma aluna nova. – ele sorriu para mim. Ok, não era nem um pouco feio. Na verdade deveria ter uns 23/24 anos... Será que as pessoas dessa escola são todas jovens? Ele era moreno e tinha os olhos verdes mais claros que vi em toda minha vida até hoje. Um porte físico um tanto quanto... Hm... Um porte físico que seria invejado por todos os garotos ligados a esse estilo de vida mais malhado. Ele era, hum... Interessante, se me permitem o comentário.

– E então, que tal vir aqui se apresentar?

Oh, droga. Certo. Hm. Levantei, por pouco não tropeçando e caminhei até a direção daquele deus greg... Digo, do meu professor.

– Então, seu nome? – ele perguntou, sorrindo. Oh Deus.

– Lizzie.

– Lizzie mesmo ou?

– Elisabeth, mas odeio que me chamem assim.

– Certo. E veio da onde?

– New York.

– Não está muito longe de casa? Veio por quê? Se me permite a pergunta.

– Minha mãe resolveu se livrar de mim e me empurrou para morar com a minha tia. – ele deu uma risadinha.

– Certo. Pode sentar Lizzie.

E depois disso a aula passou tranquila e rapidamente. Talvez porque não consegui desgrudar meus olhos daquele deus grego, mas... Enfim.

– O professor parece ter gostado de você. – Brianna comentou enquanto mastigava irritantemente seu chiclete. Droga mesmo, não tenho escolha né? Ok... Soltei um risinho sem graça. – Mas então, porque veio para Laguna? Digo, é longe pra caramba de Nova Iorque e afinal você morava em Nova Iorque!

– Minha mãe quis se livrar de mim. – repeti.

– É sério isso? Por quê?

– Sei lá. – Ok, confesso que não queria contar os meus problemas para uma garota que nem ao menos conhecia. Brianna me olhou desconfiada, porém parou de questionar e contentou-se em mascar o chiclete. Droga de garota irritante.

– Vamos? O sinal acabou de tocar! – disse feliz e saltitante. Já disse que odiei essa garota? É toda alegre, saltitante, feliz da vida, de bem com tudo, droga! Estou aqui tendo uma crise de identidade por estar numa escola nova e ela vem me enchendo à paciência? Quero Frank, agora! Meu celular tocou nesse momento e fiz Brianna parar no meio do corredor para poder atender, foda-se a aula.

– Alo?

– AMOR DA MINHA VIDA! RAZÃO DE VIVER! PAIXÃO!

– FRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANK, meu gostoso! – ela me olhou intrigada enquanto eu sorria feito uma idiota.

– Saudades de mim? Como tá a escola? Não me trocou né? Muita gente chata?

– Morrendo de saudades, um saco, não te troquei e sim. – respondi, tendo a cautela de cuidar com as palavras, afinal a chata ainda estava comigo.

– Ah, a pessoa chata ta aí? Entendi. – ele riu. – Enfim. Tem aula agora ou pode conversar?

– Na verdade... – olhei para Brianna que me encarava alarmada, não tinha mais ninguém no corredor. Revirei os olhos. – Tenho que entrar agora. – resmunguei.

– Te ligo mais tarde então, pode ser?

– Me liga lá pelas cinco que estou em casa.

– Certo, te amo. Tchau.

– Te amo também. Tchau.

– VAMOS!? – ela gritou comigo. Suspirei.

– Fazer o quê.

E entramos na sala. Todos nos encararam, mas o professor ainda não estava na sala, pelo menos isso né.

1 mês depois.

A escola ia de mal a pior, tudo era uma grande porcaria, havia me livrado de Brianna na segunda semana de aula, não que não tivesse tentado antes mas acho que a guria só se tocou duas semanas depois.

Fui apelidada de “mal humorada”, por favor, como se fosse obrigada a aturar essas pessoas. Estava de saco cheio da minha vida. Era tudo uma grande e bela bosta. Queria voltar para Nova Iorque correndo, mas deixar Meg também me fazia mal.

Tinha faltado uma semana de aula e não estava nem ligando para isso. Queria mais é nunca mais ir naquele covil de cobras. Nojo daquele lugar.

Infelizmente a escola já havia contatado Meg que ficou putissima quando descobriu, falando que não queria ser insuportável como a irmã, mas que eu deveria ir à escola e etc.

No fim, cá estava eu mais uma vez andando por esses corredores e com um aperto no coração por estar aqui. Quero ir pra casa, minha verdadeira casa.

Gee ainda não havia descoberto nada que pudesse me ajudar a combater aquele padrasto imbecil, tirando o fato de que mamãe, de fato, estava namorando com ele. Não é uma maravilha?

– Sentimos sua falta, Moon. – o professor falou. Ok, seu nome era John e sim, era o professor bonitão do primeiro dia de aula. Acho que rolou certa implicância comigo, afinal era sempre cobrada enquanto os outros, tipo, foda-se os outros. Isso irrita ok? Seu chato.

Sorri cinicamente para ele, não estava no melhor dia e deduzia ainda estar na TPM então.

– Que bom professor, pelo menos alguém sentiu minha falta nessa merda. – alfinetei. Ele sorriu divertidamente com a minha resposta.

– E ainda guardei a melhor prova para você! Que tal ir à biblioteca resolver?

– Seria ótimo. – sorri, pegando a folha que segurava em sua mão, minha mochila e saindo da sala. Todos me olhavam incrédulos de como podia ser tão mal educada. Ah, qual é.

– Alo? – meu celular havia tocado no meio do caminho.

– Lizzie? – era Frank no outro lado da linha, é claro.

– Que?

– Como você tá?

– Horrível. Frank quero ir embora. – choraminguei. – To indo na biblioteca fazer uma prova, se quiser me ajudar. – ele riu.

– Folgada dos infernos. – suspirou. – Anh... Mas não foi pra isso que te liguei gata.

– Então o que foi? – silêncio. Até pensei que a ligação tinha caído.

– Mikey... – suspirei.

– O que tem o Mikey? – perguntei meio sem jeito. Droga, não quero falar dele agora, estou prestes a fazer uma prova de Geografia!

– Ele... Anh... – suspiros. – Meu Deus como vou dizer isso... Ele...

– FRANK, NÃO ENROLA! O QUE FOI? – ouvi alguma voz ao fundo, acho que escutei algo como “Frank o que você está fazendo? Não ligou pra Lizzie não é? Cara! Para! Não faz isso. Desliga porra, agora.” Mas o que...?

– Preciso desligar gatinha, boa prova. – falou animado.

– FRANK! – silêncio.

– Te ligo de noite, prometo. – nesse exato momento entendi que ele iria contar de um jeito ou de outro, mas não seria agora. Suspirei. Que outra escolha tinha?

– Certo Frank. Tchau.

Marchei rumo à biblioteca a fim de fazer logo a prova. Quanto mais rápido chegasse às nove horas, que geralmente era quando ele me ligava, melhor.

Nove horas.

Me encontrava curtindo o tédio da solidão do quarto. Meg tinha saído com o namorado e sobrei. Estava esperando Frank ligar, mas parece que tinha esquecido disso. Fiz brigadeiro para acalmar um pouco e de nada adiantou, me deu é uma puta dor de barriga. Porcaria mesmo.
Remexia na cama desconfortavelmente, nenhuma posição me agradava. Se fosse ver acho que fiz o Kama Sutra inteiro sozinha de tanto que troquei as posições na cama.

Suspirei pela milésima vez no dia e me pus a encarar o teto. Nesse exato momento, parece que lendo meus pensamentos, o celular tocou e dei graças a Deus e alguns pulinhos na cama. Finalmente!

– Oi. – atendi prontamente.

– Fala criança, MC Iero na área pra comandar o batidão.

– Cala a boca Frank. – comecei a rir descontroladamente. Nossa, só ele mesmo.

– Como foi a aula?

– Ah, a mesma merda de sempre. Professor John me encarando e irritando e me enchendo o saco. As pessoas se afastando de mim e isso, de sempre.

– Bacana viu.

– É. – suspirei pesadamente. – Mas enfim. O que você queria me falar sobre o Mikey?

– Ah. – sim, ele tinha esquecido. Sabia! Conheço o Iero a tempo demais para saber quando ele esqueceu de algo. – Nada de mais.

– Frank Anthony Thomas Iero Jr. nem ouse, ESCUTOU? NEM OUSE NÃO CONTAR! – berrei.

– Easy girl, não precisa berrar e arrancar meu tímpano fora.

– AGORA, FALA! – ele suspirou.

– Lizzie... – silêncio. – O Mikey, hm, está... – suspiro. – O Mikey está namorando.

E de repente, meu mundo caiu. Junto com o celular que foi pro chão e acabou desligando. Devo ter caído no chão, não sei. Ainda me pergunte se cai ou se sentei. Quando percebi estava sentada no chão encarando fixamente o corrimão da escada.

Então ele... Ele... Me esqueceu.

E lágrimas surgiram de todas as partes. Rolavam descontroladamente por meu rosto.

Mikey... me esqueceu.



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Notas finais do capítulo

Oi :3 to com um puta mal humor hoje então JHN DFVJK NKJD ficou uma porcaria esse capítulo, eu sei. To sem ideias do que continuar, é difícil fazer a Lizzie em LB sem contar que as pessoas querem saber como anda a turminha da pesada. Capítulo que vem a história é toda no Frank's POV. hehehe, preciso aprimorar isso, mas enfim. hm. Acho que a fanfic não tem mais muito tempo de vida :/ to pensando em terminar ela. Então acho que os acontecimentos vão ficar meio pulados e tal tipo ~~~~~cinco mil anos depois~~~~~~ orra, nem tanto. Mas vocês entenderam. Enfim. Deixem reviews e qualquer coisa @mshalloweeen ou manda mensagem pelo nyah mesmo. E REVIEWS! Beijo e até o próximo capítulo. xxx