---Er... Tudo?

---Eu ouvi gritos, e vim correndo saber o que tinha acontecido.

---Estou bem. ---Levantei a fui saindo.

---Espera. ---Disse, segurando meu pulso.

---Edward me solta.

---Por que você esta assim?

---Assim como?

---Arrogante, tão filhinha de papai.

---Eu sou filhinha de papai.

---Mas não devia ser. Eu acho que você seria bem mais legal se não fosse.

---E desde quando eu preciso da sua opinião?

---Ai Bella, assim você machuca meu ego.

---Oh que peninha, estou muito arrependida por isso... Ah me poupe Edward.

Virei às costas e deixei ele falando sozinho, quando cheguei em casa, coloquei o Ricky na gaiola e fui para o meu quarto. Deitei na cama e comecei a pensar. Eu sinto falta do Ed, sinto falta do meu Ed, mas ele mudou.

Eu mudei, não sou mais a mesma, e ele esta notando isso, também, se não notasse, ele disse que eu sou filhinha de papai, e eu sou sim, não vou mudar porque ele quer. Ele quer?

---Isabella, seu pai lhe chama para jantar. ---Disse Ralf, sempre muito formal, batendo na porta do meu quarto.

Desci as escadas, quando cheguei lá, meu pai e a Sophyh já estavam na mesa, assim que a Sophyh me viu, abriu um lindo sorriso, mas não falou nada, já meu pai tinha que falar.

---Então minha filha, como foi sua tarde? ---Perguntou.

---Ótima pai! ---Ironizei. Ele não entendeu a ironia.

---A da Sophy também deve ter sido bem legal, ela abriu um grande sorriso assim que te viu.

A nossa conversa não passou disso, depois eu fui para meu quarto, a Sophyh para o dela, fiz meu dever de casa, tomei um banho e fui dormir, eu precisava descansar e organizar minha cabeça.

Estava deitada na minha cama, por um milagre não chovia, era de madrugada eu acho, escutei um barulho de pedra, ignorei, mais uma vez, ignorei novamente, na terceira vez eu me irritei e fui até a janela. A abri, Edward estava lá embaixo. Olhei no meu celular, tres e quinze da madrugada.

---Deixa eu subir? ---Pediu.

---Não.

---Por favor Bella, está frio aqui fora.

---Não.

---Ta chovendo fraquinho.

---Problema é seu, não pedi pra você vir aqui tres e quinze da madrugada.

---Ai Bella, por favor.

---Não, você veio porque é trouxa.

---Isabella querida tudo bem? ---Perguntou Mariáh, batendo na minha porta.

---Tudo sim Mariáh.

---Vai me deixar subir? ---Voltou a perguntar Edward.

---Me convença. ---Falei, o encarando.

---Eu... Eu estou com saudades da minha melhor amiga, saudades de a abraçar, de beijar sua cabeça, de dormir abraçado a ela, quando ela tinha medo de tempestades.

---E eu com isso?

---Você é a minha amiga Bella, por favor, me deixa subir.

---Sobe chato, mas se você cair, você vai ficar aí chorando de dor até o dia amanhecer, e eu vou mudar de quarto.

Virei às costas, ele escalou e entrou no meu quarto, realmente, assim que ele entrou, começou a chover forte, eu fui para baixo das minhas cobertas, enquanto ele ficou me olhando.

---O que você quer? ---Perguntei.

---Queria te ver.

---Me viu, agora pode ir embora.

---Para de ser assim, esquece por uma hora que seja que você é filha de um milionário, esquece que você é uma grande filhinha de papai, seja Isabella por uma hora, uma hora eu te imploro, seja aquela Isabella pela qual eu me apaixonei e até agora não esqueci.

---Uma hora Edward, uma hora.

Sinceramente eu não sabia ser a Isabella que ele estava pedindo, eu agiria normalmente, sem esse meu "escudo", fechei meus olhos e comecei a ignora-lo.

Fiquei assim por uns quatro ou cinco segundos, até eu sentir alguem deitando ao meu lado, abri os olhos imediatamente, era o Edward. (N/A: Sério Bella???  Tinha mais alguem no quarto com você??)

---Ey, o que você esta fazendo aqui? ---Perguntei, me esquivando.

---Vamos voltar no tempo, está chovendo, e que eu lembre, você tinha medo de tempestades.

---Tinha.

---Isabella abaixe esse escudo!

---Prefiro não. Esse escudo esta erguido desde que você foi embora.

---Eu voltei pequena.

---Não para mim.

Eu queria muito abaixar o escudo agora, mas eu não consigo, eu não sei como, eu não sei, eu não quero chorar na frente dele, não quero mostrar o quanto eu sou fraca, não quero.