Sorrio para ele, e ele me abraça de repente e o ouço dar uma risada baixa.

- É isso que eu mais amo em você, Rukia. Sua capacidade de me fazer sorrir de novo. –Sinto meu rosto avermelhar. – Obrigado, Rukia.

Ele se afasta e dá um sorriso lindo. Eu afago seu rosto.

/////Ichigo//////

Quando sinto as mãos dela no meu rosto, sinto meu rosto vermelho. Ela sorri a me ver corado, fazendo meu coração pular. Ela se encosta da cadeira e fica olhando Kiichi dormir. Eu olho pra ele e volto a olhar para ela.

- Vocês são realmente parecidos... – Ela me olha.

- Somos?

- Sim... mesma cor dos olhos, mesmo sorriso, mesmo jeito de dormir...Ele também fica um pouco vermelho igual a você quando dorme... – Ela sorri.

- E de você só puxou o cabelo, né? – Eu rio.

- Tomara que pelo menos isso... Senão teremos que fazer outro ou outra e torcer para que saia alguma coisa minha... – Rukia cora e eu começo a rir.

- Ichi! Isso é hora de pensar nisso? – Eu me aproximo dela e a olho.

- Pensamos nisso quando chegarmos em casa, tá? – Ela cora mais e vira a cabeça. Eu dou um sorriso. 

- Querem ir visitar seu pai, Kurosaki-san? – Me viro e vejo o nosso doutor sorrindo para nós.

- Ele tá acordado? – Ele fez que sim.

- Se quiserem ir, vocês tem uma hora. – Me viro pra Kia.

- Vamos?

- Vamos. – Levantamos na cadeira juntos, e de mãos dadas fomos até o quarto do meu pai. Chegando lá, encontramos ele lendo uma revista, e quando nos viu, abriu um enorme sorriso.

- Vocês vieram! Achei que tivessem voltado pra casa! – Eu sorrio e sento na cama dele, e a Kia na poltrona.

- A gente não iria te deixar aqui sozinho pai. – Ele abre um sorriso enorme.

- Que bom... – Ele boceja. – Vou dormir um pouco, ok?

Faço que sim e ajudo-o a se ajeitar na cama, afofando seu travesseiro e o cobrindo. Rukia se aproxima dele e beija sua testa, o fazendo corar um pouco.

- Durma bem, Tio.

Saímos do quarto e voltamos para as cadeiras. Vejo Kia bocejar.

- Kia, vai pra casa com ele... Eu vou ficar bem. – Ela me olha preocupada.

- Jura que vai ligar se acontecer alguma coisa? Vai se cuidar direito? – Dou um sorriso e beijo na sua testa.

- Vou me cuidar, minha flor, não se preocupe. Pode dormir tranquila, ok? – Ela me olha.

- Okay... – Ela fala baixinho, mais seus olhos não concordam e refletem sua preocupação. Sorrio e a beijo, de leve, nos lábios, várias vezes, até ela ficar na ponta dos pés, e encosto sua testa na minha, olhando seus olhos azuis.

- Confie em mim, pequena. Posso estar distante mais sempre cuidarei de você, ouviu? Eu te amo. – Ela sorri lindamente e me beija outra vez.

- Também te amo... Cuida-se ouviu? – Faço que sim e beijo Kiichi. Fico olhando ela se afastar e vou para o quarto do meu pai. Abro a porta devagar e vejo que ele continua dormindo. Sento-me na poltrona e passo a mão pelo cabelo, suspirando. Ajeito-me na poltrona e durmo na mesma hora.

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Acordo horas depois com o sol no meu rosto. Abro os olhos devagar e sinto uma coisa macia no meu rosto. Levanto-me e vejo um travesseiro onde eu estava deitado. Olho pro lado e vejo meu pai acordado, comendo satisfeito um café da manhã. Sento-me no sofá.

- Bom dia, pai...

- Bom dia, filho... A Rukia-chan voltou pra casa, né? – Fiz que sim, passando a mão pelo cabelo. Ouço minha barriga roncar e meu pai sorri.

- Tá com fome?

- Não, é que eu tenho um motor na barriga... – Reviro os olhos. - Obvio né!

- Então vem comer comigo... Deram-me tanta comida que parece que querem me engordar.

Sento-me com ele na cama e começo a comer. Cinco minutos depois, ouço meu telefone tocar. Pulo da cama e vou até ele.

- Moshi Moshi?

- Ichi? Sou eu, Rukia... Como você está?

- To ótimo, flor. Meu pai tá mandando um beijo... E eu também to. – Quase que consigo ver ela sorrindo do outro lado da linha.

- Senti saudades sua... – Eu sorrio.

- Eu também. To quase morrendo de saudades... Vem pra cá logo...

- Eu ia falar isso agora...Eu já estou indo, só falta arrumar o Kiichi...

- Não tem com quem deixar ele?

- Não... Suas irmãs saíram... Quando cheguei aqui só tinha eu em casa... – Dei um sorriso.

- Ah... Agora mesmo que eu queria ter ficado com você... – Ouço sons de engasgo e consigo ver ela vermelha.

- I-Ichi! – A ouço respirar fundo. - Não sabia que a saudade era tanta assim...

- Isso é só um pouco... Não imagina como senti saudades...

- Ai, ai... Okay, já estou indo para aí... Beijos.

Desligo o telefone e ouço meu pai tossir. Olho pra ele e coro na mesma hora, merda esqueci que ele estava aqui!

- “Não imagina como senti saudades”... – Olho pro lado.

- Po-porque tava prestando atenção na minha conversa?

- Não tinha como reparar como sua voz estava... fofa...no telefone... – Coro mais ainda.

- Já-já terminou de comer? – Perguntei mudando de assunto rápido.

- Si-

- PERFEITO VOU CHAMAR A ENFERMEIRA!  - Saio correndo do quarto, sendo seguido pelo olhar “WTF” do meu pai. Fecho a porta atrás de mim e vou atrás de uma enfermeira. Vejo uma se aproximar do quarto e vou até ela.

- Com licença... A senhora é a enfermeira do meu pai?

- Hum. – Ela olha a prancheta. – Seu pai é o Kurosaki Isshin, né?

- Sim, ele mesmo. – Ela sorri.

- Então eu sou sim. Vim buscar a comida do seu pai... –Ela olha pras minhas mãos. Eu dou a mesa a ela.

- Obrigada senhor...

- Ichigo. – Ela sorri.

- Obrigada Ichigo-kun. – Ela se curva e se afasta. Eu volto ao quarto e dou de cara com a Kia do lado dele. Eu me sinto abrir um sorriso e vou até ela, correndo para abraça-la.

- Kia... Que bom que você voltou! – Falo soltando ela. Ela sorri.

- Também senti sua falta, Ichi. – Ela beija minha bochecha. Eu olho pra ela.

- Cadê o Kiichi?

- O deixei com sua irmã, a Yuzu-chan. O Kii-chan a adorou! - Ela pula no lugar.

- Ichi Ichi! Tenho uma boa notícia! Seu pai vai poder voltar pra casa hoje!

- Sério? Que bom! – Ela sorri animada. – Quando vamos leva-lo?

- Hoje mesmo! Só estávamos esperando você!  - Eu bato as mãos.

- Então... Vamos!

As horas seguintes foram ocupadas com muito trabalho, pois tivemos que levar meu pai pra cadeira de rodas, e ainda carregando as coisas dele e contando com sua preguiça repentina.

Chegando em casa, e botamos meu pai na cadeira para descansar. Kiichi ficou super feliz por ver o avô, não parava de sorrir. Yuzu foi fazer a janta, e eu e Kia fomos pro quarto tomar banho, tirar a roupa de hospital. Kia foi primeiro, e eu fiquei sentado na cama, olhando pro teto. Quando estava quase dormindo, ouvi a porta abrir, e Kia saiu de lá de blusa e com o cabelo todo molhado. Eu fiquei encarando ela por um bom tempo. Ela percebeu e corou.

- Dá pra parar de babar? – Eu acordei.

- Hãn? – Fecho a boca. – Desculpe Kia... É que você tá tão linda que eu não segurei...

- Mais eu to só de roupa de dormir, Ichi! – Eu sorrio e puxo ela, fazendo-a cair cama e eu subo em cima. Ela cora.

- Você fica linda com qualquer roupa, Kia. – Beijo ela até perdemos o ar. Separamo-nos e ela me olha um pouco corada, mais sorrindo.

- Vai tomar banho não? – Eu dei um selinho nela e sorri.

- Agora não... Tenho coisas melhores para fazer... – A beijei de novo, com ela retribuindo, e eu fiquei aproveitando aquela sensação boa. Separamo-nos pela falta de ar. Ela me olhou sorrindo.

- Você tá com TANTA saudade assim? – Eu sorri.

- Você ainda não viu nada.