I Think I In Love escrita por BleachFanMax


Capítulo 32
Capítulo 29- Novo Doutor e Má Notícia Pt II


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas da terra e do espaço(que tenham computadores)!!
Não demorei tanto assim né? Espero
Nos proximos caps deve ter um pouco de drama maaaas.. acho qe vcs gostam, né?
Bem...Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142000/chapter/32

Acordei com o sol batendo no meu rosto, e me sentei na cama, cansado. Não tinha dormido bem noite passada, graças à preocupação devido a recente doença do meu pai. Olhei pro lado e vi a Kia dormir tranquila, em um sono leve. Ajeitei a mecha de cabelo do seu rosto e fui saindo da cama, devagar.

Fui ao banheiro e lavei meu rosto. Depois fui a sala e encontrei meu pai, sentado no sofá comendo e vendo TV. Fui até ele.

- Oi pai, bom dia! – Ele se virou e me viu.

- Bom dia filho. Dormiu bem? Está com uma cara estranha... – Eu sorri enquanto pegava uma tigela.

- Só não dormi muito... Nada demais... – Ele bufou.

- Hum... Tá parecendo um urso panda... Depois eu sou o doente...

- E você parece bem melhor hoje né? Já começou o dia sendo engraçadinho.... – Resmunguei.  Enchi a tigela de cereal e sentei do seu lado.

- Pai, vou te levar ao médico hoje, tá?

- Não. – Bufei.

- Vou sim. Nem que seja amarrado. – Ele me olha.

- Você faria isso com seu velho e amado pai? – Dei um sorrisinho.

- Faria sim. – Ele me olha horrorizado.

- Você é cruel! – Eu ri.

- Tá, sou o ser mais malvado do mundo... Agora, termina logo isso aí para podermos ir...

Ele ainda reclama, mais eu o ignoro e ele fica resmungando sozinho. Vou até o quarto e ponho uma calça jeans e uma blusa branca. Volto para a sala e meu pai está me esperando impaciente.

- Vamos logo com isso.

Levei-o então, ao hospital e chegando lá, um médico pálido e de olhos inchados nos atendeu, e logo depois descobri que ele é médico residente no segundo ano.

- Ele parece mais jovem que você e mais doente que eu. – Meu pai resmunga.

O residente nos mandou ao térreo pra fazer um raio-X do tórax. Quando voltamos junto com a enfermeira nos trouxe de volta, ele estava preenchendo um formulário. Aproximamos-nos dele.

- Leve isso ao balcão de recepção, por favor. – Disse ele enquanto escrevia.

- O que é isso? – Perguntei.

- Um formulário de encaminhamento.

- Para que?

- Setor de pneumologia. – Olhei pro meu pai, que deu de ombros, e voltei a olhar ele.

- O que é isso? – Ele me olhou por cima dos óculos. Encarou-me por um bom tempo e voltou a escrever.

- Ele tem uma mancha no pulmão direito. Quero que examinem para ver o que é.

- Uma mancha? – Perguntei, e, de repente, a sala ficou pequena demais.

- Câncer? – meu pai perguntou como quem não quer nada.

- É possível. Seja o que for, é suspeito. – Murmurou o médico.

- Você não pode explicar melhor?

- Na verdade, não. Primeiro, é preciso fazer uma tomografia, depois, ver o pneumologista. – Ele estendeu pra mim o tal formulário de encaminhamento. – Voce disse que seu pai fuma, não é?

- Sim.

Ele assentiu com a cabeça. Olhou pra mim, pro meu pai e voltou a olhar pra mim.

- Vão lhes telefonar em duas semanas.

Queria perguntar como ele achava que eu iria viver com aquelas palavras, “suspeito” e “mancha”, por duas semanas. Como eu iria comer dormir, trabalhar?

Mais, em silêncio, peguei o formulário e entreguei aonde ele tinha mandado. A volta pra casa foi em silêncio, eu tentando me controlar ao máximo. Chegando a casa, ele foi pra sala e eu fui procurar Rukia. Precisava dela. Urgentemente. Antes que eu explodisse.

Achei-a no quarto, deitada. Aproximei-me dela.

- Ichi... o que aconteceu? – Ela me olhou assustada. Minha cara não devia estar boa. Caí na cama, do seu lado.

- Meu pai. Suspeita de câncer. – Consegui falar, rouco. Assustado. Ela ofegou horrorizada. Foi o que bastava. Minha cabeça caiu, e fiquei encarando o lençol. Senti-a me abraçando e minhas defesas e vontade caindo. Encostei a cabeça nela.

- Ichi... Pode chorar.

Desabei no choro, molhando sua camisa inteira. Ela chorava junto comigo, e eu soluçava feito um bebê no seu colo. Horas depois, lá estava eu, deitado no seu colo, e ela acariciando minha cabeça.

- Obrigado, Kia....Eu...eu acho que precisava disso... – Falei. Ela me olhou sorrindo e meu rosto avermelhou.

- Foi nada, Ichi....Mais, não esqueça. É só uma suspeita. Talvez não possa ser mesmo câncer.

- Eu sei...

////////////////////////////////////////////

Duas semanas se passaram desde a conversa com a Kia depois do hospital. Duas semanas se passaram mais ninguém telefonou. Quando liguei pra lá, eles disseram que tinham perdido o tal formulário. Eu entreguei mesmo o papel? Telefonariam, então, em três semanas. Fiz o maior escarcéu e acabei conseguindo reduzir os prazos: Uma semana para a tomografia e duas para a consulta com o médico.

O Dr. Wattson, tinha a fala macia e cabelo recurvados e uma barba grisalha, disse que tinha examinado a tomografia e que seria preciso fazer um procedimento chamado broncoscopia, para colher massa pulmonar para um exame patológico. Marcou o exame para a semana seguinte. Agradeci e ajudei meu pai a sair do consultório, pensando que teria que conviver  uma semana  com a nova palavra “massa” , que era mais sinistra que “ suspeito” ou “câncer” . Adoraria que a Rukia estivesse aqui comigo.

Acontece que, como “o carinha lá de baixo “, o câncer tem vários nomes. O do meu pai se chamava “ carcinoma aveno-celular”. Em estado avançado. Inoperável. Meu pai perguntou ao Dr. Wattson que fizesse um prognóstico. O médico mordeu o lábio e usou a palavra “grave”. A sala apertou de novo.

- Por certo, há a quimioterapia – acrescentou ele. – Mais seria apenas um paliativo.

- O que significa isso? – Meu pai perguntou.

- Significa que não vai alterar em nada o desfecho. Vai apenas retardá-lo. – Respondeu o médico com um suspiro.

- Aí esta uma resposta franca, Dr. Wattson. E lhe agradeço por isso. – meu pai disse. – Mais não quero saber desse tratamento.

Olhei pro meu pai perplexo e me surpreendi com o que vi. Meu pai tinha no rosto um ar decidido que eu nunca havia visto. Tentei falar alguma coisa, mais seu olhar para mim fez sumir as palavras.

- Arigatou, Dr. Wattson.

Foi só o que consegui dizer.

A chuva que o rádio estava mencionando mais cedo não apareceu, mais quando saímos do consultório do dr. Wattson, os carros respigavam a água suja da calçada. Quando chegamos ao carro, meio molhados pela chuva fina que caía, meu pai acendeu um cigarro, e fumou durante todo nosso trajeto até em casa, evitando meus olhares para ele.

Após chegar ao hotel, subimos para nosso quarto em silêncio. Quando eu estava enfiando a chave na porta pra entrar, me virei pra ele.

- Quero que você pense na possibilidade da quimioterapia, pai. – Ele me olhou sério.

- Chega! – Ele fala. - Já tomei minha decisão.

- E quanto a mim, pai? Só tenho você, o que eu vou fazer? – Perguntei a ele a com a voz embargada e meus olhos cheios d’agua.

Seu rosto molhado pela chuva se fechou em uma máscara angustiada.

- Você já está com vinte e quatro anos, Ichigo! Já é adulto! Você já é casado e tem um filho! Você... – Ele abriu a boca, fechou-a, voltou a abri-la, reconsiderou.  – Esta querendo saber o que vai acontecer com você. É isso que venho tentando te ensinar desde que você era criança: a nunca precisar fazer essa pergunta.

Ele abriu a porta e voltou-se novamente para mim.

- E tem mais uma coisa. Não quero que ninguém fique sabendo disso, entendeu? Ninguém. Não quero piedade de quem quer que seja.

Dizendo isso, se sentou na cadeira da sala e ficou fumando um cigarro atrás do outro, na frente da TV. Não consegui descobrir a quem ele estava desafiando...

Fui até a cozinha e liguei o fogão, botando um pouco de agua pra esquentar. Fui até o quarto, onde encontrei Kia e minhas irmãs dormindo. Fui até elas e as beijei no rosto. Peguei uns cobertores do armário e espalhei pelo chão, deitando minhas irmãs neles. Quando ia sair do quarto, passei pelo meu pai no corredor. Murmurei um boa noite. Ele disse sim. Ouvi-o tossir do quarto.

Voltei pra cozinha e comecei a comer meu macarrão instantâneo. Comi em silêncio. Voltei para meu quarto, e troquei de roupa, botando uma calça de moletom e uma blusa. Deitei do lado da Kia. Suspirei baixinho, passando a mão pelos cabelos.

Tanta coisa pra pensar... tanta coisa acontecendo em um período de tempo tão pequeno...”.

Fechei os olhos e adormeci imediatamente.

No tempo que se passou desde a última consulta com o dr. Wattson, várias coisas aconteceram. Lembro-me desse tempo como um período de primeiras vezes. Primeira vez que ouvi-o  gemer no banheiro. Primeira vez que vi sangue em seu travesseiro. Primeira vez que ele cuspiu sangue no lencinho que carrega. Rukia passava por tudo isso junto comigo, e percebia o quanto meu pai estava ficando debilitado. Eu via a cara de preocupação que ela fazia quando ele tinha ataques de tosse e cuspia sangue no seu lenço. Eu mesmo sabia que ele não tinha muito tempo.

Esse ano, na época da festa do Halloween, meu pai ia ficando cada vez mais cansado. Quando eu, Kia, Kiichi e o pessoal saíam, ele até saia, mais de uns tempos para cá, acabava ficando em casa. Quando o Dia de Ações de Graças chegou, ele ficava cansado antes do meio dia. A partir daí, até no Natal, quando fomos sair para comprar os presentes, ele quis ficar em casa. Ele quase não saia, e não andava muito, pois se cansava com facilidade.

Então, em um frio domingo, logo depois do Ano Novo, ele estava sentado na sua cadeira, vendo TV, e eu abraçado com a Kia e com o Kiichi, deitados juntos na cama, quando me virei pra ela.

- Kia... Estava pensando em uma coisa... – Ela desvia os olhos do Kiichi, que brincava com seus brinquedos, e me olhou.

- O que é Ichi?

- Estava pensando... Em voltarmos pro Japão... Cuidar do meu pai lá... – Ela olha pro teto, pensativa.

- Hum... Pode até ser...mais e quanto ao dr. Wattson?

- Eu ligaria pra ele e explicaria tudo... – Ela sorri.

- Se você acha melhor... – Beijei sua testa. Kiichi olhou pra mim.

- Que foi? – Ele aponta pra sua testa. Menino esperto...

- Quer beijo também? – Ele sorri. Aproximo-me dele e beijo sua testa. Ele ri e beija minha bochecha. Eu sorriu de volta e sento na beira da cama. Pego meu celular e ligo pro dr. Wattson. Ele atende após três toques.

- Alô?

- Dr. Wattson? Aqui é o Ichigo!

- Ah, Ichigo! Tudo bem com seu pai?

- Ah, sim...Tudo bem...Eu queria falar uma coisa importante com você.

- Pode falar.

- É que eu estava pensando em voltar para o Japão, cuidar do meu pai lá, passar-

- Bem... Creio não ter problema com isso... Mais vocês tem médico pneumologista lá? Se quiser, eu ligo para um conhecido meu que atende lá, peço pra ele cuidar do seu pai lá.

- Ah, seria muito bom dr. O senhor pode fazer isso? – Ele ri.

- Claro que sim, sem problemas! Irei ligar para ele agora, logo eu te retorno ok?

- Ok, Obrigado Dr. – Falo agradecido. Desligo o telefone mais aliviado. Sinto uma mãozinha e olho pro lado. Kiichi me olha com curiosidade. Os olhos dele são mesmo os da Kia...

Pego ele no colo e o levanto, o sacudindo, fazendo-o rir. Abaixo ele e faço cosquinha nas suas costelas, com ele se contorcendo nos meus dedos. Solto ele, que pula em cima de mim. Jogo ele na cama e ele ri mais.

- Quer mais cosquinha? Quer? – Ele faz que não, mais fiz de novo, e comecei a rir ao o ver chorar de rir. Rukia ria junto. Kiichi alcança um travesseiro e joga em mim, e eu finjo cair morto ao seu lado. Ele me olha e olha pra Kia, que pula em cima de mim, e junto com ele, me fazem cosquinha. Eu rio, mais consigo me virar e faço cosquinha nos dois. Eles choram de rir, e riem da mesma maneira. Eu deito do lado deles. Kiichi ainda tenta parar de rir.

- Pa...pai..

Eu me viro na mesma hora. Kia me olha surpresa.

- Ele... Falou? – Ela sorri.

- Sim... ele fa-

- ELE FALOU PAPAI! ELE FALOU PAPAAAAAI! –O agarro e começo a girar ele, rindo.

- Exibido... – Olho pra ela.

- Ta com ciúmes porque ele falou papai? – BONC

- SUA MALUCA! – Grito, massageando minha cabeça. Ela pega o Kiichi e me dá a língua.

- Ele vai falar mamãe... é só esperar... – Eu rio e ela taca outro travesseiro na minha cara. Meu telefone toca de repente.

- Alô? 

- Aqui é o Wattson.

- Ah, é o Ichigo! Conseguiu falar com ele, doutor?

-Sim, sim... O nome dele é Dr. Hiroki Kagamine. O escritório dele é na Rua Karachi, numero 23. É um prédio azul e é no décimo-segundo andar. – Comecei a anotar.

- Ah, puxa, muito obrigado, doutor.

- Não há de que, Ichigo. Desejo uma boa viajem e melhoras ao seu pai.

- Obrigado, doutor. Tenha um bom dia. – Desliguei o telefone. Kia me olhava curiosa.

- Quem era?

- Era o Wattson. Ele deu o nome e o endereço da clinica de outro médico que pode cuidar do meu pai, lá no Japão. – Ela sorriu.

- Qual é o nome dele? – Mostrei o papel a ela.

- Hiroki Kagamine? Nome bonito... Eu acho que já ouvi falar dele... – Dei de ombros e me deitei do seu lado.

- Bom, finalmente vamos tem sossego... Agora só tenho que comprar as passagens... – Kia deita do meu lado.

- Quando você vai comprar? – Eu suspiro.

- Mais tarde... Eu vou comprar hoje, Kia... Só vamos relaxar agora Okay? – Falei, beijando sua testa. Ela deitou do meu lado e me beijou.

- Okay.

Ela disse encostando no meu ombro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
O nome do novo doutor foi inspirado em uma lista de nomes que eu quera botar no Kii-chan..e no sobrenome do Len Kagamine, de vocaoid, que eu amo..
ENTÃO NÃO TOQUEM NO LEN! ELE É MEU!
er... Espero que tenham gostado!!!
DEIXEM REVIEWNS POVO!!!
Beijs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Think I In Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.