- Vai fugir de mim novamente Isabella? – Sua voz era de um tom desafiador.

Piada do ano! Eu com medo da fútil patricinha Tânia Denali. Acho que só para perturbar mais ela trouxe junto suas “amiguinhas”.

- Eu fugir de você? Esqueceu de tomar seu gardenal? – Falei calmamente.

- Jéssica o que é gardenal? – Tânia perguntou para Jéssica.

- Desculpa ai, mais eu não sei o que é não. - Respondeu para a loirinha do cabelo original.

- Ta, ta, ta. E eu não tomo esse negocio ai não... – Respondeu ainda confusa. – E afinal de contas, se você esta perguntando é por que toma.

Não respondi, fiquei apenas com a cabeça abaixada. Não, eu não havia abaixado a cabeça por medo ou vergonha, abaixei a cabeça pra ver se a colocava no lugar. Comecei a contar de um até dez respirando fundo. Não, eu não arrumar briga com uma pessoa dessas, resolvi continuar meu caminho, levantei a cabeça e comecei a andar novamente. Só agora reparei que havia algumas pessoas envolta.

- Eu não disse que ela iria fugir novamente? – Disse Tânia com a voz vitoriosa.

Abaixei a cabeça novamente, ok, ela pediu.

- Vai chorar Bellinha? – Seu tom de voz agora era... Causava-me nojo.

- Eu não choro. – Respondi levantando a cabeça novamente.

Acho que agora praticamente metade dos alunos havia chagado mais perto para ouvir a discussão.

- Faz o que então? Sai correndo? – Essa voz me irrita.

-Não... – comecei a falar sorrindo – Eu arrebento!

Como eu já esperava, ela era lenta para entender as coisas.

- O que... – Ela não teve tempo de falar, pois eu já estava em cima dela.

- A sua vadia! Vai aprender a nunca mais mexer comigo! – Gritei dando um tapa estalado em seu rosto. Foi tão forte que até minha mão ficou doendo.

A essa altura já havia muito mais alunos em volta, alguns até filmando. E todos também já gritavam “Briga! Briga! Briga!”.

Tânia tentava a todo custo passar por cima de mim, mais não sei se era por que eu era mais forte ou por medo de quebrar suas unhas ela não conseguia. Como não iria conseguir me bater começou a me arranhar.

Sai de cima dela e ela se levando quase no mesmo instante que eu, mas como parece que não aprendeu a lição veio atrás de mim. Não aprende a lição mesmo.

- Se você acha que isso vai ficar assim não vai Isabella! – Gritou enquanto vinha em minha direção.

- Já não acha que ta bom, não?- Falei puxando seus cabelos loiros ensebados.

Quando aumentei a força do puxão sinto fios deslizando em minhas mãos, olho para ela e... O cabelo dela é aplique?

Oh God! Eu esperava tudo menos isso. Não aguentei e comecei a rir histericamente.

- Nossa! Depois dessa eu peidava e cheirava! – Disse um garoto fazendo com que não só eu, mais todos os que estavam assistindo rissem mais ainda.

- E vocês? Vão ficar ai paradas sem fazer nada? Venham me ajudar! – Tânia começou a gritar desesperada para suas amigas.

Mas acho que elas não iriam sair dali tão cedo, estavam praticamente petrificadas, com os olhos arregalados e tudo mais.

É melhor eu sair daqui antes que o diretor apareça.

Abaixei para pegar minha bolsa, que nem eu sei como estava em jogada em um canto qualquer, quando me levanto dou de cara com o Sr. Duff, o diretor.

Parece até praga.

- Quem é o responsável, ou melhor, irresponsável que causou essa baderna toda? – Falou já olhando pra mim, daqui a pouco o presidente morre a culpa também vai ser minha.

Metade dos alunos apontou para mim e a outra metade para Tânia. Pelo menos eu não iria me foder  sozinha.

- Srt. Denali e Srt. Swan me acompanhem. – Disse caminhando em direção a diretoria.

Tânia tentou como pode esconder a cabeça, e eu? Ah! Tanto faz, já estou acostumada a ir até lá mesmo. Caminhamos pelo corredor lado a lado, por onde passávamos as pessoas cochichavam, que ótimo, além de falarem que eu era uma psicótica agora arrumaram outra fofoca.

Chegamos à sala do diretor e ele nos esperava com a porta aberta, como eu entrei por ultimo, fechei-a.

- Novamente em minha sala Srt. Swan? – Que perguntinha mais idiota.

- Que isso diretor, eu estou sabendo! – Tenho que tirar uma com a cara dele, tenho.

- E sobre o que a senhorita esta sabendo? – Perguntou.

- Que seu sovaco ta fedendo.

- Hahaha, muito engraçado. – Disse de cara emburrada sentando-se na cadeira.

- Muito mesmo. – Comentei rindo estrondosamente.

Começou a mexer em alguns papéis que estavam sobre a sua mesa, acho que isso durou uns cinco minutos.

- O queridinho, esqueceu que nós estamos aqui? – Até que enfim sai alguma coisa boa da boca da Tânia.

- Queridinho? – Perguntou ele com uma carranca.

- Queria o que? Queridão? – Dessa vez fui eu.

- Achei que a conversa era entre eu e ela Srt. Swan. – Disse Sr. Duff.

- Depois eu sou sem educação... - Falei baixinho, mais em um tom suficiente para ele escutar.

- Bom então, vejo que terei que lhes dar um belo de um sermão... –

Nem prestei atenção, já havia levado vários sermões dele, um a mais, um a menos não iria me fazer diferença.

Preferi concentrar-me em uma aranha que fazia uma teia no canto da parede. E nossa... Ela era bem grande pra uma aranha dessas que ficam em paredes. Parecia mais peluda também. As pernas eram maiores... Ai meu deus! Não era aranha de parede, era uma caranguejeira! E ela estava descendo!

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh uma aranha! – Gritei levantando da cadeira.

Ta legal que piti era coisa de patricinha, mais me responda:

O que você faria se estivesse no meu lugar?

- Ta louca garota? Não to vendo nenhuma... – ela olhou para cima - Aranha! Aranha! Aranha! – Começou a gritar junto comigo.

Eu que não vou ficar aqui pra ver onde ela vai cair.

Abri a porta e sai e eles nem perceberam.

Do lado de fora Emm, Haay, Allie e Edzinho me esperavam.

- Na diretoria de novo Bellinha? – Perguntou Emmett tentando parecer sério.

- Faze o que maninho... – Respondi bagunçando seu cabelo.

- Bateu na Tânia?- Perguntou Alice com os olhinhos brilhando.

Somente assenti.

- Ela estava precisando de uma surra mesmo. - Disse Hayley.

- E você, esta fazendo o que aqui? – Perguntei para Edzinho.

- Só vim para me certificar de que a minha irmã também não vai armar barraco aqui. – Respondeu.

Eu escutei direito? Chamou-me de barraqueira?

- Eu fiz o quê? – Perguntei.

- Barraco? – Respondeu meio que perguntando.

- Ta me chamando de barraqueira moleque? – Perguntei a ele baixinho.

- Moleque? – Disse no mesmo tom de voz que eu.

- É! - Respondi dando uma joelhada em suas partes baixas.

Não estava aguentando mais, sai de lá e fui para o estacionamento. Entrei no meu carro e somente me esparramei pelo banco. Me chamar de barraqueira? E por que eu estava me importando se ele me chamava de barraqueira ou não?

Nunca liguei muito pro que os outros falavam de mim, claro que às vezes ficava chateada, mais nunca liguei muito.

E ainda por cima tenho que me resolver com Sr. Duff. Mais se ainda existe alguém por mim ai em cima, tomara que ele morra com o veneno da aranha.

Pode me chamar de qualquer coisa que eu nem ligo. Mentira, eu ligo sim.

Ai quer saber? Não vou ficar aqui sabendo que depois o povo vai vir me perturbar.

Vou é para casa que eu ganho mais, deito, durmo e como Rufles. [N/A: Belle, essa foi pra você caat.][N/B: acho que para nós três.].

Liguei o carro e fui em direção de casa.

Muita gente fala que eu sou muito dramática, que eu acho que o mundo gira em volta de mim e essa baboseira toda.

Mais não é verdade.

Eu tenho a minha maneira de ver as coisas.

E daí que eu sou irresponsável?

E daí se eu tentei me matar?

E daí que eu não suporto meus pais?

E daí que eu bato em Tânia Denali?

Dizem que sou louca e canto mal, que pra socialite eu não tenho vocação.

Sei que isso tudo é verdade, mais eu quero que se foda essa porra de sociedade!

Olha que ótimo, já estou no portão de casa. Agora cadê aquele controlezinho de abri-lo? Tava aqui no porta-luvas... Achei.

Eu devo estar com distúrbios mentais, voltei a falar sozinha.

Deixei o carro em qualquer canto da garagem e entrei. A porta estava aberta, sinal de que Suzan estava em casa. Passei pela sala e subi as escadas praticamente voando, já que não estava muito a fim de falar com ninguém.

Entrei no quarto e fechei a porta. Até que em fim cheguei ao meu refugio feliz.

Aqui é o único lugar em que eu consigo ficar em paz, sem que me perturbem.

To dramática hoje hein?

Joguei minha bolsa em qualquer canto e fui me sentar na cama, estava morrendo de sono já que não dormi muito bem essa noite. Já matei aula mesmo, vou dormir. Troque de roupa rapidamente.

Do jeito que estava me deitei na cama. A coisa que eu mais queria era dormir e não ter que acordar mais...

Com esse pensamento cai na inconsciência.

##

Acordei por conta do frio, olhei no despertador ao lado da cama e já eram 14h15min. Se já esta frio a essa hora imagine a noite? Emmett já deveria estar em casa, então não vou descer, vai que ele resolve me dar sermão.

O que eu menos precisava agora era de sermão, além de que não iriam adiantar nada.

Arg! Vou descer sim, estou morrendo de fome, e não vai ser hoje que eu vou ter medo do meu irmão.

Desci as escadas, mas, quando cheguei à sala estava tudo escuro. Tomara que não tenha ninguém em casa.

Quando cheguei à cozinha também não havia ninguém lá. Abri a geladeira ver o que tinha de bom para comer... Olha, tem pizza de calabresa!

Peguei um copo e um prato no armário, tirei somente dois pedaços da pizza e enchi o copo de Coca-Cola.

- Resolveu despertar Bella Adormecida? – Disse Emmett.

- Uhum. – Respondi somente.

- Foi muito feio o que você fez hoje sabia? Brigou na escola, foi para a diretoria, sai de lá sem permissão e ainda deu um chute no Edward... Isso é feio sabia? – Me perguntou tentando parecer bravo.

- Uhum. – Falei somente isso novamente.

- Esta brava comigo? – Perguntou agora com os olhos do gatinho do Shrek.

- Não bobão, é que eu estava comendo. – Respondi levantando e indo lavar a louça.

- Você tem que pedir desculpas ao Edward sabia?- Ele me disse.

- Eu pedir desculpa? Esqueceu de tomar seu gardenal né?

- Eu não isso ai não! E se você soubesse como dói levar uma joelhada no saco você iria pedir desculpa sim. – Ele disse indignado.

- É, mas eu não sei. – Respondi a ele.

Já havia terminado de lavar a louça, e Emm continuava atrás de mim.

- Você não gosta dele não é? – Perguntou enquanto eu subia a escada.

- Não. - Respondi.

- Por quê? – Perguntou novamente.

- Emmett, não sei se você não percebeu mais eu não gosto de quase ninguém.

Já estávamos quase em frente ao meu quarto.

- Anti-Social! - Gritou quando eu fechei a porta do meu quarto na sua cara.

- Obrigada! – Gritei alto o suficiente para que ele me escutasse.

Era só o que me faltava, eu ter que pedir desculpa. É mais fácil chover hambúrguer.

Cansei de ouvir me chamarem de Anti-Social!

Pensou que iria tentar me matar novamente né?

Mais não, não vou me matar.

As pessoas que me odeiam ainda teriam que me aguentar por muito tempo.

Que droga, não tem nada pra fazer.

É nessas horas que eu recorro ao meu amado computador.

Não tinha nada de interessante pra twittar, nenhuma fanfic atualizada, ninguém de interessante on-line.

O que fazer? Dormir novamente.

##

Acordei dessa vez com Emm batendo na porta.

Contra minha vontade levantei, a primeira coisa que me veio à cabeça foi deitar novamente, mais para Emmett me acordar deveria ser mesmo importante.

Abri a porta e lá estava ele com uma cara nada boa.

- O que foi? – Perguntei.

- Tem uma pessoa querendo falar com você lá em baixo... – Ele falou meio baixo.

- Por que esta falando baixo? – Perguntei.

- Acho que você não vai gostar da visita. – Respondeu novamente baixo.

- Por que... São Renée e Chalie!? – Gritei.

- Não... – Respondeu de cabeça baixa.

- É quem então caramba! – Gritei novamente.

- Tânia. – Agora sua voz era apenas um sussurro.

- O que a Putânia esta fazendo aqui em casa? Será que ainda não aprendeu a lição? – Eu me perguntava enquanto descia as escadas.

Cheguei à sala onde ela estava junto com Jéssica, a primeira coisa que eu quis fazer foi continuar a surra que deveria ter dado nela mais cedo, mas depois que olhei para seu cabelo, a única coisa que consegui fazer foi rir. O cabelo dela estava pior do que antes, metade com cabelo e a outra metade sem. Só pra ajudar ela ainda estava com os cabelos que foram arrancador por mim na mão.

- O que você quer? –Falei logo.

- Não sei se você sabe, mais isso aqui foi bem cara viu. – Ela disse praticamente esfregando os apliques na minha cara.

- E o que tem? – Falei.

- Foram caros! Você vai ter que pagar para colocá-los em mim novamente! – Começou a gritar.

- Não meu bem, isso ai se arruma rapidinho. – Falei para ela.

- Como? – Ela perguntou.

- Já volto. – falei pegando o cabelo que estava em sua mão.

Pobre Putânia, nem sonha no que vai acontecer com seu amado cabelinho postiço.

Fui até a copa, me lembrava de ter guardado lá na gaveta do armário que tem lá.

E lá estava ele, retirei a tampa e passei pela “raiz” de todos os fios. Tampei e guardei. Chegando à sala rapidamente, antes que ela tivesse reação, coloquei o aplique na cabeça dela.

O que eu passei lá?

Simples.

Super Bonder!

Agora não desgruda mais, eu fico feliz e ela também.

- O que você passou aqui que não esta saindo? – perguntou Jéssica.

- Nada demais... – Respondi empurrando as duas para fora de casa.

- O que? – Perguntou Jéssica novamente.

- Super Bonder. – Respondi fechando a porta.

- O que você fez Bella? – Perguntou Emm sentando no sofá e ligando a televisão.

- Passei Super Bonder. – Respondi sentando ao seu lado.

- Só você pra ter uma idéia dessas. – Ele disse bagunçando meus cabelos.

- Me lembre de agradecer o ser inteligente que o criou um dia ta? – Falei.

- Pode deixar. – Disse ele.

- Vamos Pedir uma pizza? – Dissemos em uníssono.

- Claro. – Dissemos em uníssono novamente.

Fiquei procurando alguma coisa legal na TV enquanto Emmett pedia as pizzas.

Vi que estava passando um especial sobre Michael Jackson na MTV, já que fazia dois anos desde a sua morte.

Nunca gostei muito dele, mais gostava de uma musica, Hold My Hand. Era linda. Então resolvi deixar na MTV mesmo.

Não estava prestando muita atenção, até que Emm veio chamar-me.

- Bellita você quer pizza do que? – Perguntou.

- Tanto faz. – Respondi.

- Desculpa mais não tem tanto faz não. – Deus daí - me paciência, por que se me der força eu mato meu irmão.

- Pode ser mussarela. – Agora acho que ele entende.

- A ta. – Respondeu voltando para a cozinha.

Cerca de meia hora depois as pizzas chegaram, comemos, lavamos a louça e fui dormir.

Dormi com o pensamento de como o cabelo de Tânia havia ficado maravilhoso.