Pesadelo do Real escrita por Metal_Will


Capítulo 62
Capítulo 62 - Verdade


Notas iniciais do capítulo

Eis o capítulo final...esteja preparado(a).



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Capítulo 62 - Verdade

- Estou errada? - pergunta Monalisa, mantendo uma expressão séria - Dedalus é o seu verdadeiro nome, não é?

 O velinho apenas sorri e começa a bater palmas. Aparentemente, era a resposta correta. Só podia ser.

- Muito bem, muito bem - cumprimenta Tenório, ou melhor, Dedalus - Isso mesmo. Esse é o meu verdadeiro nome. Muito prazer, sou Dedalus, o Arquiteto do Labirinto.

- Faz sentido - diz a garota, mais nervosa do que aliviada - Nunca entendi direito aquela primeira senha que recebi...e como a recebi de você, imaginei que tivesse mesmo alguma relação. Além disso, foi a senha Dedalus que ativou o seu primeiro evento. Como não pensei nisso antes?

- Lembro daquele dia como se fosse hoje - falou o velho, pegando uma folha de papel, caneta e escrevendo a palavra "dedaLus" - Foi o que ativou o evento. Irônico, não? Tudo começou com Dedalus e terminou com Dedalus. Hohoho!

- Isso mesmo. "dedaLus"...só com o L maiúsculo.

- Sim. L de Labirinto. Foi só uma brincadeira. Uma das várias.

- Brincadeira...brincadeira...o que você fez é muito mais grave do que isso! E agora que já disse o seu nome, não tem nada, não tem absolutamente mais nada que o impeça de me mostrar a verdade! Estou esperando, Dedalus! Estou esperando as respostas!

-Oh, é claro. Eu sou a pessoa que pode dar todas as respostas. Com esse último evento você ganha o direito de saber a verdade e poderá sair do Labirinto. Não foi tão difícil se parar pra pensar...

- Está brincando, não é? - Monalisa não parecia nada contente -  Tem ideia de tudo que passei para chegar até aqui? 

- Claro que sim. Afinal, fui eu a pessoa que criou tudo que você viu. E também faço parte do Labirinto...bem, mais ou menos. Sou uma representação do Arquiteto que elaborou esse Labirinto...mas nada garante que a verdadeira aparência do Arquiteto seja a de um pacato dono de papelaria.

- Não sei se entendi bem...

- Bem, apenas tenha certeza de que o Labirinto partiu de mim. Sim, isso é verdade. Fui a origem de tudo isso que você viveu. Já é uma informação e tanto, mas...isso ainda não é suficiente, não é?

- Claro que não! Tá, eu sei que você é o Arquiteto, ou seja, você criou todo esse mundo. Só quero saber o por que? Por que fui colocada nesse universo? Explique!

- Claro, claro, antes de sair do Labirinto, é importante entender a razão de estar aqui - fala ele, mantendo toda a calma que Monalisa já havia perdido - Na verdade, quando você entender isso, entenderá muito mais do que imagina.

- Não sei que tipo de resposta você vai me dar...mas seja qual for, que seja a verdade.

- É claro. O que você verá é a verdade. E tenho certeza de que reconhecerá como verdade. Você entenderá o porque de estar aqui e como isso tudo foi criado.

- O porque e o como... - repete Monalisa, com o coração batendo forte.

- Está pronta?

 A menina assente com a cabeça. Estava nervosa e ansiosa. Afinal, por que foi parar naquele mundo? O que estaria por trás daquele mistério? Dedalus anda calmamente na direção de uma gaveta do balcão e pega um objeto estranho. Parecia um espelho de mão, não muito grande.

- Um...espelho? - pergunta a garota.

- Sou chamado de Arquieteto, mas a verdade é que não sou muito bom em estética. Desculpe se não é a coisa mais glamourosa do mundo. Hohoho!

- Não importa. O que esse espelho faz?

- Pode chamar isso de Espelho da Verdade...não te dirá se existe alguém mais bonita que você, mas é a única coisa nesse Labirinto capaz de desvelar a verdade por completo.

- A verdade.. - balbucia a garota - Certo. Estou pronta. Faça o que tem que fazer.

- Bem, na verdade quem tem que fazer algo é você.

- O que preciso fazer? Ativar mais algum evento?

- Se você considerar olhar no espelho um evento...apenas faça isso.

- Só olhar no espelho. Só isso?

- Sim. Apenas olhe e veja a razão de tudo. Mas, antes que faça isso, ainda pode fazer uma escolha.

- Escolha?

- Até o último instante você ainda pode fazer uma escolha. Mesmo agora, você pode desistir disso, voltar para sua vida de antes. Não esquecerá do Labirinto, mas poderá continuar aqui de forma pacífica. Tudo será do mesmo jeito que você estava acostumada, mas não precisará se preocupar com nenhum evento estranho. Sua família e seus amigos agirão como sempre, sabendo de tudo, mas agindo como se não soubesse de nada. Sua paz estará garantida. Você pode decidir isso agora.

- Até quando vão me fazer essa pergunta? - bronqueia a garota - Eu não passei por tudo aquilo para desistir na última hora!

- Isso é relativo..o que passou, ficou para trás. Mas o que importa é o seu futuro. Olhando nesse espelho, a verdade vai se mostrar, mas não haverá mais meios de voltar.

- Já tem a minha resposta. Eu insisto em saber a verdade.

- Se essa é a sua última palavra - Dedalus entrega o espelho para Monalisa que se apressa em olhar para ele. A garota se concentra absurdamente, como se todo o cenário em volta dela não fosse nada. Tudo que importava era o espelho. Tudo que importava naquele momento era a verdade que tanto desejava. Finalmente, após tantos apuros, poderia saber o que todos escondiam dela. O que poderia ser de tão extraordinário? O que seria essa condição ocultada por todos? Não haveria mais espaço para mentiras! Logo uma imagem começa a se formar no espelho, como se fosse um filme, um filme em alta definição que revelaria tudo. 

  O filme mostrava um tipo de cenário chuvoso. Um cenário não apenas chuvoso, mas também triste, onde um grupo de pessoas chorava e derramava lágrimas diante de um...caixão. Um caixão? Retornando a atenção para o grupo de pessoas, Monalisa passa a perceber alguns rostos conhecidos. As duas pessoas na frente pareciam muito com seu pai Fábio e sua mãe Eleonora, seus pais falsos do Labirinto.

- Por que...por que isso aconteceu tão cedo? - balbucia a mãe, claramente se segurando para não se entregar a um choro desesperado.

- Dezenove anos...tão jovem - disse outro homem, esse bastante parecido com o Mestre dos Relógios. Ao lado dele, uma mulher e uma menina que deviam ser sua esposa e filha.

- Márcio, meu irmão - disse o pai dela - Obrigado por ter vindo.

- Não poderia deixar de prestar homenagens a minha única sobrinha, não é? - respondeu ele.

- Mamãe...para onde a prima Monalisa foi? - perguntou a garota ao lado da mulher de Márcio.

- Era uma boa menina. Ela deve estar em um lugar muito bonito agora - respondeu a mãe dela, de forma terna e carinhosa, também com algumas lágrimas nos olhos. 

- Minha neta - falou um velhinho, muito parecido com Dedalus e também bastante choroso - Sair desse mundo antes de seus pais e avós...isso não está certo...

Entre outras pessoas do grupo, uma garota ruiva e jovem, muito parecida com Ariadne, aproxima-se de Eleonora.

- Senhora Eleonora...meus pêsames - disse a jovem, bastante chorosa.

- Aurora - reconheceu a mãe - Você foi a melhor amiga dela, não é?

- Não...eu não estava do lado dela quando tomou aquela decisão absurda - falou a jovem - Não acho que posso me considerar amiga dela.

- A culpa não foi sua - consolou Eleonora - Ela estava obcecada com aquele garoto...e aproveitou que não estávamos em casa para pegar nosso carro escondida e ir atrás dele naquela festa. Justo ela, que sempre pareceu tão racional.

- Ela sempre foi meio fechada - falou Aurora - Mas sentia mesmo uma atração forte pelo Gabriel. Poderia ter sido só uma decisão errada, mas acabou em uma fatalidade naquele acidente...Monalisa...

  Ela não aguentou e começou a se derramar em lágrimas também. Um padre falava algumas palavras e não demora muito para o caixão ser enterrado. Aquele era o túmulo de Monalisa Fontes, 19 anos, falecida em um acidente automobilístico. Ela tinha carta, mas sua situação emocional naquele dia não dava condição alguma para dirigir. Infelizmente, ocorreu tal fatalidade. 

  A Monalisa que via o espelho não teve outra reação a não ser cair de joelhos e sentir-se trêmula com a revelação. Aquilo só podia ser mais uma mentira, não é?

- Eu...estou morta? Espere...isso só pode ser brincadeira! Não estou morta! Estou viva! Posso até segurar esse espelho! Isso não tem graça nenhuma, Dedalus e...

   Mas ao se virar de costas, Dedalus não era mais nenhum velhinho. Na verdade, Dedalus era um reflexo dela mesma. Monalisa estava se vendo.

- Q-Quem é você?! Onde está o Dedalus?

- Eu sou Dedalus - responde ele (no caso, ela) - E também sou você.

- Mas como?

- Eu disse que a minha verdadeira forma não seria necessariamente um dono de papelaria. Eis então a verdadeira forma do Arquiteto. Você mesma.

- Do que está falando?

- Não é óbvio, Monalisa? O Labirinto nada mais é do que uma criação de você mesma!

 A garota deixa o espelho cair com a revelação, mas ainda não conseguia acreditar em nada daquilo. Como assim? O que estava acontecendo? Só podia ser outro evento absurdo!

- Não faz sentido nenhum! - a loirinha coloca as duas mãos na cabeça - Isso não tem graça nenhuma! Mostre a verdade verdadeira! Isso só pode ser mentira!

- Antes fosse...mas você mesma sabe que é verdade.

- Como?

- Monalisa...você na verdade era uma garota de 19 anos que se apaixonou por um rapaz chamado Gabriel. No entanto, ele não te correspondeu e mesmo assim você o perseguia sempre. Um dia, quando soube que ele estaria em uma festa em outra cidade, pegou escondida o carro de seus pais e se dirigiu para lá. Mas estava tão nervosa e era tão inexperiente no volante que acabou se acidentando e...falecendo.

- Se estou morta como posso estar aqui? Explique! - a Monalisa vítima parecia desolada.

- A sua consciência não aceitou a condição de morta.

- Como? O que está dizendo?

- No instante em que morreu, você alterou sua consciência de forma tão profunda que ela criou uma camada protetora que não permite a você ver a realidade em que está. O Labirinto nada mais que uma personalidade falsa que não enxerga o próprio mundo em que está. Você, Monalisa Fontes, na verdade está morta, mas sua consciência acredita que não.

- Absurdo! Como isso pode ser possível?

- Não é absurdo. Você dissociou sua mente de forma a criar um mundo que você imaginou que deveria ser. Seus pais eram mostrados de forma fria e apática, simplesmente porque você os via assim, mas eles nunca eram dessa forma. Outros personagens do Labirinto eram apenas pessoas que você conheceu durante a vida e que apareceram no seu mundo como desconhecidos em um sonho. Sua melhor amiga, Aurora, na verdade foi transformada em Ariadne, por ser uma pessoa que você admira pela força que você não tinha. Tanto que ela era a pessoa que você queria ser...e você assumiu o nome dela naquele Labirinto dentro do Labirinto, lembra? Aquilo foi uma viagem ainda mais funda no seu inconsciente. E, também inconscientemente, você colocou Gabriel Jereth como um vilão do seu próprio mundo, simplesmente porque ele não a correspondia. Você sempre acreditou que o problema era com ele, mas a apaixonada perseguidora era você.

- Não...não pode ser...

- Não é só isso. Você também é uma mulher de dezenove anos e não uma menininha de treze. Acontece que essa foi a idade que você se sentiu mais confortável e não conseguiu se desapegar dela. A sua mentalidade oscilava entre a infância e a vida adulta. Assim como não conseguia se desapegar do seu urso de pelúcia. Isso por você também ter um urso de pelúcia querido no outro lado. 

 A garota ainda se mantinha chocada. A projeção de sua consciência continuava a explicar.

- Resumindo tudo, esse mundo foi só uma criação sua para se esconder da realidade...a realidade de que você está morta.

- Morta? Como pode ser...como posso ter uma consciência se estou morta?

- Você acha mesmo que sua consciência morre junto com o seu corpo? Consciência, alma, o que for, isso ainda permanece. Mas ela pode criar as próprias ilusões para não enxergar a verdade...mesmo assim, é impossível dormir para sempre. Pelo menos dentro da condição em que você está.

- Condição?

- Exatamente. Na verdade, você até poderia ficar adormecida no Labirinto por tempo indeterminado, mas os eventos foram sendo ativados e partes de sua consciência foram ganhando leves noções de que algo estava errado. No fim, você foi informada que vivia em uma mentira e decidiu descobrir a verdade, claro, sem saber que era isso. O lugar em que você está não poderia deixar sua consciência dormindo alienada para sempre. Por isso todos os tutores e uma guia para mostrar o seu devido lugar.

- Meu devido lugar...de morta...

- Exatamente - a Dedalus Monalisa falava seriamente - Sair do Labirinto é sair de uma ilusão para cair na única realidade que resta para alguém como você. Uma morte eterna.

- Morte...eterna.

- Monalisa...a única coisa que existe fora desse Labirinto é uma realidade chamada Inferno!

 A garota sentia seu coração acelerar. Como se qualquer esperança tivesse saído de seu peito. De fato, o Inferno era isso, não? De que adianta despertar de um pesadelo, se o pesadelo de verdade acontece exatamente quando se está acordado? Ariadne disse várias vezes que fora do Labirinto não seria necessariamente algo bom. Quantas, quantas vezes ela teve a chance de recusar descobrir a verdade e simplesmente viver como se nada estivesse acontecendo? Mas agora a caixa de Pandora foi aberta e a cruel realidade veio à tona. Todos à sua volta eram uma mentira, mas eram a parte de sua consciência que defendia a consciência principal de perceber que estava no Inferno. Mas sabendo disso, agora não havia mais como disfarçar. E a própria Monalisa, mesmo querendo negar isso, sabia que era verdade. Não era uma sensação de falsidade como quando saira da camada mais interna do Labirinto. Agora era real. Era real mesmo e não tinha como voltar atrás. Seu reflexo, logo à frente, deixava isso bem claro.

- Satisfeita? Essa era a verdade que tanto buscava - falou a outra Monalisa - Tem mais alguma pergunta?

 Monalisa não conseguia falar nada. Estava em choque. Trêmula, pálida e transpirando. Então, tudo que restava além do Labirinto era...

- Se não há mais perguntas...já pode sair daqui.

- Hã? - Monalisa sentia um desespero indescritível. 

- Sim. Sair. Se descobriu a verdade, o Labirinto vai se desfazer e a verdade vai se revelar. Não há mais o que fazer aqui

- Não. Espere. Ainda...ainda posso fazer alguma escolha, não posso?

- Não, não pode. Você fez sua escolha quando decidiu olhar no espelho. A sua, ou devo dizer, nossa consciência não pode mais ficar aqui depois disso. Todas as suas chances foram perdidas.

- Por favor...me dê mais uma chance...estou implorando! - grita a garota intensamente desesperada. Nada mais natural. Afinal, tudo que lhe esperava era um sofrimento eterno.

- Infelizmente...não há mais o que fazer. Mas como você mesma diz...é melhor a verdade do que viver eternamente em uma mentira.

- Eu retiro o que disse...desculpa, desculpa, por favor, eu não quero ir para o inferno! Por favor...

- Sinto muito. Não há mais o que fazer - eram duas formas de consciência. Uma que deseja ficar oculta e outra que desejava sair a todo custo. Infelizmente, a que desejava ficar era infinitamente mais fraca do que a outra. Um apelo desesperado que não teria como obedecer. As duas Monalisa se fundem em uma e tudo em volta começa a se dissolver. Tudo começa a sumir. As cortinas do ato final iriam se fechar para revelar uma verdade triste. A mais triste e cruel de todas as verdades.

 Morte...

 O abandono de um corpo para deixar sua consciência cair em um estado ainda mais angustiante...

 O que é Céu? O que é Inferno?

 Infelizmente, Monalisa estava destinada ao Inferno, aquilo que é declarado o sofrimento eterno em muitas culturas.

 Sofrimento eterno...como disse Dante Allighieri em sua Divina Comédia, um lugar em que quem entrar deve perder toda a esperança.

 Nunca ninguém voltou de lá para dizer como é. Mesmo assim, nunca ninguém deseja ir para lá, mesmo sem saber o que é.

 Como será?

 Que tipo de sofrimento eterno seria esse?

 O que espera a pobre alma que entra nessa condição?

 O que...

 O que..

 Quebra-se o silêncio. O despertador do celular toca cinco para às seis da manhã. Monalisa bate a mão nele e suspira de mau-humor e entediada.

"Mais um dia...chato e tedioso como sempre", pensa ela. "Só queria saber...no fim, qual o sentido de tudo isso?"


---NEVER ENDING---

"E se este mundo for o inferno de outro planeta?"

~ Aldous Huxley


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Notas finais do capítulo

Bem, bem, agora é o momento em que você olha para a sua própria realidade e sente um arrepio. Coloquei um "Never ending" (Nunca terminará) ao invés de um "The end", mas a história é essa. De qualquer forma, esse é o tipo de final que você mesmo precisa interpretar (e estou ansioso esperando as suas interpretações). Ou talvez seja o tipo de final que vá me fazer perder todos os leitores que ganhei até agora, mas, fazer o quê? Já aviso de antemão que não me responsabilizo por qualquer tentativa de suicídio que algum leitor dessa história venha a cometer.
Mas e então? O que achou da história? Gostou? Detestou? Deixe seu review final e se gostou deixe também uma recomendação para que outras pessoas também sofram o mesmo que você sofreu ;) Huhahaha!
Para quem não sabe eu tenho um blog (http://eternalwillnovels.blogspot.com) onde posto todas as histórias que posto no Nyah!. Como aqui no Nyah! escrever capítulos fora da história é considerado abuso de sistema (mimimi mimimi), lá eu sempre escrevo algumas curiosidades sobre as histórias que terminam. Quem tiver curiosidade, dê uma passada lá nesse fim de semana que certamente vou falar algo sobre Pesadelo.
No mais, um obrigado a todos que acompanharam a angústia de Monalisa e espero vê-los em outras histórias minhas (otimista eu, né? hehe). Se você gostou dessa história provavelmente também irá gostar de "Leitura Indiscreta" e "Casa dos Jogos", que também são de suspense. Fikdik!
Abraços e mais uma vez, obrigado! ^^