Pov: Sara.

Estava parado, novamente, deixando meus pensamentos vagarem por todos os lugares, depois de viver em um mesmo lugar por tanto tempo, é meio difícil dizer adeus assim de uma hora para outra, mas o que eu podia fazer? Era minha escolha, nada mais poderia muda-la, até que inventem uma máquina o tempo e eu possa voltar e mudar o dia que aceitei vir para Las Vegas. E lá estava eu, segurando minhas malas, pronta para ir até o carro e seguir minha vida de uma nova forma. Criei o plano perfeito, sem levantar suspeitas de nada, apenas resolvido e concretizado a ideia. De certa forma, até me orgulho de ter coragem de fazer tudo assim, rápido e sem nenhuma dificuldade. Sei que vou sentir falta da minha família, que deixo aqui em Las Vegas e principalmente, sei que sentirei a descaradamente a falta dele, e que a cada respiração minha, será mais um segundo que sentirei a sua falta, mas para ele serei sempre a subordinada com problemas de autoridade. Foi tão rápido, a forma que me apaixonei por você, tão depressa e tão intenso, uma hora alguém deveria ceder, e esse ‘alguém’ fui eu, já não há mais tempo para arrependimento, nunca vou entrar no mundo dele, tão escuro e nublado... O bom é pensar que fazer tudo sem despedidas melancólicas foi bem melhor, amanhã, apenas raiará um novo dia, e uma hora alguém verá a carta que deixei para ele ou mesmo sentirá a minha falta de alguma forma. Mas tudo nessa vida é um grande “jogo de azar”, sendo que ele é o meu “pequeno assassino” e o mesmo sabe a ‘receita para matar’, para me matar, de forma lenta e dolorosa. Às vezes eu me pego rindo sozinha, pensando quanto tempo passei tentando desvendar a “evidencia invisível” que é Gil Grissom, mas eu não pude, não tive forças ou inteligência suficiente para desvenda-lo, talvez fosse por que era mesmo pra ser assim, talvez esse ‘nós’ nunca pudesse existir.