Pov: Grissom.

 E mais uma vez, estava eu, no laboratório, observando os resultados da autópsia de uma moça encontrada morta na frente de uma clínica de abortos, mas meu corpo estava lá, mas minha mente estava nela, sempre estava nela, com ela. Ah Sara, por que desistimos tão fácil assim? Era seu dia de folga, e estranhamente, algo me dizia que eu não te veria tão cedo. E sinceramente, aquele desconforto no peito estava começando a me incomodar muito. Fui para minha sala, sentei na cadeira passei a massagear a têmporas para ver se passava a dor de cabeça, mas nada, estava com o celular na minha frente, estava prestes a ligar para ela e sei lá, inventar uma desculpa para falar com ela um pouco mais. Estava quase pegando o celular, e digitando o número dela, quando o mesmo tocou, e vi que era Brass que estava ligando, atendi ao telefone.

-Oi Brass.

-Gil nós temos um problema. – O tom dele era de urgência.

-O que foi Brass?

- lembra-se daquele cara, do homicídio duplo, em que conseguimos salvar aquela garotinha.

-Claro, a Annie. O que aconteceu?

-Ele fugiu da cadeia hoje, durante uma rebelião. Formos à sela dele, nas paredes estavam ameaças de morte para Sara, não sei como, mas de alguma forma ele descobriu o nome todo dela e onde mora, Gil ele pode mata-la.

-Brass temos que ir á casa de Sara, é seu dia de folga. - disse eu já me levantando e pegando um casaco.

-Estou indo com uma viatura, tente falar com ela.

-Claro.

Brass desligou e eu procurei o número dela, mas lago na tela me mostrou que havia uma mensagem de voz, e que o número era de Sara, me apressei para ouvi-la. Dizia:

“-Gil, por que você é tão cego? Poderíamos ser algo, mas você não aceitou uma mudança. Lamento por isso, por tudo ser tão repentino, pelo menos pra você, essa possivelmente é a última vez que você ouve minha voz no seu celular, estou indo pra casa agora, quem sabe triar um novo caminho. Por isso, eu tenho de me afastar. Vai ser melhor assim. Adeus. Eu te amo.”

Meu coração parou, ela estava certa sobre tudo que disse, mas agora ela estava correndo perigo e pelo o que eu entendi, está indo embora, para sempre. Saí da sala correndo, com Catherine me perguntando o porquê disso tudo.

-Grissom, algum problema? –ela perguntou segurando meu braço.

-Sim, vários.

-Me diga então... - ela insistiu.

-Não posso perder tempo.

-Eu quero te ajudar- ela me seguiu até o estacionamento e eu já estava quase dentro do carro.

-Então, entra no carro e não me deixe fazer alguma besteira.

-Pode deixar.