“A coisa mais triste pra uma garota, é ficar pra baixo por causa de um cara.”

(Emma Watson)

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Remus Lupin

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Sabe aquele momento que mesmo tendo um monte de gente em volta, você se sente mais sozinho do que nunca? Já passou por essa situação? Então bate aqui irmão... Você é parecido comigo! Hehe.

 O fato é que eu estou em uma pista de dança com um bilhão de pessoas, numa rodinha com os meus melhores amigos. Mas a Lene está beijando um cara a um trilhão de anos, o Sirius está muito ocupado sentindo ciúmes dos dois, a Dorcas está conversando com uma menina que faz literatura com ela e a Lil e o James ainda não chegaram.

É isso aí. Eu não tenho nada para fazer.

Até porque eu não sei dançar muito bem.

- Cara, eu acho que vou ali no bar pegar alguma coisa para beber. Você quer que eu traga para você? – perguntei para o Six.

- Ãhn? – disse saindo do modo “ciumento” – Ah não, não quero nada não brother. Obrigado! – respondeu me dando um tapinha nas costas.

Saí andando de cabeça baixa.

Eu não queria admitir para mim, mas eu sabia o que estava me deixando tão chateado assim.

A Dorcas não tinha prestado a mínima atenção em mim a noite inteira. Não tinha tentado puxar papo, não tinha segurado em meu braço como sempre faz... E quando a gente podia ter ficado juntos, ela preferiu ficar conversando com a garota da aula de literatura.

Eu queria conseguir chegar nela sabe? Falar o quanto eu a amo e o quanto eu a quero só para mim, mas a timidez e o medo sempre vencem.

O engraçado é que isso nunca tinha acontecido comigo. Quando eu estava afim de uma garota eu falava na lata, sem esperar. Mas com a Dorcas é diferente. Ela é especial, faz eu me sentir especial, ela nunca vai ser igual às outras garotas.

- A coisa mais forte que você tiver, por favor. – pedi ao barman.

- Problemas com o coração? – falou enquanto despejava um líquido escuro em um copinho.

- De certo modo sim, mas... Você sabe disso assim, por nada? – perguntei.

- Ah... Quando se tem experiência na profissão, sabe-se as circunstâncias que fazem determinados pedidos serem feitos. – disse entregando a bebida para mim.

Bebi o conteúdo do copo em um gole só.

- Mais um, por favor. – pedi – Então isso quer dizer que todos os que têm esse tipo de problema pedem a mesma coisa que eu?

- Na maioria das vezes. – falou e me deu mais uma dose.

Engoli a bebida novamente e fechei os olhos. Apoiei a cabeça nas mãos e fiquei sentado no bar pensando na minha situação.

Eu tinha que dar um jeito de pelo menos chamar a atenção da Dorcas.

Nem sei por quanto tempo fiquei sentado lá, mas abri os olhos assim que senti alguém com um perfume conhecido bater nas minhas costas.

- Remy? Posso me sentar aqui? – perguntou Jane se sentando no banquinho ao meu lado.

- Já sentou mesmo... – falei fechando os olhos de novo.

Uns segundos se passaram...

- Hey! O que aconteceu? – falou levantando o meu rosto com uma das mãos.

- Uns problemas aí. – respondi seco.

- Problemas? – insistiu.

- É, problemas com uma garota. – falei para ver se ela parava.

- Que garota? – perguntou novamente.

- Uma garota aí... Eu acho que estou interessado nela, mas ela nem dá bola para mim.

- Ela?

- É, ela.

- Ela quem?

- A Dorcas. – merda, falei.

Não que eu não queira admitir para ninguém que estou apaixonado pela Dorcas. É que, de certo modo, eu não quero que a Jane me veja nessa situação e ainda saiba o nome da garota por quem eu estou sofrendo.

- Hum... Entendi. – ela disse se aproximando um pouco – Mas você acha mesmo que a sem sal da Meadowes merece um homem assim como você?

Ela se levantou e começou a chegar cada vez mais perto de mim. Eu não lembrava que o cheiro dela era tão bom assim...

- Er... Que isso Jane...

- Não, só estou falando a verdade. Você é perfeito demais para ela Remy... – falou enquanto sentava no meu colo.

Eu tentei, juro que tentei, resistir à tentação, mas acabei a abraçando pela cintura. Me dava um ar de, sei lá, segurança.

- Você está exagerando Jane. Além do mais... – comecei, mas parei assim que percebi que ela me fitava com certa luxúria (?).

Aqueles olhos... Eu nunca amei a Jane como eu amo a Dorcas. Sabe, com uma vontade de proteger, de cuidar, de ter para mim. O que eu tinha com a Jane era uma paixão louca e ardente, que me queimava por dentro e me deixava tão cego a ponto de fazer loucuras. E aqueles olhos verdes eram o principal caminho para a minha tentação.

Quando alguma coisa acontecia comigo e com ela era só pelo calor do momento, eu nunca me peguei pensando e sonhando com ela como sempre acontece com a Dorcas. Mas eu tive que resistir ao impulso de agarra-la ali mesmo.

- Sabe Remus... – falou começando a passar as mãos pelo meu peito. O pior é que essa garota sabe todos os truques para me deixar excitado – Eu ainda me lembro da época em que a gente namorava... Era tão bom.

- É... – falei sem tirar os olhos do decote dela que parecia estar cada vez mais perto de mim.

Ah, qual é?? Eu sou homem e posso também!!

- Eu me lembro de quando a gente dançava sozinhos no seu quarto, de quando eu acordava e você ainda estava deitado do meu lado na cama, de quando a gente ia ao cinema, mas nem prestava atenção no filme – a cada exemplo ela aproximava nossos rostos ainda mais – de quando nos beijávamos loucamente...

Nossos rostos foram se aproximando, se aproximando e quando estavam a milímetros de distância...

- BRIGA, BRIGA, BRIGA!!! – gritava uma multidão que vinha não sei da onde.

- O que será isso? – perguntei um pouco constrangido.

Ela colocou as mãos no meu pescoço e olhou bem dentro dos meus olhos.

- De verdade? Isso é o que eu menos quero saber agora. – disse me puxando para perto.

E então ela me beijou.

E não foi um beijo romântico nem lento.

Foi um beijo quente e ansioso. A luxúria tomava conta dos dois. E por mais que eu amasse a Dorcas, eu queria aquilo.

Depois de uns bons cinco minutos naquela sintonia eu recuperei os meus sentidos e resolvi tomar uma decisão sensata.

- Não Jane! Para! – falei a afastando de mim.

- Por que Remus? Vai me falar que você não gostou... – disse arrumando seu vestido.

- Não... Quero dizer, sim! Quero dizer, não... Isso não é certo!

- Por que não?

- Porque eu amo a Dorcas, Jane! E você sabe que com a gente o negócio é só diversão e...

Então eu percebi que a visão dela se prendeu em alguma coisa e, quando me dei conta, ela me agarrou e me beijou de novo.

Percebi que ela não estava aproveitando o beijo tanto quanto o outro e que estava dando umas olhadas discretas para a coisa que tinha prendido seu olhar anteriormente. Depois de um tempo ela se soltou. Eu não tive forças para fazer isso de novo.

- Ok Remus, você tem razão. A coisa com a gente é só diversão mesmo. Mas quando quiser brincar um pouquinho me liga, ok? – falou me mandando uma piscadinha e um beijo e saindo dali.

Suspirei frustrado e pedi mais uma bebida forte para o barman.

- Não era ela, não é mesmo? – me perguntou.

- Não. Infelizmente não. – falei virando o copo na minha boca.

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Dorcas Meadowes

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- O QUE? – perguntaram Lily e Lene no mesmo instante.

Eu ainda não acreditava no que eu tinha visto.

O Remus, o MEU Remus estava beijando a Jane. A vadia, vaca, insolente, arrogante, estúpida, metida da Jane.

Ele não podia ter escolhido uma garota melhor?? Sabe... Tipo, tipo... EU!

- É-é... Ele tava beijando ela. – falei tentando segurar as lágrimas.

Eu tinha tentado não chorar, mas sabe... Foi mais forte do que eu. Ver o amor da sua vida beijando uma garota totalmente repugnante é uma das piores coisas que uma mulher pode passar.

É ruim.

Dói.

Mas dói muito.

- Quem te contou essa barbaridade? – Lils perguntou usando seu vocabulário de vó...

- Ninguém me contou Lily! Ninguém! – falei jogando as mãos para o alto de novo. Eu tenho mania de fazer isso viu... – Tá vendo isso? – disse apontando para os meus olhos – Foram eles! Eu VI o Remus com aquela vadiazinha.

- Não... Isso não é possível Dorcas... Ele nunca faria isso e... – começou Lil tentando defender o amigo. Bem a cara dela isso.

- SIM LILY! ELE FARIA ISSO! ELE ESTAVA FAZENDO ISSO! – gritei no meu momento de maior raiva e terminei arfando.

Parei de chorar. Estava muito nervosa para isso.

Lily abriu a boca para falar alguma coisa, mas acabou decidindo a deixar fechada. Também não existe argumento para usar depois do que eu falei.

RUM.

- Deixa disso Dorcas! – começou Lene que estava calada até agora. – O garoto é livre e pode fazer o que bem entender. Ou vocês são namorados por um acaso? – que atrevida!

- LENE! – gritou Lil lançando um olhar mortal para a morena.

- Qual é Lily? Você sabe muito bem que eu falo as coisas na lata, sem o mínimo medo. – é, percebi bem. – Mas então Doc... Vocês nem são namorados!

- SOMOS SIM! – gritei.

- Ah é? – assenti – E ele sabe disso?

- Hum... É... Não. – falei abaixando a cabeça.

Qual é? Eu namoro o Remus desde que a gente se conheceu... Mas vamos dizer que ele nunca descobriu e que isso nunca se tornou uma coisa pública e concreta.

- ENTÃO! – falou Lene jogando os braços para cima.

Ei! Esse gesto é marca registrada minha!

- Lene... Tudo bem que eles não têm nenhum tipo de compromisso, – falou Lils – mas temos que levar em conta que os dois se amam e que eles sabem disso.

- Tá bem Lily! Eu também concordo que o que o Remus fez não é legal. Nem um pouco. – ainda bem que percebeu né? – Mas eu tava tentando mostrar para a Dorcas que ela tá tendo uma reação um pouco exagerada.

O pior é que a Lene tem razão. Eu não tinha nada é que estar assim por nada que esse imbecil faz ou deixa de fazer.

- Eu tô fazendo tempestade num copo d’água né? – perguntei me virando para a Marlene.

- Não... O que você tá fazendo é dilúvio em tampinha de xarope. – falou e eu e Lily não pudermos deixar de dar uma risadinha. – Mas, ok. O pior já passou, não é?

- É... Acho que sim. Mas o que eu faço agora? – perguntei olhando para a cara das duas.

Eu não tenho a mínima ideia de com que cara que eu vou conseguir olhar para o Remus e para a vadia da Jane a partir de hoje. Eu vou ficar com a imagem dos dois se agarrando para sempre na minha cabeça loira.

- Agora você volta para a festa, se diverte e age como se nada tivesse aconte... – Lil começou a falar, mas não teve sorte no seu monólogo.

- Não, não, não! NUNCA! – disse Marlene – O Remus vai é sofrer pelo que ele fez a Dorcas passar. E direitinho.

É ISSO AÍ!

- Eu vou mostrar para ele com quantos paus se faz uma canoa! – falei animada e percebi que as duas me olhavam com uma cara estranha. – É meio antigo isso né?

- É. – responderam as duas chatas.

Ok, ok... Juro que eu peguei essa mania de falar igual uma velhinha com a Lils! Não tenho culpa de nada!! DORCAS INOCENTADA!

- Mas podemos dizer que você vai mostrar para o Remus a menina má que há dentro de você, Dorcas. Eu vou te ensinar o modo Marlene de se vingar. O Lupin vai comer direitinho na sua mão – falou Lene com um sorriso malicioso no rosto.

- Lene... – começou Lily tentando dar uma de boa moça.

Mas eu ignorei e a cortei.

- E quando começamos? – perguntei meio confusa e animada para a morena.

- Exatamente agora. – ela disse com o mesmo sorriso no rosto, só que agora mais forte. Eu retribui. – Vem comigo. – falou me puxando para fora do banheiro.

Remus Lupin que aguarde. Eu vou pagar direitinho, e em uma moeda bem mais valiosa.

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Lily Evans

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Ah, que saber?? Não importa... Eu falo do mesmo jeito.

Eu desisto de tentar colocar a Lene em um caminho que não seja cheio de vingança e coisas malignas. Vou deixar ela fazer o que quiser a partir de hoje.

Ah tá que eu consigo. Ser responsável é um saco.

A hora que a morena saiu com a Dorcas (arrastada) do banheiro eu fiquei sem saber o que fazer.

Eu tinha a opção de ir para a pista de dança e me deparar com o Remus, o que me daria uma vontade de bater nele, com a Jane, a vontade seria maior ainda, ou com o Sirius, que acabaria apanhando também por eu estar com raiva. Opção perigosa.

E eu também tinha a opção de ir procurar o meu namorado e ver se ele está bem, e o máximo que podia acontecer era ele ter uma dor de ouvido por escutar a bronca que eu tenho que dar nele.

Morte extrema por pancadas versus dor de ouvido. A primeira é tentadora, mas com eu não sou uma pessoa muito violenta... EU FICO COM A SEGUNDA!

Saí em disparada do banheiro atropelando quem estivesse na minha frente. Mantive o olhar no chão para não ver as pessoas em quem eu, provavelmente, causaria ferimentos graves.

Perguntei para o segurança (gato) da entrada se ele sabia para onde “os meninos da briga” tinham sido levados. Ele apontou para uma porta à minha direita, sem antes não perder a oportunidade de tirar uma com a minha cara perguntando se tinha sido eu o motivo da luta. DEMÔNIO!

Mostrei o dedo do meio para ele e fui andando em direção à porta. Entrei por ela e me deparei com duas salas. Em uma estava Chace, na outra, James. Dava para ver que o Jay estava na sala da esquerda, pois ela tinha a porta um pouco aberta e dava para ouvir a voz de Sirius saindo de lá.

Pensei em ir primeiro visitar James, já que ele me ajudara tanto tendo aquela conversa comigo e que o motivo por ele estar ferrado sou eu. Cheguei bem perto da porta e quando estava a abrindo lembrei que se Chace me pegasse lá era certo o enterro de James Potter no dia seguinte. Preferi não arriscar e fui em direção à sala da direita.

Vai Lily... Respira. Confiança. Você tem que encarar ele. Pelo menos dessa vez. Para o bem de toda a população. Ok, não é para tanto.

Tomei coragem e entrei.

- Bonito, hein? – falei enquanto abria a porta e entrava na sala.

Chace se encontrava em um estado deplorável. Estafa deitado em um sofá, tinha um esparadrapo no canto esquerdo superior da boca e segurava uma bolsa de gelo na cabeça.

- É o que dizem quando eu passo. – falou dando uma risadinha convencida.

Mas azar o dele que eu não estou com o humor para gracinhas.

- Nem vem dar uma de engraçadinho para cima de mim Chace! Você sabe que o que você fez não foi nada bonito! – falei sentando no braço do sofá.

- Ah Lily! Vai dizer que você não gostou! Dois caras estavam brigando por você, poxa! – disse se sentando.

Até que pensando por esse lado a situação não fica tão ruim assim e... Não, não vou dar o braço a torcer dessa fez. Punho firme, Lily!

Sentei-me ao lado dele.

- Não Chace! Não gostei nadinha disso! O James é meu amigo. – ele fez uma careta. – Não gostei nem um pouco de vê-lo machucado por sua causa!

- Pois fique sabendo Lily, que se eu estou assim agora é por causa dele! – falou levantando e cruzando os braços na minha frente.

- Mas se não fosse esse seu ciúme besta, nada disso teria acontecido! – disse e me levantei também ficando na frente dele com os braços cruzados como uma cópia.

O único problema é que ele é uma cabeça maior que eu com salto! Então não dá para eu tentar dar uma de durona. Mas isso a gente releva...

Ele abriu a boca para argumentar, mas eu continuei com o meu monólogo.

- O James é meu amigo, entendeu? E tem sido muito bom para mim! Eu exijo que você o respeite adequadamente. – ele deu a intenção de querer falar alguma coisa, mas eu levantei a mão pedindo para ele parar. – Além do mais, ele estava só me ajudando. Uma carona. Foi a única coisa que ele me deu.

- É lógico. Porque para o que ele queria, quem estava no papel de dar era você. – vou fingir que não ouvi isso.

- Eu ainda não acabei Chace. Então da próxima vez tente escutar a nossa versão, não era nada do que você estava pensando. Não precisávamos estar passando por isso.

Acabei de falar arfando.

Parei para pensar e senti orgulho de mim. Era a primeira vez que eu desafiava o Chace. Na maioria das vezes eu só escutava ele falar e concordava com tudo.

Mas quer saber? Isso é ótimo!

Me sinto revigorada!

- Promete que não vai fazer isso de novo? – perguntei de um jeito meio duro.

- Prometo. – nossa, não achei que ia ser assim tão fácil. – Até porque não vai ter próxima vez. Eu te proíbo de andar com esse Potter.

Ah, mas não proíbe mesmo!

- Chace... Presta atenção. O James é MEU AMIGO. Por pouco tempo, mas é meu amigo. E amigo de todos os meus amigos. Eu não vou parar de andar com ele só porque o meu namorado não tem controle desse ciúme besta.

- Eu não tenho ciúme bes... – começou a falar, mas parou quando viu o olhar que eu lancei para ele – Ok. O que você acha de começarmos de novo? – disse e chegou perto de mim. – Boa noite, Lils.

Ele segurou meu rosto entre as duas mãos e se inclinou para me beijar.

Rá! Eu vou deixar ele sofrer um pouco. Cansei de abaixar a cabeça e fingir que ele não faz nada de errado.

- Ai! Me larga, Chace! Eu não estou com vontade de te beijar hoje! – falei e o afastei com um empurrão.

- Nossa Lily! O que aconteceu com você hoje? Namorada minha não age assim não.

- Pois pode ir se acostumando. Eu gosto desse jeito e não vou mudar porque você quer. – falei e comecei a puxá-lo pela mão. – Agora vamos sair daqui que eu acho que todos vão ter uma surpresa essa noite.

Ele ficou calado e me segui para fora da sala.

Eu simplesmente precisava ir até onde todo mundo estava. Eu sinto que essas duas vão aprontar alguma coisa essa noite. E das grandes.

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Sirius Black

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- CARA! VOCÊ FOI DEMAIS! – gritei enquanto entrava na porcaria da salinha onde o Jay tava para dar um jeito no machucado mixubento (?) que o Smith tinha feito no coitado.

- Ah, nem é pra tanto. – murmurou fazendo um gesto suspeito com a mão. – AH! QUEM É QUE EU QUERO ENGANAR AQUI??? É LÓGICO QUE EU FUI O MÁXIMOOO!!!

- AÊ MULEKE!!! – falei dando um tapa nas costas do “herói da noite”.

- Você viu a cara dele? Nossa... Eu coloquei o Smith no chinelo! E se aquele tal de Fred não tivesse segurado ele, ia apanhar muito mais.

- Com certeza! É assim que se fala, Potter! Mandou bem! Quero só ver com que cara que o Chace vai ficar agora. Imagina só... O fodão da escola apanha do novato. Isso dá até matéria de jornal! Hahahahahaha.

Nós ficamos rindo e comemorando por um tempo. Na verdade, o tempo em que eu achava um gelo para o olho roxo do James. Tava uma coisa linda! – não.

- Eu quero só ver o que a ruiva vai fazer agora e... – fui interrompido por um vulto (?) que entrou na salinha. – Falaê Remus! Onde você tava mermão?

- Ah, eu tava ali no bar e... – ele começou a falar um pouco desorientado enquanto se sentava em um banquinho. Uai! O que aconteceu?

Whatever, deixa para ele explicar depois. Tô muito animado agora.

- Tanto faz! – comecei. – Você não sabe o que o James fez!

- Hum... – falou Remy.

- Ele tinha dado carona para a ruiva, e na hora que eles chegaram na festa o Chace tava de tocaia lá na porta. Deu o maior auê! – continuei.

- Hum...

- Eles começaram a brigar e o Smith deu um socão no James. Mas daí ele se recuperou e revidou com um soco maior ainda e também deu outro na barriga do Nildo que caiu. Porra! Foi demais!

- Hum... – PQP! Será que ele só sabe falar isso?

- E então os elefantinhos azuis começaram a tocar mambo. – Hahahahahaha! Eu sou ótimo!

- Hum... – ativando mente em 3... 2... 1... – O que?

- Nada Remus, nada... – falou James enquanto se recuperava do ataque de riso causado pelos meus elefantes. – Deu uma briga entre eu e o Chace e eu saí vitorioso, só.

- Ah, tudo bem. – disse Remus ainda preso nos seus pensamentos.

Que gay isso!

- QUAL É REMUXO??? – perguntei dando um tapa nas costas dele. – O que te aflige?

- E-eu... Beijei a Jane. – OMG – Não... Na verdade foi ela que me beijou, mas...

- Você tá de onda né? – perguntei.

- Por acaso tá me vendo com a prancha, Six?

Brow... Eu nunca ia imaginar que o Remus pudesse ter uma recaída dessas. Ficar com a Jane? De novo? Será que esse cara nunca aprende?

Depois de mais (muito mais) de um minuto de silêncio, em que os três ficaram olhando para o nada, o Jay resolveu se pronunciar.

- Como isso aconteceu, Remus?

- Ah cara... Sei lá. Eu tava no bar, ela apareceu, começou a falar um monte de coisa e me beijou. – Remy disse sem desviar o olhar do chão.

- Foi bom? – perguntei.

- SIRIUS! – falaram os dois olhando para mim.

O que eu fiz gente?? Sou um anjo!

- Que foi? – falei olhando para os dois que reviraram os olhos.

- Mas e a Dorcas, Remus? – putz... é verdade. Tinha me esquecido desse detalhe.

Ainda bem que tem alguém que lembra né James??

- Nem sei cara... Eu amo ela, mas foi irresistível.

- Sei bem o que é isso viu?? – falei e os dois me olharam. – Qual é? As mulheres amam outros caras, mas eu sou irresistível. Por isso elas ficam comigo.

- SIRIUS! – falaram de novo.

Ok, calei a boca agora. Não falo mais nada também! Fodam-se biches! Eu tenho certeza que vocês vão sentir falta da minha voz!

Mas mesmo assim todo mundo tá quieto mais uma vez. Não sei o que tá acontecendo, viu? Na maioria das vezes ninguém para de falar!

Então ouvimos a porta da outra sala abrindo e a voz da ruiva saindo dela.

- Agora vamos sair daqui que eu acho que todos vão ter uma surpresa essa noite. – deu pra escutar ela falar.

MEU DEUS!

EU ADORO SURPRESAS!!!

Nós nos entreolhamos e o Jay perguntou.

- O que será que ela estava querendo dizer com isso?

- Olha, querido Jayzito do meu coração... Saber, saber eu não sei, mas só tem um jeito de descobrir. – falei me levantando. – Vamos?

- Vamos! – disse James também levantando. - Remus! REMUS! – falou batendo no nosso amigo mais aluado ainda agora.

- Oi? – perguntou Remy voltando a sua atenção à gente.

- Oi, tudo bem? – falei. – Qual é cara? Vamos logo!

- Ah é. Tô indo, tô indo...

Saímos os três daquela enfermaria improvisada e fomos todos à pista de dança, que ficava no meio do salão, onde deu para ver que a única cabeleira ruiva de toda a Hogwarts estava parada. Lily Evans.

Tava todo mundo muito feliz, olhando para o nada e para tudo, para ver se achava alguma novidade quando...

*rufar dos tambores*

Tudo ficou escuro, a música parou de tocar e todo mundo ficou quieto de uma vez só.

Então, do nada, uma luz se ascendeu ao lado do palco onde estava o DJ e aquela música nova da Shakira, “Rabiosa”, começou a tocar. O chão de baixo da luz começou a se abrir e, de lá, saiu um daqueles postes em que as meninas gostosas dançam, com uma pessoa loira pendurada nele.

- Será que é ela mesma? – perguntei olhando para o James.

Mas ele não teve sequer a chance de responder, porque um Remy assustado e nervoso virou para nós perguntando:

- QUE DIABOS A DORCAS ESTÁ FAZENDO LÁ EM CIMA?

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Notas finais da autora!! IMPORTANTE!

Primeiramente eu quero agradecer a todos os reviews lindos que eu estou recebendo aqui.

Segundamente (?) eu queria falar para os leitores fantasmas mandarem reviews para a autora aqui, porque é um incentivo enorme para continuar a escrever lindamente.

Outra coisa que eu queria dizer é que o número de leitores caiu do capítulo retrasado para o passado e eu fiquei pensando o porquê disso. Duas coisas me vieram à cabeça.

As férias podiam ser um motivo, mas eu acreditei que, por vocês estarem em casa mesmo não seria um problema.

Outro motivo foi o fato de o capítulo estar muito grande e vocês ficarem com preguiça de ler, então o propósito desse informativo (?) aqui.

Eu queria dizer que vou ter que dividir o tema "festa" em três, e não em dois como era o esperado, porque senão iria ficar muito grande esse capítulo e eu correria o risco de perder mais leitores.

Então, para três capítulos seguidos não ficarem com o mesmo título (Havana! parte 1, 2 e 3) eu troquei o título do último capítulo e coloquei um diferente nesse, ok?

Bom... Era só isso mesmo! :D

Agradeço à todas as almas que perderam o seu tempo lendo essa bobagem aqui!

Beijos com sabor de morango coberto de chocolate ;*

Biiahh_

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P.s.: Desculpem se o próximo capítulo demorar um pouquinho para chegar... É que eu vou entrar em época de provas, então já viu né?