The Half Devils. escrita por AmyKMtt


Capítulo 16
Just you and me.


Notas iniciais do capítulo

Esse está um pouco mais... digamos... quente, mas nada demais.



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-Ahhhhh, eu vou te matar... –falei tirando a água dos meus olhos para enxergar.Ouvia risos perto de mim mas eu estava tão incomodada em me livrar do afogamento que nem fiz questão de dar bola.

Passei por uma hiena direto indo para o banheiro. A temperatura tinha esfriado e a coisa da Cah acha lindo me jogar água, um dia antes da festa! Vê se pode.

Resolvi deixar tudo isso de lado e fui pegar uma roupa quente no closet, optei por uma calça skinny preta e uma blusa azul marinha,passei novamente pela coisa para pegar a porcaria do secador, eu juro que se eu pegasse um resfriado, a coisa ia esquentar.

Terminei de acabar com os vestígios de água e desci encontrando todos eles sentados em volta da mesa .

-Algum problema? –perguntei assim que me aproximei.

-Mais ou menos... é que tem muita gente querendo nos ver antes da festa e aí vamos ter que marcar horários... –Vivian me disse.

Eu que não ia ficar lá.

-Ah tá, boa sorte! –falei me virando na desprezada tentativa de me afastar, mas algo segurou meu braço antes que eu pudesse dar ao menos três passos.

-Nada disso. –Me disse Georg enquanto me puxava em direção a uma cadeira, me fazendo sentar. Eu me revoltei, mas como gritar não ia adiantar nada, apenas me sentei  bufado, cruzando os braços na frente do peito e afundando lentamente na cadeira. Não ia abrir  a boca.

-Então, continuando, agente vai sair com os familiares vindo do Brasil hoje no almoço, com nossos familiares no jantar, e os amigos... –Gustav se matava para arrumar uma lógica.

Era muito simples... eles vinham a hora que bem entenderem! Mas como eu me prometi anteriormente, não ia proferir uma única palavra.

-Os amigos do Brasil podem vir a tarde, tudo bem Ma?- Isa me perguntou. Eu só virei a cabeça para o lado fazendo bico, num sinal de ‘tô nem aí’.

-Tem certeza  de que ela vai fazer 16 e não 6 anos? –Tom perguntou me deixando extremamente irritada, e ele ainda continuou. –Bill, pensei que na escola haviam te ensinado que pedofilia é crime, estou decepcionado com você.

Se ele estava implorando tanto para morrer....

-Aiiiii.Quem foi o infeliz? –Ele perguntou esfregando fortemente a canela, eu queria falar bem feito mas não ia falar nadinhaaaa.

-Vamos deixar as briguinhas de lado, precisamos terminar isso.-Laura dizia me olhando reprovadoramente. –Marina, amanhã os meninos vão passar o dia todo fora de casa, acho que é uma boa idéia eles se falarem com os amigos amanhã.

-Agente vai.... –Não acredito que a anta do Bill não sabia. –Por que agente vai sair?

A mesa inteira revirou os olhos olhando seriamente para a criatura, mas Carol vinha se aproximando da sala e começou a explicar tudo com a maior paciência do mundo.

-Bill, como sabe, a festa é amanhã a noite, então, como nó somos meninas precisamos nos arrumar... entende?

-Sei, mas o que isso tem haver?

Mas era burro!

-Ah céus, pelo menos esse aí não sou eu que agüento –disse para si mesma. –Bill, se arrumar numa ocasião dessas pode significar fazer o cabalo, unhas, massagens, limpeza de pele, maquiagens, etc. Ou seja, leva um dia inteiro e ninguém pode ver a Marina e nem agente até a festa, feliz agora?

-Quase, como vocês vão fazer tudo isso em casa?

-Não vamos, tem SPA e salão antes de virmos para a casa.

-Então por que agente não pode ficar aqui? –eu já ia pular no pescoço da criatura.

-Ninguém sabe  a hora que agente volta.

-E quem garante que não vamos atrás de vocês? –ele perguntou se achando o bonzão.

Eu não sabia se ria ou se chorava, essa eu fiz questão de responder curtamente.

-Os seguranças.

O resto riu da cara dele quando o mesmo se calou, coitado deu tanta pena...

-Agora vamos, liguem para os seus pais e agente marca um lugar para se encontrar. –Gustav era sempre determinado.

Liguei para minha mãe que já se encontrava impaciente e fomos ao encontro deles em um restaurante.

Foi como o de sempre, conversas e blábláblá, eu amava minha família é claro, mas as vezes nos faziam passar por cada coisa... na mesa, os quatro casais provavelmente pensaram que seria um boa idéia nos constranger na frente de nossos namorados, não que eles sabiam disso, mas tia Lina, mãe da Carol sempre sabia quando tínhamos alguma coisa que estávamos escondendo, isso me dá tanta raiva...

-Ninguém merece.-Laura sussurrou em meu ouvido.Eu assenti concordando com a cabeça e voltando para escutar a maldita conversa.

-E quando elas ficaram viciadas por Tokio Hotel, lembram? –minha mãe perguntou para as outras, que se lembraram rindo e, olhavam direto para os meninos, como se não estivéssemos na mesa....percebi que iam contar, eu queria me esconder num buraco e nunca mais sair.

-Mãe! –chamou Vivian antes que começassem a contar. –Sua mãe, Melanie, voltou para a filha com uma cara “você está me atrapalhando”, mas perguntou o que era. –Ahh... sabe, eu... esqueci! –Vivian terminou sorrindo amarelo.

A tia Mel se voltou para os meninos na outra extremidade da mesa e aí não teve quem parasse as senhoras.

-Nossa, que época foi aquela, eu nunca vi pessoas ficarem tão viciadas em algo como elas eram por vocês. –ela começou, sendo seguida por  Juliana, essa era mãe da Laura.

-Não tinha quem as segurasse. Eram CDs, pôsteres, entrevistas, vídeos, fotos espalhados por onde quer que elas passassem, e as asneiras que falavam...

Nessa hora eu congelei no lugar, parecia nem respirar e a reação deles nem me ajudou um pouquinho que fosse, pois se demonstravam  cada vez mais interessados no assunto, vi de relance olhares perversos nos olhos deles, e me encolhi esperando o que vinha pela frente.

-Eu me lembro de quando as quatro estavam querendo fazer aula de Alemão, segundo elas era para se entenderem melhor com vocês. –minha mãe contou, enquanto eu ia me afundando na cadeira a cada frase que saía.

-Verdade, eles disseram ter que se entender com o futuro amoroso delas, até quando dançavam pelos locais dançando ao som de todas as músicas de vocês.-Para que meu tio ia ajudar se ele podia piorar a situação ainda mais.

É, infelizmente meu tio estava lá, assim como um dos primos de Laura, o irmão da Vivian e o tio da Carol, eles eram todos mais velhos. Meu tio tinha 33, o da Carol era 34, o irmão da Vivian, assim como o primo da Laura, tinha ambos 23 anos e o pior é que eles eram todos uns capetas, sempre que podiam tentavam tirar uma com a nossa cara feito moleques de 9 anos, o maior hobby deles era nos provocar e agora, sabiam muito bem que contando tudo aquilo iam conseguir, mas depois, como um prêmio maior que eu fazia questão de dar, seria a cabeça deles em uma bandeja.

-Uma vez, -começou o irmão de Vivian que gelou ao ouvi-lo falar. – eu pedi para ver a foto da banda que tanto elas estavam viciadas, mas quando pedi, quase arrancaram minha cabeça, disseram que vocês eram propriedade particular delas!

Cadê o buraco??

-Sério? –perguntou Tom com o sorriso do capeta.

Todos lá, mas todos mesmo, assentiram.

-Ela falavam tanto de vocês que agente não deixou elas irem ao camarim do show de vocês em São Paulo, com medo de que elas tivessem um enfarte ou acabassem atacando vocês lá.. –contava minha mãe alegremente.

-Ou quando treinavam para o casamento então, uma vez elas estavam com véus na cabeça, perguntei para quê tudo aquilo e acabei virando uma espécie de padre, quando perguntei o nome dos caras elas começaram Bill e Tom Kaulitz, Gustav Shafer e Georg Listing, e depois da “cerimônia” eu perguntei para elas o que pretendiam fazer depois, a resposta foi imediata: ‘Agora nada, mas quando acontecer vai ser a noite de núpcias, dãh’.

Se já não o tinha feito antes agora paralisei de vez, eu ia matar aquela trupe de insensíveis que ficam contando tudo, eu ainda escorreguei mais e caí no chão, debaixo da mesa. Encontrei as outras lá e, com um aceno de cabeça, começamos a engatinhar para uma mesa vizinha, ficando lá por horas e horas, até que ouvimos:

-Cadê elas Bill?

 -Acho que fugiram para casa antes até dos pais delas irem de volta ao hotel. –Bill responde ao gêmeo.

-Então vamos também, só quero ver a cara delas quando chegarmos em casa. Se eu fosse elas já teria matado o mundo depois disso. –Falava Georg.

-Mas foi bom saber. –Bill disse.

-Toma cuidado com o que vão fazer, vocês três. –Censurou Gustav.

-Todo o cuidado Gus, mas o que você pretende fazer? Sei que você não é nenhum anjinho.-Tom comentou.

-Eu só vou falar com ela! –ele respondeu.

-Sei... Vamos logo. –Terminou Georg por fim.

Depois não podia-se ouvir mais nada.

-E agora? –perguntei meio desesperada.

-Sem outra opção, agente precisa voltar antes que alguém nos ache aqui. –Dizia Caroline.

-Eu sei, mas o que falamos quando voltarmos? –Laura perguntou.

-Não sei, quem sabe o que os demônios querem...Mas agora vamos duas por duas, assim se tiver algum problema agente avisa, uma dupla sai e depois de maia hora se não tiver paparazzi lá fora a outra  sai. E só com duas podemos despistá-los em casa, eles vão querer as quatro juntas,... eu acho.

-Então vamos, dois ou um, os iguais são as duplas. –Eu determinei.

Depois de três tentativas, eu tirei dois junto com a Laura e as outras duas tiraram um.

-Agora par ou ímpar, quem perder vai primeiro.

Isa jogou contra a Vivian e ganhou, então desejamos boa sorte a elas e ficamos lá, debaixo da mesa por mais um século, depois de meia hora estava na hora de sairmos.

-Vamos agora, espero que elas tenham conseguido. –falei.

Passamos por debaixo da mesa  e saímos para o restaurante, estava meio que cheio ainda, e olha que eram 16hs da tarde e o pessoal almoçando. Tentamos passar despercebidas mas aos poucos 20 mesas se viraram e olharam mudos em nossa direção, e mais uma vez, o silêncio dominava o local. Antes que alguém pudesse gritar para o mundo que estávamos aqui, Laura falou:

-Oi gente, tudo bem aí? –nossa, o que ela tava fazendo mesmo?! –Então, espero que tenham uma boa refeição, a comida aqui é ótima. Eu até pararia para ficar mais falando com vocês mas temos um probleminha para resolver de emergência. Só pesso que por favor não contem  a ninguém nesse momento, que estamos aqui, só para evitar tumulto no restaurante, o.k? Amamos vocês.

Alguns celulares tiravam fotos de nós mas não era nada demais, só precisávamos sair de lá logo.

-Não quero nem encarar eles hoje, imagina o que eles estão pensando. –falei.

-Talvez que somos mais locas do que parece. Que vergonha, eu juro que queria ter uma metralhadora nessas horas.-ela me falava.

Saímos do restaurante e havia uns carros na porta mais nada que causasse problemas para mim.

Fomos andando sem encarar ninguém, apenas o chão, até que vi que Laura não estava mais a mau lado. Me assustei mas a vi sendo carregada por Tom que a levava para seu carro, a mesma tentava sair mas era tarde pois ele a colocou no carro e fechou a porta, antes de entrar no banco do motorista sorriu com cara de quem tava aprontando para mim e acenou, logo entrando em seu carro e dando partida.

Eu me virei para seguir meu caminho, mas me assustei com a pessoa na minha frente, sorrindo para mim de um modo perigoso, eu ia recuar para correr mas  ele segurou fortemente o meu braço, me prendendo no lugar.

-Acho que não. –Ele sussurrou em meu ouvido, eu estremeci e acho que ele percebeu pois me puxou para mais perto dele e subitamente me pagando no colo e me levando a seu carro que eu não percebera que estava a meu lado na calçada.

Eu me debatia até quando ele passava o sinto em mim mas a cada vez mais ele tinha vontade de me prender lá.

-Já disse que eu te amo. –falou me dando um selinho e fechando a porta do passageiro, entrando rapidamente no banco do motorista e dirigindo, pela rota que fazia vi que não era para casa que estávamos indo.

Ele dirigia com um sorriso do mal no rosto e eu fiz questão de olhar para a janela, assim eu não o encarava.

Vi que o mesmo saia da cidade em direção a não sei onde.

-Não precisa ficar assim, é normal que meninas gostem de alguém... só que eu nunca vi alguém que me quisesse antes de me conhecer... se bem que como é comigo acho normal...

-Nem se acha! –murmurei bufando e revirando os olhos

Ele só riu e voltou a prestar atenção na estrada.

Controlava a minha raiva para que eu não explodisse ali mesmo, mas tive que perguntar aonde estávamos indo, não agüentava mais.

Fui abrir a boca para falar mas ele já sabia o que eu ia falar.

-Acha mesmo que eu vou responder? –perguntou debochadamente.

-unh. – estava com mais raiva ainda e ia explodir quando ele entrou com um carro em uma passagem de terra quase despercebida no meio da estrada, a estradinha ficava entre árvores enormes e começamos a passar por vários lagos. A vista das montanhas era absolutamente perfeita e o céu azul ajudava na perfeição. Eu vi alguns cavalos brancos correndo nas montanhas livremente e fiquei encantada, esqueci da raiva e nem percebi quando o carro parou na frente de uma casa enorme, mas que não estragava nada.

A porta a meu lado foi aberta me despertando do transe e eu quase caí do carro se Bill não tivesse me segurado.

-Lugar legal, né? –ele perguntou olhando a vista.

-É lindo, muito lindo mesmo.Não me lembro de ter visto algo tão bonito assim.

-Ah, mas aí eu tenho que descordar porque eu  já vi sim, e é muito mais. –falou me olhando seriamente.

-O que? –perguntei, para mim simplesmente não tinha mesmo.

Ele me puxou para um beijo que foi longo e demorado ficamos ao que pareceu anos, nos beijando, até que ele separou nossos lábios para tomar ar e me fitou bem fundo nos olhos. –você..-disse com a voz rouca e loco tomou meus lábios novamente iniciando mais um beijo, um beijo calmo, mas com desejo e luxuria.

-Vamos para dentro!- falou separando seus lábios novamente e me pegando no colo.

-Bill, eu sei andar sozinha! –reclamei.

-Eu sei que sabe, mas duvido que  na encenação do casamento vocês fizeram essa parte, e se fizeram é melhor que eu não saiba com quem. –ele falava no meu ouvido, de modo que me deixava arrepiada dos pés a cabeça, eu escondi o rosto em sua clavícula, mas ele logo me jogou em um enorme sofá, ficando por cima de mim.

-Bill, você quer me matar, só pode. –falei.

-Claro que não. –ele disse enquanto eu me sentava no sofá. –Não é muito nova para pensar em noite de núpcias?

-Não, eu sou nova para ter uma mas não para pensar.-falei seriamente.

-E por que eu? –me perguntou.

-Porque sempre foi você e sempre vai ser, Bill. Eu te amos e acho que viu que sempre foi assim, eu parecia uma loca pois sempre quis você comigo, desde a primeira vez em que o ouvi cantar eu quis isso, daria a minha vida por você.

Ele não disse nada, apenas sorriu de um jeito maroto e me empurrou para que ficasse deitada no sofá se deitando por cima.

-Então relaxa, eu não vou chegar a fazer nada...ainda.

Ele tirou a camisa e começou a me beijar de um modo selvagem que eu nunca tinha experimentado, eu tenho que dizer que amei. Ele me beijava intensamente e cheio de desejo que eu nunca havia visto nele ainda. Eu segurava em seu cabelo liso e ele tinha sua mão acariciando minha nuca e me apertava mais contra ele.

Ele parou e me olhou com um sorriso que lembra uma criança recebendo o presente de natal. Eu sorri de volta e ele piscou pra mim logo em seguida indo a procura de meu pescoço, ele encostou seu nariz em minha clavícula e eu estremeci.

-Relaxa, eu te amo, jamais iria te machucar... –eu estremeci e ele começou a beija meu pescoço, seu piercing  roçava a minha pele e eu estremecia, ele resolveu abusar um pouco mais e foi deslizando a mão por minha cintura ate chegar em minha coxa onde a deixou por um longo tempo, do qual eu me esforçava muito para que não perdesse o juízo, felizmente o celular dele tocou e o mesmo saiu relutante de cima de mim para atendê-lo. Eu me sentei no sofá arrumando meu cabelo que estava um verdadeiro caos e ele voltava com seu celular no viva voz.

-Bill, onde você está? O pessoal está esperando para sairmos pra jantar! Cadê você e o seu irmão que não chegam? –era Gustav no celular.

-Ah é, eu acabei me esquecendo...-dizia Bill já sentado ao meu lado. Detalhe, sem camisa.

-Você se esquecendo Bill? Isso é novidade! Tem que ser algo muito bom para que isso aconteça... ah pera aê, está com ela, não? Espero que tenha tomado cuidado... –Gust começou cm o sermão.

-Ela está do meu lado Gustav.-lhe disse Bill no telefone.

Percebi quando Georg entrou na linha pois Carol ria do lado dele.

-Marina. Recadinho aqui importante. Cuidado, não deixe esse ser do seu lado perder o juízo, se visse o que passa na mente poluída dele sobre você ia levar um susto. Não deixa ele no controle o.k?Se não ele se empolga muito fácil, como a noite que  ele passou no seu quarto que quase te atacou...- e Bill desligou o celular na cara do menino.

Eu estava um pimentão olhava para baixo e nem sabia o que pensar, ele pelo visto estava pior que eu, era até engraçado vê-lo assim.

Eu deixei a vergonha de lado e me abracei fortemente nele.

-Seu pervertido! –Falei olhando em seus olhos.

-Tem vezes que não dá pra segurar... –ele tentava se explicar enquanto eu tentava não rir dele.

-O que pensa sobre mim aí? Posso saber?

-Ainda não, cresça um pouco primeiro e aí eu te falo tudo que quiser saber. –Ele disse calmamente e eu fiz careta, mostrando que eu não estava satisfeita. Ele me pôs em seu colo e eu apoiei a cabeça em seu tórax. –Se te interessa saber, saiba que eu te amo, e por hora, isso é tudo o que basta.

-Tudo bem, mas eu não sou criança! –falei.

-Talvez não seja mesmo, ou até definitivamente amanhã, mas é e sempre vai ser a minha menina, que eu amo demais, assim como nunca amei qualquer um nesse mundo. E se essa menininha quiser muito saber tudo o que eu penso dela vai ter que esperar um ano.

Eu fui falar mas ele apenas colocou no dedo em meus lábios, assim me impedindo de fazê-lo e me beijou suavemente. Nem Deus podia sequer adivinhar o quando eu amava aquele homem, faria tudo por ele e seus pensamentos poluídos...

Já era tarde, umas 19hs e ele me mostrava a fazenda de sua família. Chegamos a um grande lago e ficamos admirando-o. Bill então tirou a camisa e já que estava de bermuda, se lançou na água, em seu pulo, jogou água em mim.

-Biiiilll, é hoje que eu te mato! –gritei enquanto tirava o pouco de água que caíra no meu olho.

-Então vem aqui! –ele disse rindo.

-Nunca!

-Porque ? Tem medo de tubarão?

-Hahaha, muito engraçado.

-Vem logo! –me chamou.

-Não, eu não tenho outra roupa. –falei

-Tira! –ele falou na maior cara de pau.

-Tá loco? –perguntei.

-Não, eu só sou realista, suas opções são entrar de camiseta, o que eu não recomendaria pois a mesma é branca, ou tirar a camiseta, já que está de soutien.

-Opa, claro! Só esqueceu que eu não tenho duas opções porque eu não vou entrar! –mostrei a língua e em um piscar de olhos ele estava na minha frente com o sorriso d capeta novamente. –Nem vem!

Gritei e saí correndo pela grama, mas só fugi por 2 segundos. A pessoa me agarrou por trás e quando dei por mim estava caindo na água gelada.

Assim que subi a superfície a pessoa quase se afogava de tanto rir, quando me viu vindo em sua direção parou e me encarou.Eu o abracei fortemente afim de me esconder, não era só a minha blusa que era branca.

Ele não pareceu esperar o gesto e ficou me abraçando lá, até que perguntou em meu ouvido.

-Não vai me matar não?

-Ainda não, não tenho como. –falei.

-Não está com raiva?

-Muito mais do que você possa imaginar.

-Não te entendo, por que me abraça então?

-Pra me esconder! –respondi como se fosse óbvio.

-De quê? Só sua blusa deve está transparente.

-Bill, eu não uso só blusas brancas!

-Ahh, devia ter reparado antes. Relaxa, depois eu te dou a minha camisa, ela é preta.

-Então me dá ela logo! –falei como uma ordem.

-Eu não, assim você vai me matar depois.

-Eu vou é te matar agora!- ameacei.

-Tenta que eu te solto.

-Argh.Tenho ódio de você Bill!

-Ódio é uma expressão apaixonada!

Ele ficou me irritando o tempo todo e eu tive que ficar agarrada nele, não foi de todo ruim... (deleta), mas ao ficar totalmente escuro eu comecei a ficar com frio e ele percebeu que eu estava tremendo, me entregou sua camiseta e, me encolhendo em seus braços me levou de volta ao chalé, onde eu tomei banho enquanto minhas roupas secavam e depois nós nos sentamos perto dá lareira e começamos a conversar e  novamente o celular do Bill tocou.

-Fala Tom. –Bill disse tirando o aparelho da orelha e pondo-o novamente no viva voz.

-Bill? Cadê vocês? Sério, está todo mundo preocu...-e a voz foi substituída.

-Marinaaa, cadê você? Você tem que estar aqui amanhã para se arrumar! –era Laura.

-Ela está bem. Amanhã ela vai estar aí. –Bill respondeu por mim.

-Bill, seu cabeção, ela precisa descansar!

-Ela vai. –disse Bill.

-Bill, -agora era o Tom. –Sério, juízo ela precisa estar descansada amanhã e não com dor!

-Já chega Tom! –disse desligando o celular. –Ninguém merece esse povo malicioso do caramba! –reclamei enquanto ele ria de mim.

-Vem, você não pode ficar cansada. –ele estendeu a mão para mim e me levou a um quarto, entrando junto comigo e se lançando na cama, me puxando com ele.

Acabei dormindo em cima dele (não aconteceu nada, eu juro! )e acordei com o mesmo cantando em  meu ouvido.

-Precisamos ir, senão elas me matam. –Dizendo isso voltamos para o carro, agora tinha que estar pronta para o dia. Longo dia.


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Notas finais do capítulo

E aí?? Gostaram??Podem deixar sua opinião nos reviews, que eu agradeçooo. Estou me esforçando muito para que fique ao agrado de vocês, espero que estejam gostando.
Bjkasss



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