Latin Girl escrita por JusBiebs


Capítulo 9
Não se pode pedir desculpas à um idiota


Notas iniciais do capítulo

bao leitura amoores!!nos vemos ali em baixo!!



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Ela entrou no quarto com uma cara inexpressiva.

–Caarol! – soltei como um gemido e fiz um biquinho. Ela se jogou na cama ao meu lado e esperou que eu continuasse. – Acha que eu exagerei? – perguntei franzindo as sobrancelhas.

–Acho sim. – ela falou simplesmente. Nossa, tinha que ser tão dura comigo? E onde está a compaixão? Agora vai jogar todo remorso em cima de mim, que legal!

Tá, eu continuo exagerando. Ainda estou abalada com minha infantilidade. Mas quando eu sou acordada fico extremamente estressada e acabo descontando a raiva em todo o mundo e também faço muitas tempestades em copinhos d’água.

–Valeu, era todo o apoio que eu precisava. – falei sarcástica. – Carol, mas ele errou também! – tentei melhorar um pouco minha situação. Mas eu sabia profundamente que era mentira: ele não havia feito nada. Apenas brincou e eu... eu me irritei à toa e gritei com o Justin. E ainda fui má educada com ele. Eu sou muito má! Eu me odeio.

E o remorso ataca novamente!

Impressão minha ou minhas crises de infantilidade estão se tornando mais frequentes a cada.. segundo?

–Olha, Anne, ele estava brincando sobre a água e...

–Eu sei! Ele só estava brincando. Eu que não quis entender isso antes. Ai, Carol! Eu sou tão ignorante! – falei em um tom magoado e cheio de arrependimento. Ela me olhou com uma cara, que dizia: Vai me deixar falar, ou vai continuar se remoendo por coisas passadas? – Pode continuar, vai.

–Obrigada. E também, ele ficou super preocupado com você não ter acordado ainda, e pediu que te acordássemos. Mas ele não mandou batermos em você, isso foi ideia minha e do Chaz. – a última frase ela falou de cabeça baixa, num tom de desculpa. Eu nem me importei. Afinal, eu nunca fui delicada ao acordá-la também.

–Tudo bem, amoree! Eu também nunca soube maneirar para te acordar mesmo. – falei rindo, ao que ela concordou e riu também. – Mas será que ele me desculparia, quer dizer, eu falei aquilo tudo porque estava nervosa e com a cabeça quente! Você sabe muito bem como eu fico ao ser acordada e também sabe como eu fico quando tenho pesadelos! – minha mente começou a buscar desculpas, mesmo que completamente sem sentido, para eu ter agido daquela maneira. Já que ninguém fazia o serviço, eu mesma tentei me auto consolar.

–Pesadelo? Você teve algum pesadelo? Qual? – ela falou. – Ahh... O do “Pocotó e da areia”, né? – quase que deu para ouvir o estalo na sua cabeça quando ela provavelmente se lembrou de eu gritando com o Justin falando que ele me fez cair do cavalo e me deixou afogar (?) abandonada na areia movediça.

–Isso mesmo. Carolzinha!! Será que ele me perdoa? Eu sou uma burra! Como eu fui fazer isso com ele? Ele foi tão fofo.. – comecei a me desesperar.

–Anne. Anne olha para mim. – ela falou me fazendo olhar diretamente para ela, bem nos olhinhos. – Não adianta chorar pelo leite derramado, você sabe muito bem disso. Se ele te perdoa, eu não sei. Realmente, não conheço o Justin para saber se ele desculpa ou não. Mas eu acho que se você se explicar e eu der uma ajudinha, talvez ele te entenda. Ele não deve ser tão mal. Parece legal.

–É, ele é sim. Eu que fui uma idiota. Vou pedir desculpas! Torce por mim, ok? – eu falei me levantando da cama, enfim fazendo alguma coisa se não lastimar e lamentar minha burrice e total falta de racionalidade.

–Boa sorte! – ela falou fechando os olhos com força e cruzando os dedos. Eu só ri e fui até a porta.

–Eu vou precisar. – sussurrei mais que para mim mesma.

Abri lentamente, respirando com uma certa dificuldade. Sim, eu estava nervosa. Será que ele iria gritar comigo? Iria me desculpar ou iria me odiar para sempre? Será que não tem mais volta? Um dia ele irá voltar a ser o Justin fofo da noite anterior?

Essas perguntas ecoavam minha mente e só me deixavam mais nervosa ainda.

Eu estava saindo do quarto, e me remoendo de medo, quando senti uma coisa gelada cair sobre minha cabeça, e vi alguma meleca azul me sujar toda, entrando pela minha boca e manchando minhas roupas.

Minha única reação foi gritar.

POV Justin

–Cara ela é doida! Que Pocotó é esse? – eu falei pro Chaz. Ryan só ria. Ele estava vermelho. Tenho que me lembrar de matar ele depois.

–Sei lá, man! Mas eu não deixaria uma garota patricinha falar assim comigo não! – Chaz respondeu.

–Patricinha? – perguntei. A Anne é legal, não sei por que ela armou aquela confusão toda, mas eu acho que gosto dela. Pelo menos, de um lado dela eu gosto. O lado dela que não vive gritando nem batendo, o lado meigo e feminino dela.

Mas eu acho que ela só estava nervosa e irritada. Com o que, eu não sei. Acho que sou não quero pensar que ela é tão exagerada.

–É cara! Ela só sabe gritar e mandar e falar “não gosto disso” ou “isso é assim”. Eu não fui muito com a cara dela não. – Chaz continuou. Eu vou bater nele se ele continuar falando assim dela!

Por que eu iria bater nele? Não sei, mas de alguma forma me incomodava.

–Mas foi com a cara da amiga dela, né? – Ryan pela primeira vez fez alguma coisa além de rir. -Hey, a Anne é legal – até que enfim, alguém! – mas ela é doida mesmo. E não é nenhuma patricinha, só meio irritadinha. E ela é bem gostosa! –

–-Ah, isso com certeza! – eu e Chaz concordamos. Qual é ela tem uma bunda GIGANTE! E naquele biquíni então... eu quase morri quando vi ela naquele biquíni maravilhoso.

–Mas ainda assim ela não devia falar assim com você. Tive uma ideia! – Chaz falou.

–Ah não Chaz, você e essas ideias suas são pura merda. Você só arruma confusão. Nem vem.

–Tá, não foi comigo mesmo que uma GAROTA gritou. – ele deu de ombros. Ele tinha razão, a Anne merece alguma coisa.

Eu não acredito no que vou fazer...

–Ta legal. Qual é sua ideia? – eu me rendi e ele começou a contar. Se bem que não era tããããão ruim. Só ruim. E a Anne bem que merecia!

***

–Ei cara, segura isso, ok? Se eu cair, eu acabo com você! – Chaz gritou novamente, enquanto ainda – sabe-se lá como – prendia a sua principal arma na vingança – uma lata de tinta azul – contra “Anne e seus gritos loucos” em cima da porta do quarto das garotas.

Quando ele desceu, veio me dar as instruções... de novo.

–Quando ela sair puxa essa cordinha – me entregou um fio bem fininho – mas só a Anne ok? Não faça nada com a Carol.

Bufei e fiquei esperando. A porta se abriu e eu vi os olhos castanhos dela e ela parecia nervosa. Eu já ia me esquecer de fazer o combinado, quando o Chaz me cutucou e sussurrou “Vai cara!”

Quando eu puxei a cordinha e a tinta azul caiu toda nela, ela gritou tão alta, que eu pensei que ficaria surdo. Os caras ficaram rindo, mas de asegunrando a cordinha.lguma forma eu não achei graça nenhuma naquilo.

Foi então que, com as risadas super altas dos garotos, ela me viu

–Justin! – eu vi seus olhos se encherem de água e me senti um completo idiota. – Sabe onde eu estava indo, Justin? – fiz que não com a cabeça. – ao seu quarto. Sabe para quê? Para pedir desculpas por ter gritado com você. Eu fiquei irritada por ter sido acordada e acabei descontando em você. Então eu já ia te pedir desculpas. Mas pelo visto, você resolveu mostra que sabe sim se vingar não é? E eu pensei que eu fosse uma idiota. O único idiota aqui é você. – ela falava e eu estava me matando por dentro. Eu sabia que a Anne era legal. E agora eu fiz a maior merda da minha vida. E a doçura com que ela falava tudo aquilo... ela não estava com raiva. Eu pudia ver em seus olhos. E não havia raiva. Havia dor, mágoa. Ela realmente ficou magoada. Eu sou um lerdo.

À essa altura, Carol já estava ao lado da Anne a ajudando, enquanto ela chorava e repetia: - Ele não fez isso comigo, não pode ser...

O choro dela foi a coisa mais dolorosa que já me aconteceu. Ela estava indo para seu quarto, quando se virou, secando as lágrimas e me olhou com frieza.

–Não vai ficar assim. – falou simplesmente, tão dura quanto pedra e até os idiotas – Chaz e Ryan – pararam de rir para olhar para ela.

Ela tinha razão: eu sou sim um idiota.

E ela estava indo me pedir desculpas? Isso só piora minha raiva por mim mesmo.

Fui até meu quarto e tranquei a porta. A Anne vai se vingar, eu sei. E vai surgir uma grande guerra, onde poderia ser uma amizade, sei lá. Tudo isso porque eu fui um burro.


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Notas finais do capítulo

que taal? quero saber o que voçs acham que a anne pode fazer com o jus. estou sem ideiaas, entao, todo tipo de sugestao é bem vinda.beijos lindas!!