Latin Girl escrita por JusBiebs


Capítulo 22
Por favor, tragam escadas para mim


Notas iniciais do capítulo

Ei lindas! Desculpem a demora, mas estou em semana de provas ¬¬
Vou postar esse cap e, sinto muito, mas o próximo vai demorar um pouco, porque a semana que vem tenho as bimestrais, que são as minhas piores provas do mundo! :(
Assim que passar essas confusões e essas provas chatas, eu posto um cap lindo para vocês, pode ser??
Boa leitura!



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Nós continuamos conversando e comendo coisas proibidas – no bom sentido, para essas cabeças poluídas –, e eu tentava não pensar muito na garota que estava com ele quando cheguei. Ela me lembrava a Avril Lavigne, o que é ruim, porque significa que é bonita, legal, simpática... e, surpreendentemente, ela também canta bem. A última coisa que eu estou procurando no momento é concorrência. Ainda mais quando falar o que sinto está tão difícil!




Haviam se passado mais duas semanas. Minha viagem já havia acabado, claro. O tal do feriado no Brasil já havia passado. Mas eu bati o pé. Não iria embora!

Minha mãe também já tinha visitado os parentes em outras cidades e deu uma passada por aqui, para ver o Scoot, por apenas quatro dias. Nós duas não passamos muito tempo juntas, principalmente por que ela vivia fazendo compras e conhecendo a cidade – segundo ela, seria um desperdício viajar até aqui e não conhecer esse lugar – e porque eu passava quase o dia todo com o Jus no hospital, ou pensando nele ou buscando notícias sobre ele. Mas ainda assim, ela nem discutiu comigo quando eu disse que não iria embora com o Justin daquele jeito. Ela aceitou, assim que o Scooter propôs que eu continuaria estudando com a professora do Justin.

–Mãe? Como posso ir com o Justin assim, de cama? Sei lá... Eu estava lá perto na hora do acidente, não posso abandoná-lo logo agora. Ele está quase recuperado!

–Eu sei, eu sei. Se pudesse, até eu mesma ficaria aqui para vê-lo. Mas não dá: eu tenho trabalho e não posso largá-lo. E você, você tem seus estudos, a escola, os amigos.

–O Jus... tin é meu amigo. E eu tenho também a Carol, o Ryan e o Chaz.

–Mas e a escola?

–Hm, ela pode ter aulas como o JB tem... Com a mesma professora dele e tals. – Scooter apareceu
da cozinha, falando embolado com um tanto de chocolate em sua boca.

Minha mãe pensou por alguns segundos.

–Tudo bem, então. Fica. – ela falou e me deu um abraço.

Hã, com a mãe da Carol, a Sra. Oliveira, não foi tão fácil. Mas depois de o Scooter sugerir a mesma coisa que havia dito com a minha mãe com ela, e depois da minha mãe insistir muito, muito, muito mesmo, ela acabou deixando.




–E então? – perguntei animadíssima. As palavras saíram engasgadas, atropeladas. Mas quem eu queria atropelar não eram as palavras; era a droga do homem vestido de branco na minha frente.

Já fazia duas semanas que o Jus estava bem, acordado e consciente. Ele só estava de repouso por um tempo no hospital. Mas não sei por que não o tiraram de lá até hoje! Ele está ótimo! Mas o médico é tão lento que não percebeu isso até hoje.

–Daqui a uma semana ele está liberado. – respondeu e foi tudo que eu precisei ouvir para ficar feliz o resto do dia.




Todos os dias aquela garota ainda o visita. Ela vai sempre antes de mim, então quando chego lá, ela e o Jus já estão conversando e rindo, na maioria das vezes. E sempre que eu chego, ela “já está de saída”.

Mas eu tento não me incomodar com ela. Hã, que dia que eu vou perder meu tempo com aquelazinha que se acha a tal? Todos os dias, né, porque fracasso totalmente tentando não sentir ciúmes.

–A Lilian é só uma amiga! – Justin teimava em dizer, sempre com aquele sorriso no rosto, como se ficasse feliz por eu, aparentemente, sentir ciúmes. E eu acho que ele realmente ficava feliz. Daí vocês me perguntam por que, se já sei que ele parece gostar de mim, não contei a ele até hoje que to afim dele. E só lhes digo que, apenas no dia que passarem pelo que estou passando, apenas no dia que gostarem de algum garoto famoso e tiverem a chance de ficar com ele, vão entender. E, apenas no dia que uma garota estiver “flertando” – porque na minha cabeça aquelas visitas só tinham um motivo óbvio: flerte – com o cara que vocês gostam, vocês vão conseguir me compreender.

Além do mais, eu tenho medo de me magoar. Porque, se ninguém aí lembra, quando eu vim visitar o Scoot, eu havia terminado há pouco tempo com aquele imbecil do Rafael. E eu não quero passar de novo por isso. Já aprendi que os homens são uns lerdos que só saber te magoar em busca de diversão. E não duvido que o Justin seja muito diferente ou que seja exceção a essa regra.

–Sei. – eu respondia, sempre, e nós continuávamos a fazer o que estávamos fazendo, tentando ignorar aquela garota.




–Hey, Biebs. Já escreveu alguma música sobre o acidente? – perguntei um dia, de repente. Quis saber se ele estava fazendo algo além de comer e ficar deitado.

–Não. E nem vou escrever. – falou pensativo, como se estivesse se lembrando de algo.

–Por que não?

–Porque não quero ficar me lembrando desse acidente, ué! E, aliás, se fosse fazer uma música sobre isso, eu teria que... – pigarreou – que falar sobre o motivo, sabe.

Nossa, Justin. Que indireta, pensei

O motivo do acidente: a brecha que ele usava para tocar naquele assunto. E que eu sempre me desviava.

–Teria. Ah, já está na minha hora. – falei seca, fazendo menção de me levantar da cama onde estava sentada ao lado dele.

–Não, não. Dessa vez você não foge, Anne. Há tres semanas atrás você fugiu, e olha no que deu. – apontou para si mesmo – Vai querer fazer algo pior?

–Justin. O acidente NÃO foi culpa minha! – me irritei, tentando convercer a mim mesma disso.

Odeio quando dizem que foi minha culpa, porque eu fico me sentindo realmente culpada. E isso me deprime totalmente.

–Eu sei que não foi. Foi minha, quer dizer, eu que saí correndo igual um retardado naquelas escadas pequenas.

–É. – fiz bico e cruzei os braços. Ele riu.

–Você é pirracenta de mais. – ele riu da minha cara.

–Que droga, vai ficar humilhando?

–Não. Vamos ao assunto que interessa... Onde eu tinha parado naquele dia?

–No chão, com uma poça de sangue em volta da tua cabeça. – dei uma outra interpretação.

–Não. A última coisa que eu disse?

–Anne, espera! Volta aqui... – tentei me lembrar do que ele havia dito quando corria atrás de mim, mas desisti assim que a imagem de sua figura caindo veio à tona.

–Haha. Sério, sobre a nossa conversa?

Corei. Meu corpo gelou todinho em resposta ao nervosismo. Respirei fundo.

–A nossa conversa – engoli em seco – terminou assim que você me chamou de bipolar, gritou comigo, e eu me irritei e saí correndo. Nossa conversa durou até quando você jogou a culpa de todas as nossas brigas em cima de mim e ficou gritando, e eu não quis ouvir aquilo e saí. Depois, hã... você sabe. O mané foi correr atrás de mim naquelas escadas minúsculas e quase morreu.

–Ah. Você ainda acha que eu estava te culpando?

–Foi o que pareceu. – manti meu tom seco. Era o que eu sempre fazia quando estava nervosa: suava as mãos, olhava para baixo e ficava totalmente seca.

–Mas não era minha intenção.

Não respondi. Virei o rosto para o outro lado e fiquei encarando os prédios através da pequena janela do quarto.

–Anne. – Justin falou pegando minha mão.

–Hum? – perguntei encarando os prédios altos e os arranha-céus de L.A., ainda sem me virar para ele.

–Eu... Ah, me desculpa, tá? Eu fui um idiota. Não devia ter sido mal educado com você naquele primeiro dia.

Ok, la vamos nós começar tudo de novo. Onde estão as escadas?


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Notas finais do capítulo

Que tal? Quero muitos reviews, rola?
Amo de mais vocês. Vou tentar postar assim que acabarem as provas, na sexta ou segunda que vem, tudo bem?
Beijos, beijos!