Latin Girl escrita por JusBiebs


Capítulo 2
Obrigada por morar nos EUA, Scooter


Notas iniciais do capítulo

O cap hoje, como prometido...
Só desculpem o horário, mas eu cheguei em caasa agora, sabem? Eu fui direto da escola pra a casa da minha vó e... deixa pra lá!! Boa leitura!!



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–Filha! Anda logo! É a terceira vez que eu venho aqui! – de novo, aquela vozinha super estressante ecoava na minha cabeça, eu podia senti-la bem perto, no meu ouvido. Pelo menos, ela não gritava.

–Cinco minutos, mãe! – gemi com a voz rouca. Ai, que saco!

–Eu já disse, é a terceira vez que eu venho aqui. E é a terceira vez, também, que você pede cinco minutos. Você não tenha vergonha na cara não? – Não! É, eu pensei em responder. Só pensei. Mas se eu realmente dissesse isso, ia começar uma discussão demorada, e nada produtiva, é. E minha cabeça doía muito, eu não tava a fim de discutir.

–Eu PRECISO dormir mãe! É uma necessidade. – resmunguei, me prendendo com mais força ao cobertor que ela tentava puxar.

Argh!

–Vamos, seu primo está ansioso pra te ver. Afinal, faz cinco anos que vocês não se vêem. – disse depois de conseguir puxar minha cobertinha.

Meu primo, um velho. Mentira, ele não é velho. É mais velho que eu, isso sim. Muito mais velho. Mas eu não sei a idade dele, talvez uns 30 anos, sei lá. Seu nome era Scooter Braun, e ele não morava aqui com a gente no Brasil, não. Na verdade, se não me engano, ele tava nos EUA, em Atlanta.

E minha mãe resolveu ir visitá-lo agora. Logo agora. Que eu tinha acabado de terminar com o idiota do Rafael, meu ex. Um lerdo que não pode ver um rabo de saia que esquece seu nome e se derrete todo pela garota. Mas pior ainda, é quando a garota pela qual ele fica caidinho, é sua pior inimiga desde aos 10 anos, desde a quarta série.

Minha mãe quis aproveitar um feriado de sabe-se-lá o quê pra passar uns dias nos Estados Unidos com meu primo.

Eu tinha convencido minha melhor amiga a ir comigo, porque eu tava muito carente emocionalmente pra poder ir sozinha. Vocês sabem, né. Terminar com um namorado, porque ele é um retardado ciumento e traidor, abala a felicidade de qualquer uma.

E, também, o que é que eu iria fazer durante duas semanas nos Estados Unidos da América se eu não estivesse acompanhada? Quer dizer, como é que eu iria curtir a viajem sem minha melhor amiga pra podermos falar dos gatinhos? Como eu iria a uma festa, sozinha? É, não daria certo. E, é claro, Carol JAMAIS perderia uma viajem dessas.

Esperei minha mãe sair do quarto, para finalmente me levantar.

Carol ainda dormia no colchão que a gente tinha arrumado na noite anterior.

–Carol! – sussurrei no seu ouvido, ela nem se mexeu. – Carolzinha! – nada. – ANA CAROLINE! – estourei seus tímpanos com esse grito? Ah, desculpa *carinha do gato do Shrek. – ANA CAROLINE OLIVEIRA! – ainda dormia.

Ok, então vou ter que usar alguns métodos meus para fazê-la acordar.

Fui até o aparelho de som e coloquei, bem alto para tocar, a musica que estava em pausa. Like a G6.

Não demorou muito, na verdade, nem um segundo, para ela dar um pulo de onde estava deitada.

Ela tropeçou nos próprios pés e teve que se apoiar no criado mudo para não cair.

Eu fiquei ali, parada, do lado do som, rindo feito uma retardada, enquanto ela se recuperava do susto. Nunca ri tanto na minha vida – mentira!

–ANNE ELIZABETH CHRISTINA LUCIANO!! –ops, ferrou. – SUA DOIDA VARRIDA!! DE ONDE SAIU ESSA IDEIA MALUCA DE ME ACORDAR DESSA MANEIRA TÃO INFELIZ?

–De você, ué – expliquei, revirando os olhos e dando de ombros.

–De mim? – se recompôs, e (tentou) desembaraçou os cabelos com os dedos.

–É! - continuei com minha humilde explicação. – Um dia disse que, pra acordar seu irmão, ou você ligava o som no maior volume possível, ou colocava gelo dentro da cueca dele. – sorri amarelo – Você não usa cuecas, então o plano do som alto foi o único que me restou... – fingi ficar chateada, afinal, a ideia do gelo seria bem mais divertida.

Ela ferveu de raiva por uns instantes. Eu não fiz nada, só esperei. Ela suspirou bem fundo, juntou todo ódio por eu tê-la acordado dessa maneira e falou, finalmente:

–É verdade. – suspirou, soltando tudo. Revirei os olhos, então nós duas rimos.

–Você é louca, sabia? – perguntei, quando consegui controlar o riso.

–Você descobriu isso hoje?

–Na verdade, não, já sabia há um bom tempo. Mas aproveitei a oportunidade de poder falar hoje. – sorri.

–Nossa, porque mesmo somos amigas? – perguntou, irônica.

–Porque eu te adoro. E você me suporta! – sorri a abraçando, ela concordou e disse que ia tomar banho, porque se dependesse de mim não sairíamos jamais daquela casa, ou então perderíamos o avião.

Depois das duas tomarem banho, fomos escolher, juntas, nossas roupas. Juntas, sim, ela precisa dos meus conselhos e eu preciso dos dela.

Por fim, ela ficou com uma calça jeans azul, uma sapatilha, uma camiseta branca e um colete preto por cima. Os cabelos lisos e castanhos presos em um rabo de cavalo alto, onde ficavam bem visíveis suas mechas loiras.

Cara, é nessas horas que eu percebo o quanto somos diferentes, tanto no estilo, quanto aparência!

Eu fui vestida com um shorts jeans desfiado, curto, no meio das coxas. Um all star preto de cano longo. Uma blusa azul, soltinha, que dizia I LOVE PETS, com um cachorrinho do lado. Super fofo, eu sei... xD

Pode-se dizer que ela tinha um estilo mais comportado, e eu era mais leve, sei lá. Quer dizer, comportado não, chique e clichê. Isso quando ela não dava surtos de “EU AMO RESTART” e colocava aquelas calças cafonas, coloridas e super chamativas (não se ofendam, fãs do Restart!!); que eu, particularmente, odeio. Prefiro shorts jeans e all stars, é.

A maquiagem foi uma troca. Eu fiz a dela, e ela a minha. Sobre regras, é claro. Nada de exageros, nem muito rosa, ou coisas muito chamativas.

–E, Annezinha querida, nada de fazer pintinhas na minha bochecha com o lápis, nem passar batom fora da minha boca, me fazendo ficar com beição, ok? – Carol alertou com a voz doce e muito, muito sínica. Ui, que meda!

Ofendeu. Como eu faria uma coisa dessas? Eu sou santa u.u

–Acha que eu seria capaz disso? – perguntei, levando as mãos ao peito, e abrindo a boca, fazendo cara de magoada profundamente.

–Seria! – sibilou. – Aliás, se a Senhorita não se lembra, você já fez isso. – recordou.

–Mas era Carnaval, ué! – protestei. No carnaval as pessoas fazem essas loucuras!

–Não era não!! Foi no meu aniversario de doze anos. – fez bico. Ai que fofinha!

–Ah, é mesmo. – dei de ombros. Eu tinha mesmo feito aquilo no aniversario dela. Como eu era má. Era, viu? Não sou mais... (mentirinha!!!)

Passamos apenas blush e um lápis, uma mascara e um brilinho de mel, que eu lambi todo antes mesmo de sairmos, só de passagem. O que? Brilhos de mel são uma delicia irresistível!

–Prontas? – minha mãe gritou lá de baixo.

–Sim, estamos! – respondi da escada.


Fui descendo os degraus saltitando, como uma criancinha.

–Anne, não ta esquecendo nada não? – Carol me perguntou lá em baixo, com as sobrancelhas arqueadas.

Não! – claro que não! O que eu estaria esquecendo?

–Tipo, suas malas? – lembrou.

–Ah, é. – dei um tapa na minha testa.

Subi tudo de novo e demorei mais ou menos meio século até descer com as seis malas – uma delas, enormemente (criativa eu né?! Olha a palavra linda que eu inventei!!) grande.

~*~

Estávamos no avião, ouvindo musicas no celular. Compartilhando o mesmo fone de ouvido. E cantando. E aborrecendo os outros passageiros, que nos olhavam com cara de quem quer te matar da pior maneira possível, mas isso não é muito importante.

A viagem foi legal, consegui sentar do lado da Carol. Quer dizer não era a melhor companhia né [Ai, Carol, mentira, era sim! Aí, doeu! Não precisava bater, não, ok?!], pelo menos, não era um gordo ou uma velha que fica falando que você parece com a neta dela.

~*~

Tá, a cidade era linda. Talvez nem fosse tão ruim assim visitar meu primo, né? Quer dizer, ia valer à pena.

–Sabe, acho até que eu vou gostar de passar duas semanas aqui! – Carol cochichou no meu ouvido, logo depois de um garoto lindo piscar pra ela. Interesseira ela, não acham?

Mas ela tinha razão. Ia ser legal.

Primeiro, por que os caras aqui são lindos.

Segundo, por que a cidade aqui é linda.

Terceiro, por que aqui é os Estados Unidos.

Quarto, por que estamos fora do Brasil.

Quinto, por que somos estrangeiras.

Sexto, por que os caras aqui são lindos.

Sétimo, por que minha mãe não ia encher muito o saco, já que ela ia ficar com meu primo.

Oitavo, por que eu vou curtir demais.

Nono, por que minha melhor amiga tá do meu lado.

E, décimo, para variar, os caras aqui são lindos, já falei isso?

É, eu vou aprontar demais nessa viajem!


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Notas finais do capítulo

Que tal amores da minah vida? Pras lindas que estão lendo essa, que tal dar uma olhadinha em "Não Dessa Vez!" uma obrizinha muito louca minha e da Woon, uma fofinha amiga minha!! Deem uma olhada amores!!Reviews, hein?!