Latin Girl escrita por JusBiebs


Capítulo 17
Um esconderijo subterrâneo ultra-secreto


Notas iniciais do capítulo

boa leitura!!
leiam as notas finais.



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POV Anne

Eu fui andando pela piscina, mas não tinha lugar pra ficar. Era tudo tão exposto e eu queria me isolar um pouco, pra pensar, sei lá. O problema é que se eu entrasse iria ter que encarar o Justin e isso eu não quero!

Dei a volta na piscina e vi, meio que atrás de uma árvore, perto do muro, tinha uma portinha super discreta – que se eu não fosse detalhista e observadora, jamais teria visto.

Era branca, da mesma cor do muro que contornava a casa, e ficava encostada no chão.

“Talvez o Scooter, o Justin ou a Pattie tragam crianças aqui.” Pensei. Esse era o único motivo de ficar tão baixo. Mas porque tinha de ser tão escondido? Quase que imperceptível?

Não sei e nem quero saber. O que interessa é que eu entrei. Puxei um cordãozinho – não tinha maçaneta – que abria a portinha e me agachei. Entrei. Tinha uma escada e eu tive que descê-la quase ajoelhada, porque o teto era baixo.

Quando enfim acabou a escadinha, parecia que minha coluna fora pisoteada e esmagada por um trator. Agora eu estava em um cômodo pequeno, um pouco escuro, sem janela e sem portas, a única saída era a escadinha-quebra-colunas. O teto já não era baixo – eu podia ficar em pé normalmente.

Estava tudo muito escuro, e eu não conseguia ver nada. Fui andando cuidadosamente e tocando em tudo, pra não esbarrar em nada. Mas aí eu tropecei em algo e bati em uma parede. Imediatamente, a luz se ascendeu. Que sorte, eu cai em cima do interruptor.

Olhei em volta. Eu estava em um cômodo pequeno, do tamanho do meu quarto no Brasil, mais ou menos. As paredes eram em um tom de roxo claro. Tinha uma TV grande em cima de um rack preto, onde também estava um som.

Havia um sofá virado pra TV, e nele estavam várias almofadas. Num canto, tinha uma mesa gigante, cheia de papéis. Um notebook aberto estava sobre ela também.

Além disso, tinha uma geladeira em uma das paredes e uma porta, provavelmente um banheiro.

Olhei então para o chão, e reparei no que eu tinha tropeçado. Uma vasilha vermelha, com um pouco de pipoca dentro.

–Eca! – eu falei, pensando em quanto tempo aquilo estava ali.

Descontando as pipocas espalhadas pelo chão, o lugar estava bem limpinho.tudo estava organizado e em seu lugar.

Caminhei até a mesa e fiquei lendo o que tinha nos papéis.

Pareciam poesias, músicas, frases ou até mesmo cartas de amor. Se fossem musicas, eu não as conhecia. Nunca tinha ouvido. Notei que, no chão, ao lado da mesa, tinha um violão. Deviam mesmo ser letras de música, mas a maioria estava faltando algumas estrofes. Quase todas tratavam de um mesmo assunto: um amor não correspondido, eu acho. Dependo da interpretação, poderia se dizer que o autor amava alguém que gostava de lhe fazer sofrer.

–Ótimo, exatamente o que acontece comigo! – eu pensei, me referindo ao Justin. Na verdade, eu exagerei, porque minha situação era um pouco diferente: eu estava apaixonada por uma pessoa que me fazia raiva, mesmo que inconscientemente.

–Hey, quem te contou sobre este lugar? – uma voz conhecida falou de trás de mim.

–Hã. A Fada dos Dentes. Ela não deixou uma moedinha, mas um mapa de como achar esse... buraco subterrâneo.

–Engraçadinha. Sério, Anne, o que você esta fazendo aqui? – Justin me perguntou sério, franzindo as sobrancelhas.

–Eu? Ah, treinando minha mais nova invenção, não está vendo? – respondi sarcasticamente.

–Nova invenção? – ele disse, com um tom um tanto desafiador. Acho que ele não entendeu que eu tava zuando!

–Pois é, ela é uma máquina que deixa as coisas invisíveis. Por isso você não a vê. – se dessa vez ele não perceber que eu estou só brincando, eu juro que me atiro de uma ponte.

–Ah. – ele disse, corando, por ter percebido a burrice – Porque esta lendo minhas anotações? – mudou de assunto, notando um dos papéis em minhas mãos.

–Suas? – anh?

–É, minhas. Claro que são minhas! De quem mais seria? – falou como se eu tivesse problemas mentais.

–Do dono desse lugar!

–Dã, o dono sou eu! – Justin disse.

Eu explodi em risos.

–Hm, sério Bieber? – fui me acalmando e parando de rir – Você tem um esconderijo subterrâneo ultra secreto?

–É... onde eu fico quando preciso pensar ou ficar sozinho. – ele disse meio triste.

–Não pensou em fazer uma casa na árvore, não? – tentei disfarçar o tom de zombaria em minha voz, já que ele estava meio pra baixo.

–Tinha que ser escondido.

–Por quê?

–Porque eu sou Justin Bieber – ah, não brinca! – O mundo exige de mais de mim. Mídia, fãs, entrevistas, shows. Não posso sair com uma garota que ela recebe ameaças de morte. Não posso nem sair sozinho de casa que sou atacado, agarrado. Mal durmo de noite. E, são tão raras as férias, que ate mesmo nelas fico cansado. Todo mundo quer que eu seja uma pessoa: um santinho, uma pessoa esperta, um garoto talentoso. Todo mundo quer que eu seja incrível. E isso me drena totalmente. Tenho que agradar ao mundo todo e isso é impossível. Por isso, quando me sinto sufocado, quando estou sendo pressionado além do que aguento, quando chego ao meu limite... Eu venho pra cá, ficar sozinho, esquecer que eu tenho um bilhão de coisas pra fazer. Esquecer toda essa responsabilidade.Descansar, dormir, jogar videogame, escrever músicas, já que nessas horas eu me sinto muito inspirado. Enfim, esse é o meu... o meu mundo, só meu. É pequeno, mas é o único lugar na Terra em que eu faço o que quero. É o único lugar onde eu não sou o que todos querem e pensam que sou, o único lugar onde não tenho responsabilidades, onde posso relaxar à vontade e ser só um garoto normal.

Ele terminou de falar e desabou sobre o sofá. Parecia meio chateado.

–Ah, entendi. – eu falei. O clima tava meio tenso. Meio não. Bem tenso.

–Anne? – Justin me chamou. Olhei para ele. – Vem cá. – ele deu umas palmadinhas no sofá, indicando pra eu me sentar.

–Chora, coisinha ocupada. – eu falei e ele abriu um sorriso.

–A gente tem que conversar. – ele de repente ficou sério.

–Sobre?

–Nós. – engoli em seco. O que ele quer falar.

–Nós... não temos nada. – eu comecei a dizer.

–Tem certeza? – ele me olhou bem nos olhos e eu vacilei por um instante. Justin suspirou, e continuou – Hey, a gente tem que esclarecer uma coisa.

Não respondi. Resolvi deixá-lo continuar.

–Nós não nos odiamos não é?

–Não sei. Acho que sim. Estamos sempre brigando. – eu falei.

–Esse é o ponto... Eu queria parar com essas brigas, sabe... Esquecer de tudo, da tinta, dos xingamentos, do pó de mico. Enfim, esquecer isso e recomeçar.

–Ah, Justin não sei. Não sei se dá pra esquecer.

–Por favor, Anne. Eu... gosto de você. – ele disse abaixando a cabeça.

Falso!

–Não minta pra mim! – eu me irritei um pouco – Você gosta de mim? Você gosta, e muito. Gosta de brincar comigo, isso sim! – eu comecei a gritar. Estava um pouco alterada, mas eu não tolero mentiras! Ele não gosta, sei disso. Tenho certeza! – Em alguns momentos, você é o cara mais fofo e de repente, vira um louco, mal educado, safado, idiota! Urgh! Você só me faz chorar e ainda diz que gosta de mim? Cria vergonha nessa droga de cara e não minta! – eu falei totalmente irritada e já sentindo meus olhos arderem.

–O QUÊ? – Justin e levantou, ficando na minha frente. – VOCÊ É QUEM MUDA DE PERSONALIDADE A CADA CINCO SEGUNDOS! VOCÊ QUE GOSTA DE ME PROVOCAR O TEMPO TODO E DEPOIS FINGIR DE BOAZINHA! SUA... sua... – ele foi – baixando o tom de voz e de repente, se calou. Meus olhos já estavam ficando marejados e eu lutei contra as lágrimas que tentavam fugir.

–Então agora a culpa é minha? – eu disse assustada e incrédula, por isso a minha voz saiu baixa e rouca. Ele estava me culpando por tudo... que idiota! Ele que começou essa briga, ele que me deixava sempre confusa. E agora está fazendo de mim a errada da história.E pior: eu o amo. E nem dá pra evitar. Não é uma coisa que se controle! Eu sempre faço a coisa errada, sempre me apaixono por quem não deveria. – Não olha mais pra minha cara! – eu falei, sabendo que, com toda certeza, era o melhor a fazer. Ele tinha razão: tínhamos que esquecer tudo. Tudo mesmo, até mesmo um do outro.

Fui subindo as escadas com pressa e ele veio correndo atrás de mim.

–Anne! Não... Anne, olha pra mim. Espera! Eu... não quis gritar com você. Eu gosto mesmo de você! Não faz isso comigo, por favor! Anne! – ele disse e a ultima coisa que eu sei é que deu tempo de olhar pra trás e ver o Justin correndo atrás de mim e tropeçando na escadinha. Depois, ele caiu e desceu rolando.

–AH MEU DEUS! – eu disse correndo até ele, que estava no chão desacordado. – Justin? – sussurrei, olhando para o rosto angelical que estava encostado no chão, enquanto eu começava a deixar as lágrimas que estava prendendo esse tempo todo, correrem descontroladamente pelo meu rosto.


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Notas finais do capítulo

*eu sei: vçs odeiam drama, não é? eu tambem odeio drama. mas fiz esse final um tanto dramatico porqe fui uma ideia da minha best, ela me deu umas ideias taao fodinhas qe eu gostei de maiis... por isso, me desculpem pelo final quando o Jus cai da escada e tals.
*eu tenho 42 leitoraas, não é lindo?? eu sei qe é, adoro todinhas... mas, francamente, seria bem melhor se pelo menos umas vinte comentassem!! porqe sao oito ou dez reviews por cap... tem sentido?? 42 leitoras acompanhando a fic e tao poucas comentando? eu DUVIDO que trinta de voçs nao tenham maos, nem braços, nem teclado, ou outra coisa qe impeça de dizer oqe achou. duas palavrinhas bastam!
*cap dedicado à: itsdanielleb e à NathyNunes, as fofas qe recomendaram.... awwn amo mt vçs suas lindas... dedicado tambem, é claro, à todas as 13 (rafaeladaltro; dudab; taatafeereziim; mariekeda; rafaeladobiebs; klol; Silvia_Maguie; tamyheartbieber; gaabi_soares; anapaula98; rafazanela; totoia_nolasco e, de novo, NathyNunes)coisinhas lindas qe deixaram reviews no cap anterior... foi assim: a cada review qe eu lia, me dava uma p*ta vontade de escrver mais e mais, e daí eu terminei esse cap graças a vçs.
*vç, leitora fantasma qe ta lendo isso aqi e possui maozinhas e pd escrever o qe achou, eu ia adorar ler seu review.
atée o prox... escrevo assim qe der, e nao vou demorar tanto quanto demorei dessa vez... consegui me livrar de alguns trabalhos e agr to mais livre!! bjs