Closer: perto Demais escrita por Anny Taisho


Capítulo 5
Insinuações




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Ato. V – Insinuações

I've been dreaming for so long

To find a meaning to understand

The secret of life

Why am I here to try again?

Will I always, will you always

See the truth when it stares you in the face?

Will I ever, will I never

Free myself by breaking these chains?

(...)

Jilian(I’d give my heart)

Whitin Temptation

Todo o povo da pequena vila de Tigorviste estava ouriçado com a chegada de tantas visitas ilustres. Na noite anterior o Conde Komnenos chegou e se hospedou na residência da família Kostova, a mais ilustre da cidade. Por todas as esquinas cochichava-se sobre o motivo daquelas visitas, aquela era uma vila tão simples, não havia nada demais que atraísse os olhos do mundo.

Os mais velhos não gostaram de quando Elizabeth, a filha ilustre daquele povoado, passou a trabalhar com a história de Vlad Tsepesh Aka Dracula, a mulher não estava interessada na lenda e sim no homem, mas mesmo assim os mais antigos achavam que sua pesquisa atraia mau presságio.

Mas isso agora não importava e sim a chegada dos visitantes e quando um grande carro seguido de um caminhão virou a esquina da rua principal foi como se tudo parasse. Todos na rua naquele instante congelaram observando a saída do carro. Alucard desceu primeiro ajeitando os óculos sobre a ponte do nariz, olhou tudo ao redor fazendo um reconhecimento de área, era uma cidade rural praticamente. O Vampiro deu a volta no carro e abriu a porta ajudando Integra a descer.

A loura vestia-se agora como de costume o que provavelmente fez muita gente pensar que ela era um homem. Todos estavam olhando-os, as mulheres com crianças apoiavam-se no parapeito das janelas, sorriu para um dos rebentos que imediatamente se afundou contra peito da mãe.

Não precisaram caminhar até a porta para verem sua anfitriã sair de dentro da grande casa. Elizabeth era uma mulher magra, com cabelos negros e liso na altura dos ombros, olhos escuros e muito perspicazes, pele muito clara e que vestia-se muito elegantemente.

Caminhou de encontro com o casal fazendo com que se encontrassem no meio do caminho.

- Boa tarde, sou Elizabeth Kostova e imagino que sejam Mister Tsepesh e Miss Hellsing. – a mulher falava um inglês muito sonoro –

- Sim, miss Kostova, é uma satisfação conhecê-la finalmente após termos conversado. – Integra apertou a mão da mulher –

- Miss Kostova... – Alucard beijou a moça –

- Apenas Elizabeth, por favor. Vamos entrar, imagino que estejam cansados depois de uma viagem tão longa. Mr. Aksoy não nos acompanha?

- Tenho que fazer meu check in no hotel primeiro, agradeço senhorita Kostova.

- Tudo bem, volte depois então. – A mulher parecia acostumada a lidar com aquele tipo de situação – Vamos entrar então, os criados vão pegar suas malas no carro, não se preocupem.

As três pessoas seguiram para dentro da grande casa em um estilo tradicional, mas que não lembrava nada que Integra conhecia, nada de Vitoriano, Gótico, Barroco... Parecia um misto muito bem feito. Adentraram por um grande corredor de assoalho de madeira de Lei  e seguiram para uma sala de visita. Ao que parecia a casa era bastante grande, não como a Mansão Hellsing, mas isso também já seria pedir demais. A sala possuía algumas estantes repletas de livros nas paredes, um sofá pequeno de couro e duas poltronas, carpete e mesa de centro. Uma grande janela dava vista para um pátio interior gramado. Um lugar muito austero.

- Servir-lhes-ia um chá, mas ainda é cedo e como bons ingleses imagino que gostem de chá às cinco.

Kostova cruzou as pernas delicadamente deixando em evidência o salto alto e fino do sapato preto. Era uma mulher acostumada a lidar com pessoas de outras nacionalidades e os ingleses eram particularmente difíceis, mas ela não parecia ter dificuldades.

- Não se preocupe com pequenas coisas, já está fazendo muito nos recebendo em sua casa. – Integra tirou sua cigarrilha de prata de dentro do casaco – Importa-se que eu fume aqui dentro?

- Nenhum pouco, também fumo. – a mulher sorriu – Então, Mr. Aksoy lhes aborreceu muito? Ele sabe ser particularmente irritante com estrangeiros que vem ‘xeretar’ em nosso país.

Integra soltou a fumaça esbranquiçada com cheiro de acre antes de responder.

- Não foi uma situação agradável, ele tem um inglês particularmente ruim, mas se foi a condição imposta não havia o que fazer.

- Entendo... Ele é um homem muito irritante, já tivemos nossos desentendimentos. E sinceramente não acredito que tivessem conseguido vir sem a pomposa doação que a Organização Hellsing fez a Universidade de Bucareste e o caráter também diplomático de sua visita.

A mulher acendeu um cigarro também.

- Não fuma, mister Tsepesh?

- Não, mas não me incomoda. – Alucard se aprumou na cadeira e olhou em volta – Muito bonita sua sala de visitas, de muito bom gosto.

- Essa casa pertence a  minha família a um ou dois séculos, muitos móveis são da primeira construção quando a casa era bem menor.

- Posso perguntar a história? Parece ter muito o que contar... – indagou Alucard encantando a mulher que jamais havia visto um homem tão encantador –

- Bem, minha família vive nessa região desde a época medieval, meu avô contava quando era pequena que nossos ancestrais serviram ao próprio Vlad III. – a mulher riu – Existem alguns diários de relatos da vida no castelo, não dessa época, escrito por gerações posteriores, mas nada que prove concretamente. Trabalhamos com cavalos selvagens e plantações de exportação.

- Deve ter histórias interessantes para contar... – Alucard sorriu felino arrancando um leve suspiro da moça –

Integra apenas observava a cena sentido vontade de estrangular o vampiro, não tinha nada contra aquela mulher, parecia ser muito simpática e alguém com quem podia conversar sem problemas, mas estava mudando de opinião.

- Mr. Borek mandou recomendações, disse para mantê-lo atualizado sobre sua tese. – disse Integra tentando quebrar aquele clima irritante –

- Ligarei para ele mais tarde, então, querem fazer um passeio pela casa? Gostaria que ficassem o mais a vontade possível.

- Será ótimo, mas estou um pouco cansada...

- Oh claro, miss Hellsing. Uma viagem de Londres a Tigorsviste é muito cansativa.

A jovem mulher tocou um pequeno sino de cristal e logo uma criada apareceu na sala reverentemente. Tudo ali parecia ser uma elegância digna da monarquia inglesa. A criada tinha os mesmos traços que boa parte da vila parecia apresentar e vestia-se com um uniforme negro, avental e luvas brancas, mantendo um olhar direcionado ao chão.

- Avah, leve nossos hóspedes aos respectivos quartos, por favor.

- Eu gostaria de conhecer a mansão agora, se não for precisar de mim, miss Hellsing. – o vampiro sorriu para Integra fazendo-a morder os dentes de raiva –

- Não precisarei de nada agora, Mr. Tsepesh. Com licença.

Integra levantou-se para seguir a criada sentindo algo muito estranho. Parecia que um uma centopéia estava sapateando dentro de seu estômago, deveria ser culpa de alguma comida romena a qual não estava acostumada. Precisava mesmo descansar um pouco. Antes de passar pelo portal olhou de soslaio para o casal conversando e sentiu uma pontada no estômago.

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Alucard e Elizabeth caminhavam pelo jardim interno da mansão de braços dados. Muitos empregados olhavam assustados para sua patroa, ela não era uma mulher daquele tipo de cena, apesar de tudo não passar de um simples passeio.

- Seu sobrenome me chamou a atenção, Mr. Tsepesh. – a mulher sorriu – Deve ter ficado sabendo sobre minha tese e seu nome me remeteu imediatamente ao Vlad III.

- Já vi algumas pessoas, mesmo na Inglaterra, a mostrar surpresa devido meu sobrenome. Mas aqui na Romênia é bem comum, às vezes me assusto ao ser fitado com um certo tipo de assombro.

- Como sabe, os romenos, principalmente, os que vivem no interior e são mais velhos são muito supersticiosos. E Tsepesh remete há lendas e fábulas fantásticas que assombram o imaginário.

- E tudo por uma simples coincidência... – Alucard olhou para os lados – Tem um belo jardim interno e me parece que todas as dependências têm uma visão privilegiada.

- Os quartos principalmente, a casa foi sendo construída aos poucos conforme minha família foi enriquecendo.

- Entendo... Posso fazer uma pergunta indiscreta? – o vampiro mostrou um banco que ficava debaixo de uma figueira –

- Claro.

- Existe algum motivo especial para que tenha se distanciado da vida acadêmica tão perto de concluir seu doutorado? Sei que não é da minha conta, mas ao vê-la pude notar que é uma mulher com prioridades e deixar o meio universitário para ficar em uma vila tão interiorana...

A mulher corria os olhos sobre aquela figura masculina e sentia-se encantada, era difícil manter a atenção no que a voz polida dizia quando sua figura nublava a mente. Os cabelos tão impecavelmente lisos e penteados para trás que ornavam perfeitamente com a pele branca e de aparência tão macia. Os lábios finos quando se abriam mostravam os dentes brancos e perfeitos, mas os olhos que revelam a alma estavam cobertos pelos óculos de lentes peculiares.

- Eu dou aulas na Universidade de Bucareste e algumas palestras fora da Romênia, mas meu pai faleceu alguns meses atrás e durante o inventário encontrei alguns manuscritos que nem tinha idéia que existiam e resolvi me afastar para catalogá-los. Temos um acervo particular invejável que até a universidade quis incorporar ao seu acervo.

- Oh, desculpe, não imaginava nada assim.

- Não me incomodou a pergunta, não se sinta mal. Vocês ingleses são muito apegados a coisas tão pequenas. – ela novamente lhe olhou esperando saber a cor daqueles olhos – Agora é minha vez de fazer uma pergunta indiscreta.

- Pois faça. – Alucard sorriu tirando o fôlego da mulher –

- Seus olhos, notei desde sua chegada que não os tira nunca.

- Tenho um pequeno problema de visão, minha retina é extremamente sensível a qualquer tipo de luz mais forte sem contar um pequeno problema de pigmentação que tende a incomodar um pouco as pessoas.

- Oh, nunca imaginei algo assim. Enxergas mal?

- Não, apenas tenho que tomar alguns cuidados para que isso não venha acontecer e evitar certos constrangimentos.

Claro, ele não poderia ser perfeito. Pensou a moça fazendo Alucard segurar o riso. Aquela mulher parecia ter desenvolvido uma espécie de paixão platônica por ele. O olhava e tinha pensamentos estranhos e pouco publicáveis. Alguns anos atrás, quando Integra não passava de uma adolescente inalcançável, provavelmente chegaria a ter alguma espécie de relação com a moça, mas hoje não tinha sequer interesse.

Não que antes tivesse, sua fascinação sobre a Hellsing era forte de uma tal maneira que outras mulheres não exerciam nenhum tipo de atração, mas como além de vampiro era um homem, já dera suas escapadelas, nada significativo, nada que Integra precisasse saber, nada que realmente tivesse valido a pena.

Tudo apenas para que nenhuma situação ocorresse antes do tempo certo.

- Faz quanto tempo que não vem à Romênia?

- Bastante tempo... – o vampiro foi vago – Minha vida na Organização é muito corrida.

- O que faz exatamente na Organização Hellsing?

- Sou uma espécie de braço direito de Integra, sigo suas ordens de qualquer calibre para qualquer situação. Não tenho um cargo definido.

- Quem ouve isso acha que é um cachorrinho mandado da madame... É isso mesmo que quer que as pessoas pensem?

- E quem disse que não sou? Estou aqui para servir miss Hellsing, seguir suas ordens, cumprir minhas obrigações de maneira que ela não tenha que se preocupar após me ordenar.

- Fala quase com adoração, algumas pessoas achariam isso doentio, ou então uma clássica paixão platônica entre chefe e subordinado.

Elizabeth pegou acendeu um cigarro e soltou a fumaça branca por entre os lábios desenhados pelo batom. Os gestos da mulher entregavam o que o vampiro já tinha consciência: Ela estava interessada. Olhava com interesse velado, cruzava as pernas mais vezes que o necessário, mexia as mãos nervosamente, passava as mãos sobre os cabelos negros e o cheiro... Bem, esse era inconfundível.

- Com o mundo do jeito que está, doentio é um termo difícil de aplicar. Sou apenas  um servo fiel.

- Servo? – a historiadora riu – Interessante maneira de falar.

- Sou um homem fora dos padrões atuais.

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O quarto no qual Miss Hellsing foi instalada era amplo, com papel de parede pastel, duas amplas venezianas de vidro impecavelmente limpo, uma grande cama de casal com dossel, carpete e que entrava luz na medida certa. Ainda bem, não gostava de muito sol no rosto quando acordava e as cortinas não eram tão escuras quanto as de seu quarto na Organização.

Vestia um roupão felpudo negro e penteava os longos cabelos de ouro enquanto caminhava pelo recinto, devido a sua miopia, Integra gostava de conhecer bem onde pisava para que não houvessem acidentes em caso de algum problema com seus óculos, que agora jaziam sobre a pia de mármore do banheiro. Parou diante de uma das grandes venezianas com vista para o jardim interno e avistou sua anfitriã sentada em um banco fumando e olhando a paisagem ao seu redor. Era sem dúvida uma mulher de muita classe, talvez o tipo que seu pai quisesse que fosse.

Olhando-a assim de longe, percebia que seus trejeitos não são tão femininos assim, no sentido de ela não ser como as moças que estava acostumada a ver nos bailes oferecidos pela rainha. Tinha alguma coisa nela que diferia, possivelmente por ser uma acadêmica que realmente priorizava sua carreira. Uma mulher que comandava a própria vida.

Foi então que a imagem de Alucard com Elizabeth colidiu no cérebro de Integra fazendo-a pensar em coisas que nunca antes tinha parado para pensar. Antes de ser um vampiro, seu servo era um homem e ela não sabia se podia achar que ele estava sozinho sempre, não condizia com a personalidade de seu servo. O vampiro não era nenhum santo e também não tinha compromisso com ninguém, sem contar que tinha certa liberdade para sair da mansão, sob a responsabilidade de não trazer nenhum tipo de tormento à Hellsing.

No instante seguinte, quando deu as costas para janela a figura masculina de seu servo se materializou na sua frente. Fazendo com que a jovem dama colidisse contra o peito do vampiro.

- Chamou, mestra? – a voz sarcástica de Alucard irritou a Hellsing –

- Não. – respondeu mordendo os dentes – Eu não o chamei e me largue, vampiro.

Observação: Os braços definidos do Conde estavam em volta da cintura delicada de sua condessa. Podia sentir o cheiro da tentação vindo do corpo dela... Era tão fácil deixar Integra desejosa.

- Como desejar, mestre. – os braços de Alucard deixaram o contato fazendo com que o corpo feminino sentisse falta do toque – Prefiro o sabonete de rosas... Combina mais com você.

Alucard caminhou até a poltrona que havia no quarto e se sentou, não parecia que ele sairia para que Integra se trocasse.

- Eu preciso me vestir.

- Certamente que sim. – respondeu sorrindo daquela maneira debochada com as mãos entrelaçadas –

- Não vai sair? – indagou já perdendo a paciência –

- Eu não entendo em que uma coisa influência a outra, Integra.

A cor vermelha subiu pelo colo de Integra até chegar as orelhas mostrando que ela já não tinha mais uma gota de paciência, ou seja, era hora de se retirar. Não claro sem antes dar sua cartada final. Antes que sua mestra soltasse os cachorros em cima de si, materializou-se a sua frente e afundou o nariz gelado no pescoço suculento aspirando o aroma da insanidade e desaparecendo deixando apenas o som de sua risada para trás.

- ALUCARD, SEU MALDITO.

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Alucard olhava a lua cheia que reinava na abóboda celeste pela janela de seu quarto apoiado no parapeito a janela. Já era tarde da noite, tarde demais para qualquer humano estar acordado e lá estava ele sozinho observando a lua. Sempre achara todas as noites de lua cheia perfeitas, mas essa tinha algo ainda mais especial, ou adjetivo procurado era nostálgico?

Um homem como ele, um homem que estava além da morte e que tantas guerras já travou não sabia muito bem o que estava sentindo em relação aquele lugar. Nunca mais tinha se permitido pensar em sua vida de quinhentos anos atrás, ou mesmo de cem... Não valia a pena ficar preso a um passado doloroso, mas estar ali o obrigava a pensar, o obrigava a lembrar, o obrigava a olhar o rosto de Integra e se perder procurando os traços semelhantes daquelas duas figuras de mesma alma que nunca chegaram a realmente lhe pertencer.

A mesma brisa que um dia tocou a pele pálida de sua adorável mina e doce Catherinne lhe tocava a face gelada fazendo doer o lugar onde em tempos remotos bateu um coração de ser humano. Não queria reviver aquelas lembranças, não queria se lembrar como amou desesperadamente, não queria ver a luz, não queria saber onde aquela história toda sobre os diários de Abraahan o levaria, não queria nada relacionado ao que enterrou nos confins de sua mente.

E sem contar que a represália de Integra o deixou intrigado, o que estaria acontecendo a ela que pudesse remeter a alguma atitude sua? Será que ela estava sonhado, sonhando como sonhou logo após ter se tornado sua mestra? Não podia ser isso, a ligação psíquica entre mestre e servo já estava selada, no inicio era comum que algumas de suas lembranças acabassem ocasionalmente na mente dela, mas agora depois de tantos anos não era plausível.

Um pensamento sombrio entrou na mente do vampiro...

Será que ela estava tendo aqueles sonhos? Aqueles malditos sonhos que provariam que seu maior receio poderia mesmo ser verdade? Não acreditava que o destino pudesse ser tão cruel ao ponto de envolver de maneira tão insana a inocente Hellsing naquela teia maldita de imortalidade, lembranças e loucura. Se fosse verdade, toda aquela gana que tinha por tê-la em seus braços desde que o sangue doce da virgem o acordou anos atrás se tornava ainda mais repugnante.

Não queria ver a semelhança de traços e gestos, mas se Integra fosse realmente a reencarnação de sua Condessa como várias vezes já supusera não sabia o significado disso. A neta do homem que o derrotou como a nova face da mulher que o levou aos confins do inferno... Van Hellsing deveria estar se revirado em seu túmulo.

- Minha condessa... Minha adorável e tão inalcançável condessa...

Os olhos carmesim se fecharam e quando se abriram avistaram uma figura caminhando pelo jardim. Cabelos louros ao vento noturno e talhe delgado escondido por um pergonir de seda imaculadamente branco. Talvez não fosse tão tarde assim para qualquer humano estar acordado. A dama de aço também gostava da lua cheia... Instintivamente alguma coisa encantava-a na noite.

Doce e inocente Integra, por que se permitia entranhar naquela obscura lenda de sangue e insanidade? Não queria trazê-la para o mundo sombrio, mas também não a queria com outro... Jamais aquela tez de porcelana seria tocada por outro alguém que não fosse apenas a si próprio.

Doentio... Era doentia toda aquela situação. E mesmo assim não sabia se queria se entranhar até a alma que não tinha mais ou se simplesmente queria ignorar veemente, somente sabia que a amava ensandecidamente mesmo sem ter certeza absoluta de nada mais.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente, eu tenha agora mais de 1 leitor que comenta!!!!! Isso mesmo leitores que não se imporatm em não dar sua opinião, agora são DOIS leitores que dão sua opinião!! E eu sei que eles vão aumentar!!! Pq as coisas são assim... Kiss kiss continuem aqui!!!
PS: desculpe se houver algum erro, não tive muito tempo de revisar o cap e não queria deixar de postar esse fds!!! Kiss kiss



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