Closer: perto Demais escrita por Anny Taisho


Capítulo 2
Devaneio


Notas iniciais do capítulo

Fukutaisho, mais um capitulo como o prometido! kiss kiss



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/135251/chapter/2

Cena 2 – Devaneio

A lua estava alta no céu, dominando a noite, tornando-a mais bela e assustadora, os mitos rondavam a região e dizia-se que se prestasse atenção poder-se-ia ouvir os lamentos daqueles que perderam a vida de maneira cruel e impiedosa.

Longe de tudo isso, protegida dentro das paredes de pedra, estava uma jovem mulher, sentada a frente de um grande espelho embutido em uma penteadeira de mogno se penteando, trazia nas mãos uma escova de prata entalhada. Trajava um longo vestido dourado a moda da época que delineava as curvas virginais da nobre. O sedoso cabelo louro não possuía um único nó, uma única mecha embaraçada nem mesmo nos teares onde os fios de ouro eram bordados havia uma perfeição como aquela.

A decoração era ostentosa, digna de uma princesa, o que por sangue aquela figura não era, mas pela vontade do senhor daquele castelo sim. Fora retirada da plebe e agora era mais bem tratada e protegida do que qualquer um dos tesouros do nobre.

Quando a última presilha fora presa, a porta de madeira pesada se abriu e uma figura adentrou os aposentos com caminhado leve, tanto que não fora percebido pela jovem senhora até que sua voz aveludada soou assustando a menina.

- Somente sua presença falta na comemoração, minha senhora.

Os grandes olhos azuis tão incomuns naquele lugar se arregalaram e a mulher virou para trás. Encontrando a figura de seu protetor em pé a olhá-la, o Conde vestia-se com elegância, calças negras, botas de couro até a altura dos joelhos, camisa branca, um longo casaco rubro e gravata a moda da época. Os cabelos cacheados estavam presos para trás e a barba bem feita. Trazia na mão direita um anel de prata com o símbolo de um dragão. A jovem sentia-se acuada diante daquela figura, tanto pelo porte físico, tanto pela intensidade dos olhos verdes.

- Minhas desculpas, meu senhor, estava a me aprontar para não lhe envergonhar diante da corte. – olhos baixos e submissos de uma criatura grata por tudo o que lhe fora oferecido –

- Não baixe os olhos diante de mim, senhora, já lhe disse que não precisa portar-se como uma criada. És minha noiva, ou será que isso não é de seu agrado?

A mão masculina ergueu o queixo delicado fazendo com que ela o olhasse, um toque como aquele não seria permitido em condições normais, mas aquela não era uma condição normal.

- Sou muito grata por tudo o que fez por mim, meu senhor, mas não nasci como uma nobre e certas coisas nunca mudarão. Não sei o que fez me escolher como sua esposa, mas isso jamais me incomodaria.

Uma risada grutal ecoou pelo recinto, aquela mulher o encantava cada dia mais. Às vezes tão arredia e outras tão submissa, Catherinne era realmente uma figura interessante, a única mulher digna de continuar a linhagem de Vlad Tepes.

- Está perfeita, Caterinne, deixe essa escova e desça comigo. Todos estão a nossa espera e quero que ouça as histórias de minhas batalhas. Venci todos os meus inimigos com a intenção de voltar para a senhora.

Estendeu a mão para a mulher, esta que mesmo sem querer descer aceitou o gesto. Sabia que não era bem vista pelos aliados de seu príncipe, todos achavam que não passava de uma concubina e que não merecia o lugar de esposa.

- Se não quiser descer, não precisa fazê-lo, mas terei de ficar. Passei todas essas semanas longe e não quero ficar sem sua presença.

- Imagine, estou muito animada com o jantar em comemoração a sua vitória.

- Bem... Se essa é sua vontade... – o homem retirou do bolso alguma coisa – Trouxe um presente.

Um relicário de ouro branco com o símbolo da família Dracul incrustado de rubis e diamantes. Os olhos femininos se encheram ao ver aquela peça e um sorriso de satisfação brotou nos lábios masculinos.

- Um relicário?

- Dentro há uma mecha do meu cabelo, sempre que não estiver presente lembre-se de que um pedaço de mim está contigo.

Vlad colocou o colar em sua futura esposa sentindo a pele macia sob a ponta de seus dedos. Não sabia quanto tempo mais poderia agüentar estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe... Marcaria o casamento o mais breve possível, estava cansado de ouvir conselhos que não seguiria.

Se fosse em outros tempos, já teria tomado-a com fúria sem se importar com convenções, mas Catherinne era especial e não ousaria profanar sua inocência sem que fosse no leito nupcial.

- Fico grata, usarei sempre, nunca mais me sentirei sozinha, meu senhor.

Ela sorriu iluminando o ambiente e assim os dois desceram para o jantar. Não importava se a corte não aprovava aquela união, estavam juntos e somente isso importava.

Integra abriu os olhos e suspirou, novamente teve de se situar, foi tudo apenas mais um sonho. Um sonho onde mais uma vez via sua figura, mas que não era a si mesma. Mas desta vez sua imaginação foi mais longe, aquela imagem rústica remetia aos antigos cavaleiros de estepe da idade média. Muito alto, de troco abastado, feições fortes demais. Cabelos escuros e pele branca bronzeada pelo sol dos dias de cavalgadas a procura de novas batalhas.

- Algum problema, mestra? – A voz de Alucard apareceu retirando-a de seus devaneios –

Integra virou o rosto e olhou-o sem vê-lo. Era claro que o homem de seu sonho possuía traços semelhantes, seu cérebro usou o conde como referência, mas a imagem final foi resultado das descrições dos livros antigos onde os cavaleiros eram sempre muito parecidos.

As feições de seu servo eram mais suaves, exatamente como um homem do século XX deveria ser. Como seriam os verdadeiros olhos de seu servo? Não acreditava que fossem verdes, afinal, os romenos tinham por característica a pele branca, cabelos escuros e olhos negros... Para seu servo possuir orbes tão verdes quanto as de seu sonho ele deveria não ser um romeno puro.

- Integra? – as sobrancelhas do vampiro juntaram-se mostrando a total falta de noção do que estava ocorrendo –

- Sim, Servo? – a mulher finalmente acordou – O que houve?

- O que houve? Dormia tranqüila e acordou de súbito.

- Nada. Apenas um sonho estranho. – E assim Integra voltou a recostar-se na confortável poltrona do avião e somente agora notando que um cobertor que não estava ali antes agora lhe cobria as pernas –

- Tem certeza de que está bem, mestra? Não é de seu feitio a alienação.

- Preocupe-se com o que lhe concerne, servo. Já foi ver Celas na área de carga?

- Está em sono profundo, minha senhora, mas parece que esteve agitada já que o garoto que cuida das cargas parecia meio assustado. – o vampirou riu sarcasticamente –

- Pensei que seria um de meus soldados que estaria cuidando da carga.

- Os homens da Hellsing já estão na Romênia tendo certeza de que o vaticano não andou mexendo os pauzinhos.

- Pois eu acho todo esse cuidado exagerado, por mim apenas você e Celas seriam suficientes.

- É a última descendente da família Hellsing, qualquer ação para sua proteção não é desnecessária.

- Aposto que tem o dedo da rainha e de Sir Islands. – resmungou Integra que não gostava de ser tratada como um bibelô –

- Parece uma criança mimada quando ages assim, Integra.

Integra virou o rosto para o vampiro mostrando que estava irritada, como ele ousava falar com ela daquela maneira?? Ele não passava de um vassalo, não era de sua conta as atitudes que tomava ou deixava de tomar.

- Está se irritando muito facilmente, o que houve? – o vampiro parou por alguns segundos e depois sorriu daquela maneira que sempre queria dizer que ali vinha bomba – Ah, como pude me esquecer... Está é sua semana ruim, por isso estás tão inquieta. Como são instáveis as mulheres...

Integra olhou para Alucard mortiferamente, e ele sabia muito bem o que ela queria falar: Só não te encho de balas porque poderia despressurizar o avião! Ela não poderia gritar mais alto se usasse a própria voz, o tom dos pensamentos dela deixou o vampiro um pouco atordoado.

 A mulher apenas voltou-se para sua poltrona e fechou os olhos. Aquele infeliz estava mais irritante a cada dia que passava. Maldito Alucard! Maldito Alucard!! Blasfemou em pensamento incontáveis vezes ouvindo a risada dele ocasionalmente.

----------------------------

------------------------------------------------------

Ao chegarem ao aeroporto de Bucareste foram recebidos por um oficial que possuía um inglês muito ruim e de sotaque quase interpretável, os ocidentais mesmo quase uma década depois do fim do socialismo não eram exatamente bem vindos.

Ele analisou toda a papelada com um ar carrancudo de quem não queria estar ali e muito menos fazendo aquilo.

- Convite da Universidade para participarem de uma pesquisa? Dra. Kostova...?

- Sim, ela nos contatou sobre alguns documentos e por isso estamos aqui. Como pode ver temos todos os documentos necessários. – respondeu Integra –

- Tudo parece estar em ordem, mas vocês trouxeram muita bagagem...

- Livros e equipamentos de pesquisa, tudo devidamente catalogado por um funcionário do consulado romeno na Inglaterra. – que havia sido devidamente hipnotizado pelo vampiro Alucard –

- É, a descrição está assinada por um funcionário do consulado... Mas como devem ter sido avisados haverá uma nova inspeção hoje e só amanhã vocês serão liberados a seguir para Tigorsviste, onde a Dra. Kostova está na casa da família.

- Sim, sabemos disso e também temos de nos apresentar na universidade para confirmar o convite e falar com o Reitor. Já temos reservas em um hotel na cidade, mas presumo que o senhor já saiba disso.

- Acompanharei vocês até o hotel... Miss Hellsing e... – ele folheou os formulários a procura do nome do vampiro – Jonathan Tsepesh? – o homem ergueu uma das sobrancelhas –

- Sim, senhor Aksoy. – respondeu o vampiro em um romeno polido –

Alucard estava vestido como um verdadeiro lorde inglês, conjunto de terno impecável, sapatos sociais, camisa branca e gravata. Os longos cabelos negros caiam sobre os ombros formando uma cortina e trazia nos olhos os óculos, visto que ainda não era nem meio-dia e sol deixava sua visão turva. Não se sabe se foi o porte ou tom da voz do vampiro, mas o representante romeno sentiu um arrepio de mau presságio.

- Irei apenas dar um telefonema, esperem um minuto, com licença.

O homem de feições tipicamente romenas deixou a sala onde estavam rapidamente como se sentisse a necessidade de fugir. Integra apenas sentou-se brevemente em uma poltrona não exatamente confortável e suspirou, havia sido uma viagem muito longa e nem todo conforto do avião particular deixava o cansaço longe. Alucard caminhou até a janela e colocou as mãos nos bolsos, aquela sala para qual foram levados tinha uma ampla vista daquela região da cidade. Agora era real, estava realmente de volta a Romênia.

- Cuide para que não tenhamos problemas com nossa bagagem, Alucard.

- Não se preocupe, Integra, não teremos problemas.

- Serviço limpo, preferencialmente, não quero ter que esperar o desenrolar de uma investigação que não vai dar em nada.

- Não está falando com um de seus soldados comuns, mestra, eu sei muito bem o que fazer.

- Que seja, só não quero problemas.

Os olhos azuis se esgueiraram até encontrar a figura de seu servo iluminada pela luz do dia. Nada ali o ligava a um mestre das trevas ou algo do gênero, apenas um homem elegante com feições de tédio. Ficar trancado dentro de um avião não era exatamente algo muito divertido... Ela tentava imaginar o que passava na mente daquele homem.

- Nada que valha ser compartilhado. – disse Alucard olhando para as ruas cheias –

Integra permaneceu em silêncio, esquecia-se que não podia descuidar de seus pensamentos enquanto perto do vampiro, seu servo parecia não conhecer o conceito de privacidade e ela não queria que ele soubesse de certas coisas.

Antes que pensasse em algo comprometedor, a loura começou a conjugar mentalmente um verbo qualquer em latim. Um hábito que desenvolvera para limpar a mente e manter certas coisas apenas para si. O vampiro virou o rosto em direção a sua senhora com uma expressão de curiosidade misturada a seu sarcasmo habitual.

- Errou a terceira pessoa, mestra, acho que não está muito concentrada.

- Saia da minha mente, servo. – se limitou a dizer –

- O que tanto quer esconder de mim? Sabe que mais cedo ou mais tarde será do meu conhecimento. – ele sorriu de uma maneira que quase a fez apontar uma arma contra sua pessoa – “Não se esqueça que não queremos problemas...” – a risada do maldito ressoou na mente da mulher –

No entanto, não houve tempo de réplica, mister Aksoy entrou na sala dizendo para segui-lo, o reitor da Universidade os receberia agora e depois seriam levados até o hotel. Aquele inglês cheio de falhas irritava os ouvidos da Hellsing, será que não havia um único funcionário naquele lugar que falava um inglês decente?

------------------------------------

-----------------------------------------------

Integra estava a olhar através dos vidros a cidade que passava diante de seus olhos. Bucareste era uma cidade peculiar para a jovem mulher, ainda tinha muitos resquícios de seu período socialista, os prédios eram muito antigos, os carros em sua maioria eram de uma ou duas décadas atrás e seu olhar treinado era capaz de notar certas formações de espionagem. Era claro que a liberdade de expressão ainda era coisa para poucos.

Mas esquecendo os aspectos políticos, a capital da Romênia, era peculiar no sentido de abrigar templos de religiões Islâmicas e Igrejas Católicas. A Hellsing podia ver que o período de disputas religiosas há quinhentos anos deixara uma marca cultural fortíssima. Sem contar que mesmo sendo uma capital, a mulher conseguia ver homens e mulheres com roupas tradicionais.

Mulheres com saias longas, lenços dos cabelos, corselês, aventais... Homens de calças pretas, botas altas e camisas brancas. O barulho era infernal, o trânsito não era muito organizado, muitas feiras onde pessoas falavam alto e em uma língua que Integra julgou ser romeno.

- Ainda é cedo, se quiserem conhecer algumas de nossas Igrejas temos tempo depois da visita ao reitor. A moça parece interessada. – disse Aksoy virando ao rosto para o banco de trás –

- Hagia Sofia é uma bela igreja, ficaria encantada Integra. – disse Alucard –

- Conhece Hagia Sofia, senhor Tsepesh? – indagou o romeno desconfiado –

- Como deve ter notado, meu passaporte é romeno, senhor Aksoy. Sou de família romena, mas cresci na Inglaterra e por algumas vezes tive a chance de visitar o país de meus pais e avós.

Certas coisas são facilmente resolvidas com um bom falsificador e uma considerável quantia de suborno. Por isso, por mais que vasculhassem, não encontrariam uma única falha na história de Alucard.

- Certo... Desculpe a indiscrição, mas não tem sobrenomes conjuntos, qual a relação entre os senhores? – Integra começava a ficar muito irritada com todas aquelas perguntas, mas Alucard estava muito calmo e respondia tudo com polidez –

- Trabalho na Organização Hellsing da qual Miss Integra é a presidente e ela precisava de um tradutor, pois apesar de dominar vários idiomas, Romeno não está entre eles.

- Bem... Então, vão querer visitar Hagia Sofia?  Poderei acompanhá-los se desejarem.

- Milady? – Alucard indagou –

- “Esse cão de guarda ficará nos cercando?” – perguntou sem mexer os lábios –

- “Provavelmente, mas acho que não vale a pena perder essa oportunidade.”

- Se possível gostaria de conhecer, mister Aksoy, já li algo sobre a beleza das Igrejas dessa região.

O homem falou algumas palavras em romeno com o motorista que Integra julgou serem apenas instruções do que fariam pelo resto dia. Por isso não deu muita atenção e voltou seus olhos e atenção para a paisagem que provavelmente nunca mais veria ao sair daquele país.

------------------------------------

--------------------------------------------------------

O reitor da Universidade de Bucareste era um homem que carregava os traços de seu povo muito expressivamente. Olhos escuros e grandes, pele clara que parecia ter uma tendência a se colorir pelo sol, cabelos negros e lisos penteados para trás. Vestia-se com elegância em um terno cinza risca de giz.

A essa altura, Integra já havia retirado seu casaco pesado ficando apenas com uma camisa branca de gola bordada sendo que sua grava possuía um nó muito antigo e fora dos padrões atuais. Apesar de ser uma região de montanhas o calor era muito forte e a Hellsing não estava acostumada. Mas o homem a sua frente não parecia se dar conta.

- Boa tarde, miss Hellsing e mister Tsepesh. Sou Selim Borek, o reitor da universidade e responsável em especial pelo departamento de História. Fico muito feliz em conhecê-los.

- É um prazer conhecê-lo, mister Borek. – disse Integra estendendo a mão gesto repetido por Alucard –

- Sentem-se, por favor. Posso lhes oferecer alguma coisa?

- Não obrigada, estou bem. – Integra respondeu – Mister Tsepesh?

- Também estou bem assim, agradeço.

- Não posso deixá-los ir embora sem provarem uma boa pálinka, por favor, não façam essa desfeita.

O casal se entreolhou, não podiam recusar, estavam na sala dele, no país dele e certos costumes deveria ser respeitados. No final, acabaram por aceitar, apesar de Integra não saber o que era a tal pálinka.

- “Licor destilado de damascos, acho que vai apreciar, mestra, já que tem gosto por bebidas fortes!”

- Sabe, fiquei surpreso ao saber que a própria neta de Abrahaan Van Hellsing viria sobre o assunto dos diários que Dra. Kostova. Pensei que mandaria algum representante.

- Bem, mister Borek, tenho muito interesse por todos os assuntos relativos a minha família e será esclarecedor saber os motivos que trouxeram meu avô a Romênia um século atrás.

- Entendo, miss, mas mesmo assim não me parece um motivo que levaria a presidente de uma grande empresa se distanciar.

Para o mundo, a Organização Hellsing era uma empresa de família que trabalhava com investimentos no mercado financeiro.

- Eu precisava de férias e isso acabou sendo o motivo. – Integra sorriu – Mas isso não importa realmente, gostaria de saber como foram encontrados os diários.

- Bem, minha orientanda Elizabeth Kostova, que ainda não é uma doutora realmente, está terminando sua tese que será defendida dentro de alguns meses.  As conseqüências da intervenção de Vlad III na ascensão do Império Otomano no interior da Romênia no final do século XV e suas implicações na sociedade atual.

- Um tema bastante peculiar.

- Realmente não me agradou quando ela me mostrou sua idéia, pois fiz imediatamente uma ligação a figura mítica do vampiro, O Conde Drácula... – o homem que tinha um inglês praticamente perfeito riu ruidosamente – Mas depois dela me mostrar que sua pesquisa era baseada no homem e não no mito vi que era promissora.

- Entendo...

- Continuando, não sei se sabem, mas Vlad, o Empalador foi mais do que um tirano cruel. Combateu o quanto pôde a ascensão do Império infiel em terras romenas, principalmente, e foi um estrategista sem precedentes. Sendo um dos primeiros a usar armas biológicas em suas batalhas... No entanto, isso não passa de assunto de historiador, o que lhe interessa senhorita é que em meio a finalização de sua tese, Elizabeth recorreu ao acervo histórico de propriedade de sua família e acabou encontrando os diários.

- E a partir daí não foi muito difícil fazer a ligação entre meu avô eu...

- Eu não tive muito conhecimento sobre o assunto dos diários, mas parece se tratar de um diário de viagem. Talvez sua vinda seja desnecessária por um assunto tão simples, mas pelo menos poderá conhecer a Romênia e modéstia a parte, posso dizer que meu país deveria ser mais explorado para turismo histórico.

- De qualquer maneira, como o senhor mesmo disse, não será uma perda total de tempo. E o que eu puder fazer para ajudar a senhorita Kostova me satisfará. Deve saber que minha família investe bastante em pesquisas.

- Já fomos agraciados com uma generosa doação, provavelmente, alguns anos antes de seu nascimento. – o senhor sorriu e se virou para Alucard – Não diz nada, mister? Está tão quieto.

- O que quer que houvesse para ser dito, miss Integra já disse, estou aqui com a função de auxiliá-la na comunicação em romeno e acompanhá-la para que não viajasse sozinha.

Alucard da mesma maneira que conseguia ser assustador ao extremo, conseguia encantar os seres humanos. Diferente da impressão ruim que causou em Mr. Aksoy, causou uma estranha fascinação em Mr. Borek.

- Imagino que vão fazer turismo agora, até serem liberados para seguir para Tigorsviste.

- Iremos a Hagia Sofia, Mr. Aksoy deve estar a nos esperar lá fora.

- Mr. Aksoy... Sei... – o que quer que o homem fosse falar não disse, certos comentários eram melhores serem guardados – Não vou prendê-los por mais tempo. – o homem se levantou e estendeu a mão –

- Foi um prazer conhecê-lo.

Houve uma despedida formal e o reitor da universidade os acompanhou até a porta onde pôde ver de lado a figura do oficial.

- Mandem minhas recomendações a Elizabeth e peçam para que ela me mantenha informado sobre o término de sua tese.

- Faremos isso, obrigada pela hospitalidade.

E assim os três seguiram para um lugar onde poderiam almoçar para depois fazerem a visita a Igreja.

Continua...

Olá amores, e ai? O que estão achando da minha nova história? Eu tenho que perguntar já que apenas minha fukutaisho comentou... Qual é pessoal? O que custa a vocês deixar um comentáriozinho?? Prometo que não vai matar ninguém e fazer uma autora muito feliz. Já disse alguém muito sábio: Cada vez que se lê um história e não comenta, um ficwriter morre!!

Sobre alguns detalhes do cap, eu, como a maioria das pessoas não conhecem muito da Europa oriental, então estou usando como fonte de ajuda um livro: O Historiador, Elizabeth Kostova. Por isso a semelhança de nomes não é mera coincidência, sabiam que não é fácil dar nomes a personagens romenos??

Adoro vcs, esperando coments e...

Kiss Kiss


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Closer: perto Demais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.