Aprendiz escrita por flavia_galo


Capítulo 16
Capítulo 16 - Descoberta


Notas iniciais do capítulo

LEIAM, IMPORTANTE!
ola leitores!
acho que nunca postei um capítulo tão rápido hein? haha mas a razão do aviso para ler essa nota é que eu preciso da opinião de vocês!
bom, o caso Amber já está quase no fim e eu estou pensando se escrevo ou não mais casos para Olivia e os Winchester... pretendo escrever vários casos como se fossem episódios mesmo e postar uma sinopse do próximo caso ao final de cada caso, o que vocês acham? é claro, eu escrevo para vocês, então só vou continuar a escrever se vocês quiserem mais caçadas da Olivia! então, me mandem as suas opiniões nos reviews e eu aviso o destino da fic no próximo capítulo!
beijo;*



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A campainha soou alta no silêncio do apartamento. Olivia desligou a televisão que assistia e se levantou vagarosamente.

- Estranho. – murmurou enquanto se encaminhava para a porta.

 Já era noite e os irmãos Winchester tinham saído para comprar comida chinesa para eles, mas tinham levado a chave do apartamento, o que significava que não precisariam tocar a campainha. Olhando pelo olho mágico, Olivia xingou baixinho ao ver Marissa parada do outro lado da porta, sua expressão era ilegível. Antes de abrir, Olivia tirou o celular do bolso e digitou uma mensagem para Dean rapidamente – “Não volte até eu avisar”. Seria difícil de explicar caso Marissa encontrasse os dois supostos federais casualmente ali.

- Marissa? Ei! – Olivia falou ao abrir a porta, com o cuidado de deixar sua expressão surpresa, mas não desconfiada. – Não esperava você, quer dizer, temos aula amanhã de manhã e...

- Posso entrar? – perguntou Marissa, cortando a frase de Olivia.

- Claro. – Olivia se afastou da porta o suficiente para a outra entrar. Fechou a porta atrás das duas enquanto pensava sobre o que traria Marissa ali.

- Me desculpe vir assim, mas acho que precisamos conversar.

 Marissa estava parada na sala de estar, apoiada na parede com os braços cruzados na frente do corpo. Olivia andou até ela lentamente, sem gostar nem um pouco do rumo que essa conversa estava tomando, mas ainda sem imaginar sobre o que se tratava.

- Porque não se senta? – Olivia perguntou, ainda mantendo a fachada amigável.

- Eu estou bem aqui, obrigada.

- Ao menos tire o seu casaco, se faça confortável.

 Marissa não esboçou nenhuma reação inicial a fala de Olivia, mas após alguns segundos, tirou o casaco com um movimento rápido. Quando Marissa se abaixou para colocar o casaco no apoio da poltrona a seu lado, Olivia pensou ter visto um lampejo dourado no decote da outra. Marissa se endireitou lentamente e se virou para encarar Olivia ainda com os braços cruzados, reparando melhor nela agora que estava logo a sua frente, Olivia viu que seus olhos estavam duros como aço, sem nenhum traço de afabilidade.

- Eu cansei dos joguinhos Olivia. – Marissa anunciou sem se mover. – Então eu vou ser bem direta com você.

- Não faço ideia do que está falando. – Olivia conteve um impulso de dar um passo para trás devido a ferocidade da voz de Marissa.

- Já chega, ok? Eu quero a verdade. – Marissa deu um passo quase imperceptível, diminuindo a distância entre as duas. – Você pegou algo da minha casa hoje. E eu quero de volta.

- Eu ainda não sei do que você está falando. – Mas é claro que sabia. O diário. Olivia se xingou mentalmente por sua própria burrice, não contava que o seu furto fosse descoberto tão cedo. De repente, ela se tornou muito consciente da presença do diário na escrivaninha do escritório. Só esperava que sua expressão não transparecesse isso.  

- Pare de mentir pra mim! – Marissa de repente explodiu, jogando as mãos para o alto e falando em um tom perigosamente perto de um grito. – Eu fui burra por não ter percebido antes! De repente você aparece na minha casa, fazendo perguntas e eu achando que você só queria ser amiga! Eu devia ter feito a conexão quando os federais apareceram na minha casa, com um tipo diferente de interrogatório, mas não, eu confiei em você!

 As últimas palavras foram ditas como uma acusação. O rosto de Marissa pairava a apenas alguns centímetros de Olivia, seus olhos transbordando de raiva. Olivia se manteve parada, nem sequer piscou. Enquanto isso, seu cérebro trabalhava furiosamente em uma maneira de contornar a situação. Quando Olivia não disse nada, Marissa se afastou um pouco e voltou a falar, baixando o tom de voz.

- O que você sabe? E eu quero a verdade dessa vez.

 Tendo dito essa última frase, Marissa voltou a sua posição inicial, de braços cruzados e encostada na parede. No entanto, seus olhos mantiveram a ferocidade enquanto encaravam Olivia. Essa, por sua vez, cruzou os braços também e devolveu o olhar. Marissa não tinha perguntado o que ela achava que sabia, nem mesmo de que ela desconfiava, tinha perguntado o que ela sabia. Isso queria dizer que era hora de jogar limpo e dizer a verdade, para variar.

- Tudo. – Olivia disse simplesmente. – Eu sei que a morte de Amber foi sua culpa. Eu sei os motivos que te levaram a isso.

- E quanto a Gabbe e os outros? – Marissa perguntou calmamente. – Você não acha que eles foram minha culpa também?

- Eu sei que não foram. Mas também sei que um assassinato é o suficiente para dar cadeia.

- E como você pretende isso? – Marissa se desencostou da parede vagarosamente, descruzando os braços. – Você espera que a culpa me obrigue a confessar? Que eu me arrependa? Desculpe, isso não vai acontecer. – Olivia permaneceu imóvel, observando os movimentos dela. – Sabe, não foi simplesmente um assassinato. Não foi fácil assim. Tem ideia quanto tempo eu demorei pra planejar tudo isso? Quanto trabalho eu tive para me certificar que o terreno que Amber pisasse fosse ceder? E de que ninguém mais pisasse lá, só ela? O trabalho que eu tive para implantar o falso acampamento? Como você vê, o arrependimento e a confissão não são uma opção aqui. E eu também não posso exatamente deixar você por aí depois de ter dito tudo isso.

 Foi só então que Olivia percebeu o perigo que corria. Marissa tinha planejado um assassinato a sangue frio e acabado de confessá-lo como se falasse sobre o tempo. Então ela não tinha problema nenhum para levar essa ameaça a sério. Cuidadosamente, Olivia deu um passo para trás. Eu preciso mantê-la falando.

- O que você pretende Marissa? – Se Olivia alcançasse o seu celular que havia deixado na mesa perto da porta, ela poderia pedir ajuda. – Me matar não vai fazer bem nenhum. E você não pode fazer parecer que foi um acidente de acampamento aqui, não acha?

- Tem razão. – Marissa sorriu minimamente com a tentativa de humor de Olivia. – Mas você tem estado tão triste ultimamente. Estou preocupada com você, sabe? O jeito que você tem falado quando vai a minha casa, dizendo o quanto gostaria de fazer a dor parar...

 Suicídio. Ela ia tentar fazer parecer que Olivia tinha se matado e testemunhar sobre como ela andava deprimida. Assim que percebeu o que Marissa pretendia, as opções de Olivia se esgotaram e ela fez a única coisa que podia fazer. Deu um soco no nariz de Marissa, e correu para alcançar o celular.


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