O Som do Coração escrita por angelaangel


Capítulo 6
Capítulo 6 - Pensamentos positivos


Notas iniciais do capítulo

oi gente desculpe pela demora pra postar o capitulo. Por favor me digam o que vocês estão achando da historia.
Essa parte dramática já esta chegando ao fim eu prometo que os próximos capítulos serão bem mais interessantes.
Beijokas pra todos....
PS: Por favor me deixem REVIEWS, podem ser um simples gostei do capitulo ;)



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Pensamentos positivos



Bella POV:



Ele desligou
o celular e caminhou em nossa direção. Edward e eu permanecemos parados. Eu
agarrei seu braço temendo que Carlisle nos mandasse voltar pra casa. Mas isso é
uma coisa que ele não iria conseguir fazer; eu havia chegado até ali e não iria
desistir.



- O que... o
que vocês estão fazendo aqui? - Carlisle falou em um tom baixo, mas com a voz
muito firme e lançou um olhar gélido pra Edward. – Edward, você...



-Não brigue
com ele a culpa e minha! - eu o interrompi. - Ele só me deu uma carona, eu
praticamente o obriguei a vir comigo! - eu disse apertando ainda mais o braço
do Edward e ele me olhou estreitando os olhos.



- Eu vim
porque eu quis. - Edward disse. - Ninguém me obrigou a nada; eu não podia
deixá-la vir sozinha, e também eu tenho o direito de querer estar aqui, afinal
Charlie é como se fosse meu segundo pai. O senhor sabe muito bem disso! - Edward
disse tudo sem desviar o olhar do meu tio, e tocou em meu braço quando eu dei
um apertão no dele pelo que havia acabado de falar.



- Sabe quão
preocupada sua tia ficou quando foi até o seu quarto e não ti encontro? -
Carlisle disse.



-tio,
desculpa... eu...



-Ela e
Rosalie procuraram você pela casa toda. Ela tentou seu celular, sem sucesso. Mas
afinal de conta, pra que vocês têm essas coisas se não as usam? - Carlisle
estava com uma leve irritação na voz.



-Eu deixei o
celular no silencioso! - eu disse olhando pro aparelho e mordendo o lábio
inferior.



Edward tirou
o celular do bolso da calça e passou a mão nos cabelos. - O meu acabou a
bateria, eu nem me toquei! - ele disse meio sem jeito.



Meu tio nos
encarou incrédulo com nossas respostas. Mas ele não podia falar nada, afinal de
contas ele já tinha feito a mesma coisa quando esqueceu de ligar o celular
assim que chegamos em Denver .



- Eu falava
com Esme quando vi vocês chegando e já avisei que vocês estavam aqui. - Carlisle
disse num tom mais confortável.



Eu me senti
culpada imaginando a cara da minha tia quando entrou no quarto e não me
encontrou.  Acho que ela imaginou que eu havia
ido atrás de algum alívio imediato; não a culpo se isso chegou a passar por sua
cabeça, afinal de contas esse é o meu maior medo: de cair de novo nesse mundo
podre que eu já cheguei a chamar de “minha vida”. A realidade não é uma coisa
fácil de se viver. “- Um dia de cada vez,
Bella. A recompensa vem quando você deitar a cabeça no travesseiro e perceber
que venceu mais um dia.”
é o que o Dr.Saimon me disse na nossa primeira consulta,
pra eu me recuperar da dependência do álcool e das drogas.



- Bella, eu
liguei pra casa pra avisar que seu pai saiu do coma!! - Carlisle me disse com
uma alegria na voz e com um sorriso terno.



- Eu não
acredito!! Sério, tio? - eu disse vibrando de alegria. - Eu quero vê-lo, eu
quero falar com ele; ele sabe que eu estou aqui, que eu voltei? - falei
abraçando o meu tio e o encarando com lágrimas de alegria escorrendo pelo
rosto. - Edward! Meu pai vai ficar bem... ai meus Deus, eu não estou
acreditando...tudo parece... - eu disse me lançando contra o corpo do Edward e
passando os braços em volta do seu pescoço, fazendo com que ele me erguesse
pela cintura tirando meus pés do chão; demos dois giros de 360º no próprio eixo
e depois ele me colocou novamente no chão.



- Eu disse
que ele ia sair dessa!! - Edward disse segurando meu rosto com as mãos, e com
um grande sorriso de felicidade no rosto que deixavam seus dentes brancos e
perfeitos todos à mostra; em seguida me abraçou forte, fazendo meus braços passarem
em volta de sua cintura e encostar meu rosto em seu peitoral bem definido.



- As coisas
não são tão simples assim, minha querida! - Carlisle disse fazendo com que eu
saísse do meu abraço com Edward e o encarasse. Em seu rosto havia uma expressão
meio apreensiva.



- Como não? Ele
não está mais em coma, isso significa que ele não corre risco de vida! - Edward
disse um pouco confuso com a expressão do pai.



- Eu
realmente queria que as coisas funcionassem desse jeito meu filho! O Charlie
estava com uma lesão na cabeça e assim que ele acordou, os médicos o levaram
pra fazer uma tomografia e viram que a coisa é muito séria; eles o estão
preparando para uma cirurgia... - eu o interrompi.



- Como assim
o preparando pra uma cirurgia?!? Eu quero ver ele, eu quero ver ele! Eu preciso
ver ele tio!! Ele precisa saber que eu estou aqui, ele não... - minha alegria havia
se transformado em desespero, angustia; a dor em meu peito havia voltado, e dessa
vez ela era tão forte que estava comprimindo os meus pulmões, fazendo com que
ficasse difícil respirar.



- Bella,
acalme-se! Por favor, querida... tente ficar calma. Eu vou falar com o médico, tudo
bem? - meu tio disse pegando firme em meus braços, me fazendo ver (entre as lágrimas
que embaçavam minha visão) que eu havia agarrado em sua camisa com tanta força,
que ela estavam amassadas entre as minhas mãos. - Tudo bem, querida... tudo bem!
- sua  voz tentava me passar
tranquilidade.



- Tudo bem,
Bella! - Edward disse, me fazendo soltar a camisa de Carlisle e se virar pra
ele. Eu o abracei forte. Meu corpo tremia e eu continuava a respirar com
dificuldades. Eu podia sentir minha cabeça girando e minhas pernas amolecendo. “Eu não posso desmaiar agora... não desmaie
Bella, respire, respire...”
eu disse mentalmente, puxando o ar com muita
força pelas narinas. “eu não posso desmaiar
agora, não posso, não posso...
” Eu continuei forçando o ar a entrar e sair
dos meus pulmões.



- Fique com
ela, Edward. Eu vou falar com o médico. - eu ouvi meu tio falar como se
estivesse longe; acho que era a pressão em meus ouvidos que dava essa sensação,
porque eu pude sentir quando ele tocou em meu ombro.



- Bella! Você
está bem? Vem... acho que você precisa se sentar um pouco. - Edward disse me
conduzindo até uma sala que me parecia uma sala de espera. - Eu vou pegar um
pouco de água pra você. - ele me deixou no sofá e se dirigiu até uma mesa do
lado direito na mesma sala. Ele voltou me entregando um copo descartável. -
Tome devagar. - ele disse tirando uma mecha de cabelo do meu rosto e colocando
atrás da minha orelha.



Eu olhei pra
ele lhe entreguei o copo que ele colocou em cima de uma pequena mesa que ficava
na frente do sofá em que estávamos. A expressão do rosto dele era de profunda
tristeza; seus olhos estavam vermelhos e marejados... ele estava sofrendo tanto
quando eu. A esperança em seus olhos (quando meu tio deu a notícia de que meu
pai havia acordado) havia sumido; agora tinha dor e sofrimento... era como se
um sopro de vida tivesse sido arrancado de um recém-nascido. Eu não o queria
daquele jeito; eu não podia aceitar ver ele sofrendo. Todo aquele  lugar estava afetando nós dois... eu tinha
que tomar a sua dor pra mim... eu já estava tão acostumada com aquilo.



Eu toquei
com a palma da mão em seu rosto e ele me olhou pressionando os lábios
transformando em uma linha e juntando as sobrancelhas. Eu mudei minha posição
no sofá ficando de joelhos com o corpo voltado em sua direção; então o abracei.
Ele pousou sua cabeça entre meu ombro e meu pescoço e eu fiz o mesmo; passei a
mão em seus cabelos... eu podia sentir sua mão pressionada em minhas costas. Ela
não se movia... só fazia pequenas flexões com os dedos.



- Temos que
pensar positivo, não é mesmo? - eu disse ainda o abraçando. - Ele é forte! Quantas
pessoas você conhece que entra e sai de um coma praticamente no mesmo dia? - eu disse tentando convencer a ele e a
mim mesma que meu pai iria ficar bom. “- Por
que eu tinha que esperar pelo pior?
- disse comigo mesma. - Não!! Eu já estou cansada disso... chega!
Tudo vai dar certo! O fato de meu pai ter acordado me mostrou isso e eu tenho
que acreditar, mesmo que a dor em meu peito esteja querendo dizer o contrário...”.



- Você tem
razão... o seu pai é um cara de fibra e logo tudo isso vai ficar no
esquecimento e ele estará firme e forte de novo! - ele disse me olhando com um
triste sorriso no rosto.



- Ah! Vocês
estão aqui! Venham! O médico disse que você pode vê-lo... - Carlisle disse
assim que abriu a porta da sala em que estávamos.



Edward e eu
nos levantamos e fomos em direção ao quarto em que meu pai estava. Quando
chegamos em frente à porta eu peguei na mão dele... de certa forma eu me sentia
mais forte quando o Edward estava comigo.



- Você
poderia entrar junto comigo? - perguntei ao Edward fitando seus olhos. Ele
olhou pro Carlisle, que consentiu.



Quando
entramos havia duas enfermeiras no quarto; uma delas ao que parece, fazia
anotações do estado do meu pai numa prancheta e outra estava trocando o soro.
Soltei da mão de Edward e caminhei até a lateral esquerda da cama. Meu pai tinha
uma máscara de oxigênio no rosto; os olhos dele estavam fechados... pra mim não
parecia que ele havia saído do coma, porque tudo ainda estava lá... os mesmos
aparelhos fazendo os mesmos barulhos. Eu peguei em sua mão como da outra vez.



- Be...
Bella... - ele soltou num sussurro quase inaudível, que se eu estivesse a uns dois
passos mais longe eu não poderia ter ouvido. - Bella, Bella... - ele apertou
minha mão.



- Pai!!! Sim,
sou eu pai!! - eu disse com as voz falhando por causa da vontade de chorar. -
Pai... me perdoe... eu sinto muito... - ele abriu os olhos e deu um leve
sorriso.



- Shhh!!! Está
tudo bem agora, querida... - suas palavras saíam lentas e abafadas pela máscara
em seu rosto.



- Pai, olha
quem veio te ver também... - eu disse estendendo a mão pro Edward; quando ele a
tocou eu o puxei pro meu lado.



- Oi, tio
Charlie! - Edward disse tentando sorrir.



Antes que
meu pai respondesse, dois homens grandes (todos de branco) entraram no quarto;
ao que me parecia eram enfermeiros.



- Ele está pronto...
podem levá-lo! - disse a enfermeira que estava com a prancheta nas mãos. - Nós
precisamos levá-lo agora! - ela me disse quando percebeu a minha reação ao ver
os dois homens se posicionando pra tirar a maca do quarto.



Edward e eu os
acompanhamos... em nenhum momento eu larguei da não do meu pai. Encontramos com
meu tio, que se aproximou da maca.



- Tome conta
dela pra mim... - meu pai disse ao meu tio num tom cansado.



- Pode
deixar... - foi tudo que Carlisle disse.



- Nós
precisamos ir agora!  - a enfermeira
disse apressando os dois homens.



Meu tio
segurou em meus ombros e eu entendi que tinha que deixar meu pai ir. Ficamos
ali por um tempo vendo meu pai ser levado ao elevador. E quando a porta do
elevador se fechou senti uma pressão em meu peito, como se um elefante
estivesse sentado em cima de mim. Encostei-me na parede e fui deslizando
lentamente para baixo; sentada no chão, passei uma das mãos na cabeça.



- Venha,
querida! - meu tio disse me levantando do chão e me levando à sala de espera
onde Edward e eu estávamos anteriormente. - Tudo vai dar certo, você vai ver...
- ele me disse se sentando comigo no sofá e passando os braços em volta do meu
ombro.



- Eu quero
ficar aqui até eu saber q... - eu arfei. - ...até eu saber que ele vai ficar
bem! - disse tudo de uma vez só.



- Eu também
vou ficar! - Edward disse se sentando ao meu lado. Eu o olhei e lancei um
sorriso triste.



Carlisle se
levantou ficando de frente pra nós e fez um aceno com a cabeça olhando pro
Edward; aquele gesto dizia que ele queria falar em particular com o Edward.
Pela expressão no rosto do Edward ele já sabia qual era o assunto.



Eles saíram
e foram para o corredor; cinco minutos depois o Edward voltou.



- Você vai
ter que ir embora, não vai? - eu disse com uma voz melancólica.



- É nessas
horas que eu me arrependo de não ter enfiado a cara nos livros antes!! - ele
disse se agachando ficando de frente pra mim. - Segunda chamada da prova de
literatura que eu levei bomba! - ele deu um sorriso meu sem jeito.



- Espero que
você se saia bem dessa vez... - eu disse espalhando o seu cabelo.



Ele me deu
um beijo forte no rosto e eu o abracei com força. Ele se afastou e nos
encontramos em um olhar que não precisava de palavras pra saber o que cada um
de nós estava pensando e sentindo. Ele me deu outro beijo, se levantou e
começou a caminhar. Minha cabeça o seguiu até ele sumir pela porta, não antes
de lançar um olhar e piscar com um dos olhos. Logo em seguida meu tio entrou;
eu me encolhi num dos cantos do sofá, apoiando a minha cabeça no braço do sofá
e fechei os olhos. A dor ainda estava presente, mas eu iria fazer de tudo pra
que ela sumisse... o fato de meu pai ter acordado tinha que ser um sinal
positivo; eu tinha que acreditar que meu pai iria vencer mais essa batalha. Eu
podia sentir meu tio passando a mão na minha cabeça... não demorou muito para
as lágrimas chegarem. “Pensamentos
positivos, Bella...”
era o que eu repetia em minha cabeça, até começar a
perceber que minha consciência estava se esvaindo. Era o sono que estava
tomando conta de mim. Eu tentei lutar contra ele abrindo e fechando os olhos
repetidas vezes, mas ele foi mais forte que eu.


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