O Som do Coração escrita por angelaangel


Capítulo 5
Capítulo 5 - Saindo ás escondidas


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeeeeeee. Desculpem o atraso pra postar, mas e que o tico e o teco estavam com preguiça de trabalhar. e depois de muitas terapia de choque eles finalmente voltaram ao normal kkkkkkkk.Espero que vocês gostem do capitulo, eu achei que ficou muito bom.Talvez vocês estejam achando meu drama mexicano ,mas o que o que eu posso dizer são anos vendo as novelas do SBT kkkkkkkkkk.Mas chega de bla,blabla ne.Boa leitura genteBeijokas pra todos...

carro do Edward: http://www.ssip.net/manufacturers/aston-martin/model/aston-martin-vanquish-s/



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Saindo as escondidas



Bella POV:



Acordar de
um pesadelo e escutar sua voz suave... e aquele par de olhos verdes que me
fitavam com um ar de preocupação. Parecia que o pesadelo tinha virado um sonho;
minha mão estava em contato com sua pele e ele havia colocado sua mão em meu
rosto.



 - Edward?! - eu perguntei confusa.



- É! Sou eu!
- ele disse com um sorriso.



- Oi! - disse
não conseguindo retribuir o mesmo sorriso. - Então ele está mesmo naquele
hospital? Não era um pesadelo. - fitei-o triste por confirmar que o pesadelo
era real.



- Sim. - Edward
disse passando a mão em meu rosto; aquele gesto foi tão reconfortante que
mantive sua mão pressionada em meu rosto e fechei os olhos, fazendo com que as
lágrimas molhassem sua pele que emanava calor contra a minha. Foi estranho, mas
aquilo fez com que o meu sofrimento e agonia se abrandassem. Eu retribuí seu
gesto tocando com a palma da mão em seu rosto.



- É bom
vê-lo novamente! - eu disse juntando as sobrancelhas e forçando um sorriso para
tentar disfarçar a dor, que infelizmente era maior que a felicidade de revê-lo.



(...)



Depois de
uma inútil tentativa de convencer a Esme e Carlisle a me deixarem passar a
noite no hospital, eu estava no quarto em que eu ficaria enquanto o pesadelo
não tivesse fim.



- Espero que
você goste da decoração; foi tudo preparado com muito carinho... - Esme disse
numa voz maternal.



- Isso não é
um quarto... é uma suíte presidencial!! - eu disse em choque, explorando com os
olhos cada detalhe daquele ambiente, onde havia coisas normais de um quarto e
uma grande TV com home theater. A cor das paredes era num tom suave de lilás;
nas janelas, as cortinas eram em renda branca e havia um pequeno sofá perto
dela... tudo estava muito lindo.



- Você não
gostou?



- Está
perfeito tia!! Eu adorei! É que eu já havia me esquecido como é ter um quarto e
um banheiro só meu! - eu disse da porta do banheiro fitando a banheira que havia
ali.



- Eu nunca
entendi como você quis continuar estudando naquele colégio! Propriamente
dizendo, aquele lugar é mais um quartel militar do que um colégio! - ela disse
afofando os travesseiros da cama.



- Bom! O
conforto não era uma das prioridades do Colégio Santa Cecíllia, mas as matérias
aplicadas são uma das melhores. E quando você entra na rotina do colégio, com o
passar do tempo você se acostuma com as regras impostas. - falei de um modo
natural.



- Não tem
como uma pessoa se acostumar em um colégio cheio de câmeras de vigilância e
castigos aplicados por mau comportamento!! - minha tia disse juntando as
sobrancelhas e balançando de leve a cabeça, de um lado pro outro.



Minha tia
nunca aceitou o fato de meu pai ter me mandado pro Colégio Santa Cecíllia. Mas
essa foi uma decisão que ela não conseguiu fazer com que ele voltasse atrás, e
eu também havia concordado com ele... era o mínimo que eu poderia fazer por
ele. Mas não foi nada fácil conviver naquele lugar. Já no primeiro mês eu
liguei chorando aos prantos pro meu pai, implorando pra que ele me tirasse
dali. E ele teve o pulso firme pra me dizer “não”,
e ainda me lembrar da nossa promessa. Ele tinha proibido que Esme e Carlisle
interferissem no que ele estava fazendo.



Eles
respeitaram o pedido dele. Acho que eles viram que tudo o que me aconteceu
serviu pra que meu pai lembrasse que tinha uma filha, e que eu estava
precisando dele.



- A Kate, minha
colega de quarto, me disse assim que eu cheguei àquele colégio, que se eu conseguisse
aguentar seis meses eu veria aquele lugar como qualquer outro colégio normal. -
sai das minhas lembranças e falei com a voz num tom um pouco divertido.



- E aí? O
que você achou do seu quarto?? - Carlisle disse entrando com minhas malas (não eram
muitas já que no Santa Cecíllia tínhamos que usar uniformes, e eu não tinha uma
vida social fora dele... então não me preocupava muito com roupas).



- Se eu
fosse fã de princesas de contos de fadas, me sentiria como uma dormindo nesse
quarto.



- Olha, se
você achar que é demais, podemos ficar na casa do seu pai; eu sei que seu
quarto é um pouco mais simples que esse e...



- Não!!! -
eu a interrompi com a voz elevada causando espanto neles. - Eu ainda não tenho
forças pra ir ate lá, e eu estou feliz por estar com vocês! Obrigada por tudo
tia, está tudo maravilhoso! - ela veio em minha direção me dando um forte
abraço.



- Está tudo
bem! Este assunto esta encerrado! - Carlisle disse tranquilamente.



- Então
vamos descer pra jantar? - Esme disse andando em direção à porta.



- Eu não
estou com fome! Se vocês não se importarem eu queria ficar aqui!  - eu disse franzindo o cenho com receio que
eles me obrigassem a descer e comer. Eu estava com um nó no estômago e
definitivamente acho que não ia consegui comer nada por enquanto. Eu só queria
ficar sozinha e tentar processar tudo aquilo.



- Você tem
certeza disso, querida? - Esme falou com um tom de preocupação e eu apenar
afirmei com a cabeça. - então mais tarde eu trago algo pra você comer. - ela me
deu um beijo no rosto.



- Tente
descansar... você está precisando! E se tiver alguma novidade sobre seu pai eu
te aviso. - Carlisle disse me dando um abraço e saiu abraçado com minha tia. Como
tudo aquilo era injusto!! Ele também estava cansado porque tinha enfrentado a
mesma maratona que eu (aeroporto e
hospital)
. Mas ele podia ir ficar no hospital.



Fiquei ali
deitada na cama, sentindo uma mistura de frustação e angústia. “Descansar”... essa palavra estava
martelando em minha cabeça e isso era uma coisa que eu não iria conseguir fazer.
Na verdade eu não queria; só de pensar em ter de novo aquele pesadelo, a dor em
meu peito começava a surgir. Numa tentativa de afastá-la levantei subitamente
da cama e fui para o closet arrumar minhas coisas.



(...)



- Eu não
entendo essas garotas tolas... - Rosalie disse sentada na cama enquanto eu
terminava de guardar as últimas peças de roupa no closet (ela se referia ao telefonema que Edward havia recebido). - Todos
do colégio já estão carecas de saber que o Edward nunca leva uma garota a
sério, e mesmo assim elas se jogam aos pés dele! - ela concluiu em um tom
irônico.



- Você diz
isso como se nunca tivesse sido uma delas...! - eu disse séria, me sentando no
sofá.



- Ei! O que
rolou entre o Emmett e eu foi bem diferente!! - ela disse em tom de defesa.



- Sei...! -
disse sarcástica.



- Tanto que
ainda estamos juntos, mesmo eu já tendo terminado o colegial! - ela disse
orgulhosa.



Aquele
assunto estava fazendo com que eu não pensasse tanto em minha dor particular; era
bom estar ali conversar com Rosalie. Eu me lembro bem no ano passado quando ela
me disse que estava gostando do Emmett Hale. Ele é um dos amigos do time de
basquete do Edward; na verdade eu só o conheço por fotos; todos os amigos do
Edward e da Rosalie eu só conheço por fotos do Facebook. É triste perceber que
minha vida, às vezes era vivida pela tela de um computador; era como se fosse
uma janela que dava a visão do mundo real.



- Às vezes
tenho medo que o que temos não consiga suportar a distância... - Rosalie disse
num tom triste, o que me fez sair do meu devaneio.



- Você
realmente acredita nisso? - sentei ao seu lado. - Olha... eu não conheço esse
Emmett, mas ele seria um idiota se deixasse uma garota como você escapar. E por
tudo que você e até o Edward me contaram eu duvido muito que isso passe pela
cabeça dele! - disse lhe mostrando um sorriso que ela retribuiu com outro.



A história
de Rosalie e Emmett não fugia muito da que ela mesma criticava. Ela havia se
apaixonado por ele, mas a diferença é que ela se fez de difícil quando
conseguiu a atenção dele, ela não queria ser só mais uma conquista pra ele, ela
queria fazer com que ele se apaixonasse por ela. Eu chegava a chorar de tanto
rir quando nos falávamos pelo msn, e ela me contava de uns de seus planos de
sedução que ela havia colocado em prática, mas que não avia funcionado; quando
por exemplo, ela usou a velha tática de pegar o homem pelo estômago e tentou
cozinhar fazendo biscoitos de chocolate pra ele, (só pra constar, ela não podia ter comprado pronto ou pedido pra Nana,
que é a cozinheira da casa dos Cullen fazer isso; acho que o amor, além de
cegar deixa burro também)
mas o resultado de ela querer dar uma de
mestre-cuca foi que os biscoitos ficaram duros como uma pedra, e o pior e que
ela só foi descobrir isso quando o Emmett provou um dos biscoitos... o coitado
quase quebro um dente. No fim das contas ele teve que ir ao dentista pra se
certificar que não tinha acontecido nada de grave em sua boca.



Mas quando
ela havia pensado em desistir, veio a surpresa: ele se declarou apaixonado por
ela e desde então estão juntos. Como eu havia dito: “só se ele fosse um idiota iria deixar uma garota como Rosalie escapar”.
Não apenas pelo fato de ela ser linda, com um rosto de porcelana e um corpo de
modelo nos seus um metro e setenta e cinco de altura, ou pelos cabelos loiros
ondulados e um par de olhos azuis, mas sim pelo que ela é por dentro. Ela é uma
pessoa com quem se pode contar pra tudo e não mede esforços pra ajudar alguém
que precisa.



- Será que
aquela garota sugou o Edward pelo telefone?!? - ela disse e não deu pra conter
uma risada.



- Quem sabe
ela não seja “a garota” - frisei a última
palavra.



- Credo, Bella!
- ela disse batendo na mesinha de cabeceira que era de madeira. - Essa garota é
muito sebosa, e além do mais o Edward só tem vida pro basquete. Essa sim é sua
grande paixão! Duvido que naquele colégio exista uma garota capaz de despertar
nele um amor maior do que ele tem pelo basquete! - ela disse convicta.



- Nos
colégios sempre aparecem novos alunos, e ele ainda tem mais um ano... - eu
disse, mas ela me interrompeu antes que eu terminasse a frase.



- Eu aposto
com você que se até o final do ano letivo ele se apaixonar por alguém daquele colégio,
eu tomo um milk shake com muita pimenta!! - me espantei com suas palavras.



- Eca! Você
não teria coragem de fazer isso! - disse com uma careta de horror.



- Bom! Como
eu sei que isso não vai acontecer... – ela disse, mas eu a interrompi.



- Então está
apostado! Se você perder vai tomar milk shake com pimenta; e se eu... - hesitei
um pouco pensando o que eu poderia apostar. Não estava nem um pouco afim de ter
que tomar aquele milk shake.



- Bom, você
pode me dar um vestido da grife Valentino! - ela disse com os olhos estralados
e um sorriso amarelo, e eu a encarei séria. - Ah!! Qual é Bella, você está me
devendo presentes de aniversário! - eu ainda a encarava.



- E você não
acha que eu estou saindo perdendo nessa história?



- Não! - ela
disse com a voz de garota mimada. Soltei um suspiro.



- Tudo bem!
Apostado! - demos as mãos selando a aposta, e depois ela me deu um abraço
apertado.



- Ai!
Obrigada Belinha!! É por isso que eu te amo!



- Não
comemore antes do tempo! - eu disse quase sem ar ainda com seus braços em volta
de mim.



- Sabe... você
e o Edward são bem parecidos nisso! - ela me soltou.



- Em que?



- Nesse
lance de não se amarrar com ninguém.



- Bom... é
algo que eu não estou precisando no momento, e além do mais eu sei bem como é
esse lance de se apaixonar, e coisa e tal. Não preciso de mais um sofrimento em
minha vida, ela já tem dor demais! - eu falei num tom triste.



- É,
eu sei... mas quem sabe você poderia dar um beijinhos de vez em quando! Isso
faz um bem danado!! - sua voz saiu um pouco maliciosa. - Eu duvido que naquele
colégio nenhum gatinho ficou afim de você!



- Nenhum que
me despertasse o interesse. - disse séria.



Eu não
acredito... meu pai em coma no hospital correndo risco de vida e eu aqui
falando sobre garotos! Ela realmente tinha conseguido.



- Mas agora
que você esta de volta, as coisas vão mudar meu bem. Eu não me chamarei mais
Rosalie Cullen se eu não te arrumar algum gatinho pra poder tirar essas teias...
- ela falou fazendo gestos com as mãos sobre a boca e as áreas íntimas entre as
pernas, referindo-se a mim.



Eu peguei um
travesseiro e bati com ele na cabeça dela. Logo ela pegou um também e começou a
me atacar com ele, e começamos uma guerra de travesseiros. Interrompemos quando
seu celular tocou no bolso do seu short; nós paramos já ofegantes.



- Alô! - ela
disse com dificuldade. - Oi gatinho, calma aí. Bella, é o Emmett...  você se importa? – ela perguntou apontando por
celular; eu apenas disse um “tudo bem”
sem som e fiz um gesto com as mãos que ela poderia sair.



- Boa noite.
- ela disse me jogando beijos com a mão e saiu fechando a porta.



 Depois de um tempo que ela já tinha saído eu
fiquei sentada na cama pensando em nossa conversa, e me lembrei do que ela havia
falado sobre as garotas se jogarem nos pés do Edward, mesmo sabendo que ele não
levava nenhuma garota a sério. Na verdade ele nunca ficava mais do que dois
meses com uma garota. Não que ele estivesse querendo quebrar algum recorde, mas
sim porque ele acreditava que depois de dois meses a garota poderia pensar que
a coisa estava ficando séria. Ele até podia ficar com a mesma garota, mas só
depois de ter passado um bom tempo.

De certa forma eu até entendia elas... o Edward tinha um jeito bem peculiar de
ser.



Era bom
saber que nossa amizade tinha ficado intacta; na verdade parecia que nós nunca
tínhamos ficado longe um do outro. Era como se ele sempre estivesse ali do meu
lado, eu não entendia aquele sentimento de amizade entre nós; era diferente do
que eu tinha com Rosalie. Acho que é porque ele era um garoto e talvez fosse
isso, mas mesmo assim tínhamos liberdade de falar sobre qualquer assunto.



Eu me odiei
quando tivemos que nos afastar porque por duas vezes eu o fiz sofrer. A
primeira foi no meu período rebelde sem causa.





(Flashback de quatro anos atrás)



- Edward, não podemos mais ser amigos!
- o encarei com frieza no olhar.



- Porque Bella? Eu te fiz alguma
coisa? - ele disse com tristeza na voz.



- Eu só não quero você perto de mim
no momento, não tem nada que você possa fazer pra me ajudar. Então adeus, Edward!
- disse cada palavra em tom seco e devagar.



- Não! Eu não vou te deixar sozinha
nessa Bella! Somos melhores amigos! - ele disse segurando firme em meu braço.



- Será que você não entendeu? Eu não
quero mais sua amizade; essa história de melhores amigos é coisa de criança, e
eu já passei dessa fase. Agora me solta! - eu disse fazendo força com o braço.
– Olha, se você me encontrar de novo não fale comigo porque eu vou fazer de
conta que não te conheço, que nunca te conheci! - eu disse lhe dando as costas
e caminhando firme sem olhar pra trás.



(Fim do flashback)



Depois desse
episódio chegamos a nos ver em algumas ocasiões. E ele fez exatamente o que eu
havia pedido: não falava comigo, só me olhava de longe e eu podia ver o quanto
ele sofria. Ele sempre esperou que eu dissesse algo pra ele poder se aproximar,
mas eu sabia muito bem o que estava fazendo... aquilo era o melhor pra ele.



Apesar disso
tudo lá estava ele no aeroporto se despedindo de mim, e eu estava causando o
seu segundo sofrimento quando, num abraço forte de despedia ele sussurrou em
meu ouvido um “fica Bella”, e eu com
lágrimas nos olhos lhe dei um adeus. Prometi que sempre nos falaríamos pela
internet e, pra que ele não me esquecesse eu dei a ele algo que era muito
importante pra mim, mostrando o quanto ele também era importante pra mim.
Muitos garotos não gostam de demonstrar seus sentimentos em público, mas o
Edward era diferente; ele estava chorando e aquilo me fez querer desistir, mas
quando olhei pro meu pai eu vi que o melhor era mesmo eu ir.



- Hei! Achei
que estava dormindo! Bati na porta, mas você não respondeu! - Edward disse me
tirando do meu devaneio. - Você está bem? - ele se aproximou da cama.



Eu o fitei
com expressão de dor e mordi o lábio inferior. Num impulso eu me lancei contra
ele e passei os meus braços em volta do seu pescoço, ficando apoiada sobre os
joelhos na cama. Ele se assustou com meu ato, mas depois de um tempo ele
retribuiu me abraçando pela cintura.



- Bella, o
que foi? É alguma coisa com o Charlie? O meu pai ligou? - ele fazia as perguntas
em tom de desespero.



- Não é isso...
- eu disse com a voz abafada sobre seu pescoço.



- E o que é
então, Bella?



Tentei me
recompor e me soltei um pouco dele pra poder olhar em seus olhos.



- Me perdoe
Edward!! - eu disse passando uma das mãos no meu rosto pra secar as lágrimas.



- Perdoar?
Perdoar o que Bella? - ele tinha a expressão confusa.



- Por eu ser
uma péssima melhor amiga; acho que eu nem deveria me considerar mais sua melhor
amiga. Esse título é pra pessoas que nos apoiam, e isso eu nunca fiz por você;
pelo contrário, eu sempre fui tão egoísta...! - as palavras saíram pausadamente
entre os soluços.



- Bella... -
ele disse, mas eu o interrompi.



- Não fui
capaz de aceitar os seus pedidos pra que eu viesse te visitar e não permiti que
você fizesse o mesmo. Egoísta... apesar de tudo eu sempre continuei sendo egoísta!
- disse entre os dentes, com raiva de mim mesma.



- Bella,
shhh... - ele tampou de leve minha boca com as pontas dos dedos. - isso tudo é
passado! O que importa é que você está aqui. Eu entendo tudo o que você fez. E
tenho certeza de uma coisa: se fosse comigo você faria a mesma coisa! - ele
disse dando um leve sorriso.



- Você e
incrível, sabia? - disse sorrindo. As palavras do Edward sempre tiveram o poder
de levantar o meu astral.



- É isso
aí... é assim que eu quero te ver: feliz! - ele tocou a ponta do meu nariz com
o dedo. - eu vou dar um telefonema e já volto. - ele disse me soltando e
caminhou até a porta, pegando o celular no bolso da calça.



- Você ia
sair? - perguntei ao perceber que ele estava todo arrumado.



- Não é nada
que eu não possa fazer outro dia. - ele me disse sorrindo. Como eu senti falta
daquele sorriso!!



- Não
Edward! Se for por minha causa, eu já estou bem! - mostrei um grande sorriso. -
não quero furar com seus planos!



- Na verdade,
eu nem deveria ter aceitado! Você está aqui e eu deveria ficar com você...



- Nada disso!
- eu o interrompi. - Você vai sim! E além do mais, seus serviços não serão mais
necessários. Eu vou tomar um bom banho e tentar dormir um pouco, porque amanhã
cedo eu quero ir ver meu pai. - disse alegre e otimista.



- Tem
certeza disso? Olha... eu...



- Edward!
Fora! - disse o empurrando pra porta. - Você pode sair e se divertir, eu estou
bem... minha “porção de Edward” já me
satisfez por hoje! - ele relaxou o corpo fazendo com que ficasse pesado de ser
empurrado.



- Acho que
vou ficar aqui, me deu uma preguiça agora!! - ele disse dando risada da minha
tentativa frustrada de colocá-lo pra fora. - nossa, Bella! como você tá
fraquinha...! O que você comia naquele colégio?!? - ele soltou entre risadas.



- Há! Há! Engraçadinho...
cai fora Edward!! - disse desistindo de empurrá-lo e segurando a porta aberta,
apontando o dedo indicador pro lado de fora.



- Boa noite,
tampinha! - ele disse me dando um beijo rápido no rosto e saindo às pressas,
antes que eu pudesse responder ao apelido.



Depois da
saída dele fui tomar meu banho. Resolvi usar a banheira pra ver se conseguia
relaxar o meu corpo; parecia que eu estava com o peso do mundo nas costas.
Depois de um longo tempo ali curtindo a água morna, de olhos fechados e
pensando em Charlie, resolvi que eu tinha que ir ficar com ele, mesmo sabendo
que Esme e Carlisle não aprovariam minha atitude, afinal de contas eles estavam
sendo responsáveis por mim enquanto meu pai estava naquela situação. Saí da
banheira e me enrolei na toalha. Fui até o closet e me vesti com agilidade,
colocando uma calça jeans e uma blusa preta de manga curta básica. Peguei dinheiro
e meu celular pra poder ligar pra um serviço de táxi.



Agora vinha
a parte mais difícil: sair daquela casa sem que ninguém me visse. Resolvi não
colocar os tênis, temendo que fizessem barulho. Olhei no corredor e a área
estava limpa. Comecei a andar devagar na ponta dos pés, um passo de cada vez. Quando
cheguei na escada, dei mais uma olhada e prestei atenção pra ver se ouvia
barulhos na parte de baixo antes de eu começar a descer. Fui descendo degrau
por degrau um passo de cada vez. Quando finalmente eu cheguei ate a porta, calcei
o tênis. Abri a porta lentamente, mas ela rangeu um pouco me fazendo temer que
alguém aparecesse. Quando já estava do lado de fora respirei aliviada; peguei o
celular pra chamar um táxi.



- O que você
está fazendo aqui fora? - ele disse num tom elevado, o que me assustou e por
instinto eu segurei sua cabeça e tampei sua boca com a mão. Aquilo me fez ficar
nas pontas dos pés, mas deu certo.



- Shhhh!!
Você quer me matar de susto? - eu disse sussurrando.



- Aonde você
vai tampinha? - ele disse tirando minha mão de sua boca. Eu não acredito que
ele ainda insistia naquele apelido. Ele estava pedindo o troco... ah, se estava!!



- Pare de me
chamar de tampinha, eu vou ao hospital! - sussurrei caminhando.



- Você pirou?
- ele segurou meu braço. - Como você vai chegar lá?



- Eu pego um
táxi, gênio.



- Você já
viu que horas são, gênia?!? Não tem mais táxi a essas horas! - ele disse com a
voz baixa, em tom de deboche. Olhei pro relógio do celular e vi que já passava
da meia noite.



- Eu pego um
ônibus. - eu respondi. Nós ainda estávamos parados em frente a casa.



- Aqui não
tem ponto perto. - ele disse.



- Olha, não
importa! Eu pego uma carona, vou à pé se for preciso, mas eu vou pra aquele
hospital! – dei-lhe as costas e voltei a caminhar rápido.



- Eu te levo!
- aquilo me fez parar e voltar meu olhar pra ele. - Eu levo você, Bella. - ele
caminhou pra perto de mim.



- Você sabe
que seu pai está lá, não sabe?



- Eu não me
importo com a bronca que eu possa levar dele, mas não posso deixar você andar
sozinha a essas horas da noite! - ele disse sério.



- Nossa! Que
cavalheiro!! - disse irônica.



- Sem
gracinhas Bella. - ele disse e caminhamos até seu carro.



Entramos no
seu Aston Martin Vanquish S, o carro esportivo que ele havia ganhado de
Carlisle no seu aniversário. Não havia como eu esquecer o modelo daquele carro;
ele falou tanto nele que o nome ficou tatuado no meu cérebro. Ele combinava
muito bem com o Edward.



- Liga logo
esse carro, Edward! - disse assim que fechamos as portas.



- Pra quem ia
à pé, você está muito exigente! - disse ele ligando o carro e saindo da
garagem.



- Eu só não
estou afim de que sua mãe ou a Rosalie nos peguem.



- Isabella
Swan, você é uma má influência. - ele brincou.



- Como se
você fosse um santinho, Edward Cullen!! - eu disse e nós dois rimos juntos.



- Adoro isso!
- ele disse me fitando.



- O quê?!? Nós
sairmos escondidos? Quer dizer... eu estar saindo escondida?



- Não, adoro
esse seu sorriso... - ele voltou sua visão pra direção e eu sorri pra ele
quando ele voltou a me olhar.



- Então me
mostre do que essa máquina é capaz! - eu disse colocando o cinto de segurança.



- Espero que
você goste de velocidade, baby. - antes mesmo de ele terminar a frase o carro
saiu em disparada pela rua.



A estrada
não tinha muito movimento. Então eu calculei que, com a velocidade que Edward
dirigia, em pouco tempo estaríamos no hospital.



 Edward e eu fomos conversando durante o
trajeto. Ele me contava que os seus amigos estavam muito animados com a viagem que
haviam planejado para as férias de verão. Eles iriam pra casa de praia do seu
amigo Jasper, na Califórnia.



Quando
chegamos ao hospital eu segurei firme na mão do Edward, sentindo a tensão tomar
conta do meu corpo; foi bom ele ter vindo comigo. Não sei se conseguiria entrar
naquele lugar sozinha. Edward ainda não havia estado ali. Fazia dois dias que
meu pai havia sofrido o acidente. Carlisle e Esme não deixaram que o Edward e a
Rosalie fossem ao hospital porque não havia nada que eles pudessem fazer, e
também acho que a imagem do meu pai naquele momento não era algo bom de se ver.



Passamos
direto pela recepção e fomos para o elevador. Apertei a mão dele com mais
força.



- Se seu pai
ficar muito irritado com você fique quieto e deixa que eu assumo toda
responsabilidade! - eu disse assim que a porta do elevador se abriu no andar no
qual o quarto do meu pai ficava.



- Até parece
que eu vou deixar você fazer isso! - ele falou quando saímos do elevador.



Demos alguns
passos e nos deparamos com Carlisle, que parecia falar ao celular. Ele nos fitou
com uma fisionomia nada agradável.


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Notas finais do capítulo

E então galera o que vocês acharam do capítulo?Me deixem reviews.beijokas gente e ate a próxima.