Darkness And Light escrita por Catherina, claudia00


Capítulo 18
Cap 17 - Transgressions before the terror


Notas iniciais do capítulo

Oláaa :3
Queria apenas dizer que o #18 se vai chamar 'Terror', daí o nome deste capitulo... e que vai ter alguma violência.
No entanto, nada de spoilers :b
Obrigada por seguirem o D&L e espero que compreendam que não vou poder postar com muita regularidade, devido ao começo das aulas :s
Xoxoxo e boa leitura! :D



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POV Light

Três batidas soaram da direcção da porta e eu soube imediatamente quem era.

Star... Raios!

Levantando-me da chaise longue, corri para o roupeiro e tirei umas calças, vestindo-as rapidamente.

-Entre! – Exclamei em voz alta.

A rapariga de cabelos castanhos arruivados entrou e o seu olhar caiu imediatamente sobre o meu peito nu, no entanto, não era a primeira vez que o via. E eu não fiquei incomodado com o seu olhar.

Star, sobrinha da nossa cozinheira, tinha a minha idade e estava a substituir a tia nas limpezas da casa. Ela ajudava-a sempre que podia e desde que nos tínhamos mudado para a cidade que Star e eu nos conhecíamos. O ‘fraquinho’ que ela nutria por mim era muito evidente, mas devo admitir que eu sempre a incitei. De qualquer forma, o momento em que nos tínhamos conhecido tinha estragado tudo, por assim dizer...

-Oi, Star. Vieste substituir nas limpezas? – Quando ela assentiu e me sorriu, eu devolvi-lhe o sorriso – Por acaso não sabes da minha camisa branca, não? A ultima que comprei.

-Não sei... – falou, indo vasculhar o armário. O olhar dela inteiramente profissional, esquecendo que estava um rapaz semi-nu naquele mesmo quarto - Talvez me tenha enganado e está nas camisas do Mr. Bliss.

-Podes ir ver, por favor? – Perguntei-lhe, aproximando-me do armário também.

Ela fitou-me, depois o meu peito engolindo em seco. Depois afastou-se para o corredor. Eu tentei reprimir um sorriso e pensei na maneira como nos tínhamos visto pela primeira vez...

A minha mãe falara-me que viria uma rapariga para substituir a Mrs. Evans nas limpezas e na cozinha, de vez em quando. Eu não sabia que Star viria logo nesse dia... Ela iniciou de imediato as limpezas e começou pelo meu quarto. Naquele momento, eu tinha acabado de tomar banho e a minha roupa estava em cima da minha cama. Eu estava a limpar o cabelo com uma toalha e entrei para o quarto totalmente nu e molhado...

Bem... devo dizer que foi uma cena digna de um filme e um momento extremamente embaraçoso. O resto nem vale a pena lembrar... O olhar dela parecia colado às minhas ancas!

-Oh céus... – falei para mim mesmo.

-O que foi? – Perguntou Star, entrando no quarto com a camisa nas mãos. Eu sorri-lhe.

-Raios, és a minha salvação! Obrigado...

Ela sorriu amavelmente. Enquanto me dirigi para o espelho da casa de banho, Star segui-me e ficou imóvel na ombreira da porta a observar-me.

-Essa camisa fica-te muito bem, Light. – Exclamou ela. Eu sorri, pensando no número de vezes que a obrigara a tratar-me por Light em vez de ‘Mr. Light’. – Estás bastante sorridente hoje e devo dizer que nervoso, também...

Eu praguejei, sem deixar cair o sorriso. Voltei-me para Star enquanto acabava de fechar a camisa.

-Verdade? Bolas... estou com demasiadas expectativas para hoje.

-A sério? Alguma razão em especial? – O sorriso dela era genuíno e perguntei-me se ela não sentiria ciúmes por minha causa. A minha reputação de mulherengo era maioritariamente falsa, no entanto, não era nenhum virgem.

-Sim... – admiti com um sorriso estupidamente feliz. – Eu acho que desta vez... encontrei alguém autêntico e... especial.

-Bem, então a camisa é mesmo uma óptima escolha. Pois tenho a certeza que vais impressionar.

Eu ri, bem-disposto. Enquanto voltámos para o quarto, eu observei-a e quando o sorriso dela abriu mais, eu fitei-a agora mais sério.

-Tu tens alguém, Star? O Thrill disse-me que te tinha visto com um universitário da turma do Dread Cross e...

-Não te preocupes comigo. – Ela interrompeu-me. Quando se virou de costas para mim, as suas mãos começaram a organizar a minha roupa do roupeiro. – Eu não me importo que tenhas alguém... És meu patrão e sei que me vês como uma amiga. Para além disso, nunca quereria ter uma relação contigo.

A minha boca abriu involuntariamente e eu fechei-a antes que Star se virasse.

-Porquê?

-És demasiado... bonito. És só músculo e olhos e ombros e... – ela riu, divertida. Virou-se, fitando-me. – És lindo, mas não és o meu tipo...

Ri alto e pus as mãos nas ancas. Quando a olhei, Star fez um trejeito.

-É preciso pedir desculpa? – Ela falou num sorriso. Ri de novo.

-Não, não é. E obrigada pelos elogios... acho eu.

Rimos juntos. O som a condensar-se numa nuvem de boa disposição...

Eu dirigi-me até ao armário e num dos extremos deste, abri uma caixa comprida e cinzenta. Tirei o casaco que estava ao de cima e fechei a caixa e o armário. Quando fitei Star, o seu rosto era preocupado e soube que as palavras dela estavam prestes a sair quando comecei a vesti-lo.

-Light... – começou ela.

-Está frio lá fora, Star. Preciso de vestir algo quente e confortável... Isto é o ideal.

-Mas é... negro.

Eu dirigi-me até à porta, parando na ombreira. Fitei Star.

O corpo esbelto dela, a cor da sua pele morena. O cabelo arruivado atado no cimo da cabeça, descobrindo-lhe o rosto oval e os seus olhos castanhos totalmente alarmados. Os lábios separados, proporcionais como todo o rosto.

-Mas eles já saíram, não já? Eles não estão aqui.

E com isto saí do meu quarto, desci as escadas duas a duas e corri até à cozinha, onde agarrei na primeira maçã que encontrei, corri para a garagem e entrei no BMW X5 negro.

Quando saí da propriedade Turner, subi a rua, virei à direita e só parei quando à frente de uma casa baixa e moderna estavam Summer e Charisma.

Assim que parei o carro, a mais nova entrou para o banco da frente ao meu lado e a irmã mais velha ocupou um dos lugares de trás. O ‘bom dia’ foi dito em uníssono por todos nós, mas mais entusiasmadamente por Charisma. O tom ruivo do seu cabelo eram igual ao da irmã mais velha, no entanto o seu cabelo era liso em vez de encaracolado.

-Parece que hoje estás a quebrar as regras, Light. – Falou Charisma, olhando o meu casaco.

-Pois, sabes que mais? Não me importa. – E pisquei-lhe o olho, fazendo-a sorrir.

Passados 5 minutos, encontrámos Night em frente à sua casa e ela sentou-se ao lado de Summer. Durante toda a viagem até à escola, a conversa entre as duas era baixa e os rostos mudavam muito rápido de expressão pelo que eu não pude acompanhar. No entanto, a tenção era visível. Era Night quem falava sem parar e Summer fazia as perguntas, as duas com o cenho franzido.

Charisma falava e falava e falava mais um pouco sobre as aulas e os seus amigos e os professores...

Assim que chegámos, todas elas saíram rapidamente e apenas a irmã mais nova de Summer se despediu de mim. O meu telemóvel tocou assim que saí do carro. Retirei-o da mochila e o número que aparecia no visor era-me desconhecido. Atendi.

-Sim?

-Eu não vou ao Golden esta noite. Adeus, L.

A chamada caiu e eu mantive-me imóvel, o telemóvel no meu ouvido. Bolas... a voz era... Darkness?

Olhei o telemóvel e devolvi a chamada ao número que me acabava de ligar. Chamou... chamou...

-Raios! – Praguejei, passando a rua e andando até aos portões principais da escola.

Liguei a Darkness mais 3 vezes e ninguém atendeu. O telemóvel vibrou na minha mão e levei-o imediatamente ao ouvido.

-D!

-O quê? – A voz de Wrath falou do outro lado.

Merda!

-Merda... – praguejei, furioso.

-O que se passa, Light?

Praguejei mais um pouco. A minha mão ameaçando quebrar o telemóvel por toda a raiva que fervia pelo meu corpo. Acabei de perder um encontro porque a Ms. Darkness decidiu quebrar a sua promessa.

-Nada... – falei numa exalação.

-Isto tem alguma coisa a ver com o que se passou ontem? É que a Kinky disse-me que estiveste com uma miúda no bar... e o Thrill confirmou-me a história. Disse que ontem à noite estavas a sair do Golden com uma rapariga gótica...

-Ela não é gótica. – Cortei.

-Isso é uma maneira de me deixar mais tranquilo? Se ela não for gótica e se veste negro dos pés à cabeça, então é porque se passa alguma coisa, não?

Houve um longo silêncio onde apenas se ouviu o som de motor do carro de Wrath.

-Light... por favor responde-me.

-Agora, não tenho mais nada a dizer-te. Se eu começar a falar, não vais gostar do que sair da minha boca.

-Experimenta.

Respirei fundo... Raios, Wrath ia arrepender-se daquela palavra.

-Neste momento, tu és a última pessoa que me pode dizer alguma coisa sobre relações. Pelo amor de deus, tens uma relação meramente física com uma rapariga bissexual! Tu és mais um da centena de pessoas, homens e mulheres, com quem ela já teve sexo apenas nos últimos 3 anos. E tens alguma coisa a dizer-me sobre o facto de andarem sempre a fugir do Brain? Até parece que ele não sabe o que vocês os dois fazem no escritório dela ou nas casas de banho ou... sei lá mais onde. – Baixei a voz, tentando conter as minhas palavras – E as vossas discussões? Por favor. Assumam-se, é o melhor. Ou então, acabem com andam a fazer... Raios... não estou a fazer qualquer sentido. Mas é que... é isto que te queria dizer. É a verdade.

Silêncio. Silêncio pesado.

-Tinhas razão. Não gostei do que disseste. Apesar... de ser a verdade.

-Eu tenho de desligar. Desculpa, mas... não posso perder tempo. Falamos depois.

Terminei a chamada no exacto momento em que outra chamada voltou a fazer o Blackberry tocar.

O número fez-me vacilar e respirei fundo antes de atender.

-Tu prometeste-me. – Grunhi para o telemóvel. Elevei brevemente o olhar ao entrar dentro do edifício escolar. Os alunos vagueavam pelo local espaçoso, cada um caminhando na sua própria trajectória. Uns sorriam, outros estavam calmos e calados. Aos pares, grupos ou sozinhos... a diversidade de vozes era igualmente esmagadora.

-Então parece que quebrei a minha promessa. Apenas te quero dizer...

-Tu não me podes fazer isto, D. – cortei, desesperadamente furioso. Optei por caminhar pela esquerda, passando pelos cacifos e tentando esquivar-me de atenções, entrei para o refeitório que estava totalmente deserto.

-Parece que já fiz... Quando me pediste para te fazer aquela promessa, não estava a espera que fizesses... o que fizeste.

Quando o silêncio se prolongou, sentei-me numa das mesas brancas e olhei pelas janelas. O tempo estava a escurecer...

-Lamento pelo beijo de ontem à noite.

Darkness não respondeu imediatamente e percebi que ficara surpreendida.

-Não lamentes.

Fechei os olhos e o rosto de D apareceu na minha mente. Aqueles olhos negros bastante vividos.

-Isso significa que te posso beijar outra vez? – Questionei com um sorriso nos lábios. A reposta foi dita sem qualquer tipo de hesitação.

-Não.

O meu sorriso alargou-se e ri, baixo. Um pequeno ruído abafado seguiu-se e o meu corpo estremeceu com aquele som tão cálido e aprazível. Darkness ria.

-Eu gosto do teu riso – falei sem poder evitar aquelas palavras.

-Não abuses do meu bom humor, L. A tua sorte pode mudar...

-Vais ao Golden esta noite, Darkness? Comigo?

Silêncio. De novo... O toque soou atrás de mim mas mantive-me imóvel. A resposta que esperava estava nas mãos dela. Da rapariga que estava a dar comigo em doido nas ultimas 4 semanas... Oh, céus.

-Por favor, D. A resposta é fácil. Sim ou não. Diz-me a resposta e desliga. Apenas diz a porcar...

-Sim, Light. Eu vou esta noite ao Golden.

O telemóvel ficou mudo... eu mantive-me imóvel. Aliás, mentia... O meu sorriso abriu mais e apeteceu-me gritar de felicidade.

Senti-me totalmente idiota e apenas um adolescente, não um homem como me julgava antes.

O meu sorriso estava mais amplo do que nunca.

POV Darkness

Assim que fiquei consciente, não abri os olhos. O ambiente em meu torno era frio e o vento gelava-me o corpo. Não... apenas o lado esquerdo do corpo. A minha face direita e o meu braço direito estavam quentes. Sim, o lado direito estava suficientemente quente...

As memórias do Golden vieram como dois tiros contra a minha mente.

Light... Ele estivera à minha espera. Entráramos na zona pública do bar... E beberamos. Vodka. Muita vodka. Depois... sim, Light subornara um dos barman e conseguíramos levar as garrafas para fora do local. A seguir... o parque. Totalmente bêbados, ríramos bastante, andáramos por cima dos bancos, ríramos mais um pouco e... mais nada.

Oh, céus. O que raio tinha acontecido?

Remexi a cabeça levemente e uma dor de cabeça rompeu. Raios, a ressaca... mas que...?

A minha mente gelou assim que senti o cheiro a sabão e a suor limpo. E algo mais. Loção para barba... After Shave.

Light!

Obriguei o meu corpo entorpecido a mexer e consegui sentir as mãos quentes nas minhas costas e nas minhas pernas. A sensação do peito e de todo o tronco dele aquecendo-me o lado direito do corpo. Aquele perfume maravilhoso e masculino. A batida do seu coração tão perto do meu ouvido... Oh meu deus, Light estava a carregar-me... para algum sitio.

Mantive-me quieta absorvendo a sensação enquanto podia, esquecendo-me de tudo e de todos, menos dele. Continuando a respirar aquele aroma delicioso, o corpo dele mantendo-me quente, a minha mão no centro do seu peito largo e robusto, o balanço leve do meu corpo acompanhando o andar majestoso dele...

Light...

Parámos pouco depois, ele abriu uma porta e eu senti o cuidado que teve comigo. Acendeu as luzes... Eram fracas mas suficientes. O cheiro familiar da casa acolheu-me e o frio abandonou-me assim que L fechou a porta com as costas.

-Sofá... – murmurei contra o seu peito.

Os passos dele foram lentos, contudo chegámos demasiado rápido devido ao reduzido espaço da minha sala.

O afastamento dos corpos foi um choque e estremeci quando senti o sofá frio sob o meu corpo. Forcei os meus olhos a abrirem e tive uma das imagens mais belas da minha vida.

O cabelo castanho dourado de L estava totalmente desalinhado, as maçãs do rosto com um leve enrubescimento, os lábios separados num sorriso, os dentes brancos, a forte linha do maxilar relaxada e os olhos... claros. Não era o metal pesado de antes, mas um cinza leve. Um cinzento claro. Espectacular... Lindo.

-Darkness – ele sussurrou. Uma das mãos dele cobriu o meu rosto, aquecendo-o. Eu imitei-o, cobrindo o rosto dele com a minha mão. Tão quente, tão lindo. Oh, Deus... o que raio se estava a passar comigo.

-Oh, Deus... – gemi com um sorriso nos lábios. – Estou tão bêbada.

Light deu uma gargalhada, fechando os olhos. Quando voltou a olhar-me, o seu rosto aproximou-se. A minha mão continuou no seu rosto, guiando-o até mim.

-Eu também... – falou baixo, perto da minha boca. Fechei os olhos, um tremor atravessando-me.

O beijo foi leve. Quente. Suave. Lento.

Aquele devia ter sido o primeiro beijo de nós os dois... e tendo em conta que não me lembrava de nada das últimas duas horas, aquele não poderia ser o primeiro daquela noite.

-Darkness – ele voltou a sussurrar, agora contra os meus lábios.

Como se Light tivesse acabado de premir o gatilho de uma arma, o meu corpo tremeu de excitação e eu gemi baixo, intensificando o beijo. Aquela sensação quente e insuportável atravessou-me o corpo, activando-me o cérebro, fazendo-me ficar viva. Viva e como nunca estivera antes... O sentimento era o mais ardente e inquietante que já tivera experimentado.

As minhas mãos apertaram os ombros dele e fizeram-no ficar mais perto. L ficou por cima de mim numa fracção de segundo e ele apoiou-se nos cotovelos, o corpo dele completamente em cima do meu.

Oh, sim...

Nada era lento agora. O meu corpo e o dele ferviam e agitavam-se, as minhas mãos por todo o lado. As mãos dele por todo o lado... A minha mente borbulhava e não havia tempo para pensar ou respirar. Não havia mais tempo para nada.

Light parou.

Simplesmente parou... e fitou-me enquanto respirava pesadamente. Eu fitei-o sem compreender e as minhas mãos subiram das suas ancas para os seus ombros. Uma das mãos dele afastou-me o cabelo do rosto e ele sorriu um pouco. Os olhos dele estavam extraordinários e brilhantes, talvez pelo álcool... talvez pela excitação.

-Eu quero fazer isto quando estiveres sóbria – ele explicou, o seu indicador passeando pelo meu maxilar, queixo e lábio inferior. – Se acontecesse alguma coisa hoje, amanhã de manhã tu expulsavas-me daqui e chamar-me-ias todos os nomes mais ofensivos que sabes, enquanto gritavas e atiravas a minha roupa para a rua.

Bem... não tinha como discutir sobre aquilo. Muito provavelmente, seria exactamente isso que aconteceria. Mas... não queria parar. Não agora.

-Eu sou mais divertida quando estou bêbada.

Ele riu. Beijou-me suavemente nos lábios e quando se afastou o olhar dele queimava.

-Disso não tenho dúvidas... mas podemos mudar isso.

Quando mexi um pouco as ancas, senti o membro dele duro através das calças. Quando L se tentou afastar, eu lamentei-me num gemido baixo e o rosto dele ficou sério.

-Eu quero-te, nunca duvides disso. – A voz dele era rouca agora e o brilho naquele cinzento claro estava intenso - Mas quero-te sóbria...

Gradualmente, senti-me mais coerente e fitei Light por muito tempo. As minhas mãos massajando as suas costas largas, a mão dele passeando no meu rosto. A determinada altura, L beijava-me e voltava a tocar-me. Não sei quanto tempo passou... apenas estava cheia e vazia. Cheia de sentimentos e emoções e vazia de pensamentos e preocupações.

-Tenho de ir – anunciou ele numa voz baixa. Voltou a beijar-me e levantou-se, apoiando-se no sofá e libertando-se do meu abraço.

Ele apanhou qualquer coisa do chão e quando olhou para mim, hesitou.

Sorriu.

-Podes ficar com o meu casaco... Será um óptimo tema de conversa para amanhã.

Olhei para o meu próprio ombro e vi um casaco grosso e negro. Negro? Voltei a fitar L e ele veio até ao sofá para me beijar de novo. Uma vez na testa, três na boca.

-Espero não me arrepender por ter saído por aquela porta... – ele murmurou.

Eu toquei-lhe no rosto e selei os nossos lábios mais uma vez, demoradamente. Olhei-o nos olhos e quando Light se elevou e se afastou até à porta, tinha os olhos e os punhos fechados. Ele não olhou para trás... e eu não desviei o olhar da porta depois disso.

Quis ficar deitada naquele sofá para toda a eternidade, revivendo aqueles momentos... mas a necessidade de um banho foi mais forte que eu e obriguei-me a despir o casaco e a caminhar até chegar à banheira.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e, por favor peço-vos, deixem os vossos reviews *------*
~kisses
P.S.- não sei se têm observado as vezes que tenho referido o personagem Dread Cross, que o seu nome significa medo e/ou pavor. Ele vai ser introduzido nalguns capítulos mais à frente e será essencial até ao fim da fic (que não está para breve, devo acrescentar) :)