Darkness And Light escrita por Catherina, claudia00


Capítulo 16
Cap 15 - Have you ever felt love?


Notas iniciais do capítulo

Olá...Peço desculpa, desculpa, desculpa!!!!! :c
passou um mês desde o ultimo capitulo e lamento imenso :c
A minha mãe esteve doente e eu tive de cuidar dela durante estes dias e só agora tive um pouco mais de tempo.
Lamento novamente :c

Boa leitura para vocês e beijos grandes ♥'



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POV Light

-Onde estiveste a tarde toda? – Perguntou-me Wrath, ao chegarmos ao estacionamento do Golden.

Aquela tarde fora a melhor de toda a minha vida... Poder estar com Darkness, mesmo sem lhe tocar, mesmo estando em silêncio, mesmo estando em sofás separados já era um enorme sucesso.

Estava simplesmente nas nuvens. O sorriso dela, a voz dela, as acções dela, o corpo dela... estava tudo dentro da minha mente. E persistia em ficar...

E eu também não ia deixar nada sair.

-Estive a treinar um pouco e fiquei por aqui depois de almoço. – Respondi-lhe – Nada de mais.

Caminhamos juntos até à porta das traseiras e sentamo-nos perto desta, uns metros mais frente e perto da escuridão da noite.

Darkness prometera que aparecia e eu estava impaciente, perguntando-me a que horas vinha.

-Não tens nada para me contar? – Murmurou Wrath. Eu fitei-o, sem compreender.

-Contar o quê?

-Estiveste aqui a tarde TODA e não tens nada para me contar? – Pressionou ele.

Kinky... Ela e a sua grande boca... O que ela tem a ver com a minha vida?

-Não. – Impacientei-me. Cerrei o maxilar uns instantes e observei um grupo que vinha pelo passeio em direcção à parte principal do bar. Nenhum carro parou ou abrandou na berma... – Porque é que me perguntas isso?

Wrath deu de ombros.

-Nada. Estava apenas curioso com a tua tarde...

Kinky saiu da porta ao nosso lado e ambos rodámos a cabeça para a observar.

-Boa noite, rapazes.

-Boa noite... – dissemos em uníssono.

Os meus olhos desviaram-se novamente para estrada e senti-me frenético à procura de Darkness. Ouvi um clique ao meu lado e vi que Kinky tinha acendido um cigarro. Como de costume, a discussão começou facilmente entre aqueles dois...

-Quando é que páras de fumar essa porcaria? – Barafustou Wrath.

-E tu? – Questionou-o Kinky de sobrolho franzido – Quando é que páras de beber vodka?

Wrath semicerrou os olhos para ela. Ela expirou o fumo sem se preocupar com aquele olhar de aviso. Eu bufei e perguntei-me quando é que aquelas discussões contínuas acabavam...

-Já és grandinha, sabes? Devias saber quando algo é prejudicial o suficiente para levar à tua morte...

-Oh, que querido... E estás a avisar-me porquê? Estás preocupado comigo, Wrath? – Falou Kinky, irónica.

-Estou a mencionar um facto!

Kinky gargalhou alto e depois fumou mais um pouco do cigarro. Wrath levantou-se zangado e encostou-se à parede atrás de nós. Eu continuei a olhar a estrada apesar de estar atento à conversa. Kinky aproximou-se de Wrath e não olhei para eles, evitando ao máximo a tensão sexual que se seguiu...

Aqueles dois eram doidos pelo corpo um do outro, apesar de também terem relações com outras pessoas. E ficavam tão estranhos juntos como um hippie e um nazi a assistir a uma ópera.

-Queres salvar-me? – Murmurou Kinky naquela voz esplendidamente doce, com o corpo bem perto do de Wrath. Eu tentei afastar-me um pouco deles... Estavam a tapar a vista para a estrada! – Queres salvar-me desse cruel destino que é a morte, Wrath?

O meu melhor amigo empurrou-a com uma mão e entrou para dentro do bar, pela porta das traseiras. Kinky ficou na mesma posição e gargalhou baixinho, divertida.

-Passaste dos limites, Kinky... – avisei.

Ela acabou de fumar o cigarro e quando este caiu no chão, esmagou-o com a bota. Depois circulou à minha frente e olhou para mesma direcção que eu. Quando parou, começou a ajeitar o cabelo e a micro-saia.

-Não te preocupes com ele... Daqui a pouco já esqueceu tudo e está pronto para uma nova discussão, vais ver! – Disse divertida – Espero que hoje ele não beba muito... Não gosto de ter sexo com ele quando está praticamente inconsciente...

-Kinky! – Berrei para ela – Que... Por favor! Estás a falar do meu melhor amigo e tu a... Pelo amor de... Que horror! Oh céus...

Kinky riu à gargalhada mais uma vez, enquanto eu tentava tirar aquelas imagens sexuais e perversas da minha mente. Oh céus...

-Por favor digo eu, Light! Até parece que não estavas todo entusiasmado com a tal D. Foster...

-Hey! Não tem nada a ver uma coisa com a outra... – contrapus imediatamente.

-Então de quem é que estás à espera? – Gargalhou Kinky e mostrou-me a língua. Eu atirei para ela também e rimo-nos os dois.

Ela observou mais uma vez o ambiente e foi em direcção à porta das traseiras, porém, antes, passou por mim e passou a sua mão pelo meu cabelo, despenteando-me. Eu reclamei com ela mas sorri-lhe.

Depois de Kinky desaparecer, tudo pareceu ficar calmo, mas não dentro de mim. Estava extasiado e nervoso... Só queria que Darkness chegasse.

Se ela chegasse...

POV Darkness

-O jantar estava bom? – Perguntei a Alphonse, enquanto este se sentava sobre o meu sofá velho. Ele assentiu com um sorriso fraco.

-És uma óptima cozinheira, D.

A voz de Al era inexpressiva. Estava muito calado, desde que chegara...

Dirigi-me também ao sofá e sentei-me ao seu lado.

-Vá, Al... Não escapaste a um jantar com o teu pai apenas para provar a minha deliciosa comida. – Afirmei, divertida – Conta-me tudo...

Alphonse suspirou fortemente e analisei cada uma das suas reacções à medida que estas mudavam. Estava muito confuso...

Quando falou, foi como se uma bomba tivesse caído.

-Estou apaixonado.

Não houve reacção da minha parte. Estava inexpressiva e algo... chocada. Alphonse estava apaixonado? Não...

Impossível...

-Ok, Al... – falei enquanto tentava conter o riso – Qual é a piada?

Os ombros dele estreitaram-se e ele desviou o seu olhar do meu. Quando se levantou, reparei que ficara chateado com o que eu dissera. Parei de rir.

-Eu sabia que não te devia ter contado! – Começou ele a falar descontroladamente, enquanto andava em círculos – É só que... não podia falar isto com o meu pai. Aquela conversa de ‘tu vais sofrer outra vez’ e ‘essa garota não te ama’ dá cabo de mim... E como tu és praticamente minha irmã, eu pensei...

-Outra vez? – Repeti o que ele dissera – ‘tu vais sofrer outra vez’?

Alphonse respirou fundo e voltou a sentar-se no sofá. Fitou-me intensamente com aqueles olhos cor de avelã.

-Bem... hum, eu tive um relacionamento há uns anos. Eu ainda era miúdo mas... eu gostei mesmo dela. Amei-a e... acho que nunca a esqueci completamente.

Oh céus... Isto não está a acontecer... Como é possível?

-Eu conheço-a? – Perguntei devagar, fitando-o. Ele franziu o cenho.

-É pouco provável. Ela não é muito... popular.

Eu assenti, percebendo. Voltei a insistir.

-Como se chama?

Alphonse riu e o seu rosto ruborizou um pouco. Eu tentei não mostrar um sorriso...

-Night... O nome é Night Dayll.

Eu tive de sorrir e ele fez-me uma careta enquanto continuava terrivelmente ruborizado. Eu ri alto.

-Gosto do nome. – Afirmei - Descreve-me a Night.

Alphonse suspirou totalmente envergonhado e tossiu um pouco, aclarando a garganta. Duas vezes.

-Ela é... linda. O cabelo dela é ondulado, longo e de um castanho muito bonito. Os olhos são azuis pálidos e a pele dela é branca e suave... O sorriso é estonteante e...

Alphonse vagueava sozinho na imagem de Night e sorri, totalmente feliz por ele. No entanto, não deixava de ser estranho vê-lo assim...

-Al? – Chamei-o.

Ele sacudiu a cabeça e fitou-me como se o tivesse acordado de um sono profundo. Ri-me.

-Acorda!

Ele riu também e ambos sorrimos, estranhando tudo aquilo.

-Ama-la? – Perguntei de repente.

-Deus, sim... – ele disse num suspiro – Amo-a irremissivelmente.

Eu sorri-lhe, genuinamente feliz com a alegria dele. Ele fitou-me com um brilho no olhar, no entanto, fitava-me como se avaliasse os meus pensamentos ou as minhas acções.

-O que foi? – Perguntei.

-Eu... – Al suspirou. – Sabes o que é isso, Darkness? Já... o sentiste?

Fiquei confusa.

-Saber o quê? Sentir o quê?

-Amor. – Atirou ele.

O silêncio dominou-nos durante uma pausa e pensei sinceramente no que ele falava.

Amor...

Sim, sentira o amor da minha mãe. A protecção que exercia sobre mim, o carinho, a preocupação, o sorriso dela... A maneira como me abraçava...

Era amor.

-Sim. Já senti, mas... morreu com a minha mãe. Desde então, não... não senti mais tudo aquilo.

Alphonse fez um sorriso carinhoso e compreensivo.

-Não é desse tipo de amor que falo, D.

Pois...

-Não sei. – Falei desviando o olhar.

-Não sabes o q...

-Não sei se... – interrompi-o. Suspirei, exasperada. - Estou confusa... acho.

Os olhos de Al abriram-se muito e os seus lábios entreabriram-se. Ele estava... incrédulo.

-Estás apaixonada, Darkness? – Atirou ele, quase com a mesma admiração que antes tivera.

-Alphonse... Por favor! – Falei, irritada. – Claro que não estou! Eu acho que... Não!

Ele riu na minha frente. Levantou as mãos como se eu lhe estivesse a apontar uma arma.

-Ok, ok... É só que... gostava que fosses feliz com alguém, entendes?

A mão dele aterrou numa das minhas. A minha era pálida e pequena debaixo da dele...

Respirei fundo.

-Alphonse... mudando de assunto, queria-te perguntar umas coisas.

-Fala – incitou.

-O que sabes sobre... o Light Turner?

Os olhos deles cravaram-se em mim mas ele não fez quaisquer perguntas. Respirou fundo. A expressão que fez foi séria e as palavras dele foram secas. Sem quaisquer sentimentos. Simplesmente, factuais.

-Ligh Turner... Escocês de 18 anos, mudou-se definitivamente há pouco tempo para a cidade com os pais. O cabelo castanho claro parece quase loiro e os olhos são cinzentos... É muito popular e conhece muita gente. Amigos de verdade, tem poucos... Inimigos, talvez só dentro do ringue de basquetebol – depois, Alphonse fez um sorriso cínico e fitou-me – apesar de eu e ele termos uns problemas.

Engoli em seco. Então, sempre é verdade...

-Que tipo de problemas? – Perguntei a medo.

-Light foi a causa da minha separação com Night. Beijou-a mesmo à minha frente...

Aquela informação aterrou-me. Light tinha... beijado a namorada do meu irmão?

-Éramos uns miúdos, mas nunca esqueci aquela humilhação... Light não tinha qualquer direito de ter feito o que fez. Muitas pessoas dizem que ele e Night... dormiram juntos depois da nossa separação.

Comecei a sentir as minhas têmporas a latejar...

-Dizem que foi a primeira vez para ambos... – Alphonse riu como se achasse piada ao que acabara de dizer. No entanto, os seus olhos estavam cheios de dor – A verdade é que dizem mesmo muitas coisas sobre eles... Eu e Night mal falámos depois do que se passou. Eu também lhe disse algumas coisas pouco agradáveis...

Neste momento, não sabia se havia de me enfiar num buraco ou continuar a ouvir tudo aquilo. De qualquer forma, também não entendi porque me importava assim tanto com as relações de Light...

-A vida de Light não foi fácil, apesar de tudo isto. Há pouco mais de um ano, a vida dele desmoronou-se por completo.

Fitei Alphonse directamente e ele parecia um pouco incomodado com o assunto. Eu também estava.

Ia ouvir a história de Light pela boca de outra pessoa... Uma história aparentemente terrível.

-Sabes quem é a Lux, certo? Ela e Light conheceram-se num bar qualquer e envolveram-se. A partir daí, eram o casal mais conhecido de toda a cidade. Eram os dois ricos, bonitos, luxuriosos... Enfim, perfeitos um para o outro. Estava tudo a andar sobre rodas quando a Lux descobriu que estava grávida. Provavelmente, deve ter sido um grande choque para ambos mas principalmente para ela. Acho que tinha apenas 16 anos...

A conversa entre Kinky e Light esvoaçava pela minha cabeça a uma velocidade avassaladora. Tentei seguir as palavras de Al...

-Pelo o que dizem, ele gostou mais da ideia do que ela... Muitas discussões, a reacção dos pais, o que iriam fazer no futuro, blá blá blá... A bebé nasceu aos 7 meses, prematura. O Light ficou um pai totalmente babado. Devo admitir, que ele cresceu muito mais enquanto homem. Deixou de ser um adolescente irresponsável e fez-lhe muito bem. – Alphonse suspirou numa pausa dramática e fitou-me, avaliando as minhas emoções. – Deram-lhe o nome Crystal e ela era igualzinha à Lux... Olhos verdes, cabelos loiros. De qualquer forma, a bebé sobreviveu pouco mais de oito meses...

Eu elevei-me no sofá com o choque. Crystal... 8 meses?

-Oito meses? – Perguntei chocada. – O que aconteceu?

Alphonse suspirou e coçou a nuca.

-Ao que parece, o Light deixou a bebé com a Lux durante umas horas. Não se sabe exactamente o aconteceu durante esse tempo mas o facto é que a bebé não respirava quando o Light voltou a casa... Há muito tempo que ele tenta incriminá-la, mas não existem quaisquer provas. Nada...

Senti uma raiva imensa de Lux. A própria filha?

Oh, Light...

As palavras dele ecoaram no meu pensamento, fazendo-me sentir culpada por ter sido tão indelicada - Nada na minha vida é perfeito, Darkness. Isso posso garantir-te.”

Eu nunca devia ter ido embora...”, dissera a Kinky no bar.

Levantei-me e dirigi-me à cozinha, atrás de mim. Abri um dos armários e peguei num copo. Assim que o enchi de água, bebi-o de um trago e tentei acalmar-me. Conseguia sentir o olhar de Alphonse espetado no meu corpo, fazendo pressão contra mim, como se me prendesse.

-Porque quiseste saber coisas sobre o Light?

Eu voltei-me e fitei-o, sem resposta. Que raio havia de dizer?

Vi o peito de Alphonse estender-se e uma expressão dura cravou-se-lhe no rosto. Ele apontou para mim e ergueu-se do sofá.

-Nem penses, Darkness! – Rugiu, irritado – Tira o Light da cabeça! Não quero que tenhas qualquer tipo de amizade ou relação com ele, estás a ouvir-me? Esse miúdo só pensa conseguir mais uma presa onde possa deitar as garras... E eu quero-te longe dele.

A minha boca abriu-se com o espanto que espelhava o meu rosto.

-Desculpa? Quem és tu para me dizer o que fazer? Nem sequer és da minha família! Nem uma pessoa que seja do meu próprio sangue me pode privar de algo portanto vê lá como é que falas comigo, rapaz!

-Darkness! – Falou Alphonse numa voz violenta. – Não entendes que o Light só se quer divertir durante um bocado? Ele não é bom para ti...

-Somos amigos agora. Eu e ele... Passei esta tarde com ele e foi... bem, não foi nada daquilo que dizes.

-Não foi hoje... mas pode ser amanhã.

-Ele faz-me esquecer tudo, Alphonse. Ele é bom para mim...

Al abanou a cabeça, desesperado, irritado. Eu dirigi-me ao roupeiro do meu quarto e tirei de lá um gorro negro e um casaco. Voltei à sala.

-Leva-me ao Golden. – Exigi. Alphonse fitou-me, incrédulo de novo.

-Para quê? – Questionou-me.

-Para te provar que estás enganado... – Os olhos de Alphonse arregalaram-se e eu dirigi-me à porta enquanto punha o gorro na cabeça – Anda... Já estou atrasada.

E com isto, abri a porta e vesti o casaco, protegendo-me do vento frio que emanava da noite.

POV Light

Consultei o relógio e este marcava 23h e 49m.

Suspirei já sem esperança, apesar de ainda ser cedo. Uma pequena voz emergiu na minha mente... Talvez a minha consciência?

O concerto começa daqui a 11 minutos. Ela tem tempo de chegar... Bastante tempo... Talvez chegue atrasada, só isso. Não vais ficar aqui feito um brutal parvo, certo, Light?

Suspirei de novo, sabendo que falava comigo mesmo.

Claro que vais, estúpido. Estás à espera dela à quase uma hora, porque é que não esperas mais outra hora ou duas, hã?

Eu ia ficar aqui. Até ela chegar... se chegasse.

-Ela prometeu – murmurei a mim mesmo.

Pelo número de pessoas que já tinham entrado pela porta à minha frente, a zona VIP já estava bem cheia. Ficara sentado uns 10 minutos ao lado daquela entrada mas quando as pessoas estavam a entrar, olhavam-me, perguntando-se o que estava ali a fazer sentado, à espera do quê... ou de quem. Decidi mudar para o outro lado do parque de estacionamento, trocando aqueles olhares curiosos por uma melhor vista para a estrada.

Até agora, ficara sentado ali, na mesma posição, apenas com os olhos na estrada. Perscrutando cada carro, cada humano que viesse em direcção ao bar. Ainda não tinha tido sorte...

Um Range Rover Evoque preto apareceu na estrada e eu tive um incrível pressentimento que aquele carro pertencia à família Benson. No entanto, os meus músculos estavam demasiado entorpecidos para me fazer levantar ou... fazer qualquer outra coisa.

Aquela rua nunca fora muito iluminada e quando o enorme e belo carro parou numa zona escura, praguejei silenciosamente.

Um corpo feminino e pequeno saiu do carro. Soube a luz fraca dos candeeiros, ela era como uma sombra imprecisa. No entanto, mesmo sem lhe ver o rosto, eu já sorria como um total idiota...

Ela ficou a falar para dentro do carro e eu praguejei novamente. Por esta altura, as minhas mãos remexiam-se nervosamente nos meus joelhos.

Finalmente, ela afastou-se do Range Rover e eu fiquei inteiramente alerta.

À medida que caminhava na minha direcção, os braços dela rodeavam o corpo como se estivesse com frio. Os seus olhos avaliavam o lugar e no entanto a sua cabeça mantinha-se baixa.

Estava com um gorro sobre o cabelo, um casaco que lhe dava até ao cimo das coxas e umas leggins que se estendiam desde a sua cintura até às suas botas All Stars, que eram totalmente negras.

Toda de negro... Estava linda.

Assim que pousou os olhos em mim, eu sorri-lhe e ela desviou imediatamente o olhar.

-Oi – falei assim que me levantei.

-Olá... – Darkness deu um sorriso fraco e por cima do ombro dela, eu consegui ver o Range Rover ainda parado na berma da estrada. Ela seguiu o meu olhar e assim que ela falou, foi como se me tivesse acordado.

-Vamos lá, L. Ainda perdemos o concerto...

Eu fitei uma última vez o carro e depois segui Darkness até à porta das traseiras.

Antes de passar a porta, ainda consegui ouvir um som estridente que se assemelhava a um chiar de pneus. Eu sorri, sabendo que a pessoa que descia neste momento aquela rua estava extremamente irritada...


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews mesmo depois de toda esta espera? :')
Love you*