Darkness And Light escrita por Catherina, claudia00


Capítulo 15
Cap 14 - Information


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo!!! :D
espero que gostem e uma boa leitura =)

Quero também agradecer a todos que seguem o D&L e um agradecimento especial à Lauren_May e à iisa-love que fizeram recomendações lindas lindas lindas!!!!! *-*
Obrigada queridas ^^

Beijos grandes ♥'



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-O que é isto? – Perguntei com a voz arranhada.

A divisão em que entrámos era bastante grande e era mais um pequeno santuário, dentro daquele bar fantástico.

O quarto tinha dois sofás individuais de couro preto, uma mesa baixa entre ambos e um bar próprio junto à parede do lado direito.

Havia apenas três paredes e todas elas negras: aquela que acabara de passar e uma de cada um dos meus lados. A que tinha à minha frente era apenas uma enorme janela a servir de parede, onde se podia ver a segunda parte do bar. A discoteca lá em baixo era uma sala ampla e havia mais um balcão com uns 5 metros. Existiam menos mesas do que na parte VIP mas para compensar havia uma espécie de palco.

Andei devagar, passando os sofás e fui até à enorme janela. Estava tudo deserto lá em baixo... Imaginei o espaço a abarrotar de pessoas. Devia ser reconfortante estar aqui em cima, mais sossegada. No entanto...

-Eles não nos conseguem ver. – Falou Light, atrás de mim.

Eu fitei-o.

Estava junto à porta fechada de braços cruzados sobre o peito, fazendo-o musculado e imponente na escuridão do espaço.

-Porquê?

-Estes vidros – falou ele, apontando para a enorme janela – são aqueles especiais, que normalmente aparecem nas séries policiais. Nós conseguimos vê-los, mas eles não nos vêem a nós.

Eu acenei com a cabeça, como se tivesse entendido a explicação, no entanto as pessoas que estivessem lá em baixo nunca nos conseguiriam ver porque estavamos demasiado altos. Logo, a existência daquele tipo de vidro era desnecessária.

Estávamos à mesma altura da bola de espelhos, pelo amor de deus!

-Posso começar? – Perguntou Light, enquanto se sentava no sofá do lado direito.

Eu olhei para ele, confusa, e ele sorriu-me. Eu sentei-me no sofá individual vago.

Light aclarou a garganta e tentou transparecer um ar sério... O que não lhe correu muito bem, fazendo-o sorrir um pouco.

-O meu nome é Light Turner. Tenho 18 anos e nasci na Escócia. Estou a frequentar o 12º ano e gostava de seguir algo... militar depois da escola...

Ele tossiu um pouco ao ver o meu olhar de espanto.

Ele quer seguir uma carreira militar? Isso é tão... perigoso.

-Não faço a mínima ideia de quanto dinheiro tenho na minha conta bancária... Tenho antepassados irlandeses, escoceses e austríacos. Gostava de viajar pelo mundo e viver um ano na Áustria. O pior momento da minha vida aconteceu no ano passado e o melhor momento... bem, ainda não aconteceu.

Continuámos a fitar-nos depois de ele falar e senti que ele estava à espera que eu falasse.

-É a minha vez?

Light assentiu.

Suspirei.

-Chamo-me Darkness Foster. Tenho 17 anos e nasci aqui na cidade. Estou a frequentar o último ano, tal como tu, e não faço a mínima ideia do que quero fazer no futuro. Tenho cerca de 52 mil libras na minha conta. Todos os meus antepassados são britânicos. Gostava de ir ao Japão. O pior momento da minha vida aconteceu à 3 anos atrás. O melhor momento da minha vida ainda não aconteceu...

Nem vai acontecer...

Light atónito, os lábios dele entreabertos e os olhos arregalados. Percebi que estava claramente assustado com a quantidade de dinheiro que eu tinha.

-Pensavas que eu era pobre? – Perguntei-lhe. Viu-o engolir em seco e evitei sorrir.

-Sim, pensava. Peço desculpa... – desculpou-se, sentindo-se claramente culpado.

-Pertence tudo aos meus pais. Ainda não posso mexer no dinheiro, só o meu tutor.

-É teu familiar?

-Não. A única família que tenho é o meu pai e não posso considerar como tal.

-Gostas dele? Do teu tutor, quero dizer.

-Ele e o filho são bastante simpáticos...

A pausa a seguir foi demasiado estranha para alguém dizer alguma coisa. Light avaliava-me silenciosamente.

-Eles... tratam-te bem?

-Eles não querem saber do significado do meu nome, se é isso que queres saber... Eles não são preconceituosos a esse ponto.

Mais uma pausa. Light respirou fundo. Os meus pensamentos bombeavam-me a mente...

-Isso é óptimo... Muito bom, mesmo... – disse ele levantando-se, ficando de pé junto à enorme janela. Pousou a sua mão direita nela e olhou para baixo.

Dei comigo a avaliar Light. Ele era inteiramente proporcional e sabia exactamente como se devia aproveitar do seu corpo. Aquele casaco sem mangas mostrava os seus braços compridos e muito bem desenvolvidos; os calções davam-lhe toda a mobilidade que ele precisava para o basquetebol e deixavam ver as suas pernas igualmente musculadas.

Kinky Adams apareceu na discoteca, lá em baixo, com mais umas amigas e Brain. Fitei-os um pouco...

-Peço desculpa pela reacção da Kinky ainda a bocado... Ela é um pouco – Light fez uma pausa, procurando a palavra.

-Diferente? Original?

-Exagerada... – disse ele finalmente. – Ela é muito... excêntrica, se é que me entendes. Ela é... um pouco ávida, digamos...

-Ela é... bissexual, certo? – Falei, sentindo que era aquilo que ele estava a tentar dizer. Light riu.

-És muito perspicaz... – falou, algo distraído com as movimentações do andar abaixo. – A Kinky é muito bonita e excêntrica. As relações dela são meramente físicas e casuais. «Ninguém se magoa», diz ela... – Light abanou a cabeça e voltou a sentar-se no sofá. Virou-se para mim e fez um sorriso torto, que eu adorei... – Ela não mede as consequências dos seus actos e das palavras. É demasiado transparente... ao contrário de ti, que és tão... diferente de todos.

Eu estaquei e fitei-o com um igual sorriso torto. Os seus olhos estreitaram, desafiando-me. Ri com vontade e tanto eu como ele ficámos surpreendidos com aquela reacção.

-É por isso que falas comigo? Queres descobrir... quem eu sou, é?

O sorriso torto ficou mais largo e os seus olhos brilharam um pouco. Arrepiei-me involuntariamente...

-Quero perceber-te, só isso... E quero estar perto de ti, a maior quantidade de tempo que me for possível.

Decidi mudar de assunto e remexi-me no sofá, enquanto me virava para ele e cruzava as pernas, tipo ioga. Obriguei-me a pôr um ar interessado.

-Disseste que nasceste na Escócia... Porque é que estás aqui agora?

-Todas as férias, eu vinha para cidade. Às vezes, até ao fim-de-semana... Cresci nesta cidade e todos os meus amigos estão aqui. – Disse num encolher de ombros.

-Porque é que ainda estás no 12º ano? Pareces bastante inteligente.

-Quando me mudei para aqui definitivamente, estive um ano sem ir às aulas. Tive uns problemas...

Light fez uma careta e remexeu-se também, ficando na mesma posição que eu. Estávamos agora frente-a-frente...

-Não sabes mesmo quanto dinheiro tens na tua conta? – Questionei-o atrapalhada.

-Não... Deve ser metade do teu dinheiro, aproximadamente.

-Já é bastante... – adverti. Ele sorriu, pouco convencido – Disseste que queres seguir a vida militar. Porquê?

Sentia-me mesmo curiosa em relação àquilo.

Se o observássemos bem, Light tinha um ar autoritário e rude quando estava sério. O porte musculado, com os olhos de metal, o cabelo curto aloirado e aquele sorriso torcido dava-lhe um ar selvagem e dominador...

Seria um óptimo militar...

-Não sei... – respondeu-me – Simplesmente, acho que gosto daquilo. Tenho todo este físico e acho que devia aproveitá-lo sensatamente...

Light sorriu-me malicioso e eu percebi imediatamente o que ele queria dizer com aquilo. Senti-me quente na cara...

-Aquele rapaz chama-se mesmo Brain? – Questionei-o.

-Oh... Mas não estávamos a falar de mim? – Riu ele, divertido.

-Ninguém se chama “cérebro”! – Repliquei.

-Ele chama-se... – Light encolheu os ombros – Agora é a minha vez de fazer perguntas.

Eu gelei e senti-me a voltar a corar ao mesmo tempo. Bela combinação...

-Quando é que é o teu dia de aniversário? – Começou L.

-Só para o próximo ano...

-No inicio do ano? – Eu mexi a cabeça, dizendo que nao. Ele sorriu – Gostas de neve?

-Hum... acho que sim... Mas porque... – Light levantou a mão para mim, para que me cala-se para não o interromper.

-Que tipo de músicas gostas?

-Gosto de Rock e todos os seus “derivados”... Gosto de Clássicos e de Metal.

-Qual é a pior coisa que te podem fazer?

-Hum... Acho que é dizerem-me o que fazer. – falei, pensando na maneira como ele me tinha “convidado” para ir almoçar. Light fez um pequeno sorriso.

-Isso é alguma indirecta, Darkness?

-Não, é só a verdade...

-Quem é o teu melhor amigo? – Voltou L a questionar. Suspirei...

-Alphonse Benson.

Light gelou de imediato e eu não pude evitar sorrir. Foi divertido vê-lo assim.

-A sério? Ele nunca te falou de mim?

-Sim, a sério. – Disse eu, revirando os olhos. – Não, nunca falou... Porque haveria de falar?

-Eu sou o “pior inimigo” dele. – Respondeu Light, novamente divertido.

-Está bem.

Eu ri igualmente divertida.

-Light, antes de tu apareceres daquela esquina, eu nunca te tinha visto, e muito menos, ouvido falar de ti.

-Bem... então ainda bem que apareci, não? Assim já sabemos como o havemos de chatear. – L piscou-me o olho e depois recostou-se contra a pele negra do sofá. – Olha, hum... hoje à noite queres aparecer por aqui? Ficamos nesta sala, se qui...

-Está bem – interrompi-o, com um sorriso fraco. – Eu volto.

O rapaz de cabelo castanho aloirado sorriu alegremente e eu olhei de novo lá para baixo. Ele avisou-me de que haveria um concerto esta noite e que seria naquele palco, na discoteca lá em baixo, que seria a actuação do grupo de covers.

-Foi também por causa dos concertos que fizeram estas salas. Aqui podemos estar mais à vontade do que lá em baixo... Para além disso, a visão é muito melhor, daqui.

Eu assenti e houve uma pausa. Mais pessoas entraram na discoteca, vindas de sítios aleatórios e em pequenos grupos. Todos se dirigiram ao balcão e podia-se ver a grande diversidade de personalidades e estilos entre os empregados. Chegavam a ser cerca de 23 pessoas...

O meu olhar persistia sobre Kinky e Brain, observando as suas acções. Todos sorriam e gargalhavam, obviamente divertidos. Vi Kinky aproximar-se de uma rapariga e abraçá-la pela cintura, enquanto lhe aplicava um beijo mesmo em cima da jugular. A cumplicidade era óbvia, mas ninguém prestava atenção. Como se tudo aquilo fosse totalmente normal... Talvez fosse.

-Queres beber alguma coisa? – Perguntou Light, afastando os meus demónios sexistas.

-Não, obrigada. – Disse-lhe com um pequeno sorriso.

Houve uma explosão de gargalhadas na discoteca e senti-me pouco à vontade. Encolhi-me no sofá.

-O que aconteceu, Darkness? – Falou a voz de Light, muito baixa.

-Em relação a quê?

-Disseste que não poderias considerar o teu pai como...

-Esquece o que disse... – pronunciei abanando a cabeça - Pergunta outra coisa...

Houve uma pausa longa.

-Onde arranjaste aquele dinheiro?

-É da minha mãe maioritariamente. Ela tinha um bom salário...

-Sempre viveste na cidade?

-Sim. E vivo sozinha desde os 16 anos...

Light ficou surpreendido e remexeu-se no sofá. Pensou um pouco...

-Qual é a tua cor favorita? – Falou com um sorriso amplo.

-Tenho de gostar de preto, certo? – Falei numa gargalhada curta. Bolas! Estava demasiado feliz... – Gosto de vermelho e lilás, também...

Houve outra pausa. Esta mais extensa do que as outras... Na discoteca, o ambiente estava mais calmo mas igualmente alegre.

-Porque te chamas ‘darkness’?

Raios... Esta apanhou-me desprevenida. Conto-lhe a história?

-Light... – comecei. No entanto, não acabei. L começou a esbracejar ao meu lado como a chamar-me a atenção para algo.

Eu esperei...

-Esquece o que perguntei, não é da minha conta... – praguejou suavemente - A sério, não sei onde estava com a cabeça para fazer uma pergunta tão... pessoal.

Eu ri muito suavemente. Não queria assustá-lo, como há pouco.

-Não faz mal, L... Estás perdoado.

Light fez aquele sorriso torto novamente.

-Chamaste-me ‘L’. – Falou.

Ups...

-O que tem? – Perguntei, como se não tivesse entendido.

-‘O L é uma letra!’ – falou ele, numa imitação não muito feliz da minha voz. Eu semicerrei os olhos para ele, mostrando o meu desagrado. Ele sorriu torto outra vez.

-Preferes que te chame Light, então? – Argumentei sarcástica e de mau humor. Ele riu.

-Chama-me o que quiseres... – falou ele enquanto estendia os músculos dos braços para cima da cabeça, a espreguiçar-se. Quando deixou cair os braços, fez um som seco contra a poltrona. – Está tudo bem para mim, desde que não me voltes a chamar aberração.

Ele sorriu abertamente para mim, eu soube que aquela tarde não podia melhorar. Tudo era autêntico nas suas palavras e nas suas acções... Tinha-me feito rir, zangar e rir outra vez.

Ele.

Light...

O meu contrário.

Senti as minhas faces a ruborizarem e um choque quente emanou do meu corpo, queimando-me deliciosamente. Gostei da sensação, apesar de me assustar com aquelas novas sensações.

Espreguicei-me também um pouco e sorri-lhe torto. Os olhos cinza dele não se desviavam de mim...

-Combinado. – Prenunciei.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :D