Darkness And Light escrita por Catherina, claudia00
Notas iniciais do capítulo
Novo capitulo!!! :D
espero que gostem e uma boa leitura =)
Quero também agradecer a todos que seguem o D&L e um agradecimento especial à Lauren_May e à iisa-love que fizeram recomendações lindas lindas lindas!!!!! *-*
Obrigada queridas ^^
Beijos grandes ♥'
-O que é isto? – Perguntei com a voz arranhada.
A divisão em que entrámos era bastante grande e era mais um pequeno santuário, dentro daquele bar fantástico.
O quarto tinha dois sofás individuais de couro preto, uma mesa baixa entre ambos e um bar próprio junto à parede do lado direito.
Havia apenas três paredes e todas elas negras: aquela que acabara de passar e uma de cada um dos meus lados. A que tinha à minha frente era apenas uma enorme janela a servir de parede, onde se podia ver a segunda parte do bar. A discoteca lá em baixo era uma sala ampla e havia mais um balcão com uns 5 metros. Existiam menos mesas do que na parte VIP mas para compensar havia uma espécie de palco.
Andei devagar, passando os sofás e fui até à enorme janela. Estava tudo deserto lá em baixo... Imaginei o espaço a abarrotar de pessoas. Devia ser reconfortante estar aqui em cima, mais sossegada. No entanto...
-Eles não nos conseguem ver. – Falou Light, atrás de mim.
Eu fitei-o.
Estava junto à porta fechada de braços cruzados sobre o peito, fazendo-o musculado e imponente na escuridão do espaço.
-Porquê?
-Estes vidros – falou ele, apontando para a enorme janela – são aqueles especiais, que normalmente aparecem nas séries policiais. Nós conseguimos vê-los, mas eles não nos vêem a nós.
Eu acenei com a cabeça, como se tivesse entendido a explicação, no entanto as pessoas que estivessem lá em baixo nunca nos conseguiriam ver porque estavamos demasiado altos. Logo, a existência daquele tipo de vidro era desnecessária.
Estávamos à mesma altura da bola de espelhos, pelo amor de deus!
-Posso começar? – Perguntou Light, enquanto se sentava no sofá do lado direito.
Eu olhei para ele, confusa, e ele sorriu-me. Eu sentei-me no sofá individual vago.
Light aclarou a garganta e tentou transparecer um ar sério... O que não lhe correu muito bem, fazendo-o sorrir um pouco.
-O meu nome é Light Turner. Tenho 18 anos e nasci na Escócia. Estou a frequentar o 12º ano e gostava de seguir algo... militar depois da escola...
Ele tossiu um pouco ao ver o meu olhar de espanto.
Ele quer seguir uma carreira militar? Isso é tão... perigoso.
-Não faço a mínima ideia de quanto dinheiro tenho na minha conta bancária... Tenho antepassados irlandeses, escoceses e austríacos. Gostava de viajar pelo mundo e viver um ano na Áustria. O pior momento da minha vida aconteceu no ano passado e o melhor momento... bem, ainda não aconteceu.
Continuámos a fitar-nos depois de ele falar e senti que ele estava à espera que eu falasse.
-É a minha vez?
Light assentiu.
Suspirei.
-Chamo-me Darkness Foster. Tenho 17 anos e nasci aqui na cidade. Estou a frequentar o último ano, tal como tu, e não faço a mínima ideia do que quero fazer no futuro. Tenho cerca de 52 mil libras na minha conta. Todos os meus antepassados são britânicos. Gostava de ir ao Japão. O pior momento da minha vida aconteceu à 3 anos atrás. O melhor momento da minha vida ainda não aconteceu...
Nem vai acontecer...
Light atónito, os lábios dele entreabertos e os olhos arregalados. Percebi que estava claramente assustado com a quantidade de dinheiro que eu tinha.
-Pensavas que eu era pobre? – Perguntei-lhe. Viu-o engolir em seco e evitei sorrir.
-Sim, pensava. Peço desculpa... – desculpou-se, sentindo-se claramente culpado.
-Pertence tudo aos meus pais. Ainda não posso mexer no dinheiro, só o meu tutor.
-É teu familiar?
-Não. A única família que tenho é o meu pai e não posso considerar como tal.
-Gostas dele? Do teu tutor, quero dizer.
-Ele e o filho são bastante simpáticos...
A pausa a seguir foi demasiado estranha para alguém dizer alguma coisa. Light avaliava-me silenciosamente.
-Eles... tratam-te bem?
-Eles não querem saber do significado do meu nome, se é isso que queres saber... Eles não são preconceituosos a esse ponto.
Mais uma pausa. Light respirou fundo. Os meus pensamentos bombeavam-me a mente...
-Isso é óptimo... Muito bom, mesmo... – disse ele levantando-se, ficando de pé junto à enorme janela. Pousou a sua mão direita nela e olhou para baixo.
Dei comigo a avaliar Light. Ele era inteiramente proporcional e sabia exactamente como se devia aproveitar do seu corpo. Aquele casaco sem mangas mostrava os seus braços compridos e muito bem desenvolvidos; os calções davam-lhe toda a mobilidade que ele precisava para o basquetebol e deixavam ver as suas pernas igualmente musculadas.
Kinky Adams apareceu na discoteca, lá em baixo, com mais umas amigas e Brain. Fitei-os um pouco...
-Peço desculpa pela reacção da Kinky ainda a bocado... Ela é um pouco – Light fez uma pausa, procurando a palavra.
-Diferente? Original?
-Exagerada... – disse ele finalmente. – Ela é muito... excêntrica, se é que me entendes. Ela é... um pouco ávida, digamos...
-Ela é... bissexual, certo? – Falei, sentindo que era aquilo que ele estava a tentar dizer. Light riu.
-És muito perspicaz... – falou, algo distraído com as movimentações do andar abaixo. – A Kinky é muito bonita e excêntrica. As relações dela são meramente físicas e casuais. «Ninguém se magoa», diz ela... – Light abanou a cabeça e voltou a sentar-se no sofá. Virou-se para mim e fez um sorriso torto, que eu adorei... – Ela não mede as consequências dos seus actos e das palavras. É demasiado transparente... ao contrário de ti, que és tão... diferente de todos.
Eu estaquei e fitei-o com um igual sorriso torto. Os seus olhos estreitaram, desafiando-me. Ri com vontade e tanto eu como ele ficámos surpreendidos com aquela reacção.
-É por isso que falas comigo? Queres descobrir... quem eu sou, é?
O sorriso torto ficou mais largo e os seus olhos brilharam um pouco. Arrepiei-me involuntariamente...
-Quero perceber-te, só isso... E quero estar perto de ti, a maior quantidade de tempo que me for possível.
Decidi mudar de assunto e remexi-me no sofá, enquanto me virava para ele e cruzava as pernas, tipo ioga. Obriguei-me a pôr um ar interessado.
-Disseste que nasceste na Escócia... Porque é que estás aqui agora?
-Todas as férias, eu vinha para cidade. Às vezes, até ao fim-de-semana... Cresci nesta cidade e todos os meus amigos estão aqui. – Disse num encolher de ombros.
-Porque é que ainda estás no 12º ano? Pareces bastante inteligente.
-Quando me mudei para aqui definitivamente, estive um ano sem ir às aulas. Tive uns problemas...
Light fez uma careta e remexeu-se também, ficando na mesma posição que eu. Estávamos agora frente-a-frente...
-Não sabes mesmo quanto dinheiro tens na tua conta? – Questionei-o atrapalhada.
-Não... Deve ser metade do teu dinheiro, aproximadamente.
-Já é bastante... – adverti. Ele sorriu, pouco convencido – Disseste que queres seguir a vida militar. Porquê?
Sentia-me mesmo curiosa em relação àquilo.
Se o observássemos bem, Light tinha um ar autoritário e rude quando estava sério. O porte musculado, com os olhos de metal, o cabelo curto aloirado e aquele sorriso torcido dava-lhe um ar selvagem e dominador...
Seria um óptimo militar...
-Não sei... – respondeu-me – Simplesmente, acho que gosto daquilo. Tenho todo este físico e acho que devia aproveitá-lo sensatamente...
Light sorriu-me malicioso e eu percebi imediatamente o que ele queria dizer com aquilo. Senti-me quente na cara...
-Aquele rapaz chama-se mesmo Brain? – Questionei-o.
-Oh... Mas não estávamos a falar de mim? – Riu ele, divertido.
-Ninguém se chama “cérebro”! – Repliquei.
-Ele chama-se... – Light encolheu os ombros – Agora é a minha vez de fazer perguntas.
Eu gelei e senti-me a voltar a corar ao mesmo tempo. Bela combinação...
-Quando é que é o teu dia de aniversário? – Começou L.
-Só para o próximo ano...
-No inicio do ano? – Eu mexi a cabeça, dizendo que nao. Ele sorriu – Gostas de neve?
-Hum... acho que sim... Mas porque... – Light levantou a mão para mim, para que me cala-se para não o interromper.
-Que tipo de músicas gostas?
-Gosto de Rock e todos os seus “derivados”... Gosto de Clássicos e de Metal.
-Qual é a pior coisa que te podem fazer?
-Hum... Acho que é dizerem-me o que fazer. – falei, pensando na maneira como ele me tinha “convidado” para ir almoçar. Light fez um pequeno sorriso.
-Isso é alguma indirecta, Darkness?
-Não, é só a verdade...
-Quem é o teu melhor amigo? – Voltou L a questionar. Suspirei...
-Alphonse Benson.
Light gelou de imediato e eu não pude evitar sorrir. Foi divertido vê-lo assim.
-A sério? Ele nunca te falou de mim?
-Sim, a sério. – Disse eu, revirando os olhos. – Não, nunca falou... Porque haveria de falar?
-Eu sou o “pior inimigo” dele. – Respondeu Light, novamente divertido.
-Está bem.
Eu ri igualmente divertida.
-Light, antes de tu apareceres daquela esquina, eu nunca te tinha visto, e muito menos, ouvido falar de ti.
-Bem... então ainda bem que apareci, não? Assim já sabemos como o havemos de chatear. – L piscou-me o olho e depois recostou-se contra a pele negra do sofá. – Olha, hum... hoje à noite queres aparecer por aqui? Ficamos nesta sala, se qui...
-Está bem – interrompi-o, com um sorriso fraco. – Eu volto.
O rapaz de cabelo castanho aloirado sorriu alegremente e eu olhei de novo lá para baixo. Ele avisou-me de que haveria um concerto esta noite e que seria naquele palco, na discoteca lá em baixo, que seria a actuação do grupo de covers.
-Foi também por causa dos concertos que fizeram estas salas. Aqui podemos estar mais à vontade do que lá em baixo... Para além disso, a visão é muito melhor, daqui.
Eu assenti e houve uma pausa. Mais pessoas entraram na discoteca, vindas de sítios aleatórios e em pequenos grupos. Todos se dirigiram ao balcão e podia-se ver a grande diversidade de personalidades e estilos entre os empregados. Chegavam a ser cerca de 23 pessoas...
O meu olhar persistia sobre Kinky e Brain, observando as suas acções. Todos sorriam e gargalhavam, obviamente divertidos. Vi Kinky aproximar-se de uma rapariga e abraçá-la pela cintura, enquanto lhe aplicava um beijo mesmo em cima da jugular. A cumplicidade era óbvia, mas ninguém prestava atenção. Como se tudo aquilo fosse totalmente normal... Talvez fosse.
-Queres beber alguma coisa? – Perguntou Light, afastando os meus demónios sexistas.
-Não, obrigada. – Disse-lhe com um pequeno sorriso.
Houve uma explosão de gargalhadas na discoteca e senti-me pouco à vontade. Encolhi-me no sofá.
-O que aconteceu, Darkness? – Falou a voz de Light, muito baixa.
-Em relação a quê?
-Disseste que não poderias considerar o teu pai como...
-Esquece o que disse... – pronunciei abanando a cabeça - Pergunta outra coisa...
Houve uma pausa longa.
-Onde arranjaste aquele dinheiro?
-É da minha mãe maioritariamente. Ela tinha um bom salário...
-Sempre viveste na cidade?
-Sim. E vivo sozinha desde os 16 anos...
Light ficou surpreendido e remexeu-se no sofá. Pensou um pouco...
-Qual é a tua cor favorita? – Falou com um sorriso amplo.
-Tenho de gostar de preto, certo? – Falei numa gargalhada curta. Bolas! Estava demasiado feliz... – Gosto de vermelho e lilás, também...
Houve outra pausa. Esta mais extensa do que as outras... Na discoteca, o ambiente estava mais calmo mas igualmente alegre.
-Porque te chamas ‘darkness’?
Raios... Esta apanhou-me desprevenida. Conto-lhe a história?
-Light... – comecei. No entanto, não acabei. L começou a esbracejar ao meu lado como a chamar-me a atenção para algo.
Eu esperei...
-Esquece o que perguntei, não é da minha conta... – praguejou suavemente - A sério, não sei onde estava com a cabeça para fazer uma pergunta tão... pessoal.
Eu ri muito suavemente. Não queria assustá-lo, como há pouco.
-Não faz mal, L... Estás perdoado.
Light fez aquele sorriso torto novamente.
-Chamaste-me ‘L’. – Falou.
Ups...
-O que tem? – Perguntei, como se não tivesse entendido.
-‘O L é uma letra!’ – falou ele, numa imitação não muito feliz da minha voz. Eu semicerrei os olhos para ele, mostrando o meu desagrado. Ele sorriu torto outra vez.
-Preferes que te chame Light, então? – Argumentei sarcástica e de mau humor. Ele riu.
-Chama-me o que quiseres... – falou ele enquanto estendia os músculos dos braços para cima da cabeça, a espreguiçar-se. Quando deixou cair os braços, fez um som seco contra a poltrona. – Está tudo bem para mim, desde que não me voltes a chamar aberração.
Ele sorriu abertamente para mim, eu soube que aquela tarde não podia melhorar. Tudo era autêntico nas suas palavras e nas suas acções... Tinha-me feito rir, zangar e rir outra vez.
Ele.
Light...
O meu contrário.
Senti as minhas faces a ruborizarem e um choque quente emanou do meu corpo, queimando-me deliciosamente. Gostei da sensação, apesar de me assustar com aquelas novas sensações.
Espreguicei-me também um pouco e sorri-lhe torto. Os olhos cinza dele não se desviavam de mim...
-Combinado. – Prenunciei.
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