O café da manhã estava na mesa. Eu pegava o garfo e cortava um pedaço do omelete e colocava em minha boca. Estava delicioso, especialmente pelas frutinhas que quando mordidas, derrtiam na boca como chocolate.

Como eles conseguiam fazer isso?Depois de mastigar o omelete, tomei um pouco do chá. Estava com um aroma muito forte. Eu havia pedido com um aroma leve. Joguei o chá de volta a xícara e preenchi-me de raiva.

Chamei Alois e falei em seu ouvido.

-Hey, você não acha que o aroma está muito forte não? 

-Claro! Tsc! Eles não sabem fazer nada direito. 

Alois parecia com mais raiva que eu e assim chamou uma empregada num só ato.

-Hannah, que chá é esse? Pedimos com aroma leve!

-D-Desculpe-me senhor... - disse ela, abaixando sua cabeça 

-Desculpe nada! Vocês tem que aprestar mais atenção no que fazem! - falei

-Vou faz...

Alois a interrompeu, colocando seus dedos em um dos olhos dela. Ele aprofundava seus dedos dentro dos olhos dela, e o sangue escorria em seu olho. Logo ele tirou a mão e ela foi correndo ver o olho machucado dela.

Ri maliciosamente como ele fez. Era tão hilário a dor que ela sofria. Mas, ela sofreu a punição que merecia, quem disse que era para trazer o chá errado? 

-Hum, Alois, vamos procurar mais sobre eles? 

-Vamos!

Saimos dali, indo correndo para nossos quartos. Fomos nos arrumar para sairmos em busca deles. Aka me ajudava a me trocar.Ela escolhia um tipo de espartilho cor de rosa, aquilo não me afetava muito pois eu já era muito magra.

O vestido que eu escolhia era um vestido roxo com detalhes pretos. As luvas eram verdes escuras, e iam até meus cotovelos. Meus sapatos eram prateados e se escondiam no vestido.

Meus cabelos eram penteados com uma escova macia, e deixavam meus cabelos lindos. Ela colocou um tipo de flor preta em meu cabelo, que deu um toque mais charmoso ao vestido.Desci então as escadas, e lá me esperava Alois.

"Demorei muito para me arrumar?" perguntei a mim mesma. Eu e Aka desciamos lentamente as escadas. Até que chegamos lá na porta.  

Alois estava com seu casaco de terno roxo, sua camisa verde e seu short preto. Suas botas eram pretas também. Tudo realçava os olhos azuis e os cabelos loiros dele.

-Está linda Emily.

-O-Obrigada Alois, você também. - enrubesci

Então andamos até um tipo de carruagem e entramos dentro dela. Claude e Aka ficaram a dirigir. Eu sentava em frente ao Alois e ele dava novamente o caderninho sobre Ann e Ciel. A carruagem começava a andar e saíamos daquele lindo palácio.

-Então, onde eles podem estar? - perguntei

-Soube que é hoje, à noite, eles terão suas almas "sugadas" por seus demônios. 

-E o plano é?

-Atrapalharemos. O plano é, Aka e Claude vão assumir suas formas de animais e vão interromper o processo disto. Nós vamos ficar olhando para ver se tudo funciona.

-Huum, boa ideia! Sabe, cada vez mais você está ficando esperto, maninho.

-Obrigado pelo elogio.

Rimos então. Tudo não passava de uma brincadeira de mal gosto, mas no fundo queríamos tê-los mesmo. Era tão devagar chegar lá, mas as paisagens eram lindas. As cidades passavam, suas luzes acendiam cada vez mais.

Era tão longe chegar lá. Já estava anoitecendo. Como? Era muito longe assim? Que estranho. Então, tivemos que sair da carruagem e entrar num barco. Tudo estava ficando tão denso, a neblina passava por nossa pele e penetrava fria. Me causava arrepios leves.

O mar não tinha movimento, era tudo tão silencioso que eu ousava a continuar a ouvir. Tudo que eu podia fazer era cantar. Cantar algo junto com Aka, e foi o que fiz.

-Omoi daseba haruka haruka, mirai wa dokomademo kagayaiteta, kirei na aozora no shita de, bokura wa sugoshi dake obieteita.

-Natsukashii iro ni mado ga somaru

Nós cantavamos aquela canção. A mesma enchia o lugar, podendo se espalhar por tudo. A canção parecia acalmar Alois, deixando-o fechar os olhos e cair no meu colo. 

Nós continuavamos a cantar até batermos na areia. Cloud e Aka saiam e a mesma vinha em meu ouvido. 

-...

-Por que?

-Porque é para a proteção de vocês.

-Então, por que nos trouxeram até aqui?

-Queríamos que Alois não ficasse chateado, sei que vai entender. Se ele acordar, não diga nada Milady.

Então eles foram. Eu ficava com a cara emburrada. Por que eles tinham que ir? 

Eu olhava para Alois e ria. Era tão fofo como ele dormia, ele ficava com um belo sorriso no rosto e pegava na minha mão, fazendo-a de travesseiro. 

Minha vontade era de apertar as bochechas dele, mexer com seu nariz e o abraçar feito pelúcia.

Enquanto eu estava pensando nisto, eu não o olhava. Eu olhava para o mar sem balanço, o mesmo fazia todos os meus pensamentos fluirem. De repente, sinto uma mão em meu rosto apertando minha bochecha. Ele balançava pra lá e pra cá. Olhei para Alois e lá estava ele, rindo.

-O que você está fazendo garoto? - falei rindo

-Brincando com sua bochecha.

-Entendi.

-Mas... A gente já chegou?

-Err... Bom...

Sempre quando eu mentia, ele via algo em mim e descobria. Eu não sabia o que era. Ele saiu de meu colo raivoso e olhou para o meu rosto.

-Por que a gente não foi com eles?

-Err.. Não sei...

-VOCÊ SABE SIM! - gritou

Eu olhei para ele e fiquei assutada. Odiava quando alguém gritava comigo. Sempre odiei. Só que... isso não me preencheu com uma raiva. Me preencheu com uma angustia.

Vendo o meu rosto angustiado, Alois segurou em minha mão.

-Hey, me desculpe. É só que... não sei.

-Entendo Alois. - falei baixo

-Mas... Que tal segui-los?

-Huum... Qualquer coisa, a culpa é sua.

Ele riu e saiu do barco. Estendeu a mão para que eu saisse.

O lugar tinha muitas cabeças nas paredes e elas falavam. Era algo que eu não podia entender, mas me pertubava. Era como vozes suplicantes sussurando no seu ouvido. Elas clamavam, chamavam por você. Era tentador saber o que elas queriam, mas não queria cair em sua armardilha. 

Continuamos andando até que chegamos em um lugar um pouco despedaçado, envolvido com plantas. A Lua conseguia iluminar aquele lugar por completo. Era estranho, pois embaixo era totalmente obscuro. Nós subimos lá em cima e nos escondemos. Vimos o tipo de forma animal de Aka e Cloud. O de Cloud era uma aranha e de Aka era uma pomba que tinha gotas de orvalho em suas asas.

Conseguiamos observar tudo. Sebastian já ia sugar a alma de Ciel, mas é interrompido pelo bater de asas de seu animal. Sebastian parecia ter entendido o que havia acontecido, Ciel ainda estava vivo. 

Aka e Cloud, apareciam do nosso lado, sabendo que estariamos lá. Olhamos para eles, os mesmos colocaram um comprimido em nossas bocas e exalava um tipo de substância que ia fazendo-nos fechar os olhos e finalmente desmaiar.

Mas... Tivemos um trabalho completo. Começemos, então, nosso plano.