500 Days escrita por H_S


Capítulo 3
Capítulo 1 - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!

Boa Leitura!



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CAPÍTULO 1 – PARTE 2

SUMMER

5 ANOS ATRÁS

“A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.”

Soren Kierkegaard

http://www.youtube.com/watch?v=2AMt09ECsMI&feature=player_embedded

Depois da aula eu fui diretamente para casa.

Eu estava feliz que eu iria sair de São Francisco em poucos dias.

Eu só queria sair de lá.

Eu me arrumei para ir à bendita festa de final de ano.

Me vesti , peguei dinheiro para poder pagar um táxi caso alguma coisa desse errado.

Tyler chegou no horário para me buscar.

Eu ouvi a batida na porta e fui abri-la.

-Espera um pouco.

-Claro, mas antes eu quero te dar isso.

Era uma pulseira muito bonita. Com pequenos pingentes.

Havia um avião, uma mala, uma maquina fotográfica e um binoculo.

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-Uau! É linda... Obrigada. Não precisava.

-Que isso. Fico feliz que tenha gostado.

Eu a coloquei em meu pulso.

-Eu vou terminar de me arrumar. – eu disse sem graça e ele me respondeu com um sorriso tímido.

Eu subi as escadas até o meu quarto e peguei minha jaqueta.

Eu fui até o banheiro. Eu me encarei por um longo momento.

Suspirei pesadamente.

E sai do banheiro.

-Vamos? – perguntei no momento em Tyler se tornou visível.

Ele abriu a porta e fez um sinal para que eu saísse.

Eu não ri da sua atitude, apenas passei.

Eu entrei no carro e encarava a paisagem na minha frente fixamente.

Tyler entrou no carro. Ele me olhou brevemente.

-Algum problema?

Eu encarei a paisagem mais alguns segundos.

Virei meu rosto.

-Não. – voltei a olhar a olhar a paisagem, Tyler ainda não havia ligado o carro. - Podemos ir embora, por favor?

Ele deu partida no carro e fomos em direção à escola.

Assim que eu entrei não me senti a vontade.

Era estranho.

Estranho ver o rosto de pessoas que eu via todo o dia.

Que eram idiotas, estupidas, amigáveis, se dando bem em uma única noite.

-Quer beber algo? – Tyler me perguntou.

-Eu estou bem assim.

-Ok. – ele saiu do meu lado e foi pegar uma bebida para ele.

Eu abaixei meus olhos para a pulseira que Tyler havia me dado.

Eu estava torcendo para ele não fazer o que eu pensava que ele pretendia fazer.

Eu o encarei se aproximando de mim com o copo na mão.

-Posso falar com você rapidamente.

Eu o olhei, mas me levantei, por mais que não quisesse.

Nós andamos até a parte onde havia um coreto.

Eu me sentei nas escadas do coreto onde me agarrei a minha jaqueta.

-Summer eu tenho que te dizer uma coisa...

Eu o encarei com os olhos apreensivos.

-Isso vem do meu coração e eu tenho...

-Tem sangue no seu coração. – eu disse o cortando quando ele caminhou para se aproximar de mim

-Pode me escutar?

Eu o encarei com olhos arregalados.

-Summer eu gosto de você... Muito... Eu tentei evitar sério, mas...

- Ah que droga!

Eu sai andando um pouco rápido demais até a saída da escola.

-Summer!

Eu acelerei meu ritmo eu estava na calçada da escola.

Eu andava nervosa pela rua a procura de um táxi.

-Summer!

Um táxi passava lentamente pela rua, eu o parei rapidamente.

Eu entrei e bati a porta, informei o motorista a minha rua e me virei pra ver Tyler ele já não estava mais me seguindo.

Provavelmente ele havia voltado para pegar seu carro.

Eu cheguei em casa. Bati a porta do táxi assim que paguei essa primeira “corrida”. Pedi que ele me esperasse.

Eu abri a porta e vi praticamente toda a minha família reunida na sala.

-Olha só quem chegou! Onde estava Summer? – minha mãe me perguntou tocando meu braço.

Eu apenas olhei para meu pai que me encarava com a pequena filha dele nos braços.

Ele nunca fez isso comigo.

Ele me olhou e perguntou logo;

- Summer responda a pergunta.

Eu apenas passei minha mãe e subi as escadas até o meu quarto.

-Summer! –eu ouvi minha mãe me gritar enquanto subia as escadas.

Eu ouvi passos vindo atrás provavelmente meu pai.

A campainha tocou e alguém atendeu.

- Oi... A Summer está? – Tyler perguntou receoso.

Ouvi minha mãe descendo e perguntando o que havia acontecido.

-Summer! Abre a porta e venha falar comigo! – ouvi meu pai exigindo.

Eu me levantei e abri minha porta.

-POR QUE VOCÊ NÃO ME DEIXA EM PAZ! VOCÊ ARRUINOU MINHA VIDA! EU NÃO CONSIGO TER NADA ALGUÉM! POR SUA CAUSA E POR CAUSA DELA!

Eu berrava histericamente o mais alto que eu pude.

Lágrimas desceram meu rosto.

-Eu estou tão feliz... Porque eu vou embora daqui. E eu não vou precisar fingir o quanto a minha vida é perfeita. Porque ela não é.

Eu peguei minhas malas que já estavam prontas uma semana antes.

-Eu não ficar aqui. – eu disse passando pelo meu pai.

-Summer tem dezessete anos é menor de idade então tem que me obedecer.

Eu bati a porta atrás de mim.

O taxista estava encostado na frente do táxi.

Ele me viu com as malas e as colocou dentro do táxi.

Meu pai saiu de casa ele ia dizer mais alguma coisa quando viu o taxista guardando as coisas.

- Não vai me dar a passagem? Não vai pagar minha faculdade? O que? Eu guardo dinheiro desde que você foi embora, abri uma conta bancaria quando tinha 14 anos junto com a minha mãe, além do fato que já tenho um emprego perto da faculdade, já comprei minha passagem. Tenho tudo até um apartamento alugado. Você não esperava por isso.

Eu sabia exatamente que o que eu havia acabado de fazer era a coisa mais inconsequente que eu faria em toda a minha vida.

Mas fazendo isso eu me senti livre.

A ÚNICA COISA que prendeu meus pais por muito tempo havia sido eu.

Eu era um peso para eles, eu sabia disso. A minha vida toda eu soube disso.

Mas eles haviam sido um peso para mim até agora.


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Notas finais do capítulo

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