The Soul escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 4
Apenas um sonho?


Notas iniciais do capítulo

Oi amoras, tudo bem?
Eu queria agradecer imensamente a todas vocês que comentaram, eu AMEI todos os comentários! Vocês nos motivaram a continuar! Amo vocês!
Esperamos que gostem do capitulo.Eu dedico ele a todas vocês que acompanham a fic, sem mais boa leitura!
Caah e Bella. *-*

Ah aqui vai o trecho+link da música do capítulo:



E o tempo é só meu
Ninguém registra a cena de repente
Vira um filme todo em câmera lenta

E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim

♫ ♫ ♫ ♫ ♫

http://www.vagalume.com.br/pitty/equalize.html



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Capítulo 4

Apenas um sonho?

POV. Peg:

Meu coração bate acelerado enquanto desço apressada a escada. E à medida que me aproximo da grande porta de vidro da Instalação, sinto o medo tomar conta do meu corpo frágil e delicado.

– Aonde você pensa que vai? – Ouvi uma voz masculina dizer. – Por que saiu correndo? – Gritou arfante o Curador, tentando me alcançar antes que eu chegasse à porta de saída.

Senti meu corpo paralisar, completamente estático. Eu fui descoberta! Descobriram que eu levava remédios na mochila! O que eu posso fazer? Corre? Gritar? Fugir? Nada disso fará diferença. É tarde demais.

Nem mesmo poderei me despedir. Nunca mais poderei ver Jamie, Mel, tio Jeb, Jared e Ian. Meu Ian. O meu amor. Nunca mais poderei beijá-lo. Nunca mais poderei ver o seu lindo sorriso. Ouvir sua doce voz. Sentir seu toque. Suas mãos percorrendo meu corpo. E seus olhos safira, meia noite, me fitando, me fazendo corar.

Um alerta de perigo começou a soar, e uma grande confusão se iniciou. Gritos afoitos e desesperados tomaram conta da Instalação.

INVASORA! – Gritou ele, e pude ver as almas me olharem, com o olhar de completo pânico. - Chamem os Buscadores!

– NÃOOOO!

Grito com toda força que minha garganta poderia ter naquele instante.

Acordei aos prantos. Ian me olhava assustado e confuso, ao meu lado enquanto se sentava rapidamente no colchão. Tudo não tinha passado de um pesadelo.

Um terrível pesadelo.

– Peg, tudo bem, amor?

Ian perguntou alarmado.

– Me abrace, Ian! Por favor! – Falei com a voz embargada pelo choro. – Eu tive um pesadelo horrível.

– Está tudo bem, amor. Já passou, foi só um sonho ruim... – Ian falou, me abraçando forte, enxugando delicadamente as minhas lágrimas – Eu estou aqui. Estou com você!


Às vezes se eu me distraio


Se eu não me vigio um instante

Me transporto pra perto de você

Já vi que não posso ficar tão solta

Me vem logo aquele cheiro

Que passa de você pra mim

Num fluxo perfeito

– Ian, você promete que, não importa o que aconteça, sempre estaremos juntos?

Perguntei olhando-o com suplica.

Nem a morte, nem a vida, nem o céu e nem a terra me separam de você, Peregrina!

Ian respondeu com o rosto colado ao meu.

Só então percebi que eu podia ver a cor dos olhos de Ian. Seus olhos safira, meia noite.

Está amanhecendo

– Eu tenho tanto medo de te perder... – Falei, dando vários selinhos em Ian. - Você é minha vida agora, meu Ian.

É tão bom poder beijá-lo novamente. Ouvir sua voz. Sentir seu cheiro. Seus lábios. Seu toque. Aonde suas mãos macias tocavam, deixavam um rastro de calor por todo meu corpo.

E mais uma vez me dei conta de como preciso dele em minha vida.

Preciso dele como os anjos precisam das asas, como a noite precisa da lua, como o dia precisa do sol, e como o amor precisa de dois corações. Sem ele, a minha felicidade é incompleta, por que ele é a parte que faltava na minha vida!

Eu te amo! – Ian sussurrou no meu ouvido. Eu capturei suavemente seu lábio inferior com meus dentes e ouvi um som de surpresa nascer no fundo da garganta dele. Ele me olhou com um sorriso maroto, e voltou a unir nossos lábios.

Enquanto você conversa e me beija

Ao mesmo tempo eu vejo

As suas cores no seu olho, tão de perto.

Me balanço devagar

Como quando você me embala

O ritmo rola fácil

Parece que foi ensaiado.

– Hora de acordar, pessoal! – Falou Jeb, aparecendo na porta da sala de Jogos. Senti minhas bochechas corarem quando percebi que Jeb havia presenciado o nosso beijo.

Jared, Jamie, Trudy, Kyle, Sunny – A maioria das pessoas ainda dormia profundamente, e aos poucos, foram acordando. Jamie se mexeu no colchonete, abrindo lentamente os olhos. Ele se atrelou a minha cintura, e resmungou baixinho: 'Só mais cinco minutos', e depois voltou a fechar os olhos preguiçosamente. Ian e eu rimos com a cena.

– Jamie, querido, acorde! – Falei baixinho, acariciando os seus cabelos cacheados. - Ou tio Jeb mesmo virá te acordar de um jeito nada agradável.

Jamie não parece nenhum pouco disposto a levantar, e joga os braços por cima da minha cintura. Claro que isso é uma tática dele pra ficar mais tempo na cama. Sei que Jamie está se tornando um adolescente, mas pra mim ele sempre será meu pequeno Jamie.

– Você é a típica mãe coruja! – Ian falou, num tom brincalhão. – Fazia tempo que ele não dormia com agente... – Ele completou.

– É... Eu gosto de tê-lo perto de mim – Falei, e o vento frio que soprava na Sala de Jogos fez com que Jamie grudasse ainda mais em mim.

– Assim eu fico com ciúmes!

Ian fala com um sorriso maroto.

– Não fique, amor! Eu sou apenas sua. – Falei e como se ganhassem vida própria minhas mãos então desgrudaram dos cabelos de Jamie, e agarraram o pescoço de Ian. Nossas respirações mesclavam-se, e estávamos arfantes depois de um apaixonado e ininterrupto beijo.

Adoro essa sua cara de sono

E o timbre da sua voz

Que fica me dizendo coisas tão malucas

E que quase me mata de rir

Quando tenta me convencer

Que eu só fiquei aqui

Porque nós dois somos iguais

– Hey, eu estou aqui! – Jamie resmungou, e começou a fazer cócegas na minha barriga, fazendo com que meus lábios separassem dos de Ian. – Vocês estão parecendo a Mel e o Jared! Ugh! – Ele falou, enquanto continuava a fazer cócegas na minha barriga.

– Jamie! Pare! Pare com isso! – Falei não contendo as gargalhadas. Minha barriga doía de tanto dar risada.

– Hey, baixinho! Só eu posso fazer cócegas na Peg viu! – Ian exclamou brincalhão. Jamie mostrou a língua pra ele. Ele levantou Jamie do colchão, e começou a fazer cócegas nele.

– Peg, me ajuda! Pede para o Ian parar! – Jamie falava, em meio aos risos histéricos. Ele me olhava com seus olhinhos castanhos-achocolatados pidões que eu não resisti. Tentei em vão segurar as mãos de Ian, que continuava a fazer cócegas em Jamie. Ele se desequilibrou e nós três acabamos caindo no colchão. Nós três não parávamos de ri.

Tio Jeb se divertia com a cena e também acabou caindo na risada.


POV Mel

Aqueles estavam sendo os cinco minutos mais eternos da minha vida. Eu estou sentada na maca do Hospital, olhando para a parede rochosa da Caverna. Doc sorri para mim amigavelmente, tentando me acalmar. Tudo que eu espero, de verdade, é que as minhas suspeitas estejam erradas.

– Mel? – Doc chama me tirando dos meus devaneios. – Parabéns! Você está grávida, vai ter um bebezinho Mel!

– Doc, v-você tem certeza?

Perguntei com a minha voz falhando de medo.

– Sim! – Ele exclamou animado – Uma criança, aqui nas Cavernas. Todos vão amar essa novidade!

Ele piscou pra mim, em um sinal de cumplicidade.

– Oh não!

Sussurrei baixinho.

Como isso pôde acontecer?!

Desde que Jared e eu tivemos a nossa primeira vez, eu tenho tomado tanto cuidado. Não posso acreditar que agora eu estou... Estou grávida!

Olho para minha barriga. Ainda está plana, sem vestígios de gravidez. Mas eu sei que em alguns meses isso vai mudar. Ela crescerá lentamente com a minúscula vida que agora cresce dentro de mim.

Meu bebê!

O fruto do meu amor por Jared agora cresce dentro de mim. Eu sorri para isso. Nosso menininho ou menininha. Espero que tenha o lindo sorriso de Jared.

Jared. Sinto meu corpo se contrair quando penso na reação dele quando souber. E se ele não aceitar o nosso filho? E se ele quiser se livrar dele?

Comecei a tremer com o pensamento do Jared com raiva. Balanço freneticamente a cabeça, tentando tirar aqueles pensamentos horríveis da minha mente.

Jared com certeza vai me odiar! Vai me odiar por dar a luz ao nosso filho ou filha, nesse mundo dominado pelas almas. Comecei a chorar copiosamente.

– Mel, vai dar tudo certo.

Doc com sua voz tranquilizadora, enxugando ternamente as minhas lágrimas, tentando me acalmar.

– Jared vai me odiar Doc! Ele vai me odiar! – Murmurei com a voz entrecortada pelo choro. Senti meu estômago se contorcer.

Droga de hormônios instáveis!

Eles insistem em me fazer vomitar!

Saí correndo do hospital, em direção à sala de banhos, tampando com as mãos a minha boca, antes que eu coloque pra fora a minha última refeição.


POV Peg:


Eu ainda recuperava o fôlego, quando vi Melanie passar apressada pelo corredor, tampando a boca com as mãos e de cabeça baixa. Jamie e Ian olharam para mim confusos. Eu a segui imediatamente, cheia de preocupação. Então, ela alcançou rapidamente a sala de banhos.

O que será que deu nela?

– Mel? – Eu chamei preocupada. Ela estava ajoelhada, se apoiava numa pedra, enquanto colocava para fora a última refeição. Mel estava pálida e parecia atordoada. - Mel? Você está bem?

Perguntei completamente aflita.

– Está tudo bem Peg, só estou um pouco enjoada.

Respondeu com um sorriso fraco.

– Quer que eu chame o Doc? – Eu sugeri - Você está pálida. Não me parece nada bem.

– Não precisa Peg. Não quero preocupar ninguém à toa - Disse respirando fundo - Estou bem. De verdade. Foi só um mal estar.

Ela completou e pude perceber que sua voz estava muito estranha. Ela parecia estar chorando e isso fez meus sentidos se alertarem.

Será que Mel está doente?!

Ela nunca ficara doente, sempre teve uma saúde de ferro, mas, não posso negar que nessas últimas semanas Melanie tem andado estranha. Minha irmã vive enjoada, vomitando e com tonturas. Seu humor também está muito instável. Ora ela chora por qualquer coisa, ou está zangada, reclamando com Jared sobre alguma coisa.

– Mel, o que está acontecendo? Eu sei que você não está bem, me deixa te ajudar... – Falei sentando do lado dela.

– Oh Peg! Jared vai me odiar! – Ela gemeu me abraçando e chorando ainda mais. – Ele vai me odiar!

–Mel eu não estou entendendo... - Murmurei confusa.

– Eu estou grávida!

Ela sussurrou baixinho, como se tivesse receio de que alguém nos escutasse.

– Grávida! – Exclamei surpresa – Você tem certeza?

– Sim, eu tinha algumas suspeitas e Doc apenas às confirmou. Peg, o que eu vou fazer? Estou tão assustada. - Ela disse com olhos arregalados, completamente amedrontados.

Ver Mel assustada me impressionou. Ela era tão corajosa, poucas coisas na vida eram capazes de amedrontá-la. Mas agora ela estava mudando. Talvez a maternidade estivesse mudando ela.

– Vai dar tudo certo Mel. Você não está sozinha. Todos aqui estão do seu lado. – Falei acariciando a sua barriga ainda sem vestígios de gravidez.

– Minha irmãzinha obrigada por sempre estar do meu lado.

E ali ficamos até que Mel se acalmasse um pouco.

>>>

O dia foi passando rapidamente.

Logo partiríamos para a Incursão e à medida que a nossa partida se aproxima, o aperto dentro do meu peito aumentava estranhamente.

– Tudo bem, amor?– Ian perguntou ao ver meu desconforto durante o jantar. - Você mal tocou na comida.

– Eu estou bem, amor. Só estou um pouco ansiosa por causa da Incursão. É só isso. – Falei abraçando Ian. Era tão bom senti-lo perto de mim. Posso ouvir seu coração bater lentamente até que fomos interrompidos por uma batida na porta.

– Entre. – Ian e eu respondemos em uníssono.

Jared entrou no quarto hesitante com uma das mãos nos bolsos da calça jeans escura e segurava um par de óculos Ray-ban com a outra mão.

– Atrapalho?

Perguntou sorrindo.

– Não, é claro que não.

Respondi me levantando.

– Bem, está na hora de irmos para a incursão – Ele falou com uma voz séria. Eu o conhecia e sabia que até que estivéssemos de voltar e com sucesso, Jared não se tranquilizaria. – Temos que aproveitar antes que escureça para chegarmos aos carros.

Assenti respirando fundo.

– Vai ficar tudo bem.

Ian me tranquiliza e eu apenas sou capaz de assentir.

Pegamos algumas coisas essenciais para a Incursão, como água, comida, e algumas mudas de roupas, nos despedimos e partimos para a tão esperada Incursão. Mas antes, uma longa caminhada pelo deserto nos espera, para chegar até onde os carros ficam guardados.

Chegara a hora de partir para mais uma nova Incursão.











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Notas finais do capítulo

E aí,gostaram? Espero que sim! Fizemos com todo carinho!
Esperamos os reviews liiiiiiiiiiiiiindos de vocês! Portanto, não sejam fantasminhas! E ah, o próximo não deve demorar, vou repostando conforme vou reescrevendo.
Bom é isso amores do meu coração! Espero que curtam a fic até o final e até a próxima postagem!
Caah e Bella *-*

Ah, um trechinho do próximo capítulo para animá-las mais. Ou não rsrsrs

>>>
POV. Peg:
Olhei no relógio.
Haviam se passado quase dez minutos desde que eu havia chegado à Instalação. Ian deve estar preocupado.
Os minutos pareciam intermináveis e o Curador não aparecia, nem sequer um sinal dele. E se ele voltasse com Buscadores? A dúvida e o medo começaram a tomar conta de mim. Era hora de partir. Desci novamente da maca, me certificando que ninguém estava me observando.
Meu coração bate acelerado enquanto desço apressada a escada. E à medida que me aproximo da grande porta de vidro da Instalação, sinto o medo tomar conta do meu corpo frágil e delicado.
Aonde você pensa que vai? Ouvi uma voz masculina dizer. Por que saiu correndo? Gritou arfante o Curador, tentando me alcançar antes que eu chegasse à porta de saída.
Senti meu corpo paralisar, completamente estático. Eu fui descoberta. Descobriram que eu levava remédios na mochila! O que eu posso fazer? Correr, gritar ou fugir?
Nada disso fará diferença.
Era tarde demais para qualquer coisa.
Nem mesmo poderei me despedir. Nunca mais poderei ver Jamie, Mel, tio Jeb, Jared e Ian. Meu Ian. O meu amor. Nunca mais poderei beijá-lo. Nunca mais poderei ver o seu lindo sorriso. Ouvir sua doce voz. Sentir seu toque. Suas mãos percorrendo meu corpo. E seus olhos safira, meia noite, me fitando, me fazendo corar. Um alerta de perigo começou a soar, e uma grande confusão se iniciou. Gritos afoitos e desesperados tomaram conta da Instalação.
Exatamente como no meu pesadelo!
Tudo se repetia como num filme. Cada cena. Cada detalhe.
INVASORA! Gritou ele, e pude ver as almas me olharem, com os olhos arregalados. - Chamem os Buscadores!
Eu não pensei que chegaria tão rápido, mas, aquele era o meu fim.
Fim da minha décima vida.
(...)