The Soul escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 3
I'm Your Angel


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras e leitores do meu coração!
Há, eu queria agradecer muito, a 19191, biiaah_cullen, AnnebellaCullen, MariihYale e a alice_lindinha por comentarem! Gente,os comentários de vcs foram incríveis,amei,amei,amei! E,espero que continuem acompanhando a fic!
Agora, sem mais, vamos ler o novo capitulo de The Soul! Boa leitura!

OBS: Repostado 22/05



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Capítulo 3



I’m your angel


– Mais alguma dúvida?

Perguntei depois de dar mais uma aula, porém desta vez, sobre o planeta dos Ursos. E todos negaram com a cabeça, completamente satisfeitos.

Os olhos de Doc brilhavam e Austin parecia pensativo, absorvendo cada palavra da minha explicação ou talvez não. Até mesmo Sharon e Maggie, pareciam bem interessadas na minha aula, embora tentassem esconder isso de todas as formas. Sem dúvida, tinha sido uma aula razoável!

– Peg a sua aula foi incrível! - Austin falou extasiado - Você é realmente uma professora incrível!

– Obrigada

Falei ruborizando.

– Peg eu... Queria muito conversar com você. - Disse sério - Preciso da sua ajuda em um projeto.

– Se eu puder ajudar. - Anui.

– Com certeza você pode! - Austin falou com convicção - Vem comigo!

Vi Melanie me olhar pelo canto dos olhos, quando eu e Austin saímos da cozinha, conversando animadamente. Tenho certeza que esse olhar quer me dizer alguma coisa. Tinha que dizer. Só não entendo o que Melanie quer me dizer. Me senti meio frustrada, queria poder saber o que ela estava pensando, como era antes.

O que eu estou fazendo de errado?!

>>>

POV Ian:

– Não sei Kyle, eu não confio nele com Peg, de forma alguma - Falei enquanto limpava os espelhos - Tem alguma coisa entranha nele que ainda não consegui descobrir.

– O nome disso é ciúmes, esqueceu maninho? - Kyle falou em tom irônico me dando um leve soco no ombro - Você só está com ciúmes do Austin. Se sente ameaçado por ele.

– Não Kyle, não é isso. - Respondi emburrado, ás vezes meu irmão consegue ser o pior conselheiro do mundo. - Sinceramente, tenho a impressão de que ele está escondendo alguma coisa muito séria!

Meus músculos enrijeceram.

– Vamos Ian, pare de ser paranoico! - Ele disse rolando os olhos azuis, tão parecidos com os meus - O que ele poderia fazer? Estamos no meio de um deserto, lembra?

– É, talvez você tenha razão Kyle.

Respondi de má vontade.

Mas talvez Kyle tenha mesmo razão. Talvez eu esteja apenas com ciúmes, e por isso enxergue coisas onde elas não existem. Ou talvez não.

– Bom, acho que já terminamos por aqui. Que tal uma pausa? - Falou Kyle tirando a camisa suja de terra e suada. - Estou exausto.

– Ótima ideia, assim eu aproveito pra ver como a Peg está - Falei sentindo um sorriso brotar de meus lábios ao pronunciar o seu doce nome.

>>>

POV Peg:

– Austin, eu... Nem sei o que falar! - Falei tentando conter o enorme sorriso bobo - A sua ideia é realmente incrível!

Não tinha outra descrição a não ser esperança.

A Caverna está ficando pequena para tantas pessoas. Certamente uma obra de ampliação teria de ser feita, mais cedo ou mais tarde, então, por que não agora? Afinal, não sabemos por quanto tempo ainda vamos ficar aqui. Ou se um dia sequer poderíamos sair livremente. Talvez Austin tenha razão. Talvez esteja na hora de fazermos alguma coisa para melhorar no lar.

Em toda parte ainda devem haver outras células rebeldes e encontrar os resistentes da célula de Nate era uma prova disso. Agora, procurar nos unir a elas com certeza traria esperança. Esperança de que um dia, possamos viver sem nos esconder. Esperança de que todos possam viver em paz.

– Então, você me ajuda a convencer o Jeb? - Perguntou parecendo hesitante - Com certeza é mais fácil ele te ouvir, afinal você é como uma filha para ele.

– Minha casa, minhas regras, lembra? - Pronunciei a frase tão conhecida de Jeb sorrindo. - Tudo bem, eu te ajudo a convencer o dono da casa.

Sorri.

– Peg você é mesmo incrível!

Austin falou me abraçando com força, me fazendo sentir completamente desconfortável com nossa proximidade.

Me afastei dele rapidamente. Aquela situação realmente me deixou meio sem jeito e quando ele voltou a falar, sua voz estava diferente. Um misto de preocupação e culpa.

– Peg eu... - Austin balbuciou se afastando.

– Peg, meu am...- Ouvi uma terceira voz surgir no corredor. E não precisou Ian entrar no meu campo de visão para eu reconhecê-la de imediato - Ah, oi Austin - Ian falou, mal humorado.

– Oi - Austin respondeu - Peg acho melhor agente terminar de conversar outra hora.

– Tem certeza?

– Sim. Fique tranquila - Ele sussurrou mais para ele do que para mim.- Eu vou indo, até mais.

– Tudo bem então, nós conversamos depois. - Concordei acenando para ele.

Austin saiu caminhando de cabeça baixa em direção oposta a que estávamos e Ian continuava me fitando em silencio, franzindo o cenho.

– O que ele queria?

Ian perguntou cruzando os braços emburrado.

– Conversar - Falei contendo o riso já que o ciúme estava evidente na expressão de Ian - Agora posso saber qual o motivo desse 'beicinho'?

– Não gosto dele perto de você. - Murmurou.

– Ian O'Shea, você está com ciúmes do Austin?

– Peg, eu te amo, e não quero que ninguém te machuque!

– Ian ninguém aqui vai me machucar, Austin é apenas um amigo e você já está ficando paranoico, com essa sua desconfiança! - Grunhi cansada de suas crises de ciúme. Tinha chegado a hora de nossa conversa sobre o assunto - Você não confia em mim?

– Eu confio em você Peg, eu só não confio nele! - Ian disse num tom baixo segurando meu rosto entre suas mãos - Você é boa demais meu amor, nunca seria capaz de enxergar maldade em alguém.

– Olha, eu vivo há quase dois anos no meio de uma colônia de humanos! - Rugi perdendo um pouco de paciência - E acredite em mim, eu aprendi muita coisa do comportamento humano aqui!

Não sei por que, aquilo fez com que um belo sorriso maroto surgisse no rosto de Ian. Toda minha pose de durona não adiantou nada.

– O que foi? - Perguntei não entendendo o motivo do seu sorrido - Falei alguma coisa errada?

– Sabia que você fica ainda mais linda bravinha?

– Muito engraçado O'Shea! - Falei mais calma deixando toda tensão daquele momento desaparecer. - Isso não tem graça, você está ficando fora de controle.

– Me perdoe, meu amor! - Concordou com um longo suspiro - Você tem toda razão, talvez eu esteja um pouco paranoico em relação ao Austin.

– Um pouco?

Disse irônica.

– Eu só estou tentando te proteger.

– Eu sei que você só está tentando me proteger, amor.

– Vem cá, minha pequena - Ian falou me envolvendo em seus braços - Eu te amo tanto!

– Ian olha pra mim... - Falei fazendo com que seus olhos azuis encontrassem os meus - Eu te amo e sempre vou estar ao seu lado, até o meu último suspiro! - Pausei sentindo minha garganta inchar - Eu nunca vou deixar de te amar e ninguém vai tomar o seu lugar, isso é uma promessa.

Ian me abraçou forte, tão forte que pensei que não conseguia me libertar de seus braços calorosos.

E finalmente sentimos os primeiros pingos de chuva caírem sobre o deserto depois de uma longa temporada de seca. As monções tinham chegado, trazendo com ela a esperança e a vida para o nosso lar.

– Se continuarmos aqui vamos ficar encharcados.

Constatei sorrindo.

Ian me puxou para mais perto e seus lábios foram para o meu ouvido.

– Peg, você já tomou banho de chuva?

Ele sussurrou a pergunta fazendo com que arrepios percorressem por todo meu corpo.

Eu neguei veementemente, perdida no calor de seus braços que mal sentia os pingos de chuva nos molhando.

Ian envolveu os braços em torno da minha cintura e nossos lábios se encontraram em sincronia, num beijo lento e completamente apaixonado. Como deveria ser.

– Bom ou Ruim?

Ele perguntou afastando nossos rostos um milímetro.

– Ótimo!

Respondi ainda arfante.

Rapidamente os pingos de chuva que caiam pelas brechas no teto rochoso começaram a molhar os meus cabelos e a cair sobre a minha branca e delicada pele. E eu nunca havia me sentindo tão bem, a sensação de plenitude em meu peito.

– Eu te amo!

Ian confidenciou e quando nos demos conta nossos corpos estavam completamente encharcados pela chuva.

Mas eu não me importava com nada naquele momento, tão mágico, tão nosso.

– Agora temos que ir Peg - Ian falou novamente tomando sua postura protetora - Você precisa colocar roupas secas ou vai acabar ficando resfriado, amor.

– Ian! - Resmunguei afundando meu rosto em seu peito - Não quero sair daqui.

Ele riu levemente me apertando novamente contra si.

– Nós ainda temos a vida inteira para repetir isso Peg, eu prometo. - Ele murmurou baixando minha testa, derrubando todas as minhas defesas.

– Eu te amo.

Murmurei unindo nossos lábios mais uma vez.

Eu não sabia se tínhamos chegado a um consenso, só esperava que Ian não tivesse mais tanto ciúmes de Austin, e que pudéssemos continuar assim, no nosso pequeno pedaço do paraíso.

>>>

– Ampliar as cavernas... - Jeb murmurou pensativo coçando de leve a cabeça. - Eu não sei se é uma boa ideia, Peg.

– É tio Jeb! Olha, o espaço aqui está ficando pequeno, e, não sabemos por quanto tempo ainda vamos continuar aqui. - Falei convicta, esperando convencê-lo de que aquilo melhoraria e muito a nossa vida aqui - Talvez fiquemos a vida inteira aqui, nunca pensou nisso?

– É, talvez você tenha razão criança - Ele falou com uma expressão serena - É uma coisa a se pensar e prometo pensar nisso com carinho, Peg. Agora vamos, o meu estômago está roncando de fome!

Ele riu e não pude não acompanhá-lo.

Só então eu me dei conta que a luz do dia estava desaparecendo. Já estava escurecendo e logo todos nós estaríamos na sala de jogos, nos preparando para dormir. E essa era minha parte preferida das monções.

>>>

Todos já estavam acomodados em seus colchonetes, dormindo. Um vento frio percorria a sala de jogos, fazendo com que meu corpo se contraísse.

Eu podia ouvir apenas do riozinho que corre perto da sala de jogos e a respiração calma e tranquila de Ian. Ele está dormindo profundamente.

Amanhã iremos partir para a nova Incursão e tenho que admitir estar bastante ansiosa por isso. Há algum tempo não saímos das Cavernas e esse meu corpo frágil não consegue lidar com ansiedades. O que me faz ficar agitada e por isso, não consigo dormir.

Tento me mover com cuidado para não acordar Ian nem Jamie que também dorme profundamente no colchonete colado ao meu.

Meu pequeno Jamie.

Apesar de estar crescendo tão rapidamente, ainda era para mim aquele pequeno garoto indefeso que eu aprendi a amar com toda alma.

– Peg?

Ian chamou sua voz sonolenta.

– Desculpa amor, eu não queria te acordar. - Me desculpei baixinho.

– Tudo bem, mas, por que está acordada uma hora dessas, amor? - Perguntou franzindo o cenho - Ainda é madrugada.

– Eu não estou conseguindo dormir. Acho que devo estar um pouco ansiosa por causa da Incursão de amanhã - Falei soltando um longo bocejo.

– Vai dar tudo certo, amor. Vamos ficar bem - Ian riu de leve da minha preocupação, e aconchegando contra seu peito. E essa era uma das coisas que eu ainda teria que aprender a lidar no corpo de Pet.

Eu me sinto tão segura quando estou perto dele. É com se nada pudesse me machucar. Como se nada nem ninguém pudesse nos separar.

De repente, com a voz melodiosa como a de um anjo, Ian começou a cantar baixinho no meu ouvido uma antiga canção:

♫♫♫♫

I'll be your cloud up in the sky

Eu serei sua nuvem no céu

I'll be your shoulder when you cry

Eu serei seu ombro quando você chorar

I'll hear your voices when you call me

Eu escutarei sua voz quando você me chamar

I am your angel

Eu sou seu Anjo

And when all hope is gone, I'm here

E quando a esperança se for, eu estou aqui.

No matter how far you are, I'm near

Não importa o quão longe você está, eu estou perto

♫♫♫♫♫

– Durma bem, meu pequeno anjo.

Essas foram às últimas palavras que ouvi Ian murmurar, antes de adormecer profundamente em seus braços enquanto ele ainda cantava para mim.



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Notas finais do capítulo

E,ai gostaram?!

Acham que eu devo continuar a fic? Espero que sim, fiz esse capítulo com todo carinho. Bom,no próximo eles vão para a Incursão e terá algumas surpresas para vocês!

Obrigada novamente aqueles que deixaram seus reviews e conto com vcs nos próximos capítulos. Estou repostando a fic aos poucos, e isso leva tempo, mas tenho certeza que valerá a pena!

Ah aqui está o link da música que o Ian canta para Peg dormir:

♫ http://letras.mus.br/celine-dion/66525/traducao.html ♫