Crazy escrita por Guardian


Capítulo 23
Salvos?


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem de verdade pela demora... E mais uma vez eu peço desculpas pela demora na resposta dos reviews. E infelizmente, muito provavelmente eu irei demorar ainda mais ú.ù Mas a culpa não é toda minha. No final do mês tem ENEM e a partir daí as provas de vestibular, e sinceramente? Eu estou morta. Conseguir atualizar alguma fic está sendo um feito, porque eu estou piscando a cada segundo em frente ao pc, tentando não cair de cara no teclado e dormir.
Mas enfim, espero que gostem do capítulo *--*
Narrado pelo L.



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 Não sei como Roger pode contratar alguém sem verificar sua ficha completa antes! Eu terei uma boa conversa com ele depois.

 A questão, era que pelo visto aquele homem não era qualquer um. Ele era inteligente. E sua capacidade era tal, que eu acabei demorando algumas horas para conseguir localizar tudo a respeito dele; tópicos que estavam muito bem escondidos, por sinal.

 Eu não vou ficar falando sobre o que eu encontrei sobre ele nem como eu descobri onde ele estava com os meninos. Não, isso não possui relevância agora.

 O que importa é que eu o encontrei. E eu não gostei do que vi lá. Não gostei nem um pouco.

 Obviamente eu não fui sozinho até o local, mas chegando lá, eu fui na frente de todos os policiais que me acompanhavam. Estava ansioso demais, preocupado demais.

 E após muito tempo, eu senti o gosto da verdadeira fúria.

 Near estava caído no chão, e pelo pouco que a luminosidade proporcionada pela lua me permitia ver, havia uma grande mancha se formando abaixo de seu corpo. O vermelho alastrava-se pelo branco em um pequeno, mas constante ritmo.

 Mello também estava no chão. E parecia que também estava ferido. Era quase que óbvia a sua tentativa de se levantar, e mais óbvia ainda a dor que sentia ao não conseguir e continuar no chão. Mas tirando isso, parecia que ele era o único a estar consciente.

 E Matt...

 Nem pensei. Atirei.

 Eu não possuo a mesma mira e destreza com armamentos que Watari, mas consegui acertar o ombro daquele homem sem problemas.

 - Afaste-se dele. AGORA! - mandei,  minha voz saindo bem mais alta e potente do que o normal.

 Apenas ver aquele criminoso em cima de Matt... Perto dos meus pupilos daquela forma... Naquele estado... Embrulhava-me o estômago, tamanha era minha raiva.

 Isso não era típico de mim. Atirar em alguém como primeira opção, e até mesmo cogitar a ideia de matá-la, não era algo muito comum quando se relacionava a mim, mesmo fazendo o que eu faço, levando a vida que eu levo.

 Mas tudo muda se eu encontro os meus pupilos nesse estado!

 - Saia. De. Perto. Dele - repeti enfaticamente, ainda mantendo o revólver apontado para Alex Corliss.

 Mas ele não se moveu. Continuava sentado em cima de Matt, sorrindo.

 - Eu não sei quem é você, mas será que pode esperar um pouco? Estamos quase terminando aqui - ele falou com a voz mais calma que eu já ouvi uma pessoa usar em uma situação dessas. 

 A única evidência que denunciava que ele havia levado um tiro (tirando o sangue) era o leve tremor em sua entonação de voz, e só isso. Apesar de toda a minha experiência (que, modéstia a parte, não era pouca), eu admito que fiquei verdadeiramente surpreendido com aquele homem.

 Eu ia atirar nele outra vez. Eu estava prestes a apertar o gatilho. Mas agradeço muito por não o ter feito. Porque em questão de segundos, os poucos segundos passados após as palavras dele e usados por mim com a dúvida se eu deveria atirar direto na cabeça dele ou então nas costas, ele ergueu Matt o suficiente para usá-lo como uma espécie de "escudo". Não o protegia totalmente, claro, mas era o suficiente para me impedir de atirar.

 O corpo inerte do ruivo era mantido erguido pelo braço intacto de Alex Corliss, e se eu arriscasse atirar, não havia nada que me garantisse que Matt não seria atingido.

 DROGA!

 E o que se seguiu aconteceu muito rápido.

 Em um instante Alex Corliss estava segurando Matt, no próximo o barulho de um tiro ecoou pelo ambiente. Sabia que o tiro não havia tingido Matt porque a arma do homem estava na minha área de visão, e o meu primeiro pensamento foi que ele havia mirado em mim. 

 Mas não.

 O pequeno instante que levei para olhar para onde a bala havia sido direcionada, observando o ângulo da arma, o pequeno instante que levei para me certificar de que Mello estava bem, que o tiro havia atingido o chão poucos centímetros de seu rosto, deu a brecha que Corliss queria.

 Estupidez minha, eu sei. Mas os reflexos ao se ouvir um tiro são quase impossíveis de refrear.

 Ao voltar o olhar, Corliss jogou o corpo de Matt para a frente, tapando a minha visão, e saiu correndo.

 Dei um tiro, e acho que consegui acertá-lo novamente. Porque a não ser que meus ouvidos estejam me enganando, eu ouvi claramente uma exclamação de dor na hora.

 Preparei-me para ir atrás dele, mas os gemidos de Mello me impediram de ir.

 - Ele correu para o mato! Vão logo! - gritei aos policiais que finalmente fizeram o favor de aparecer. Ora, por favor, e eles é que deveriam ser os profissionais altamente treinados! 

 Mas tudo bem, eu podia deixar a captura daquele homem com a polícia. Desde que eu pudesse ver o seu corpo depois.

 Primeiro fui até Near, para confirmar se... Ele estava vivo! Não mexi muito nele porque não sabia se tinha algum outro problema além do aparente tiro em seu abdômen, mas ele realmente estava vivo!

 Agora era a vez de Matt.

 Evitei analisar muito o estado de seu corpo, para ainda manter o mínimo de razão que me restava e resistir ao ímpeto de ir para o meio do mato também. Mas ele também estava vivo, e era isso o que importava.

 - L... - Mello chamou baixo, com as duas mãos segurando sua perna machucada.

 - Vai ficar tudo bem agora - falei indo até ele e agachando à sua frente - Vocês todos irão ficar bem agora - passei a mão suavemente pelos seus cabelos.

 - L... Fale para Roger nunca mais me deixar sem chocolate... - foi a última coisa que Mello falou antes de fechar os olhos e não dizer mais nada. Tão típico dele!

Vai ficar tudo bem agora...


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Notas finais do capítulo

E então?
Eu estava com sérias dificuldades para escrever este capítulo, e só consegui terminá-lo porque a Bee me ajudou. Senão...
E sabem o que eu conclui? É muita sorte minha que quase ninguém aqui é de São Paulo, porque... A Bee leu a fic pelo meu celular, já que ela está sem pc, e... Fiquei com medo ó.ò Ainda bem que vocês não me conhecem pessoalmente xD
E um aviso a quem acompanha minhas outras fics: desculpem, mas não sei quando poderei atualizá-las T-T